14/12/2010

Boa Tarde! 16

Claro que podes voar!

Acaso a oração não te dá as asas que precisas para o fazer?

16

 (ama, 2010.12.14)

LITURGIA DAS HORAS

.
.
II. LAUDES MATUTINAS E VÉSPERAS




37. «O Ofício de Laudes, como oração da manhã, e o de Vésperas, como oração da tarde, constituem segundo uma venerável tradição da Igreja universal, como que os dois pólos do Ofício quotidiano; por isso, devem considerar-se como Horas principais, e como tais se devem celebrar»2.



38. O Ofício de Laudes destina-se a santificar o tempo da manhã; e, como se pode ver por muitos dos seus elementos, neste sentido estão estruturados. O seu carácter de oração da manhã está belamente expresso nestas palavras de S. Basílio Magno: «As Laudes matutinas têm por fim consagrar a Deus os primeiros movimentos da nossa alma e do nosso espírito, de modo a nada empreendermos antes de nos alegrarmos com o pensamento de Deus, segundo o que está escrito: «Lembrei-me de Deus, e enchi-me de alegria» (Salmo 76,4); e ainda para que o corpo não se entregue ao trabalho antes de fazermos o que está escrito: «Eu Vos invoco, Senhor, pela manhã, e ouvis a minha voz: de manhã vou à vossa presença e espero confiado» (Salmo 5,4-5).3
Esta Hora, recitada ao despontar da luz de um novo dia, evoca também a Ressurreição do Senhor Jesus, a Luz verdadeira que ilumina todos os homens (cf. Jo 1,9), o «Sol de Justiça» (Mal 4,2), o «Sol nascente que vem do alto» (Lc 1,78). Neste sentido, compreende-se perfeitamente a recomendação de S. Cipriano: «Devemos orar logo de manhã para celebrar, na oração matinal, a Ressurreição do Senhor»4.



39. As Vésperas celebram-se à tarde, ao declinar do dia «a fim de agradecermos tudo quanto neste dia nos foi dado e ainda o bem que nós próprios tenhamos feito»5. Com esta oração, que fazemos subir «como incenso na presença do Senhor» e em que o «erguer das nossas mãos é como o sacrifício vespertino»6, recordamos também a obra da Redenção.
E, «num sentido mais sagrado, pode ainda evocar aquele verdadeiro sacrifício vespertino que o nosso Salvador confiou aos Apóstolos na última Ceia, ao inaugurar os sacrossantos mistérios da Igreja, quer aquele sacrifício vespertino que, no dia seguinte, no fim dos tempos, Ele ofereceu ao Pai, erguendo as mãos para a salvação do mundo inteiro»7. Finalmente, no sentido de orientar a nossa esperança para a luz sem crepúsculo, «oramos e pedimos que sobre nós brilhe de novo a luz, imploramos a vinda de Cristo, que nos virá trazer a graça da luz eterna»8. Nesta hora, unimos as nossas vozes às das Igrejas orientais, cantando: «Luz esplendente da santa glória do Pai celeste e imortal, santo e glorioso Jesus Cristo! Chegada a hora do sol poente, contemplando a estrela vespertina, cantamos ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo...».



40. Dar-se-á, portanto, a estas duas Horas de Laudes e Vésperas a máxima importância como oração da comunidade cristã. Promover-se-á a sua celebração pública e comunitária, principalmente entre as pessoas que vivem em comunidade. Recomenda-se mesmo a sua recitação a todos os fiéis que não possam tomar parte na celebração comunitária.



41. O Ofício de Laudes e de Vésperas começa pelo versículo — Deus, vinde, em nosso auxílio: Senhor, socorrei-nos e salvai-nos — ao qual se segue o Glória ao Pai com o Como era, e (fora do tempo da Quaresma) Aleluia. Tudo isto, porém, se omite em Laudes, quando estas forem antecedidas do Invitatório.



42. Segue-se o hino respectivo. A função do hino é dar a cada hora do Ofício ou a cada festa como que a sua tonalidade própria; e ainda, de modo particular nas celebrações com o povo, tornar mais fácil e agradável o começo da oração.



43. A seguir ao hino, vem a salmodia, conforme os nn. 121- 125. A salmodia de Laudes consta de um salmo de carácter matinal, um cântico do Antigo Testamento e um salmo laudatório, segundo a tradição da Igreja.
A salmodia de Vésperas consta de dois salmos (ou de duas secções de um salmo mais longo) adequados a esta Hora e à celebração com o povo, mais um cântico tirado das Epístolas ou do Apocalipse.



44. Terminada a salmodia, segue-se uma leitura, breve ou longa.



45. A leitura breve é variável conforme o dia, o tempo litúrgico ou a festa. Há-de ser lida e escutada como verdadeira proclamação da palavra de Deus, na qual se propõe,
de uma forma incisiva, um pensamento sagrado e é posta em relevo alguma frase mais breve que na leitura contínua da Sagrada Escritura passaria despercebida.
As leituras breves variam para cada dia do ciclo salmódico.



46. Em vez da leitura breve, pode-se escolher, mormente na celebração com o povo, uma leitura bíblica mais longa tirada quer do Ofício da Leitura quer das leituras da Missa, devendo-se escolher de preferência aqueles textos que, por qualquer razão, não tenham podido ser lidos. Nada impede também que, uma vez por outra, se escolha uma leitura mais apropriada, segundo as normas dos nn. 248-249 e 251.



47. Na celebração com o povo, se parecer bem, pode-se ajuntar uma breve homilia, de comentário à leitura precedente.



48. Após a leitura ou a homilia, se for oportuno, pode-se guardar um momento de silêncio.



49. Como resposta à palavra de Deus, segue-se um canto responsorial ou responsório breve, que eventualmente se pode omitir.
Também pode ser substituído por outro canto de função e características idênticas, desde que esteja devidamente aprovado pela Conferência Episcopal.



50. Seguidamente, diz-se o cântico evangélico com sua antífona: nas Laudes, o cântico de Zacarias, Benedictus; nas Vésperas, o cântico da B. Virgem Maria, Magnificat. Estes cânticos, cujo uso radica numa tradição secular e popular da Igreja Romana, são um hino de louvor e acção de graças pela redenção. As antífonas de Benedictus e de Magnificat variam conforme o dia, o tempo litúrgico ou a festa.



51. Terminado o cântico, seguem-se: em Laudes, as preces, a consagrar o dia ao Senhor; em Vésperas, as súplicas de intercessão (cf. nn. 179-193).



52. Às preces ou às súplicas segue-se o Pai Nosso, recitado por todos.



53. Depois do Pai Nosso, diz-se a oração conclusiva. Esta, para as férias do Tempo Comum, vem no Saltério; para os restantes dias, no Próprio.



54. Seguidamente, no caso de presidir à celebração um sacerdote ou diácono, este faz a despedida do povo, com a saudação O Senhor esteja convosco e a bênção, como na Missa, e o convite Vamos em paz. R. Amen. Aliás, termina a celebração com O Senhor nos abençoe, etc.





2 Conc. Vat. II, Const. Sacrosanctum Concilium, n. 89 s.; cf. Ibid., n.
100.
3 S. Basílio M., Regulae fusius tractatae, Resp. 37, 3: PG 31, 1014.
4 S. Cipriano, De oratione dominica 35: PL 4, 561.
5 S. Basílio, o. c.: PG 31, 1015.
6 Cf. Salmo 140, 2.
7 Cassiano, De Institutione coenob., L. 3, c. 3: PL 49, 124. 125.
8 S. Cipriano, De Oratione dominica, 35: PL 4, 560.


Retirado do site do Secretariado Nacional de Liturgia
.
.

Bom Dia! 76


Que já trabalhei muito e duramente agora tenho direito a 'sopas e descanso'

Claro, direito até pode ter se considerar que há tempo para trabalhar e tempo para descansar, só que, nenhum destes 'tempos' é permanente, isto é, deve intervalar-se o trabalho com o merecido descanso.

A questão reside no conceito de descanso.

Para o sujeito que faz a afirmação acima é evidente que considera que descansar é não fazer nada e, isto, é absolutamente errado.
Descansar é justamente intervalar o trabalho habitual com qualquer outra actividade útil.
Dormir mais que o habitual pode ser útil para quem, normalmente goza de poucas horas de sono.
Passear, deambular por terras ou locais que não se conhecem constitui um bom descanso e, ao mesmo tempo a possibilidade de conhecer e contactar coisas novas e, assim, enriquecer-se.

76


Para ver desde o início, clicar aqui: https://sites.google.com/site/sobreavidahumana/vida-humana

Tema para breve reflexão - 2010.12.14

Confissão Frequente 3

Precisamente, um dos motivos principais para o alto apreço de uma confissão frequente é que, se bem praticada, é inteiramente impossível um estado de tibieza. Esta convicção pode ser o fundamente para que a Santa Igreja recomende tão insistentemente (...) a Confissão frequente ou Confissão semanal.

(B. Baur, La confesión frecuente, Herder, Barcelona 1974, pgs. 106-107, trad ama)

Textos de Reflexão para 14 de Dezembro

3ª Terça-Feira do Advento 14 de Dezembro

Evangelho: Mt 21, 28-32

28 «Mas que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Aproximando-se do primeiro, disse-lhe: “Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha”.29 Ele respondeu: “Não quero”. Mas, depois, arrependeu-se e foi.30 Dirigindo-se em seguida ao outro, falou-lhe do mesmo modo. E ele respondeu: “Eu vou, senhor”, mas não foi.31 Qual dos dois fez a vontade do pai?». Eles responderam: «O primeiro». Disse-lhes Jesus: «Na verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes vos precederão no reino de Deus.32 Porque veio a vós João pelo caminho da justiça, e não crestes nele; e os publicanos e as meretrizes creram nele. E vós, vendo isto, nem assim fizestes penitência depois, crendo nele.




Nota:
Durante o Tempo do Advento não publicamos o costumado Comentário e/ou Meditação sobre o Evangelho do dia. Convidamos o leitor a fazê-lo e a amabilidade de o “postar) em comentários. 
Tema para consideração: A confissão frequente

2 . Como devemos praticar a confissão frequente? – (3)

A)   O propósito

1.    Muitos dos que se confessam frequentemente incorrem na falta de não fazer propósito sério no que respeita a grande parte dos pecados que se confessam. São Francisco de Sales disse que é um abuso confessar um pecado que ainda não se está decidido a evitar ou pelo menos a combater a sério.[1] Desgraçadamente este abuso converteu-se em prática, sobretudo, na confissão feita por costume, em que todas as vezes se acusa o mesmo, sem nenhum progresso, sem diminuição do número e classe de pecados veniais, sem nenhuma rejeição enérgica, sem aumento de zelo para aspirar ao bem. Aqui tem de haver alguma falta. O que falta é o propósito. Adquire-se o costume de acusar-se destes ou daqueles pecados veniais, sem pensar seriamente em lutar contra eles. Há um propósito geral ou incluído no próprio acto do arrependimento, e da mesma forma a confissão é válida; mas frutuosa, construtiva, propulsora da vida interior, mal o poderá ser uma confissão assim feita. Neste ponto têm os confessores uma responsabilidade para com os que se confessam com frequência; mas não somente os confessores, mas antes de mais os próprios penitentes.
Por isso as almas mais puras e proveitosas não se acusarão na confissão frequente de faltas, infidelidades ou pecados de fraqueza que não estejam resolvidas a combater com toda a sua vontade. Mas não é possível, ao mesmo tempo e duradouramente, concentrar com constância toda a atenção e força em grande número de pontos, de faltas de fraquezas. Por isso deve guardar-se esta regra fundamental: Pouco, mas bom, com toda a seriedade e vontade, com constância a perseverança. Divide et impera: dividir para vencer. Da mesma forma a tais almas ser-lhes-á necessário limitar o propósito da sua confissão a poucos pontos; melhor, a uma só falta contra a qual queiram lutar, a um só ponto que tenham sempre à vista, em que queiram concentrar todo o seu esforço. Em primeiro lugar, o necessário naquele momento, o importante, aquilo que naquelas circunstâncias é o principal para eles. Muito depende de que este propósito seja bem escolhido e formado.

Doutrina: CCIC – 589:  Como é santificado o Nome de Deus em nós e no
                                       mundo?
                    CIC -  2813-2815

Santificar o Nome de Deus que nos chama «à santificação» (1 Tes 4,7) é desejar que a consagração baptismal vivifique toda a nossa vida. É pedir, além disso, com a nossa vida e a nossa oração, que o Nome de Deus seja conhecido e bendito por todos os homens.


Festa: São João da Cruz – Doutor da Igreja

                                                                                                                                                              Nota Histórica 
Nasceu em Fontiveros, província de Ávila (Espanha) pelo ano de 1542. Depois de ter passado algum tempo na Ordem dos Carmelitas, foi o primeiro entre os seus irmãos de Religião que, a partir de 1568, persuadido por Santa Teresa de Jesus, se declarou a favor da reforma da sua Ordem, e suportou, por isso, inumeráveis sofrimentos e trabalhos. Morreu em Úbeda no ano 1591, com grande fama de santidade e sabedoria, de que dão testemunho os seus escritos espirituais.


[1] A vida devota, 2. 19.