14/05/2011

Diálogos apostólicos

Diálogos


Acho – desculpa-me – um pouco académico” falar sobre os povos sem instrução perdidos nos confins de uma qualquer floresta.

É verdade, ainda existem, mas sabemo-lo, sobretudo, pelos abundantíssimos testemunhos de documentários filmados nessas paragens.

Assim, é difícil defender que nunca tiveram qualquer contacto com a chamada “civilização moderna”.

Nunca terão ouvido falar de Deus? Talvez…mas têm as suas próprias crenças e “religiões”, acreditam em algo superior a eles que regula a vida e a morte e, neste caso, se correspondem a essa “fé”, poderão ser muito melhores que outros que não têm nenhuma.

ama , 2011.05.14

Confidências de alguém

Confidências de Alguém

Nota de AMA: 
Estas “confidências” têm, obviamente, um autor, que não se revela; foram feitas em tempo indeterminado, por isso não se lhes atribui a data. O estilo discursivo revela, obviamente, que se tratam de meditações escritas ao correr da pena. A sua publicação deve-se a ter considerado que, nelas se encontram muitas situações e ocorrências que fazem parte do quotidiano que, qualquer um, pode viver.

Regressado de Fátima

Tenho ainda no coração o calor vibrante da oração, da penitência, do clima daquele lugar santo.
Ontem, na minha oração, dirigi-te, a Ti, Senhora de Fátima e Senhora minha, em especialíssima prece parafraseando o Papa João Paulo II, fui-te invocando: monstra te esse mater.
Porque só com este coração de Mãe Te será possível atender as súplicas deste Teu pobre filho.
Reconheci a minha vaidade, o meu desejo e ambição de sobressair em todas as ocasiões, de me expor aos olhos dos outros para ser notado, admirado, talvez louvado.
Secretamente, a minha atitude exterior, é sempre de exposição.

Rezo nos cantos das praças e alargo as filactérias, serei também... sepulcro caiado?

Oh minha Mãe, quanto cuidado te é necessário ter com este Teu filho!
Eu, que não anseio a nada mais que a perfeição, perfeito como Deus é perfeito!

Eu que tenho esse objectivo como último e único, devo estar louco ou fora de mim quando olho o caminho que tenho de percorrer, a distância incomensurável que teria de percorrer para tal conseguir.
E a verdade é que eu não sei nada.

Que sei eu de mim mesmo, da minha maneira de ser, do meu retorcido carácter, dos escaninhos onde guardo, cioso, as verdadeiras razões do meu viver.

Que sei eu da verdadeira dimensão do mal que faço, dos erros que cometo e de tudo aquilo que deixo de fazer.

Que sei eu dos mistérios de amor do Teu coração e do Teu Filho amantíssimo que, não obstante tantas misérias, têm amor e interesse por mim.

Que sei eu, de ciência certa, para me outorgar em professor, líder ou guia de outros.

Que sei eu do bem que poderia espalhar à minha volta e que não faço, por não me dar conta, não estar no momento e no local oportuno, ou, pior ainda...por respeito humano.
E é também verdade que não tenho nada.

Que tenho eu que valha um milésimo de eternidade.

Que tenho eu que possa apresentar como oferta - apresentável - ao Rei da Glória e Senhor do mundo.

Que tenho eu que possa ser penhor suficiente do resgate pelas minhas más acções.
E é também verdade que não posso nada.

Que posso eu fazer para Te glorificar, justificar ou sequer louvar o Teu nome.


Que posso eu fazer para progredir um milionésimo no caminho da perfeição.

Que posso eu fazer para que outros se sintam atraídos por Ti, por minha causa ou por causa das minhas acções.

É sim, é verdade, não sei nada, não tenho nada, não posso nada.

E, no entanto, sou um filho Teu e peço-te, com o coração cheio de fé alegra e confiante: Monstra te esse mater.

Mostra, Senhora Minha, que és Mãe, que sabes amar, perdoar, interceder.

Que quando estás na presença do Teu Filho abonas em meu favor, relevando as minhas pequeníssimas virtudes e desagravando os numerosos defeitos.

Monstra te esse Mater e corrige-me, ajuda-me a corrigir e a combater com firmeza a minha vaidade, o meu orgulho, a minha ânsia de proeminência com todo o cortejo de defeitos atinentes:
A soberba, a inveja, a ambição, a cupidez, a falsidade.

Monstra te esse Mater que eu preciso, ah! como preciso, que a minha Mãe do Céu, interceda por mim.



TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

“Magnificat anima mea Dominum!”

Como seria o olhar alegre de Jesus! O mesmo que brilharia nos olhos de sua Mãe, que não pôde conter a alegria: – "Magnificat anima mea Dominum!", a sua alma glorifica o Senhor, desde que O traz dentro de si e a seu lado. Ó Mãe!: que a nossa alegria seja como a tua – a de estar com Ele e de O possuir! (Sulco, 95)

A nossa fé não é uma carga, nem uma limitação. Que pobre ideia da verdade cristã manifestaria quem assim pensasse! Ao decidirmo-nos por Deus não perdemos nada; ganhamos tudo. Quem, à custa da sua alma, conserva a sua vida, perdê-la-á; e quem perder a sua vida por amor de Mim, voltará a achá-la .

Tirámos a carta que ganha, conseguimos o primeiro prémio. Quando alguma coisa nos impedir de ver isto com clareza, examinemos o interior da nossa alma. Talvez haja pouca fé, pouca intimidade pessoal com Deus, pouca vida de oração. Temos de pedir a Nosso Senhor através de sua Mãe e nossa Mãe  que aumente em nós o seu amor, que nos conceda saborear a doçura da sua presença; porque só quando se ama se chega à mais plena liberdade: a de jamais querer abandonar, por toda a eternidade, o objecto dos nossos amores.
(Amigos de Deus, 38)


© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Sobre a família 51

A missão educativa da família

O FIM E A ALMA DA TAREFA EDUCATIVA

«Deus, que criou o homem por amor, também o chamou ao amor, vocação fundamental e inata de todo o ser humano». [i] Posto que o amor é a vocação fundamental e inata do homem, o fim da missão educativa dos pais não pode ser outro senão ensinar a amar. Este fim fica reforçado pelo facto de que a família é o único lugar onde as pessoas são amadas não pelo que têm, o que sabem ou o que produzem, mas pela sua condição de membros da família: esposos, pais, filhos, irmãos.  
São muito significativas as palavras de João Paulo II: «numa perspectiva que atinge as próprias raízes da realidade, deve dizer-se que a essência e os deveres da família são, em última análise, definidos pelo amor (...) Cada dever particular da família é a expressão e a actuação concreta de tal missão fundamental». [ii]

m. díez
© 2011, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet



[i] Catecismo da Igreja Católica, n. 1604.
[ii] João Paulo II, Exhort. apost. Familiaris consortio, 22-XI-1981, n. 17. 

Educação, Fé e Ciência - A Usura

Caminho e Luz
Continua sendo imoral todo o empréstimo com juros?
  
Conviria então que o Magistério aclara-se a doutrina vigente sobre a usura?

Deixo a pergunta às opiniões de os leitores.

A próxima vez discutiremos o que é o juro, a maravilha que supõe para a coordenação social quando se lhe permite ser negociado em liberdade e o devastador que pode chegar a ser quando se trata de o manipular. Espero que isto ajude a pedir uma aclaração do Magistério para que rectifique o grande erro intelectual que supôs confundir o juro com a abominável prática da usura.

PD: Também se deveria pedir aos máximos representantes do Islão que reconheçam e rectifiquem o erro que supõe a condenação do Corão ao empréstimo com juros, mas eu não me atrevo.


apolinar
, ReligionenLibertad, trad ama, 2011.05.09

É possível a castidade?




Caminho e Luz
Exemplos de mortificação?  

Alguns sacrifícios que ajudam a dominar o próprio corpo:

1 - Comer com moderação, controlando o gosto e o apetite.

2 - Sentar-se com posturas menos cómodas, dominando o sentido do tacto, que precisamente está muito relacionado com os prazeres sexuais.

3 - Tomar um duche rápido, ainda que ao tacto lhe apeteça continuar.

Evangelho do dia e comentário

Páscoa - III Semana


Evangelho: Jo 15, 9-17

9 Como o Pai Me amou, assim Eu vos amei. Permanecei no Meu amor.10 Se observardes os Meus preceitos, permanecereis no Meu amor, como Eu observei os preceitos de Meu Pai e permaneço no Seu amor.11 Disse-vos estas coisas, para que a Minha alegria esteja em vós e para que a vossa alegria seja completa. 12 «O Meu preceito é este: Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei.13 Não há maior amor do que dar a própria vida pelos seus amigos.14 Vós sois Meus amigos se fizerdes o que vos mando.15 Não mais vos chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de Meu Pai.16 Não fostes vós que Me escolhestes, mas fui Eu que vos escolhi, e vos destinei para que vades e deis fruto, e para que o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo o que pedirdes a Meu Pai em Meu nome, Ele vo-lo conceda.17 Isto vos mando: Amai-vos uns aos outros.

Meditação:

Ser alegre, Senhor, levar, sempre no meu coração, a alegria de um filho de Deus…

Ajuda-me a consegui-lo, a mim, que que tenho a tendência de andar de ‘cara fechada’, com modos bruscos, impertinente e pouco comunicativo, antipático e impaciente!
Quero, Senhor, fazer um esforço por melhorar neste sentido, no bom humor, ou antes, na falta dele. Desejo que as pessoas se aproximem de mim pela minha simpatia, o meu acolhimento, a minha atitude de atendimento generoso e pronto.

Só assim poderei alcançar o meu objectivo de vida que é, como muito bem sabes, Senhor, fazer, em tudo, a Tua Justíssima e Amabilíssima Vontade.

(AMA, meditação sobre Jo 15, 9-17, Porto, Maio 2008)