30/11/2010

PARAÍSO!

Neste último dia de Novembro, publicamos um (antiquíssimo)


                                      HORÁRIO DOS COMBOIOS PARA O PARAÍSO

Partidas:           A todas as horas
Chegadas:        Quando Deus quiser e o passageiro possua as necessárias condições

                                       PREÇO DOS BILHETES

1ª Classe:        Inocência ou martírio
2ª Classe:        Penitência, oração e confiança em Deus.
3ª Classe:        Arrependimento dos pecados e resignação.

                                      AVISOS


1º    Não há bilhetes de ida e volta
2º    Não há passageiros turísticos
3º    As crianças não pagam nada, porque vão nos joelhos da mãe - a Santa Igreja.
4º    Pede-se a fineza de não levar outra bagagem além das boas obras, se não quiser 
       perder o comboio ou ficar retido na última estação. 
       É impossível chegar ao termo da viagem com bilhete falso.

                                     OBSERVAÇÕES

Este horário é para todas as estações, todos os lugares todos os homens. Nem reis poderão organizar comboios especiais para si próprios.

Boa Tarde! 2

Pediste-me que te ajudasse a fazer um plano de vida.

De bom grado o fiz: escrevi três ou quatro coisas num papel que te dei.

Mas, só isto, admiraste-te!

Tem calma, disse-te, faz isto e já vais ver o esforço que te exigirá fazê-lo bem feito. 

(ama, 2010.11.30)

LITURGIA DAS HORAS

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IV. QUEM CELEBRA A LITURGIA DAS HORAS

c) Estrutura da celebração

33. A Liturgia das Horas é regulada segundo leis próprias. Nela se combinam, de uma forma particular, elementos comuns às outras celebrações cristãs. Na sua estrutura geral, inclui sempre: primeiramente o hino, depois a salmodia, a seguir uma leitura, longa ou breve, da Sagrada Escritura, finalmente as preces.
Tanto na celebração comunitária como na recitação individual, a estrutura essencial é sempre a mesma: diálogo entre Deus e o homem. Todavia, a celebração comunitária manifesta mais claramente a natureza eclesial da Liturgia das Horas. Pelas aclamações, pelo diálogo, pela salmodia alternada, etc., favorece também a participação activa de todos, segundo a condição de cada um. Além disso, respeita melhor as diferentes formas de expressão.121 Consequentemente, sempre que seja possível uma celebração comunitária, com a assistência e participação activa dos fiéis, esta deve preferir-se à celebração individual e como que privada. 122 Além disso, na recitação coral e comunitária, convém, quanto possível, que o Ofício seja cantado de acordo com a natureza e função de cada uma das suas partes.
Deste modo se porá em prática a recomendação do Apóstolo: «A palavra de Cristo permaneça em vós em toda a sua riqueza, para vos instruirdes e aconselhardes uns aos outros com toda a sabedoria; e com salmos, hinos e cânticos inspirados, cantai de todo o coração a Deus a vossa gratidão» (Col 3,16; cf. Ef 5,19-20).



121 Cf. Ibid., nn. 26. 28-30.
122 Cf. Ibid., n. 27.


Retirado do site do Secretariado Nacional de Liturgia
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Boa Tarde! 1

Consideraste a tua melhoria pessoal e a vida interior, e disseste-me que decidiste começar agora, nos primeiros dias do Advento. 

Achei uma ideia excelente.

Mas, reparo na tua bagagem e peço-te que me deixes ver: prisões, cadeias, projectos abandonados, propósitos não cumpridos, orações intermináveis... 

Deixa-me tudo isso, não te serve para nada. 
Em seu lugar põe muita Confiança e Amor a Deus. 

E, para já, basta! 

(AMA, 2010.11.29)


Nota: Deveria ter sido publicada ontem 29 Nov

Bom Dia! 62


Falámos bastante sobre a melhoria pessoal que deve ser uma constante na vida do ser humano e chegámos à conclusão que mais que algo natural, a melhoria pessoal, é uma obrigação, um dever.
Não se pode evoluir na vida comum, a corrente, de todos os dias, sem uma revisão permanente dos nossos actos e formas de pensar a propósito dos variadíssimos temas que se nos vão deparando e com os quais temos de lidar. 
Esta revisão de que se fala processa-se, normalmente, de forma automática sem esforço ou violência. 
Examinar os nossos actos e atitudes, o que fazemos ou dizemos, o nosso comportamento, enfim, não tem que ser um acto violento nem sequer agressivo quando chegamos à conclusão que procedemos mal. 
Trata-se de uma constatação e não de um julgamento, não nos sujeitamos a penalidades mas a consequências. 
O que se pretende é ir encontrando, com calma e espírito crítico os pontos em que poderíamos, com vantagem, ter procedido de outra forma e tentar descobrir, encontrar, essa outra forma.
A isto chama-se exame e, honestamente, devemos dedicar-lhe uns breves minutos da nossa atenção diária, normalmente, ao fim do dia.
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Tema para breve reflexão - 2010.11.30

Comunhão Eucarística 3

Jesus Cristo durante a Sua vida mortal, não passou jamais por qualquer lugar sem derramar as Suas bênçãos em abundância, do que deduziremos quão grandes e preciosos devem ser os dons de que participam os que têm a dita de O receber na Sagrada Comunhão; ou melhor dito, que toda a nossa felicidade neste mundo consiste em receber Jesus Cristo na Sagrada Comunhão.

(S. João Maria Vianey, Sermão sobre a Comunhão)

Textos de Reflexão para 30 de Novembro

1ª Terça-Feira do Advento 30 de Novembro

Tema para consideração: A vocação do Baptista.

·         A sua figura no Advento.
Neste tempo litúrgico a Igreja propõe à nossa meditação a figura de João Baptista. João aparece como a linha divisória entre ambos os Testamentos: o Antigo e o Novo. O próprio Senhor ensina de algum modo o que é João, quando diz: A lei e os Profetas até João Baptista. É a personificação da antiguidade e anúncio dos novos tempos. Como representante da antiguidade, nasce de pais anciãos; como quem anuncia os novos tempos, mostra-se já profeta no seio de sua mãe. Ainda não tinha nascido quando, à chegada de Santa Maria, salta de gozo dentro de sua mãe. (cf. Lc 1, 76-77). João chamou-se o profeta do Altíssimo, porque a sua missão foi ir à frente do Senhor para preparar os seus caminhos, ensinado a ciência de salvação ao seu povo

(Stº. Agostinho, Sermão 293, 2)

Evangelho: Mt 4, 18-22
18 Caminhando ao longo do mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. 19 «Segui-Me, disse-lhes, e Eu vos farei pescadores de homens». 20 E eles, imediatamente, deixando as redes O seguiram. 21 Passando adiante, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam numa barca juntamente com seu pai Zebedeu, consertando as suas redes. E chamou-os. 22 Eles, deixando imediatamente a barca e o pai, seguiram-n'O.



Nota:
Durante o Tempo do Advento não publicamos o costumado Comentário e/ou Meditação sobre o Evangelho do dia. Convidamos o leitor a fazê-lo e a amabilidade de o “postar) em comentários. 
Comentário:

O seguir Jesus tem umas condições prévias uma das quais, talvez a mais importante, é o desprendimento das coisas terrenas. Esta condição é sempre necessária em qualquer caso, leigos ou consagrados, têm de fazer uma opção de vida séria e consistente. Para dar fruto, que é o Jesus pede a quem o segue, há que estar disponível e, para estar disponível, torna-se necessário não ter prisões nem amarras que impeçam de fazer o que se deve quando tem de ser feito porque não se pode esperar por ocasiões mais favoráveis ou circunstâncias mais adequadas. Hoje e agora é o tempo certo. 

(ama, comentário sobre Mt 4, 18-22, 2010.10.28)

Doutrina: CCIC – 575:  Como fortalecer a nossa confiança filial?
                    CIC -  2734-2741; 2756

A confiança filial é posta à prova quando pensamos que não somos atendidos. Devemos interrogar-nos, então, se Deus é para nós um Pai do qual procuramos cumprir a vontade, ou não será antes um simples meio para obter o que queremos. Se a nossa oração se une à de Jesus, sabemos que Ele nos concede muito mais do que este ou aquele dom: recebemos o Espírito Santo que transforma o nosso coração.

29/11/2010

Boa Tarde!

Nota!


Reservando a privacidade e sob este título genérico de Boa tarde!, começam

hoje a publicar-se alguns diálogos, recados e excertos de conversas a respeito

 da Melhoria Pessoal e da Vida Interior. 

Que possam ter utilidade na reflexão sobre situações talvez bastante comuns a

quem envereda por estes caminhos.

Bom Dia! 61


Por isso os profissionais ou aqueles que de algum modo trabalham nos meios de informação têm uma enorme responsabilidade em observar um rigoroso critério pessoal e preocupada ética profissional.
Não deveria ser possível que alguém falto de sólida formação moral e social pudesse exercer essa profissão.

Não sucede assim, infelizmente e parece que tanto faz escrever ou dizer seja o que for, verdade, mentira, especulação ou, até descarada invenção, porque as consequências não preocupam minimamente quem o faz.

Por vezes a notícia é dada de forma intoleravelmente insidiosa: ''será que fulano fez isto'' e, a falta de critério de quem o faz fica bem patente, com o simples ponto de interrogação quem o fez, julga-se ao abrigo de qualquer infracção ética.

Por estes motivos a informação pública está cada vez mais descredibilizada contribuindo enormemente para uma sociedade mal ou deficientemente informada dando origem a um crescente numero de pessoas indecisas quando chamadas a escolher, nomeadamente através do voto, aquilo ou aqueles que podem ser decisivos para a vida própria, em particular e da sociedade em geral.

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Textos de Reflexão para 29 de Novembro

1ª Segunda-Feira do Advento 29 de Novembro

Tema para consideração: Dispor-se interiormente

·         Purificação da alma
Perante a vinda eminente do Senhor, os homens devem dispor-se interiormente, fazer penitência dos seus pecados, rectificar a sua vida para receber a graça especial divina que traz o Messias. Tudo isso significa esse aplanar os montes, rectificar e suavizar os caminhos de que fala o Baptista. (...)
A Igreja na sua liturgia do Advento anuncia-nos todos os anos a vinda de Jesus Cristo, Salvador nosso, e exorta cada cristão a essa purificação da sua alma mediante uma renovada conversão interior. 

(Bíblia Sagrada, anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra, Comentário, Lc 3, 4-6)

Evangelho: Mt 8, 5-11

5 Tendo entrado em Cafarnaum, aproximou-se d'Ele um centurião, e fez-Lhe uma súplica, 6 dizendo: «Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico e sofre muito». 7 Jesus disse-lhe: «Eu irei e o curarei». 8 Mas o centurião, respondeu: «Senhor, eu não sou digno de que entres na minha casa; diz, porém, uma só palavra, e o meu servo será curado. 9 Pois também eu sou um homem sujeito a outro, mas tenho soldados às minhas ordens, e digo a um: “Vai”, e ele vai; e a outro: “Vem”, e ele vem; e ao meu servo: “Faz isto”, e ele o faz». 10 Jesus, ouvindo estas palavras, admirou-Se, e disse para os que O seguiam: «Em verdade vos digo: Não achei fé tão grande em Israel. 11 Digo-vos, pois, que virão muitos do Oriente e do Ocidente, e se sentarão com Abraão, Isaac e Jacob no Reino dos Céus,



Nota:
Durante o Tempo do Advento não publicamos o costumado Comentário e/ou Meditação sobre o Evangelho do dia. Convidamos o leitor a fazê-lo e a amabilidade de o “postar) em comentários. 

Comentário:

Os maiores elogios que o Senhor faz a alguém e que constam nos Evangelhos, são feitos a propósito da Fé. Para se conseguir o que se pretende é fundamental acreditar profundamente que o Senhor pode, se quiser, fazê-lo. Não se pedem coisas como que para “experimentar” a Misericórdia do Senhor. Deus não se compadece com “experiências” ou “lágrimas de crocodilo”, atende, apenas, quem a Ele se dirige com a convicção profunda de que, Ele, ouve a petição, e, ouvindo-a, a atenderá se daí vier, de facto, um bem para quem Lhe pede. 

(ama, comentário sobre Mt 8, 5-11, 2010.10.27)

Doutrina: CCIC – 574:  Quais as dificuldades da oração?
                   CIC 2729-2733;  2754-2755

A distracção é a dificuldade habitual da nossa oração. Ela afasta da atenção a Deus e pode também revelar aquilo a que estamos apegados. O nosso coração deve então regressar humildemente ao Senhor. A oração é muitas vezes insidiada pela aridez, cuja superação, na fé, permite aderir ao Senhor, mesmo sem uma consolação sensível. A acédia é uma forma de preguiça espiritual devida ao relaxamento da vigilância e à negligência na guarda do coração.

Festa: Santo André - Apóstolo

                                                                                                                                                              Nota Histórica André, natural de Betsaida, foi primeiramente discípulo de João Baptista e depois seguiu a Cristo, a quem apresentou também seu irmão Pedro. Juntamente com Filipe introduziu à presença de Jesus uns gentios que O queriam ver, e foi ele também que indicou o rapaz que tinha os peixes e o pão. Segundo uma tradição, depois do Pentecostes pregou em diversas regiões e foi crucificado na Acaia. (SNL)

Tema para breve reflexão - 2010.11.29

Comunhão Eucarística 2

Haverá quem diga: por isso, precisamente, não comungo mais amiúde, porque me vejo frio no amor (...). E, porque te vês frio queres afastar-te do fogo? Precisamente porque sentes gelado o teu coração deves acercar-te mais amiúde deste Sacramento, sempre que alimentes desejo sincero de amor a Jesus Cristo. Acerca-te da Comunhão, mesmo quando te sintas tíbio, confiando totalmente na misericórdia divina, porque quanto mais doente alguém se encontra, tanta maior necessidade tem de médico.

(Stº Afonso Maria de Ligório, Prática do Amor a Jesus Cristo, 2)

28/11/2010

A Virgem Canta-te a ti.




sevillana "rociera".

Bom Dia! 60


Dizer a verdade é uma obrigação mas que pode não ser conveniente se a sua revelação constituir um mal ou um perigo considerável.
Nestes casos não se podendo mentir porque é um mal e não se pode evitar um mal com outro mal, mas pode omitir-se a verdade, sobretudo se o outro não tem direito a ela.

Que direito pode ter alguém a saber se outro é ou não católico praticante?
Em princípio não tem nenhum direito a essa informação que pertence ao foro mais íntimo e, o inquirido, não mentindo, pode, legitimamente não responder se considerar que a pergunta pode ter um fim mau.

O segredo, aquilo que alguém nos revela em confidência, não deve ser revelado a outrem mesmo que, aparentemente, pareça ter direito a essa informação. Realmente aquilo de que tomamos conhecimento resultado de um desabafo que alguém nos fez circunstâncias de confidência, não nos pertence porque somos, tão só, fiéis depositários desse conhecimento sendo-nos vedada a sua publicidade ou revelação seja a que título for.

Existe como que uma generalizada curiosidade mórbida sobre as pessoas que por esta ou aquela circunstância têm alguma notoriedade pública.
Tal curiosidade é explorada até níveis inaceitáveis, desprezando em absoluto o facto de essas pessoas  terem um nome que é comum a outros, principalmente família, que têm direito a que a sua privacidade não seja invadida.

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Tema para breve reflexão - 2010.11.28

Comunhão Eucarística 1

Há que recordar ao que livremente comunga o mandato: Que se examine cada um a si mesmo (1 Cor 11, 28). E a prática da Igreja declara que é necessário este exame para que ninguém, consciente de pecado mortal, por contrito que se creia, se aproxime da Sagrada Eucaristia sem que tenha precedido a Confissão sacramental.

(paulo VI, Instrução Eucharisticum Mysterium, 37)

Textos de Reflexão para 28 de Novembro

ADVENTO

Perante a vinda eminente do Senhor, os homens devem dispor-se interiormente, fazer penitência dos seus pecados, rectificar a sua vida para receber a graça especial divina que traz o Messias. Tudo isso significa esse aplanar os montes, rectificar e suavizar os caminhos de que fala o Baptista. (...)
A Igreja na sua liturgia do Advento anuncia-nos todos os anos a vinda de Jesus Cristo, Salvador nosso, e exorta cada cristão a essa purificação da sua alma mediante uma renovada conversão interior

(Bíblia Sagrada, anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra, Comentário, Lc 3, 4-6)

1º Domingo do Advento 28 de Novembro

Tema para consideração: A vocação

Começa o ano litúrgico e o intróito da Missa propõe-nos uma consideração intimamente relacionada com o princípio da nossa vida cristã: a vocação que recebemos. Vias tuas, Domine, demonstra mihi et semitas tuas edoce me, mostra-me Senhor os teus caminhos e ensina-me as tuas veredas. Pedimos ao Senhor que no guie, que nos deixe ver os seus passos, para que possamos aspirar à plenitude dos seus mandamentos que é a caridade.
Julgo que vós, tal como eu, ao pensar nas circunstâncias que acompanharam a vossa decisão de vos esforçardes por viver integralmente a fé, dareis muitas graças ao Senhor e tereis a convicção sincera - sem falsas humildades - de que não há mérito algum da vossa parte. Geralmente, aprendemos a invocar Deus desde a infância, dos lábios de pais cristãos. Mais adiante, professores, companheiros e simples conhecidos ajudaram-nos de muitas maneiras a não perder de vista Jesus Cristo.
Um dia (não quero generalizar; abre o coração ao Senhor e conta-lhe tu a história) talvez um amigo, um cristão normal e corrente como tu, te tenha feito descobrir um panorama profundo e novo e ao mesmo tempo tão antigo como o Evangelho. Sugeriu-te a possibilidade de te empenhares seriamente em seguir Cristo, em ser apóstolo de apóstolos. Talvez tenhas perdido então a tranquilidade e não a terás recuperado, convertida em paz, até que, livremente, "porque muito bem te apeteceu" - que é a razão mais sobrenatural - respondeste a Deus que sim. E veio a alegria, vigorosa, constante, que só desaparece quando te afastas d'Ele.
Não me agrada falar de escolhidos nem de privilegiados. Mas é Cristo quem fala disso, quem escolhe. É a linguagem da escritura: elegit nos in ipso ante mundi constitutionem - diz S. Paulo - ut essemus sancti, escolheu-nos antes da criação do mundo para sermos santos. Eu sei que isto não te enche de orgulho, nem contribui para que te consideres superior aos outros homens. Essa escolha, raiz do teu chamamento, deve ser a base da tua humildade. Costuma levantar-se porventura algum monumento aos pincéis dum grande pintor? Serviram para fazer obras-primas mas o mérito é do artista. Nós - os cristãos - somos apenas instrumentos do Criador do mundo, do Redentor de todos os homens. 

(S. Josemaria, Homilia pronunciada no dia 2 de Dezembro de 1951, 1º Domingo do Advento, Cristo que Passa, 1)


Evangelho: Mt 24, 37-44

37 Assim como aconteceu nos dias de Noé, assim será também a segunda vinda do Filho do Homem. 38 Nos dias que precederam o dilúvio os homens comiam e bebiam, casavam-se e casavam os seus filhos, até ao dia em que Noé entrou na arca, 39 e não souberam nada até que veio o dilúvio e os levou a todos. Assim acontecerá também na vinda do Filho do Homem. 40 «Então, de dois que estiverem no campo, um será tomado e o outro será deixado. 41 De duas mulheres que estiverem a moer com a mó, uma será tomada e a outra deixada. 42 «Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora virá o vosso Senhor.43 Sabei que, se o pai de família soubesse a que hora havia de vir o ladrão, vigiaria, sem dúvida, e não deixaria arrombar a sua casa. 44 Por isso estai vós também preparados, porque virá o Filho do Homem na hora em que menos pensais.



Nota:
Durante o Tempo do Advento não publicamos o costumado Comentário e/ou Meditação sobre o Evangelho do dia. Convidamos o leitor a fazê-lo e a amabilidade de o “postar) em comentários. 

Comentário:

Estar preparado, vigiar… recomendações que se repetem no Evangelho das últimos semanas. O Senhor quer deixar bem gravado em todos esta necessidade urgente de não adiar nem por um momento esta necessidade de preparação séria, completa para a chegada do Reino de Deus. As pessoas têm de se convencer que não comandam de modo nenhum a hora da morte e que esta depende única e exclusivamente da Vontade Soberana de Deus. Não há “últimos momentos”, não podemos contar com eles!
Agora! Agora é o tempo certo. 

(ama, comentário sobre Mt 24, 37-44, 2010.10.26)

Doutrina: CCIC – 573:  Quais as objecções à oração?
                   CIC 2726-2728; 2752-2753

Para lá das formas erróneas de conceber a oração, muitos pensam que não têm tempo para rezar ou então que seja inútil. Os que rezam podem desanimar perante as dificuldades e os insucessos aparentes. Para vencer estes obstáculos são necessárias a humildade, a confiança e a perseverança

27/11/2010

Bom Dia! 59




Erradamente e com frequência confunde-se critério com escrúpulo.
Quando se diz que determinada pessoa não tem escrúpulos o que na maioria dos casos se deveria dizer é que não tem critério.

O escrúpulo é uma forma de pensar que leva à inibição de fazer uma determinada coisa, levar a cabo uma acção específica que por alguma razão repugna a quem se lhe depara.

Ora este sentimento só é possível se existir critério. 
Por outras palavras poderíamos dizer que o escrúpulo é uma consequência da avaliação de qualquer coisa feita pelo critério.
Evidentemente que o que é mau para uma determinada pessoa pode não o ser tanto ou mesmo de todo, para outra.

O facto de alguém considerar perigoso e, portanto evitar, envolver-se com um louco pode ser uma atitude recorrente para um profissional qualificado.
Não se pode estabelecer como que uma 'tabela' única de comportamento aplicável a qualquer pessoa a não ser que se trate de princípios da Lei Natural.

Não roubar, por exemplo, aplica-se a qualquer um, é da Lei Natural, e, portanto, não tem excepções nem prevê que alguém seja a que título for, esteja isento de a cumprir.

Já trabalhar que é - deve ser - uma obrigação comum a todo o ser humano, tem uma infinidade de particularidades que dependem das características pessoais e das circunstâncias em que se encontra.

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Tema para breve reflexão - 2010.11.27

Aumenta a nossa Fé

«Senhor, aumenta a nossa fé» (Lc 17, 5). Meditemos nas palavras de Cristo e convençamo-nos de que, se não permitirmos que a nossa fé se torne morna ou mesmo fria, que perca a sua força dispersando-se por pensamentos fúteis, deixaremos de dar importância às coisas deste mundo e concentrá-la-emos num cantinho da nossa alma.
Então, depois de termos arrancado todas as ervas daninhas do jardim do nosso coração, semeá-la-emos como o grão de mostarda, e o rebento crescerá. Com uma firme confiança na palavra de Deus, removeremos uma montanha de aflições; ao passo que, se a nossa fé fosse hesitante, não deslocaria nem um montículo de toupeira. Para finalizar esta dissertação, digo-vos que, uma vez que toda a consolação espiritual pressupõe uma base de fé – e só Deus a pode dar –, devemos pedir-lha sem cessar.

S. Tomás Moro, «Dialog of Comfort Against Tribulation», trad ama)

Textos de Reflexão para 27 de Novembro

Sábado 27 Nov

Evangelho: Lc 21, 34-36

34 «Velai, pois, sobre vós, para que não suceda que os vossos corações se tornem pesados com o excesso do comer e do beber e com os cuidados desta vida, e para que aquele dia não vos apanhe de improviso; 35 porque ele virá como uma armadilha sobre todos os que habitam a superfície de toda a terra. 36 Vigiai, pois, orando sem cessar, a fim de que vos torneis dignos de evitar todos estes males que devem suceder, e de aparecer com confiança diante do Filho do Homem».

Comentário:

Vigiar é a recomendação constante e final de Cristo. Vigiar com diligência, não deixando ao acaso ou para uma qualquer data posterior o que rtemmos de fazer hoje e agaora. Este é o tempo justo e conveniente para a preparação que nos é sugerida. Não teremos outro. Há que aproveitá-lo sem desperdício nem dilações. 

(ama, comentário sobre Lc 21, 34-36, 2010.10.28)

Tema: Novíssimos – Juízo 7

Estar preparado para Juízo Particular que ocorre logo a pós a nossa morte é uma atitude várias vezes recomendada por Jesus Cristo na Sua pregação: «Vigiai e orai; estai preparados porque não sabeis o dia nem a hora...» querendo com isto dizer-nos que é agora, hoje, e não depois, amanhã ou noutro tempo qualquer que temos de nos preparar. Sem temor, sem medo, receio ou inquietação, mas com verdadeiro espírito previdente e avisado

(ama, comentário sobre Juízo 7, 2010.10.25)

Doutrina: CCIC – 572: Porque é que a oração é um combate?
                   CIC – 2725

A oração é um dom da graça, mas pressupõe sempre uma resposta decidida da nossa parte, porque o que reza combate contra si mesmo, contra o ambiente e sobretudo contra o Tentador, que faz tudo para retirá-lo da oração. O combate da oração é inseparável do progresso da vida espiritual. Reza-se como se vive, porque se vive como se reza.

26/11/2010

Estar vivo!

ESTAR VIVO
 
Tenho um amigo que já passou há muito a barreira da idade a que se convencionou chamar “a terceira” e que sempre me responde, quando lhe pergunto como está, “Estou vivo”. Este facto, evidente e por isso não merecedor de ser posto em destaque, é, para ele (e para os seus amigos) motivo de júbilo; é com muita alegria que afirma “Estou vivo!”.
 
Vem isto a propósito de um banal conhecimento, ou seja, o de que a vida é o valor mais alto que existe, por ser o primeiro e a condição necessária para a existência dos outros valores. De facto, a felicidade, a dignidade, a liberdade, a verdade, a coragem, a justiça e tantos outros valores universalmente reconhecidos como fontes de uma vida moral – não poderiam existir se não servissem de luz e farol a quem está vivo. A vida é, reconhecidamente, o primeiro e o mais importante valor e bem. Poucas verdades terão tão ampla, e universal concordância: todos aceitamos esta evidência e quer o ordenamento político das nações, através das respectivas Constituições, quer as instâncias supranacionais (tais como as Nações Unidas, a União Europeia e o Conselho da Europa) reconhecem expressamente o valor único da vida, ao preceituarem o direito à vida (como lapidarmente afirma a Constituição da República Portuguesa, no artigo 25, “a vida humana é inviolável”).
 
Infelizmente, e contra toda a lógica, esta formidável fortaleza da protecção e do respeito pela vida humana, abriu fendas consideráveis nos últimos anos. Em Portugal, como em outros países, a lei autorizou o abortamento em determinadas e restritivas condições, assistindo-se ao estranho malabarismo jurídico – intelectual de um Tribunal Constitucional chegar à conclusão (por maioria de um voto) de que a legalização do abortamento não ofendia a norma constitucional. A teoria do plano inclinado, segundo a qual o que se permite excepcionalmente rapidamente se torna usual, aplica-se claramente ao abortamento: inicialmente tolerado em situações especiais, tornou-se acessível a qualquer mulher nas primeiras dez semanas (e já há quem clame por um alongamento deste período) e viu alargados os prazos nas chamadas indicações.
 
No outro extremo da vida humana, na velhice, há sinais que levam a admitir como provável a proposta de leis que legalizem a eutanásia e o suicídio assistido (que para já apenas são tolerados em 2 países e 1 estado americano). O testamento vital, já em discussão na Assembleia da República, pode ser o cavalo de Tróia que permita a disfarçada introdução da eutanásia por omissão na nossa realidade nacional.
 
Assim, a vida, supremo valor, como tal reconhecida por todos, começa a ser ofendida, desprestigiada, negada. É indispensável, é necessário que todas as pessoas de boa vontade examinem estes problemas e se proclamem defensoras da vida, independentemente das suas convicções políticas ou da presença ou ausência de um credo religioso. Só assim podemos garantir a vida, a saúde, a dignidade, o bem das nossas crianças e dos nossos velhos. Para que possamos afirmar, em plena alegria, que estamos vivos.
 
 
Walter Osswald, Professor catedrático aposentado (da Faculdade de Medicina do Porto) - Conselheiro do Instituto de Bioética da Universidade Católica Portuguesa

Bom Dia! 58


Fujamos à tentação fácil de culpar as pessoas que procedem mal, procuremos antes as verdadeiras causas porque assim procedem. 
Talvez na geração – ou gerações – anteriores resida a chave, esteja a raiz do problema o que, talvez nos leve à conclusão, de que, de facto, nada é novo no comportamento humano, o que hoje se faz sempre se fez e, talvez, pior. 
A única diferença está em que, nos dias de hoje, o secretismo ou a privacidade quase não existe e a mediatização assume proporções cada vez mais evidentes.
Em várias cartas que escreveu há dois mil anos, São Paulo insurgia-se contra e punha a nu os comportamentos de algumas comunidades da época, comportamentos em tudo semelhantes aos que hoje assistimos, desde o desregramento dos costumes morais, à apropriação indevida de bens, ao laxismo, à corrupção, etc.
O prazer é sempre efémero, sabe-se, mas, mesmo assim, exerce uma atracção fortíssima sobre as pessoas e as comunidades e se não existe critério no uso desses prazeres cai-se com facilidade no uso e abuso dos mesmos, sem pensar nas consequências futuras para o próprio e para a sociedade.
Quando de quer algo a qualquer preço ou a condição que for, é muito natural que se ceda à tentação de o obter o mais rapidamente possível e, então, parece que a vida gira em torno desse objectivo e, como se sabe, haverá sempre alguém interessado em proporcionar o seu alcance.
Daqui nasce o fenómeno da corrupção que parece estar instalado de forma inamovível na sociedade hodierna.
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