17/10/2010

Tema para breve reflexão - 2010.10.17

Virtudes – Humildade

Quando me fazem um cumprimento, tenho necessidade de me comparar com o jumento que levava a Cristo no dia de ramos. E digo-me: "Como se teriam rido do burro se, ao escutar os aplausos da multidão, se tivesse ensoberbecido e tivesse começado - asno como era - a agradecer à direita e à esquerda!... Não vás tu fazer uma figura ridícula semelhante.

(A. Lucianni, Ilustríssimos Senhores, nr. 59)

Bom Dia! Outubro 17, 2010


A vida interior é o que podemos chamar de “vida verdadeiramente vivida”.
A ausência de vida interior não permite um conhecimento sério de si mesmo o que é fundamental para detectar as necessidades de melhoria, os pontos e particularidades em que esse esforço por melhorar tem de se aplicar com mais intensidade e perseverança.
Não se deve insistir numa melhoria vaga, sem objectivos concretos e bem definidos. Isto não conduz a nada de concreto.

Se tenho por hábito, ou, pelo menos, é frequente faltar à verdade é fundamental definir quando é que isso acontece mais frequentemente, sobre que temas e em que circunstâncias e não, decidir: a partir de agora não mentirei mais.

Esta citação da mentira ou, se preferirmos, a falta de veracidade, é intencional porque parece ser um defeito muito comum que, por vezes, por ser habitual, não se dá conta. Talvez, na maioria dos casos não se trate de uma mentira séria, grave, que prejudique alguém ou o próprio.
Uma das facetas de carácter que a isto conduz, é a imaginação, talvez, demasiado fértil e incontrolada.
À força de repetir uma história, relatar uma situação ou episódio que não tem um fundamento concreto mas se baseia na lucubração íntima dessas situações ou episódios, vai-se construindo algo que, aparentemente, aconteceu, seja verdade.

Muitas destas situações levam a pessoa a atribuir-se méritos que não lhe cabem, capacidades que não tem, a relatar episódios que não viveu.
Começa-se por “inventar” pequenas coisas e, vai-se deslizando com desconcertante à-vontade para situações factos mais sérios, perde-se a noção da realidade concreta e deixa-se de preocupar, sequer, com as circunstâncias, ambientes ou as pessoas que estão a ouvir. Em situações de confronto, por exemplo alguém que contesta com factos e razões indesmentíveis que o que se disse não é verdade o “calo” adquirido não deixa reconhecer o erro mas tão só argumentar com: “não era bem isso que eu queria dizer”.

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Textos de Reflexão para 17 de Outubro

Evangelho: Lc 18, 1-8

1 Disse-lhes também uma parábola, para mostrar que importa orar sempre e não cessar de o fazer: 2 «Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens. 3 Havia também na mesma cidade uma viúva, que ia ter com ele, dizendo: Faz-me justiça contra o meu adversário. 4 Ele, durante muito tempo, não a quis atender. Mas, depois disse consigo: Ainda que eu não tema a Deus nem respeite os homens, 5 todavia, visto que esta viúva me importuna, far-lhe-ei justiça, para que não venha continuamente importunar-me». 6 Então o Senhor acrescentou: «Ouvi o que diz este juiz iníquo. 7 E Deus não fará justiça aos Seus escolhidos, que a Ele clamam dia e noite, e tardará em socorrê-los? 8 Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Mas, quando vier o Filho do Homem, julgais vós que encontrará fé sobre a terra?».

Comentário:

É verdade, muitas vezes não sabemos bem o que pedir! As necessidades são tantas, os problemas acumulam-se diariamente, as soluções não estão à vista!
Tentamos organizar os nossos pedidos de modo a “cobrir” todas as nossas necessidades, talvez, com algum escrúpulo que pode muito bem ocorrer: se não pedir isto, desta forma…! Bom… muitas vezes as necessidades não o são realmente e, as preocupações nascem no nosso espírito aumentadas pela imaginação que dá voltas e reviravoltas aos problemas. Tenhamos uma certeza: Deus Nosso Senhor, sabe muito bem o que precisamos e quer que Lho peçamos sem desfalecimento. Talvez que não nos conceda exactamente o que pedimos mas nem por isso devemos parar de pedir. Talvez que, em vez de pedir que nos aligeire a carga sobre os nossos ombros, pedir-lhe, antes, que nos dê uns ombros fortes para a suportar. 

(ama, comentário sobre Lc 18, 18, 2010.08.16)

Tema: Virtudes - Pureza 1

A pureza como virtude, quer dizer, capacidade de 'manter o próprio corpo em santidade e respeito' (cfr. 1 Tes 4,4), aliada ao Dom de Piedade, como fruto da habitação do Espírito Santo no 'templo' do corpo, realiza nele uma plenitude tão grande de dignidade nas relações interpessoais, que o 'próprio Deus é glorificado nele'. A pureza é glória do corpo humano diante de Deus. É a glória de Deus no corpo humano. (joão Paulo II, Audiência geral, 1981.03.18)

Doutrina: : CCIC – 432:  Quais são os preceitos da Igreja?
                   CIC 2042 – 2043

São: 1) participar na missa do Domingo e Dias Santos de Guarda e abster-se de trabalhos e actividades que impeçam a santificação desses dias; 2) confessar os pecados recebendo o sacramento da Reconciliação ao menos uma vez cada ano; 3) comungar ao menos pela Páscoa da Ressurreição; 4) guardar a abstinência e jejuar nos dias marcados pela Igreja; 5) contribuir para as necessidades materiais da Igreja, cada um segundo as próprias possibilidades.