16/01/2011

Diálogos apostólicos



Apareceste-me com semblante carregado como se arrastasses uma carga insuportável.

À minha pergunta respondeste que estavas metido num grande sarilho.
Insisti e acabaste por dizer que te sentias como que espartilhado no meio de uma série de obrigações e compromissos que tinhas assumido.

Tive de te pôr as coisas com clareza: subir, aparentemente, custa mais que descer. 

De facto, leva-se mais tempo a atingir o cume do que a chegar ao fundo. 

A diferença - a grande diferença - está na perspectiva; no cume, quanto mais alto mais a vista se perde na lonjura, no fundo, quanto mais fundo mais reduzido é o ângulo de visão.

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 (ama, 2011.01.16)

A pobreza é ilegal



OBSERVANDO

Porque aliviar a pobreza não é erradicá-la

ORAÇÃO E MÚSICA 4

Gloria a Deus:




Glória a Deus nas alturas
e paz na terra aos homens por Ele amados.


Senhor Deus, Rei dos céus, Deus Pai todo-poderoso:
nós Vos louvamos,
nós Vos bendizemos,
nós Vos adoramos,
nós Vos glorificamos,
nós Vos damos graças,
por vossa imensa glória.

Senhor Jesus Cristo, Filho Unigénito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai:
Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós;
Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica;
Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de nós.

Só Vós sois o Santo;
só Vós, o Senhor;
só Vós, o Altíssimo, Jesus Cristo;
com o Espírito Santo na glória de Deus Pai.

Ámen.

Evangelho e comentário do dia


Tempo comum - II Semana



Evangelho: Jo 1, 29-34

29 No dia seguinte João viu Jesus, que vinha ter com ele, e disse: «Eis o Cordeiro de Deus, eis O que tira o pecado do mundo. 30 Este é Aquele de Quem eu disse: Depois de mim vem um homem que é superior a mim, porque era antes de mim, 31 eu não O conhecia, mas vim baptizar em água, para Ele ser reconhecido em Israel». 32 João deu este testemunho: «Vi o Espírito descer do céu em forma de pomba e repousou sobre Ele. 33 Eu não O conhecia, mas O que me mandou baptizar em água, disse-me: Aquele sobre quem vires descer e repousar o Espírito, esse é O que baptiza no Espírito Santo. 34 Eu O vi, e dei testemunho de que Ele é o Filho de Deus».
Comentário:

O presente Evangelho explica de forma clara quem é Jesus Cristo  e porquê deseja o baptismo de João. Na verdade, ao ser baptizado segundo o rito de João, Jesus quer dar uma indicação clara que este baptismo é necessário para se ingressar no Reino que Ele vem anunciar. Com uma humildade sem limites, dispõe-se a que seja outro a fazer o que Ele próprio deseja que todos façam. 


Mais tarde dirá aos Seus discípulos como fazer: «Baptizai em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo», consagrando assim a “fórmula” do ritual. 


Não há outro título para os que aderem ao seu reino: Baptizados!


Este Baptismo, tal como o de João, limpa dos pecados que o baptizado possa ter cometido e, principalmente, restabelece a relação de Deus com a criatura que é baptizada. 


(ama, comentário sobre Jo 1, 29-34, 2010.12.22)


O Salvador e a Cruz

TEMA PARA BREVE REFLEXÃO


O Senhor salvou-nos com a Cruz; com a Sua morte voltou a dar-nos a esperança, o direito à vida. Não podemos honrar Cristo se não O reconhecemos como nosso Salvador, se não O honramos no Mistério da Cruz...
O Senhor fez da dor um meio de redenção; redimiu-nos com a Sua dor, sempre que nós não recusemos unir a nossa dor à Sua e fazer desta com a Sua um meio de redenção. 

(paulo VIAlocução, 24.11.1967)


Doutrina





«RERUM NOVARUM»

11. Todavia a Igreja, instruída e dirigida por Jesus Cristo, eleva o seu olhar ainda para mais alto; propõe um conjunto de preceitos mais completo, porque ambiciona estreitar a união das duas classes até as unir uma à outra por laços de verdadeira amizade. Ninguém pode ter uma verdadeira compreensão da vida mortal, nem estimá-la no seu devido valor, se não se eleva à consideração da outra vida que é imortal. Suprimi esta, e imediatamente toda a forma e toda a verdadeira noção de honestidade desaparecerá; mais ainda: todo o universo se tornará um impenetrável mistério.
Quando tivermos abandonado esta vida, só então começaremos a viver: esta verdade, que a mesma natureza nos ensina, é um dogma cristão sobre o qual assenta, como sobre o seu primeiro fundamento, toda a economia da religião.

Não, Deus não nos fez para estas coisas frágeis e caducas, mas para as coisas celestes e eternas; não nos deu esta terra como nossa morada fixa, mas como lugar de exílio. Que abundeis em riquezas ou outros bens, chamados bens de fortuna, ou que estejais privados deles, isto nada importa à eterna beatitude: o uso que fizerdes deles é o que interessa.