19/04/2009

Convição e Fé

O que mais me impressiona em Tomé é a sua extraordinária simplicidade. Com efeito, não hesita em afirmar perante todos que não acredita que Jesus ressuscitou. Mais, confirma veementemente que quer uma prova substancial e inequívoca para então, sim, acreditar. São João, não nos refere, no seu Evangelho, qualquer comentário por parte dos seus companheiros, s outros discípulos que estavam naquele momento reunidos. Mas é fácil perceber que os terá havido. Talvez, até, alguns, se tivesse revisto nas palavras de Tomé e tivessem assentido, dentro si mesmos, na mesma posição.
O certo é que Jesus, não parece incomodado com as afirmações de Tomé, faz-lhe a vontade e mostra-lhe as mãos e o lado onde as chagas da crucifixão estão patentes.
Então, outra vez com a mais profunda simplicidade declara: «Meu Senhor e meu Deus» dando a toda a humanidade, o registo mais completo e da Fé autêntica e esclarecida.
O Senhor não quer uma fé cega e sem fundamento, deseja, sim, que a fé se alicerce em convicção profunda e consistente. Por isso, me chama a mim, bem-aventurado, porque, para acreditar, não precisei ter visto as chagas do Senhor Ressuscitado mas apenas guardar no meu coração o que, desde criança ouvi dos lábios de minha Mãe e de meu Pai.
Esse foi o alicerce da minha convicção profunda, porque estes dois seres tão queridos não poderiam nunca enganar-me. O Senhor os tenha na Sua Glória. Ámen.

(ama, meditação sobre Jo 20, 28, 2009.04.19)