25/08/2010

Pais e filhos



É um facto que tantos jovens carecem de uma imagem vivida do pai – ou por vezes da mãe - capaz de os orientar para assimilar a fundo a realidade da Filiação Divina. Uma família desfeita priva os filhos dessa experiência de carinho e de segurança que só uma união indissolúvel entre o pai e a mãe permite alcançar com plenitude. Também é evidente que muitos pais e mães, por diversos motivos, concedem escasso relevo à sua paternidade ou à sua maternidade.

(D. Xavier Echevarria, Itenerarios de vida Cristiana, Editorial Planeta SA, Barcelona, Feb. 2001, pg. 13, trd. ama)

Paz



Onde há amor à justiça, onde existe respeito pela dignidade da pessoa humana, onde não se procura o capricho ou utilidade próprias, mas o serviço a Deus e aos homens, ali se encontra a paz.

(Álvaro del Portillo, Homília, 30.03.1985.03.30)

Textos de Reflexão para 25 de Agosto

Evangelho: Mt 23, 27-32

23 «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que pagais o dízimo da hortelã e do endro e do cominho, e descuidais as coisas mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade! São estas coisas que era preciso praticar, sem omitir as outras. 24 Condutores cegos, que filtrais um mosquito e engolis um camelo! 25 «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que limpais o que está por fora do copo e do prato, e por dentro estais cheios de rapina e de imundície! 26 Fariseu cego, purifica primeiro o que está dentro do copo e do prato, para que também o que está fora fique limpo.27 «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que sois semelhantes aos sepulcros branqueados, que por fora parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda a espécie de podridão! 28 Assim também vós por fora pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e iniquidade. 29 «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que edificais os sepulcros dos profetas e adornais os túmulos dos justos, 30 e dizeis: “Se nós tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido seus cúmplices no derramamento do sangue dos profetas!”. 31 Assim dais testemunho contra vós mesmos de que sois filhos daqueles que mataram os profetas, e 32 acabais de encher a medida de vossos pais.

Comentário:

A hipocrisia é, talvez, um dos defeitos mais comuns dos dias de hoje.
Gosta-se de aparentar o que se não é, que se possui o que se não tem, que se faz o que não se pratica.
Porquê? Penso que pela falta de vida interior que dá o critério justo a quem a leva a sério e procura vivê-la com verdade.
Uma das consequências mais terríveis da hipocrisia é a falta de credibilidade que o hipócrita, efectivamente, tem. Quando isto acontece constrói-se como que uma espécie de carapaça que nos vais deixando imunes á verdade, à correcção, à limpeza de vida. Poder-se-ão viver momentos de alguma felicidade, mas serão breves porque, o hipócrita é sempre desmascarado pela sua própria postura perante a vida e a sociedade. (ama, comentário sobre Mt 23, 27-32, 2010.07.14)

Tema: Fidelidade humana

Um homem é fiel quando considera que determinada causa é digna do seu empenho; quando se consagra de maneira voluntária e completa a esse empreendimento; quando a ele se dedica de forma contínua e prática, trabalhando firmemente a seu serviço. (Javier Abad Gómez, Fidelidade, Quadrante, 1991 pg. 10)

Doutrina: CCIC – 380: O que é a prudência?
                   CIC – 1806 - 1835

A prudência dispõe a razão para discernir em todas as circunstâncias o nosso verdadeiro bem e a escolher os justos meios para o atingir. Ela conduz as outras virtudes, indicando-lhes a regra e a medida.

Bens temporais




Peçamos os bens temporais discretamente, e tenhamos a segurança – se os recebemos – de que procedem de quem sabe que nos convêm. Pediste e não recebeste? Fia-te no Pai; se te conviesse ter-te ia dado. Julga por ti mesmo. Tu és diante de Deus, pela tua inexperiência das coisas divinas, como o teu filho ante ti com a sua inexperiência das coisas humanas. Aí tens esse filho chorando o dia inteiro para que lhe dês uma faca ou uma espada. Negas-te a dar-lha e não fazes caso do seu pranto, para não teres que chorá-lo morto. Agora geme, aborrece-se e dá pontapés para que o montes no teu cavalo; mas tu não fazes caso porque, não sabendo conduzi-lo, arrojá-lo-á e matá-lo-á. Se lhe recusas esse pouco, é para lhe reservares tudo; negas-Lhe agora os seus insignificantes e perigosos pedidos para que vá crescendo e possua sem perigo toda a fortuna.

(Stº Agostinho, Sermão, 80, 2 7-8)