04/11/2010

OH POBRE CORAÇÃO


Oh pobre coração
o meu,
que se atém a tantas coisas,
e afinal só Uma interessa.
Oh pobre coração,
o meu, 
que sonha com tantas riquezas,
que afinal são só pobrezas.
Oh pobre coração,
o meu,
que se enche de orgulho e vaidade,
e afinal só se encontra, 
na humilde simplicidade.
Oh pobre coração,
o meu,
que dos outros faz julgamentos
quando deveria arrepender-se,
apenas dos seus lamentos.
Oh pobre coração,
o meu,
que se quer já tão adulto,
e deveria ser tão criança.
Oh pobre coração,
o meu, 
que se atormenta em desesperos,
quando deveria viver na fé,
confortar-se na esperança.
Oh pobre coração,
o meu,
tão cheio de mágoas e dores,
quando deveria viver no perdão,
e estar cheio de louvores.
Oh pobre coração,
o meu,
que fala sem nada dizer,
quando deveria prostrar-se
entregue em oração.
Oh pobre coração,
o meu,
que caminha cego o caminho,
quando deveria ver
que Ele nunca o deixa sozinho.
Oh pobre coração,
o meu,
encerrado na fatalidade,
quando deveria viver,
apenas e só na verdade.
Oh pobre coração,
o meu,
que bate neste meu peito,
que se pensa tão correcto,
e apenas é imperfeito.


Oh rico coração,
o meu,
que apesar do seu horror,
foi chamado a ser morada,
de Jesus Cristo,
o Senhor.



Monte Real, 3 de Novembro de 2010 

Publicado por JMA em http://queeaverdade.blogspot.com/2010/11/oh-pobre-coracao.html

Precisamos de Santos...

... sem véu ou batina, de Santos de calça jeans e tênis, de santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos, de santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se "lascam" na faculdade, de santos que tenham tempo todo dia para rezar e saibam namorar na pureza e castidade, de santos modernos, Santos do século XXI com uma espiritualidade inserida em nosso
tempo. De santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais, de santos que se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo. Precisamos de Santos que bebam Coca-Cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas. Precisamos de Santos que amem a Eucaristia e que tomem um refrigerante ou comam pizza no fim-de-semana com os amigos de santos que gostem de teatro, de música, de dança, de desporto. Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, alegres, companheiros. Precisamos de Santos que estejam no mundo e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos.
 
(João Paulo II)

Boa Dia! 36



Não se duvida que tal seja possível – no campo meramente teórico, entendamo-nos – ou seja, criar um homem ou uma mulher a partir de processos científicos, complexos mas cada vez mais comuns.


Mas, a pergunta permanece: são estas “criações” da ciência, seres humanos?

É evidente que não e, a razão está na base de toda a concepção da criação tal como querida por 
Deus.

Parece claro que a Vontade de Deus ao criar um homem e uma mulher, distintos 
e com características próprias tenha sido a “compulsão” de amor que ao constatar a obra da Sua Criação, verificando que tudo era bom ([i]), quis dar ao ser humano uma tarefa transcende 
que, em sumo grau, era de colaborar com Ele na reprodução da raça humana na proliferação de seres humanos que preenchessem o seu desejo de Amor.
Com o poder que detém, Deus, poderia ter criado imediatamente milhares de milhões de homens e mulheres atribuindo a cada um papel particular na sociedade humana.
Satisfaria, assim, o Seu Amor incomensurável de ter à Sua disposição seres inteligentes e livres que O amassem e adorassem pelo seu próprio arbítrio e escolha.
Optou por uma outra forma e que, em síntese, é a criação de um primeiro 
casal de seres humanos com características específicas e destinados a 
promover esse Seu desejo amoroso de uma série contínua de seres inteli-
gentes e dotados de vontade e querer próprios.

Quando o fez?

Não parecendo importante a discussão, de qualquer modo pode aceitar-se que a evolução das espécies foi uma realidade e que os “antepassados” do homem, tal como o conhecemos hoje, estejam integrados nessa 
evolução.
O que não duvidamos é que, em determinado momento, Deus “inseriu” nesse
ser uma alma passando, nesse preciso momento, a algo totalmente diferente:
um ser humano.
O Criador “resolveu” não interferir na escolha de cada ser humano deixando ao
seu livre arbítrio o aceitar a Sua Lei, o Seu Comando, a Sua Vontade e, até, o 
seu dever de sujeição como criatura ao Criador.

Porquê?

Por Amor, única e exclusivamente por amor!
Deus não pode nunca actuar de outra forma a não ser por Amor e movido pelo 
Amor já que, Ele próprio é O AMOR!

E aqui está a base e o principio de tudo o que se refere à Criação: O Amor!

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[i] Gn 6, 5.

Tema para breve reflexão - 2010.11.04

Economia e Justiça

A economia tem as suas próprias leis e mecanismos, mas estas leis não são suficientes nem supremas, nem esses mecanismos são inamovíveis. A ordem económica não deve conceber-se como uma ordem independente e soberana, mas há-de estar submetida aos princípios superiores da justiça social, que corrijam os defeitos e deficiências da ordem económica e tenham em conta a dignidade da pessoa.

(Cf. Pio XI, Encíclica Quadragesimo anno, 15.06.1931, 37.)

Textos de Reflexão para 04 de Novembro

Quinta 04 Nov

Evangelho: Lc 15, 1-10

1 Aproximavam-se d'Ele os publicanos e os pecadores para O ouvir. 2 Os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: «Este recebe os pecadores e come com eles». 3 Então propôs-lhes esta parábola: 4 «Qual de vós, tendo cem ovelhas, se perde uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto, para ir procurar a que se tinha perdido, até que a encontre? 5 E, tendo-a encontrado, a põe sobre os ombros todo contente6 e, indo para casa, chama os seus amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha que se tinha perdido. 7 Digo-vos que, do mesmo modo, haverá maior alegria no céu por um pecador que fizer penitência que por noventa e nove justos que não têm necessidade de penitência». 8 «Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, e perdendo uma, não acende a candeia, não varre a casa, e não procura diligentemente até que a encontre? 9 E que, depois de a achar, não convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque encontrei a dracma que tinha perdido. 10 Assim vos digo Eu que haverá alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que faça penitência».

Comentário:

Sobre os ombros fortes deste Pastor Divino, ombros que suportaram o tremendo peso do madeiro da Cruz, sentimo-nos protegidos quando nos carrega e às nossas faltas e pecados, de volta à casa do Pai donde, tão amiúde, nos afastamos.
Esta certeza de que Ele nunca desiste de nos procurar até que nos encontre é para nós, homens fracos e pecadores, esperança confiante que o regresso é sempre possível e que nos bastará deixarmo-nos conduzir com docilidade para recuperarmos a alegria perdida. 

(ama, meditação sobre Lc 15, 1-10, Carvide, 2010.09.12)

Tema: Novíssimos - Inferno 1

O Inferno existe, é uma verdade de fé. Várias descrições têm sido feitas ao longo dos tempos – talvez a mais recente a da Beata Jacinta Marto – sobre visões do Inferno. A imaginação pode levar-nos onde quisermos mas, a verdade, é que o supremo castigo e maior suplício ou pena será a privação de ver a Deus face a face. 

(ama, sobre Inferno, 1, 2010.10.18)

Doutrina: CCIC – 449: O que é o perjúrio?
                   CIC – 2152-2155

É fazer, sob juramento, uma promessa com intenção de a não manter ou de violar a promessa feita sob juramento. É um pecado grave contra Deus, que é sempre fiel às suas promessas.

Festa: S. Carlos Borromeu

                                                                                                                                                            Nota Histórica 
Nasceu em Arona (Lombardia) no ano 1538; depois de ter conseguido o doutoramento In utroque iure, foi nomeado cardeal por Pio IV, seu tio, e eleito bispo de Milão. Foi um verdadeiro pastor da Igreja no exercício desta missão: visitou várias vezes toda a diocese, convocou sínodos e desenvolveu a mais intensa actividade, em todos os sectores, para a salvação das almas, promovendo por todos os meios a renovação da vida cristã. Morreu no dia 3 de Novembro de 1584.