11/04/2011

Sobre a família 18

O direito dos pais à educação dos filhos (I)
continuação 
Assim, o direito dos pais a educar os seus filhos está em função do direito que têm os filhos a receber uma educação adequada à sua dignidade humana e às suas necessidades; é este último que fundamenta o primeiro. Os atentados contra o direito dos pais constituem, de facto, um atentado contra o direito do filho, que em justiça deve ser reconhecido e promovido pela sociedade.  
No entanto, que o direito do filho a ser educado seja mais básico, não implica que os pais possam renunciar a ser educadores, talvez com o pretexto de que outras pessoas ou instituições possam educar melhor. O filho é, antes de mais, filho; e para o seu crescimento e amadurecimento é fundamental ser acolhido como tal no seio de uma família.

J.A. Araña e C.J. Errázuriz

© 2011, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Diálogos apostólicos

Diálogos



Sim...bem o sabes: todos, absolutamente todos homens, somos filhos de Deus.

Uns mais que outros?

De modo nenhum! Todos somos iguais.

As diferenças residem em que uns sabem e outros não;

Alguns aceitam e acarinham essa Filiação e outros rejeitam-na ou não lhes interessa.

ama, 2011.04.11

O peso da Cruz

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Mateus 11,28-30: "Vinde a mim, todos os
que estais cansados e sobrecarregados, e
eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu

 jugo e aprendei de mim, porque sou manso 

e humilde de coração; 
e achareis descanso 

para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, 

e o meu fardo é leve."

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Eu  bem tento carregar a minha cruz mas é tão pesada!

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É pesa tanto, meu Deus! Podes cortar um pouco?


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Corto, Senhor, só um pedacinho talvez seja o bastante!

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Mesmo assim... Senhor...continua muito pesada!




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Senhor, posso cortar só mais um pouco?
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Obrigado, Senhor, agora sim já posso com ela! 

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Nada nesta vida é por acaso!

Muitas vezes queremos livrar-nos da "cruz" que nos é dada.
Mas para tudo há um 'para quê' e um 'porquê'...
Deus nunca nos manda algo que não possamos suportar...e que
não seja para nosso bem.

agradc. J A. Lopes

TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

“O perigo é a rotina”

"Nonne cor nostrum ardens erat in nobis, dum loqueretur in via?". – Não é verdade que sentíamos abrasar-se-nos o coração, quando nos falava caminho? Se és apóstolo, estas palavras dos discípulos de Emaús deviam sair espontaneamente dos lábios dos teus companheiros de profissão, depois de te encontrarem a ti no caminho da vida. (Caminho, 917)

Agrada-me falar de caminho,  porque somos caminhantes, dirigimo-nos para a casa do Céu, para a nossa Pátria. Mas reparemos que um caminho, mesmo que um ou outro trecho apresente dificuldades especiais, mesmo que alguma vez nos obrigue a passar a vau um rio ou a atravessar um pequeno bosque quase impenetrável, habitualmente é simples, sem surpresas. O perigo é a rotina: supor que nisto, no que temos de fazer em cada instante, não está Deus, porque é tão simples, tão vulgar!

Iam os dois discípulos para Emaús. O seu caminhar era normal, como o de tantas outras pessoas que transitavam por aquelas paragens. E aí, com naturalidade, aparece-lhes Jesus e vai com eles, com uma conversa que diminui a fadiga. Imagino a cena: já bem adiantada a tarde. Sopra uma brisa suave. De um lado e de outro, campos semeados de trigo já crescido e as velhas oliveiras com os ramos prateados pela luz indecisa...

Jesus, no caminho! Senhor, que grande és Tu sempre! Mas comoves-me quando te rebaixas para nos acompanhares, para nos procurares na nossa lida diária. Senhor, concede-nos a ingenuidade de espírito, o olhar limpo, a mente clara, que permitem entender-Te, quando vens sem nenhum sinal externo da Tua glória.

Termina o trajecto ao chegar à aldeia e aqueles dois que – sem o saberem – tinham sido feridos no fundo do coração pela palavra e pelo amor do Deus feito homem, têm pena de que Ele se vá embora. Porque Jesus despede-se como quem vai para mais longe. Nosso Senhor nunca se impõe. Quer que O chamemos livremente, desde que entrevimos a pureza do Amor que nos meteu na alma.
(Amigos de Deus, nn. 313–314)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Medicina e Apostolado - Queres ser médico? 3

Medicina e Apostolado
Continuação
Não te quero, entretanto, ocultar certa inquietação que me assalta: entre os médicos, há muito mais indiferentes à religião, ou até declarados descrentes, do que nas outras profissões. Por que tão triste estado de coisas? Será causa a própria medicina, como ciência? Será absolutamente forçoso que perca a fé que se fez médico? Deus nos livre! A palavra de Galeno,  príncipe da ciência médica da antiguidade, que estudara a fundo a estrutura maravilhosa do corpo humano, ainda é verdadeira, e verdadeira sempre será: “Glorifiquem outros a seus deuses oferecendo-lhes incenso e sacrificando-lhes animais - ou O glorifico mercê da admiração que sinto pelo autor de um mecanismo tão maravilhoso. Descrevendo o corpo humano, creio cantar um hino à glória de seu Criador”.

(tihamer toth, A profissão do Médico) [i]
Cont/


[i] Monsenhor Tihamer Toth nasceu em Szolnok (Hungria) em 1889. Estudou na Universidade de Pázmány, em Budapeste, e foi ordenado sacerdote em 1912.
Em 1916, começou um programa de rádio famoso que se tornou famoso no país. Em 1924, foi nomeado professor de Pedagogia na Universidade de Pázmány e, em 1931, foi escolhido para ser director do seminário de Budapeste. Foi sagrado bispo em 1938, mas faleceu pouco depois, em 1939. Em 1943, iniciou-se o processo para a sua beatificação.

Temas para a Quaresma 34


Tempo de Quaresma


Continuação

Determinações relativas a outras penitências (cont.)

11. Os cristãos que escolherem como forma de cumprimento do preceito da penitência uma participação pecuniária orientarão o seu contributo penitencial para uma finalidade determinada, a indicar pelo Bispo diocesano.


Cont./

snl, 2011.04.11

Bebendo o Cálice de Cristo

Duc in altum

Às vezes Deus quer que participemos no sofrimento humano

No final da Quaresma, pensava com é importante saber como viver os momentos dolorosos, como o sofrimento, o ser posto de lado, a solidão, os momentos de fraqueza, o desapontamento, a falta de fé, momentos que formam parte da existência humana porque são parte da realidade humana. Às vezes Deus quer que participemos no sofrimento humano.

Devemos amadurecer nesta capacidade de sofrer e ao mesmo tempo oferecê-lo a Jesus. Para tal, é necessário falar com Ele, gritar alto com Deus acerca do nosso sofrimento, ajoelhando com os olhos fixos no crucifixo.
Devemos formar este modo de pensar para que, no momento da Cruz, não andemos às voltas queixando-nos, tentando escapar, e desperdiçando este momento precioso em que Jesus partilha a Cruz connosco e nos dá uma pequena parte da Sua dor na Cruz.
A dor faz parte da vida humana. Não a evitemos, minimizando o seu significado, ou falando acerca dela trivialmente. Esta é a minha experiência como mulher fraca e frágil. Sei que muitas vezes, também perco esses momentos. Quando reflecti sobre a minha vida e realmente vi quão frequentemente isto aconteceu, disse para mim própria: “olha o que perdeste. Quão imatura eras.”
Na Comunidade temos três expressões que nos ajudam nestes momentos de sofrimento e provocação: “cala-te, engole e sofre”. Quando alguém te critica ou repreende e tu respondes defendendo-te, os outros jovens na Comunidade dizem: “ Perdeste o barco”.
O que queremos significar é que perdemos o “barco” da maturidade, do auto-controlo, da capacidade de estar tranquilo e sofrer com dignidade e em silêncio. Ensinei estas coisas a jovens porque, quando deixam a Comunidade, o seu patrão, no trabalho, quer que seja correcto, a sua esposa quer que seja correcto, os seus filhos argumentarão, e – sem dúvida – alguém terá de ceder para que a paz possa reinar.

Sim, a paz é o mais importante e saber “ceder” é a nossa força e salvaguarda.
É a misteriosa escola da Cruz, do nosso Deus que não explicou a Cruz mas a aceitou no corpo do Seu Filho crucificado. Jesus convida-nos a olhá-lo, a pedir-lhe a fé e o amor, para que o nosso coração não perca a esperança, e após as trevas de Sexta-Feira Santa, sabermos como guardar nas nossas próprias vidas a luz radiante da manhã da Páscoa!

O Jesus ressuscitado é a nossa verdadeira esperança, porque nele a dor e a morte estão derrotadas!

madre elvira petrozzi, "Drinking the Cup of Christ." [i], (CERC, 2011.04.06), trad ama.


[i] Mother Elvira Petrozzi é a fundadora da Comunita Cenacolo, que acolhe os perdidos e desesperados em sessenta e duas casa em quinze países.


Oração e música - Gospel

Hosanna

Confidências de alguém - 3

Confidências de Alguém
Nota de AMA: 
Estas “confidências” têm, obviamente, um autor, que não se revela; foram feitas em tempo indeterminado, por isso não se lhes atribui a data. O estilo discursivo revela, obviamente, que se tratam de meditações escritas ao correr da pena. A sua publicação deve-se a ter considerado que, nelas se encontram muitas situações e ocorrências que fazem parte do quotidiano que, qualquer um, pode viver.


Criança 




Senhor aqui estou com esta escrita, com este computador, tentando aproximar-me do Teu coração, extravasando desta forma aquilo que sinto e penso de mim mesmo e dos meus actos para que possa mais tarde ler, rever e sentir com mais intensidade aquilo que quis dizer-te.
Não por intuitos literários mas como um "truque" para mim mesmo. A minha memória é fraca, assim fica escrito e não poderei esquecer-me ou fazer de conta.
Nada posso e nada sei.
Mas tenho a certeza que tudo posso e tudo sei em Ti Senhor meu.
Eu quero, melhor, eu desejo querer fazer tudo quanto seja necessário para Te merecer.
Este tratamento especial com que me tens distinguido.
Especial porque com tantas faltas e desregramentos seria de esperar que estivesses um pouco farto de me aturar; tens tantos filhos teus, Senhor, que esperam e merecem muito mais que eu!
Sei que Tu és Deus e sabes tudo e conheces tudo, mesmo quando eu, no meu coração, Te digo algo Tu sabes muito bem de antemão o que eu vou dizer ou sentir.
Quem me dera ser aquela criança que (…) tanto aconselha que sejamos.
Não ter outra preocupação que não seja abandonar-me confiadamente nas tuas mãos e coração amantíssimo.
Quem me dera ter aquela pureza infantil de dizer uma coisa de uma só vez, simplesmente sem procurar grandiloquência ou explicações demasiadas.

Dá-me, Senhor, este espírito de criança.

No fundo no fundo eu não passo disso mesmo, uma criança, navegando mais ou menos perdida neste mundo.
Procurando com ânsia o caminho da salvação, para o bom porto.
Tenho todas estas coisas de adulto, estes comportamentos complicados, estas voltas e reviravoltas que dou sobre mim mesmo, mas no fundo, no fundo, o que eu quero, o que eu mais desejo, é ser uma criança abandonada nos braços do meu Pai do Céu e dizer-lhe:

Senhor, leva-me contigo pela mão, não me largues um segundo sequer pois isso será o bastante para me perder.


Evangelho do dia e comentário

Quaresma - V Semana


Evangelho: Jo 8, 1-11

1 Jesus foi para o monte das Oliveiras. 2 Ao romper da manhã, voltou para o templo e todo o povo foi ter com Ele, e Ele, sentado, os ensinava. 3 Então os escribas e os fariseus trouxeram-Lhe uma mulher apanhada em adultério; puseram-na no meio, 4 e disseram-Lhe: «Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante delito de adultério. 5 Ora Moisés, na Lei, mandou-nos apedrejar tais mulheres. E Tu que dizes?». 6 Diziam isto para Lhe armarem uma cilada, a fim de O poderem acusar. Porém, Jesus, inclinando-Se, pôs-Se a escrever com o dedo na terra. 7 Continuando, porém, eles a interrogá-l'O, levantou-Se e disse-lhes: «Aquele de vós que estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra». 8 Depois, tornando a inclinar-Se, escrevia na terra. 9 Mas eles, ouvindo isto, foram-se retirando, um após outro, começando pelos mais velhos; e ficou só Jesus com a mulher diante d'Ele. 10 Então, levantando-Se, disse-lhe: «Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou?». 11 Ela respondeu: «Ninguém, Senhor». Então Jesus disse: «Nem Eu te condeno; vai e doravante não peques mais».

Meditação:

Que escreves, Tu Senhor, no chão? Os meus pecados, faltas e fraquezas? Mas, eu, Senhor, não quero acusar ninguém de nada e, muito menos, atirar alguma pedra! Eu! Como poderia? Então eu não sei o que sou? E não sei, muito bem, que se ninguém me acusa é apenas por caridade ou por desconhecimento das maldades que pratiquei e pratico.
Tudo foi perdoado, sem dúvida, e, não falo ou penso nisso, mas a Tua misericórdia que me mandou em paz depois de aceite o meu arrependimento, não cessa de me surpreender com o perdão e o esquecimento das faltas confessadas.
Que escreves no chão, Senhor?

Será: Não julgues para não seres julgado, não condenes para não seres condenado, não te consideres impecável porque não o és"

(ama, meditação sobre Jo 8, 1-11, 2010.03.21, Lapa)