21/06/2011

Diálogos apostólicos

Diálogos


Não, não tem mal nenhum que vejam que te sacrificas…bem pelo contrário.

Mas, se habitualmente não o fazes, não te parece que revelas alguma inconstância de procedimento?

ama , 2011.06.21

A irracionalidade do racionalismo

Debate Chesterton versus Baltchford:

Doutrina, Filosofia, Teologia: A instituição da Eucaristia ocorreu de modo conveniente?

Parece que a instituição deste sacramento não foi como convém:


1. Com efeito, segundo o Filósofo, “somos nutridos dos mesmos elementos que nos fazem existir”. Ora, pelo baptismo que é o novo nascimento espiritual, recebemos o ser espiritual, como diz Dionísio. Portanto, somos nutridos também pelo baptismo. Logo, não era necessário instituir este sacramento como alimento espiritual.
2. Além disso,  por este sacramento os homens se unem a Cristo como membros à cabeça. Ora, Cristo é a cabeça de todos os homens, também dos que existiram desde o início do mundo. Logo, a instituição deste sacramento não devia ter sido diferida (adiada, retardada) até à última ceia.
3. Ademais, este sacramento se denomina memorial da paixão do Senhor. Diz o Senhor: “Fazei isto em memória de mim”. Ora, a “memória diz respeito aos acontecimentos passados”. Logo, este sacramento não devia ter sido instituído antes da paixão de Cristo.
4. Ademais, pelo baptismo a pessoa é orientada à eucaristia que só se deve dar aos baptizados. Ora, o baptismo foi instituído depois da paixão e ressurreição de Cristo, como está no Evangelho de Mateus (28, 19). Logo, não se justifica que este sacramento tenha sido instituído antes da paixão de Cristo.
Por outro lado, está o fato de este sacramento ter sido instituído por Cristo, do qual vale o que diz o Evangelho: “Ele fez bem todas as coisas”.


Convinha que este sacramento fosse instituído na ceia em que Cristo tratou com os discípulos pela última vez.
1º. Em razão do que ele contém: o próprio Cristo está contido sacramentalmente na eucaristia. Por isso, havendo de afastar-se dos discípulos em sua manifestação exterior, Cristo quis ficar numa manifestação sacramental, como na ausência do imperador se mostra sua imagem para veneração. Eis porque Eusébio diz: “Havendo de tirar de nossa visão o corpo que assumira, e levá-lo aos astros, era necessário que no dia da ceia Cristo consagrasse para nós o sacramento de seu corpo e sangue, para que fosse cultuado permanentemente pelo mistério o que ele oferecia uma única vez como penhor”.
2º. Porque jamais foi possível a salvação sem a fé na paixão de Cristo. Diz Paulo: “Foi a ele que Deus destinou para servir de expiação por seu sangue, por meio da fé(Rm 3, 25). Por isso convinha que em todo tempo houvesse entre os homens algo que representasse a paixão do Senhor. No Antigo Testamento, o sacramento principal era o cordeiro pascal, o que leva o Apóstolo a dizer: “O Cristo, nossa páscoa, foi imolado(I Cor 5, 7). A ele sucede no Novo Testamento o sacramento da eucaristia que rememora a paixão passada, como o cordeiro pascal prefigurou a paixão futura. Assim era conveniente que, aproximando-se a paixão, depois de celebrar o primeiro sacramento, fosse instituído um novo, como diz o Papa Leão.
3º. Porque o que é dito por último, especialmente por amigos que se vão, fica mais gravado na memória, especialmente por então inflamar-se mais o afecto para com os amigos. Ora, o que mais nos afecta se imprime mais profundamente no espírito. Portanto, como “entre os sacrifícios”, diz o Papa Santo Alexandre, “nenhum pode ser maior que o corpo e o sangue de Cristo; nenhuma oblação lhe pode ser superior”, por isso o Senhor instituiu este sacramento em sua última separação dos discípulos, para que seja tido em maior veneração. É o que Agostinho enfatiza: “Para recomendar mais veementemente a grandeza deste mistério, o Salvador quis gravá-lo por último nos corações e na memória dos discípulos, dos quais se separava para ir à paixão”.

Suma Teológica, III, 73, 5.

Quanto aos argumentos iniciais, portanto, deve-se dizer que:

1. “Somos nutridos dos mesmos elementos que nos fazem existir”, mas eles não nos são fornecidos da mesma maneira. Pois os elementos que nos fazem existir vêm-nos por geração, mas os mesmos elementos, enquanto deles nos nutrimos, vêm-nos pelo ato de comer. Assim, como pelo baptismo nascemos de novo em Cristo, pela eucaristia nos alimentamos de Cristo.
2. A eucaristia é o sacramento perfeito da paixão do Senhor, por conter o próprio Cristo sofredor. Por isso não pôde ser instituído antes da encarnação. Seu lugar era então ocupado por sacramentos que se limitavam a prefigurar a paixão do Senhor.
3. Este sacramento foi instituído na ceia para ser no futuro o memorial da paixão do Senhor, uma vez realizada. Por isso, diz significativamente: “Todas as vezes que fizerdes isto”, falando no futuro.
4. A instituição corresponde à ordem da intenção. O sacramento da eucaristia, embora seja recebido posteriormente ao baptismo, é anterior a ele na intenção. Por isso devia ser instituído antes. Também se pode dizer que o baptismo já tinha sido instituído no próprio baptismo de Cristo. Por isso, alguns já eram baptizados com o baptismo de Cristo, como se lê no Evangelho de João (3, 22).


Criação, Fé e Ciência


Caminho e Luz
Amar na saúde, amar na doença.

Tanto a saúde da alma como do corpo, temos de olhá-las como um dom de Deus, no homem tudo quanto ele é e tem é sempre um dom de Deus. 

Mas muita gente, marginalizando a saúde da alma, pensa que a saúde e a boa condição física são algo natural e nossa propriedade, sobretudo na juventude que é uma época na vida do homem, na qual o corpo está em todo o seu esplendor, e todavia não se iniciou o desmoronamento do corpo que chegará com a senilidade.

Em épocas já passadas, nas quais o homem vivia mais dependente, uns do temor de Deus e outros do seu amor, o que preocupava mais naquela sociedade, era a salvação da alma, diferente da obsessão actual pela saúde do corpo. 
Os homens, como em épocas do A.T., lutam sempre protegidos pelos seus deuses, eram monólatras, pois reconheciam que além do mais, outros povos contra os quais lutavam, também tinham os seus deuses, que entendiam que eram tão existentes como os seus próprios. 
O problema estribava-se em saber, qual dos dois deuses, o meu ou o do inimigo era mais poderoso.

juan do carmelo, [i] ReligionenLibertad, 2011.04.30, trad ama   


[i] Juan do Carmelo não é quem dice ser. O melhor dicho, é quem é, mas prefiere presentarse em seu alter ego Juan do Carmelo que não é mais que um seglar que, a finales de os anhos 80, experimentó a llamada de Deus e se vinculó ao Carmelo Teresiano. Ha publicado libros de espiritualidad como «Mosaico espiritual», «Santidad em o Pontificado», o «Em as manos de Deus» Como o cortés não quita o valiente é, além do mais, um empresario de éxito. E nos acompanha, con sencillez e hondura, desde «O blog de Juan do Carmelo»

TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

“Agora é Cristo quem vive em ti!

Os teus parentes, os teus colegas, os teus amigos, vão notando a diferença, e reparam que a tua mudança não é uma mudança passageira; que já não és o mesmo. Não te preocupes. Para a frente! Cumpre o "vivit vero in me Christus" – agora é Cristo quem vive em ti! (Sulco, 424)


Qui habitat in adiutorio Altissimi in protectione Dei coelí commorabitur – Habitar sob a protecção de Deus, viver com Deus: eis a arriscada segurança do cristão. É necessário convencermo-nos de que Deus nos ouve, de que está sempre solícito por nós, e assim se encherá de paz o nosso coração. Mas viver com Deus é indubitavelmente correr um risco, porque o Senhor não Se contenta compartilhando; quer tudo. E aproximar-se d'Ele um pouco mais significa estar disposto a uma nova rectificação, a escutar mais atentamente as suas inspirações, os santos desejos que faz brotar na nossa alma, e a pô-los em prática. Desde a nossa primeira decisão consciente de viver integralmente a doutrina de Cristo, é certo que avançámos muito pelo caminho da fidelidade à sua Palavra. Mas não é verdade que restam ainda tantas coisas por fazer? Não é verdade que resta, sobretudo, tanta soberba? (Cristo que passa, 58)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Música e repouso


Concerto 21 para Piano e Orquestra - Mozart

Herbert von Karajan - Orquestra Sinfónica de Berlim.


Pensamentos inspirados

À procura de Deus

PENSAMENTOS INSPIRADOS À PROCURA DE DEUS 80



Senhor, da pedra dura que sou, faz barro mole para Tu moldares.


jma, 2011.06.21

Responsabilidade

Conta, peso e medida
É BOM SER RESPONSÁVEL?

Por que é soa mal a responsabilidade?

A palavra responsabilidade traz más recordações à imaginação por vários motivos:


Normalmente só se relaciona com erros ou castigos, pois quando a consequência de uma acção é um prémio não costuma falar-se de responsabilidade mas sim de mérito. (Na realidade o mérito exige uma responsabilidade prévia).


Responder ante outros parece ir contra a própria liberdade. (Mas ambas coisas vão unidas: sem liberdade não há responsabilidade, só quem é dono dos seus actos pode responder por eles).

Responder ante si mesmo é contrário aos próprios gostos ou comodidades. (Mas ser escravo dos gostos conduz ao egoísmo).

A responsabilidade vê-se como oposta à diversão. (Na  realidade só se opõe ao tipo de diversão desenfreada o sem medida; pois uma pessoa responsável sabe divertir-se nos momentos e modos razoáveis).


    Ideasrapidas, trad ama

    2011.06.21

    Ética Natural: As adições

     É T I C A
    A escravidão da adição sexual
    Quinto nível: adição a comportamentos parafílicos. Ao passar ao campo das parafílias colocamo-nos ante psicopatologias mais severas. Assinalo-as aqui na medida em que as adições, jogam um importante papel entre as suas características; além do mais, muitos dos que chegam a este ponto de transtorno psicológico passaram primeiro por alguns dos estádios anteriormente indicados.
    Podemos indicar, entre outros: exibicionismo, feiticismo, froteurismo, pedofilia, masoquismo sexual, sadismo sexual, feiticismo transvestido, voyeurismo (cf. «A trampa rota», p. 84).
    Começa-se sempre por algo simples e logo a coisa vai crescendo insaciavelmente. As consequências mais nefastas dão-se, desde logo, naqueles que chegam ao último nível. Nos anos recentes estes problemas têm estado em crescimento. E, enquanto aparecem novas formas de querer ver a sexualidade de modo positivo, encontramo-nos com situações cada vez mais perniciosas.
    É a prova mais evidente de que a «libertação sexual» é um eufemismo que está despedaçando a nossa sociedade. Com toda a razão a podemos dizer que esse ensinamento de «libertar o sexo» é um fracasso pedagógico, um fracasso social. E para cúmulo… internacional.
    luis ignacio batista, conoZe, trad ama.

    Sobre a família 89

    Educar em liberdade

    EDUCAR A LIBERDADE
    A educação bem pode entender-se como uma habilitação da liberdade em ordem a perceber o apelo do valioso – daquilo que enriquece e convida a crescer – e a enfrentar os seus requisitos práticos. E isso consegue-se propondo usos da liberdade, propondo tarefas plenas de sentido.
    Cada idade da vida tem os seus aspectos positivos. Um dos mais nobres que tem a juventude é a facilidade para confiar e responder positivamente à exigência amável. Num tempo relativamente curto podem apreciar-se mudanças notáveis em jovens a quem se confiaram encargos que podiam assumir, e que consideravam importantes: ajudar uma pessoa, colaborar com os pais nalguma função educativa... 
    Pelo contrário, essa nobreza manifesta-se, de forma pervertida e frequentemente violenta, contra aqueles que se limitam a satisfazer os seus caprichos. À primeira vista, esta atitude é mais cómoda, mas a longo prazo os custos são muito mais gravosos e, sobretudo, não ajuda a amadurecer, pois não os prepara para a vida.  

    Quem se acostuma, desde pequeno, a pensar que tudo se resolve de forma automática, sem nenhum esforço ou abnegação, provavelmente não amadurecerá no tempo devido. E quando a vida magoar – coisa que inevitavelmente acontecerá – talvez não tenha arranjo. O homem deve modelar o seu carácter, aprender a esperar os resultados de um esforço longo e continuado, a superar a escravidão do imediato.

    Certamente, o ambiente hedonista e consumista que hoje respiram muitas famílias no chamado “primeiro mundo” – e também noutros muitos ambientes de países menos desenvolvidos – não facilita captar o valor da virtude ou a importância de atrasar uma satisfação para obter um bem maior.
    Mas face a esta circunstância adversa, o sentido comum põe de manifesto a importância do esforço; por exemplo, nos nossos dias tem especial vigor a referência à cultura desportiva, na qual se nota que quem deseja ganhar uma medalha tem de estar disposto a sofrer treinos prolongados e árduos.
    Em geral, a pessoa que é capaz de se orientar livremente para bens que realmente “valem a pena”  deve estar preparada para enfrentar tarefas de grande envergadura (aggredi),e para resistir com tenacidade no empenho quando chega o desalento e aparecem as dificuldades (sustinere).Estas duas dimensões da fortaleza fornecem a energia moral para não nos conformarmos com aquilo que já foi conseguido e continuar a crescer, chegar a ser mais. Hoje é especialmente importante mostrar com eloquência que uma pessoa que dispõe dessa energia moral é mais livre do que quem não dispõe dela.
    Todos estamos chamados a conseguir essa liberdade moral, que só se pode obter com um uso – não um uso qualquer – moralmente bom da liberdade de arbítrio. Constitui um desafio para os educadores, e em particular para os pais, mostrar de modo convincente que o uso autenticamente humano da liberdade não consiste tanto em fazer o que nos apeteça, mas em fazer o bem  porque nos dá na gana, que é a razão mais sobrenatural, como costumava dizer S. Josemaria. [i]
    É esse o caminho para se libertar do clima asfixiante de suspeita e de coação moral, que impedem procurar pacificamente a verdade e o bem e aderir cordialmente a eles. Não há cegueira maior do que a de quem se deixa levar pelas paixões, pelas “ganas” (ou pela falta delas). Quem só pode aspirar ao que lhe apetece é menos livre do que aquele que pode procurar, não apenas em teoria mas com obras, um bem árduo.
    Não há desgraça maior do que a de quem, ambicionando um bem, se surpreende sem forças para o levar a cabo. Porque a liberdade encontra todo o seu sentido quando se exercita no serviço da verdade que resgata, quando se gasta em procurar o Amor infinito de Deus, que nos desata de todas as escravidões. [ii]

    j.m. barrio
    © 2011, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet


    [i] S. Josemaria, Cristo que passa, n. 17.
    [ii] S. Josemaria, Amigos de Deus, n. 27.

    Perguntas e respostas sobre Jesus de Nazaré. 21

    Jesus de NazaréQue importância tem a ressurreição de Jesus?


    “A fé cristã mantêm-se ou cai com a verdade do testemunho de que Cristo ressuscitou dentre os mortos. Se se prescinde disto, ainda se podem tomar, sem dúvida, da tradição cristã certas ideias interessantes sobre Deus e o homem, sobre o seu ser homem e seu dever ser - uma espécie de concepção religiosa do mundo -, mas a fé cristã fica morta (…) Só se Jesus ressuscitou é que aconteceu algo verdadeiramente novo que muda o mundo e a situação do homem. Então Ele, Jesus, converte-se no critério do que podemos fiar-nos. Pois, agora, Deus manifestou-se verdadeiramente”


    55 Preguntas y respuestas sobre Jesús de Nazaret, extraídas del libro de Joseph Ratzinger-Benedicto XVI: “Jesús de Nazaret. Desde la Entrada en Jerusalén hasta la Resurrección”, Madrid 2011, Ediciones Encuentro. Pag. 126, marc argemí, trad. ama

    Tema para breve reflexão


    Reflectindo
    Independência


    A verdadeira independência consiste em não dependermos de nós mesmos, em dominarmos o nosso temperamento, em não seguirmos todas as fantasias, em libertar-nos dos nossos apetites cegos, em sermos superiores ao que dirão, ao exemplo pernicioso ou à sedução culpável.

    (Georges Chevrot, Jesus e a Samaritana, Éfeso, 1956, pg 177)

    Evangelho do dia e comentário








    T. Comum– XII Semana


    Evangelho: Mt 7, 6; 12-14


    6 «Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis aos porcos as vossas pérolas, para que não suceda que eles as calquem com os seus pés, e que, voltando-se contra vós, vos despedacem.
    12 «Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-o também vós a eles; esta é a Lei e os Profetas. 13 «Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ele. 14 Que estreita é a porta, e que apertado o caminho que leva à Vida, e quão poucos são os que dão com ele!

    Meditação:

    O critério no apostolado é fundamental e de enorme importância. Não se vai…por aí como porta-bandeira anunciando o Reino de Deus; não é este o modo de proceder do cristão.
    O apostolado baseia-se, antes de mais, na amizade - antes de ser apóstolo ser amigo – isto é, fomentar a amizade que deve levar à intimidade, ao conhecimento do outro para, então, fazer o apostolado que melhor convenha.

    As pessoas não são todas iguais e não têm a mesmas necessidades ou gostos.

    Há que ir ao encontro delas e dessas especificidades que reúnem para que o que se vai semear tenha alguma possibilidade de enraizar e dar fruto.

    (ama, comentário sobre Mt 7, 6; 12-14, 2011.06.01)