25/07/2011

Diálogos apostólicos

Diálogos
Os teus familiares e amigos e, principalmente os filhos, têm de ver que não é por estares de férias que perdes o “Norte” nos gastos.

Sê contido e não te importes que te façam algum reparo.

Tu…és tu, tens o teu carácter e a tua maneira de proceder.


Sempre... em férias ou não!

2011.07.25

PENSAMENTOS INSPIRADOS À PROCURA DE DEUS 97


À procura de Deus



Ninguém pode andar com os dois pés presos ao chão, como ninguém pode andar com os dois pés no ar.


Para andar bem, é melhor ter um pé no chão, e outro no Céu.


jma, 2011.07.25

TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

“Traz sobre o peito o santo escapulário”

Traz sobre o peito o santo escapulário do Carmo. – Poucas devoções (há muitas, e muito boas devoções marianas) estão tão arraigadas entre os fiéis e têm tantas bênçãos dos Pontífices. – Além disso, é tão maternal este privilégio sabatino! (Caminho, 500)

Quando te perguntaram que imagem da Virgem te dava mais devoção, e respondeste – como quem já fez bem a experiência – "todas", compreendi que eras um bom filho; por isso te parecem bem (enamoram-me, disseste) todos os retratos da tua Mãe. (Caminho, 501)

Maria, Mestra da oração.
– Olha como pede a seu Filho em Caná. E como insiste, sem desanimar, com perseverança. – E como consegue.
– Aprende. (Caminho, 502)

Se queres ser fiel, sê muito mariano. A Nossa Mãe, desde a embaixada do Anjo até à sua agonia ao pé da Cruz, não teve outro coração nem outra vida que a de Jesus.
Recorre a Maria, com terna devoção de filho, e Ela alcançar-te-á essa lealdade e abnegação que desejas. (Via Sacra, Est. XIII, n.4)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet
http://www.opusdei.pt/art.php?p=13979

Demorar a gratificação

Conta, peso e medida
Na década dos sessenta, Walter Mischel levou a cabo desde a Universidade de Stanford uma investigação com pré-escolares de quatro anos de idade, a quem colocava um simples dilema: «Agora tenho de ir-me embora e regressarei dentro de vinte minutos. Se quiseres, podes tomar este leite com chocolate, mas se esperas que volte, dar-te-ei dois».
Aquele dilema acabou por ser um autêntico desafio para os rapazes dessa idade. Colocava-se-lhes um forte debate interior: a luta entre o impulso de tomar o leite com chocolate e o desejo de conter-se para lograr depois um objectivo melhor.
Era uma luta entre o desejo primário e o autocontrole, entre a gratificação e a sua demora. Uma luta de indubitável transcendência na vida de qualquer pessoa, pois não pode esquecer-se que talvez não haja habilidade psicológica mais essencial que a capacidade de resistir ao impulso.  Resistir ao impulso é o fundamento de qualquer tipo de autocontrole emocional, posto que toda emoção supõe um desejo de actuar, e é evidente que nem sempre esse desejo será oportuno.
O caso é que Walter Mischel levou a cabo o seu estudo, e efectuou um seguimento desses mesmos rapazes durante mais de quinze anos.
A primeira prova, comprovou que aproximadamente dois terços desses meninos de quatro anos de idade foram capazes de esperar o que seguramente lhes pareceu uma eternidade, até que o experimentador voltou. Mas outros, mais impulsivos, abalançaram-se sobre o leite com chocolate a os poucos segundos de ficarem sós na habitação.
Além de comprovar o diferente que era entre uns e outros a capacidade de demorar a gratificação e, portanto, o autocontrole emocional, uma das coisas que mais chamou a atenção da equipa de experimentadores foi o modo como aqueles rapazes suportaram a espera: voltar-se para não ver a leite com chocolate, cantar o brincar para entreter-se, ou inclusive tentar adormecer.
Mas o mais surpreendente veio alguns anos depois, quando puderam comprovar que a maior parte dos rapazes e raparigas que na sua infância tinham conseguido resistir aquela espera, na sua adolescência eram notavelmente mais empreendedores, equilibrados e sociáveis.
Aquele estudo comparativo revelava que — em termos de conjunto os que em seu momento superaram a prova de a leite com chocolate foram logo, dez o doze anos depois, pessoas muito menos inclinados a desmoralizar-se, mais resistentes à frustração, e mais decididos e constantes.
Aquela investigação veio ressaltar como as aptidões que despontam cedo na infância costumam florescer mais adiante, na adolescência ou na vida adulta, dando lugar a um amplo leque de capacidades emocionais: a capacidade de controlar os impulsos e demorar a gratificação, aprendida com naturalidade desde a primeira infância, constitui uma faculdade fundamental, tanto para cursar uma carreira como para ser uma pessoa honrada ou ter bons amigos.
A capacidade de resistir aos impulsos, demorando ou iludindo uma gratificação para alcançar outras metas — seja aprovar num exame, levantar uma empresa ou manter uns princípios éticos —, constitui uma parte essencial do governo de si mesmo. E tudo o que na tarefa de educação - ou de auto-educação - possa fazer-se para estimular essa capacidade será de uma grande transcendência.

alfonso aguiló pastrana , trad  ama



Música e repouso

Sviatoslav Richter - Mozart piano concerto no.5 (1st movt)´



agrad ALS

Evangelho do dia e comentário

S. Tiago [i]






T. Comum– XVII Semana


Evangelho: Mt 20, 20-28

20 Então, aproximou-se d'Ele a mãe dos filhos de Zebedeu com seus filhos, prostrando-se, para Lhe fazer um pedido. 21 Ele disse-lhe: «Que queres?». Ela respondeu: «Ordena que estes meus dois filhos se sentem no Teu reino, um à Tua direita e outro à Tua esquerda». 22 Jesus disse: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu hei-de beber?». Eles responderam-Lhe: «Podemos». 23 Disse-lhes: «Efectivamente haveis de beber o Meu cálice, mas, quanto a sentar-se à Minha direita ou à Minha esquerda, não pertence a Mim concedê-lo; será para aqueles para quem está reservado por Meu Pai». 24 Os outros dez, ouvindo isto, indignaram-se contra os dois irmãos. 25 Mas Jesus chamou-os e disse-lhes: «Vós sabeis que os príncipes das nações as subjugam e que os grandes as governam com autoridade. 26 Não seja assim entre vós, mas todo aquele que quiser ser entre vós o maior, seja vosso servo, 27 e quem quiser ser entre vós o primeiro, seja vosso escravo. 28 Assim como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida para resgate de todos».

Meditação:

Que quero eu?

A vida eterna, o prémio, a consolação final?

É evidente que sim.

Mas, estou disposto a ‘pagar’ o preço desse prémio?

A tudo fazer para o conseguir?

Respondo que sim, que quero e que posso, também eu, beber o cálice amargo das desilusões, das dificuldades da vida, das minhas próprias limitações.

Mas quero… verdadeiramente?

Não será que, constantemente peço:

«Afasta de mim este cálice»[1], esquecendo-me de acrescentar: «Não se faça o que eu quero, senão o que Tu queres» [2] ?

(ama, Comentário sobre Mt 20, 20-28, CC P Manso, 2008.07.20)


[1] Mc 14, 36
[2] Ibid


Rembrandt
[i] Tiago, filho de Zebedeu, chamado Tiago Maior, pertence, juntamente com Pedro e João, ao grupo dos três discípulos privilegiados que foram admitidos por Jesus em momentos importantes da sua vida. Ele pôde participar, juntamente com Pedro e Tiago, não momento da agonia de Jesus não horto do Getzemani e não acontecimento da Transfiguração de Jesus. Trata-se portanto de situações muito diversas uma da outra: num caso, Tiago com os outros dois Apóstolos experimenta a glória do Senhor, vê-o não diálogo com Moisés e Elias, vê transparecer o esplendor divino de Jesus; não outro encontra-se diante do sofrimento e da humilhação, vê com os próprios olhos como o Filho de Deus se humilha tornando-se obediente até à morte. Certamente a segunda experiência constitui para ele a ocasião de uma maturação na fé, para corrigir a interpretação unilateral, triunfalista da primeira: ele teve que entrever que o Messias, esperado pelo povo judaico como um triunfador, na realidade não era só circundado de honra e de glória, mas também de sofrimentos e fraqueza. A glória de Cristo realiza-se precisamente na Cruz, na participação dos nossos sofrimentos.
Esta maturação da fé foi realizada pelo Espírito Santo não Pentecostes, de forma que Tiago, quando chegou o momento do testemunho supremo, não se retirou. Não início dos anos 40 do século I o rei Herodes Agripa, sobrinho de Herodes o Grande, como nos informa Lucas, "maltratou alguns membros da Igreja. Mandou matar à espada Tiago, irmão de João" (Act 12, 1-2)...
Portanto, de São Tiago podemos aprender muitas coisas: a abertura para aceitar a chamada do Senhor também quando nos pede que deixemos a "barca" das nossas seguranças humanas, o entusiasmo em segui-o pelos caminhos que Ele nos indica além de qualquer presunção ilusória, a disponibilidade a testemunhá-lo com coragem, se for necessário, até ao sacrifício supremo da vida. Assim, Tiago o Maior, apresenta-se diante de nós como exemplo eloquente de adesão generosa a Cristo. Ele, que inicialmente tinha pedido, através de sua mãe, para se sentar com o irmão ao lado do Mestre não seu Reino, foi precisamente o primeiro a beber o cálice da paixão, a partilhar com os Apóstolos o martírio.
(Bento XVI, Audiência geral 2006.06.12)