31/05/2011

Diálogos apostólicos

Diálogos


Sim, evidentemente, podes contar sempre comigo!

Afinal, vês…o que estás a fazer agora com esse teu amigo não é exactamente o mesmo que aconteceu connosco?



ama , 2011.05.31

Luz e trevas

Luz e trevas: Uma reflexão oportuna de JMA

Teresa de Calcutá - Pensamentos 17




Quem são as pessoas mais necessárias?     


Os Sacerdotes

TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

“Conta-lhe tudo o que te acontece”

– Queres amar a Virgem? – Pois então conversa com Ela! – Como? – Rezando bem o Rosário de Nossa Senhora. Mas, no Rosário... dizemos sempre o mesmo! – Sempre o mesmo? E não dizem sempre a mesma coisa os que se amam?...
(Prólogo ao Santo Rosário)


Quanto cresceriam em nós as virtudes sobrenaturais se conseguíssemos verdadeira devoção a Maria, que é Nossa Mãe! Não nos importemos de lhe repetir durante todo o dia – com o coração, sem necessidade de palavras – pequenas orações, jaculatórias. A devoção cristã reuniu muitos desses elogios carinhosos na Ladainha que acompanha o Santo Rosário. Mas cada um de nós tem a liberdade de os aumentar, dirigindo-lhe novos louvores, dizendo-lhe o que – por um santo pudor que Ela entende e aprova – não nos atreveríamos a pronunciar em voz alta.



Aconselho-te – para terminar – que faças, se o não fizeste ainda, a tua experiência particular do amor materno de Maria. Não basta saber que Ela é Mãe, considerá-la deste modo, falar assim d'Ela. É tua Mãe e tu és seu filho; quer-te como se fosses o seu único filho neste mundo. Trata-a de acordo com isso: conta-lhe tudo o que te acontece, honra-a, ama-a. Ninguém o fará por ti, tão bem como tu, se tu não o fizeres.



Asseguro-te que, se empreenderes este caminho, encontrarás imediatamente todo o amor de Cristo; e ver-te-ás metido na vida inefável de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Conseguirás forças para cumprir bem a Vontade de Deus, encher-te-ás de desejos de servir todos os homens. Serás o cristão que às vezes sonhas ser: cheio de obras de caridade e de justiça, alegre e forte, compreensivo com os outros e exigente contigo mesmo.



Este e não outro é o carácter da nossa fé. Recorramos a Santa Maria, que Ela nos acompanhará com um passo firme e constante.

(Amigos de Deus, 293)


© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

ORAÇÃO EXIGE LUTA, FIRMEZA E HUMILDADE

Luz do Alto
Rezar é «quase um corpo-a-corpo simbólico» com Deus, que não é 
«adversário» mas que «abençoa» e «permanece misterioso»

O Papa salientou hoje que a oração exige luta, firmeza e humildade, numa relação com Deus sujeita a atravessar períodos de incerteza.

A existência humana é como uma “longa noite de combate e oração, habitada pelo desejo de bênção divina” que, recebida “com humildade” através da “misericórdia” de Deus, dá uma nova identidade à pessoa”.

A alocução do Papa, proferida na Praça de São Pedro, baseou-se no relato do livro bíblico do Génesis que conta a luta nocturna de Jacob com um desconhecido, que ao amanhecer o protagonista viria a reconhecer tratar-se de Deus.

Depois de salientar que a Igreja tomou esta narrativa como “símbolo da oração como combate da fé e vitória da perseverança”, Bento XVI referiu que rezar “exige confiança e intimidade”, tratando-se “quase” de um “corpo-a-corpo simbólico, não com um Deus adversário, mas com o Senhor que abençoa e que permanece misterioso”.

A experiência espiritual pode ser “difícil” mas “transforma e é uma inesgotável fonte de graça”, assinalou o Papa, que deu como exemplo a mudança operada em Jacob, “cujo nome derivava do verbo hebraico que significa ‘enganar’”, e que veio a chamar-se “Israel, que significa ‘Deus é forte, Deus vence’”.

A “noite” do patriarca torna-se para os crentes “um ponto de referência para compreender a relação com Deus que na oração encontra a sua máxima expressão”.

bento XVI, audiência geral, 2011.05.25

INFORMAÇÕES MUITO BREVES    [De vez em quando] 2011.05.31

Sobre a família 68

Matrimónio: Um com uma 2

O que é o casamento?





O casamento é uma instituição natural na qual um homem e uma mulher se dão um ao outro exclusivamente para toda a vida numa relação sexual que está aberta à procriação. É uma causa publicamente reconhecida, honrada e e apoiada por causa da sua única capacidade de gerar nova vida humana e encontrar as mais profundas necessidades das crianças pelo amor e inter-relação entre o seu pai e a sua mãe. O casamento é diferente e distinto de outras relações sexuais ou de carinho por causa da sua permanência, a sua orientação natural para a vida, e a forma como congrega e expressa a totalidade humana no macho e na fêmea.

mary joseph,[i]  MercatorNet, 2011.03.09, trad ama



[i] Mary Joseph is a project officer at the Life, Marriage and Family Centre of the Catholic Archdiocese of Sydney.

Evangelho do dia e comentário








Páscoa – VI Semana




Evangelho: Lc 1, 39-56 visitação e N Senhora

39 Naqueles dias, levantando-se Maria, foi com pressa às montanhas, a uma cidade de Judá. 40 Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. 41 Aconteceu que, logo que Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe no ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo; 42 e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre. 43 Donde a mim esta dita, que venha ter comigo a mãe do meu Senhor? 44 Porque, logo que a voz da tua saudação chegou aos meus ouvidos, o menino saltou de alegria no meu ventre. 45 Bem-aventurada a que acreditou, porque se hão-de cumprir as coisas que lhe foram ditas da parte do Senhor». 46 Então Maria disse: «A minha alma glorifica o Senhor; 47 e o meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador, 48 porque olhou para a humildade da Sua serva. Portanto, eis que, de hoje em diante, todas as gerações me chamarão ditosa, 49 porque o Todo-poderoso fez em mim grandes coisas. O Seu nome é Santo, 50 e a Sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. 51 Manifestou o poder do Seu braço, dispersou os homens de coração soberbo. 52 Depôs do trono os poderosos, elevou os humildes. 53 Encheu de bens os famintos, e aos ricos despediu de mãos vazias. 54 Tomou cuidado de Israel, Seu servo, lembrado da Sua misericórdia; 55 conforme tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre». 56 Maria ficou com Isabel cerca de três meses; depois voltou para sua casa.

Comentário:


Desde há vinte séculos, a fonte da alegria cristã não cessou de jorrar na Igreja e, especialmente, no coração dos santos... Na primeira fila, está a Virgem Maria, cheia de graças, a Mãe do Salvador. Acolhedora do anúncio do alto, serva do Senhor, esposa do Espírito Santo, mãe do Filho eterno, ela deixa explodir a sua alegria diante da sua prima Isabel que lhe celebra a fé: "A minha alma exalta o Senhor e o meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador... Doravante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada".   
Ela compreendeu, melhor do que todas as outras criaturas, que Deus faz maravilhas: o seu nome é santo, Ele mostra a sua misericórdia, ergue os humildes, é fiel às suas promessas. Não que, para Maria, o desenrolar visível da sua vida saia da trama habitual, mas ela medita nos menores sinais de Deus, rememorando-os no seu coração (Lc 2, 19.51). Não que os sofrimentos lhe tenham sido poupados: ela está de pé, junto da cruz, eminentemente associada ao sacrifício do Salvador inocente, mãe das dores. Mas ela está também aberta, sem medida, à alegria da Ressurreição; também ela foi elevada, em corpo e alma, à glória do céu. Primeira a ser resgatada, imaculada desde o momento da sua Conceição, incomparável morada do Espírito, habitáculo puríssimo do Redentor dos homens, ela é ao mesmo tempo a Filha bem-amada de Deus e, em Cristo, a Mãe universal. Ela é o símbolo perfeito da Igreja terrestre e glorificada.
Na sua existência singular de Virgem de Israel, que ressonância maravilhosa adquirem as palavras proféticas a respeito da nova Jerusalém: "Eu exulto de alegria no Senhor, a minha alma rejubila no meu Deus, porque me revestiu com as vestes da salvação, envolveu-me no manto da justiça, tal como um jovem esposo se orna com um diadema, tal como uma noiva se enfeita com as suas jóias" (Is 61,10)!

(paulo VI, Exortação apostólica, Gaudete in Domino)

30/05/2011

Diálogos apostólicos

Diálogos


Por isso mesmo te tenho dito – e repito – aconselha-te bem, prepara a conversa, pede o auxílio do Espírito Santo para que te dê Dom de Línguas e, a próxima conversa será – tenho a certeza – a primeira de muitas outras que se seguirão.



ama , 2011.05.30

TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

“Rainha da paz, roga por nós!”

Santa Maria é (e assim a invoca a Igreja) a Rainha da paz. Por isso, quando se agitar a tua alma, ou o ambiente familiar ou profissional, a convivência na sociedade ou entre os povos, não cesses de aclamá-la com esse título: "Regina pacis, ora pro nobis!", Rainha da paz, roga por nós! Experimentaste-o alguma vez, quando perdeste a tranquilidade?... Surpreender-te-ás com a sua imediata eficácia. (Sulco, 874)


Não há paz em muitos corações que tentam em vão compensar a intranquilidade da alma com a distracção contínua, com a pequena satisfação dos bens que não saciam, porque deixam sempre o travo amargo da tristeza. (...)

Cristo, que é a nossa paz, é também o Caminho. Se queremos a paz, temos de seguir os seus passos. A paz é consequência da guerra, da luta, dessa luta ascética, íntima, que cada cristão deve sustentar contra tudo aquilo que, na sua vida, não é de Deus: contra a soberba, a sensualidade, o egoísmo, a superficialidade, a estreiteza do coração. É inútil clamar pelo sossego exterior se falta tranquilidade nas consciências, no fundo da alma, porque é do coração que saem os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as fornicações, os furtos, os falsos testemunhos, as blasfémias. (Cristo que passa, 73)


© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Interpretar S. Josemaria Escrivá

Observando
Charlie Cox conta como interpretou São Josemaria Escrivá, no filme ENCONTRARÁS DRAGÕES

O actor britânico Charlie Cox, que interpreta o papel do fundador do Opus Dei, Josemaria Escrivá, no filme Encontrarás Dragões, fala da sua experiência ao representar um santo numa entrevista com Ana Sánchez de la Nieta para El Mundo (6-04-2011).

Quando a jornalista lhe pergunta o que é que o levou a aceitar este papel, esclarece que "não tinha nenhuma opinião sobre o Opus Dei nem sobre Josemaria. O guião apresentava Josemaria Escrivá de uma forma positiva e, no entanto, eu encontrei muitas pessoas que tinham reacções muito fortes contra o Opus Dei". Isto fez despertar a sua curiosidade: "¿Por que é que tanta gente tinha tantos preconceitos contra esta instituição?" E decidiu investigar por sua conta: "Li muito, conheci pessoas, fui a vários centros do Opus Dei... e descobri que muitas coisas que tinham ouvido eram falsas ou exageradas. A minha experiência até agora tem sido totalmente positiva".

O que mais lhe chamou a atenção na personagem que ia interpretar é que "Josemaria era uma pessoa com uma grande capacidade para amar toda a gente e, ao mesmo tempo, profundamente autêntico. Nos vídeos que vi, reparei que não tinha nenhum inconveniente em dizer o que pensava sobre o modo como um cristão deve viver". Confessa que "durante as filmagens sentia uma grande responsabilidade". Com frequência olhava para uma fotografia da cerimónia da Canonização de São Josemaria, via a praça de São Pedro repleta de uma multidão imensa, "e sentia o peso de estar a interpretar uma pessoa notável e que eu queria representar de forma correcta. Era um enorme desafio para mim".

Durante a rodagem do filme contaram com a assessoria de John Wauck, um sacerdote do Opus Dei, que também o surpreendeu. "Esperava encontrar um homem duro, rígido, uma pessoa que inclusivamente podia infundir um certo medo. O que agora sinto é uma grande amizade por um dos homens com a mente mais aberta que conheci na minha vida".

Sobre a sua experiência de trabalhar com Roland Joffé, afirma que "é o director de actores no sentido mais autêntico do termo" e que "protege tanto o processo criativo de cada actor" que é fantástico trabalhar com ele.

INFORMAÇÕES MUITO BREVES    [De vez em quando] 2011.05.30

Burgessismo lusitano (Afonso Cabral)

Navegando pela minha cidade
A Rua das Doze Casas fica para os lados do Marquês e é bastante conhecida simplesmente por a Segurança Social lá ter um gabinete que, juntamente com o da Rua Miguel Bombarda, terem sido os únicos que existiam no Porto para atenderem os utentes durante muitos e muitos anos. Tirando este facto a rua não tem qualquer espécie de interesse e até já não foi rua, foi viela.

O certo é que lá tive de ir (ao tal gabinete da Segurança Social) para tratar de um assunto.

Para não apanhar a senha nº 253 e o atendimento ir na nº 57, saí cedo de casa para no caminho tomar um café rápido ao balcão de uma confeitaria qualquer.

E foi exactamente quando estava a entrar na Confeitaria Nobreza – e aqui começa falta dela - que ouvi o empregado do balcão dizer a uma cliente conhecida dele: morreu mais um adepto do Benfica! e começa a rir de gozo amarelo envelhecido.

Foi assim como fiquei a saber que uma unidade de elite do exército americano, ao fim de quase dez anos, tinha capturado e morto o Osama bin Laden.

E assim somos nós, portugueses. Diante da notícia da morte da mais recente incarnação do mal; do responsável máximo por tanto ódio; tanto sofrimento; tanta injustiça e tanta esperança inocente ceifada numa sangueira de matadouro global, gozamos em futebolês.

“ O entorpecimento da consciência tem consequências imediatas no pensamento que, por seu turno, entorpece sem remorsos. Por isso se diz que se pensa pouco em Portugal. Há como que uma ligeira estupidez reinante, um vapor de burgessismo que se nos cola à pele … O que é a grosseria? Resulta do esforço e da impossibilidade de dar forma a um fundo visceral sem forma… O pior, na grosseria, não é a ruína da forma, mas a arrogância em julgar-se forma: violência característica do burgesso; o qual, por isso, não chega a destruir completamente a forma, erigindo os seus borborigmos em linguagem única e livre” [i]

A frase com que fui informado sobre a morte de Bin Laden é paradigmática do burgessismo descrito pelo José Gil. Mas precisei de saber exactamente o que é que ele queria dizer com borborigmos pois não sabia o significado da palavra. E para isso fui ao dicionário.

Fiquei a saber que o empregado da confeitaria não tinha falado, tinha antes produzido um ruído por gases nos intestinos e dei total razão ao José Gil.

E o horror das explosões que só deixam sangue que jamais será estancado; pó que jamais será limpo e dor que jamais será suavizada, é traduzido em gozo.

Pequenino gozo que convive com pequeninos ódios. Ódio que se fomenta, que vive larvarmente e se exprime no futebolês das claques e dos adeptos que se enforcam com cachecóis azuis e brancos onde se pode ler em grandes letras: TODA A MERDA É BENFICA; BENFICA: ÓDIO ETERNO; FILHOS DA PUTA SLB; BENFICA ODEIO-TE. [ii]

Quando toda uma indústria de marketing e confecção vive da exploração do sentimento do ódio, pode-se perguntar: o que fariam com o poder do Bin Laden? Ou: o ódio grande não será o somatório de milhares de pequeninos ódios?

Irónica e tristemente não me posso esquecer que o livro GUERRA SEM FIM (Prémio Pulitzer) do repórter de guerra Dexter Filkins sobre reportagens no Afeganistão e no Iraque começa exactamente assim: Levaram o homem para um lugar situado no meio de um campo. Um campo de futebol, erva, mas principalmente terra na parte central, onde os jogadores passavam a maior parte do jogo. [iii]
Afinal, o mal é só um conceito abstracto ou é sempre a concreta negação do bem, seja ele muito pequeno ou muito grande?

Afinal, onde está a nossa liberdade? O livre arbítrio? A nossa escolha?

Penso que - como tudo na natureza - nada nasce grande. Tudo nasce pequeno e, se se deixar, cresce e cresce. Seja o ódio…  seja o amor.


Afonso Cabral


[i] José Gil – PORTUGAL, HOJE – O Medo de Existir – Relógio D’Água, Novembro 2004, págs. 105 e 106
[ii] Declaração de interesses: sempre fui e sou adepto do FCP
[iii] Dexter Filkins – GUERRA SEM FIM - casa das letras – Abril de 2010, pág. 23