20/08/2011

PENSAMENTOS INSPIRADOS À PROCURA DE DEUS 111

À procura de Deus



«Ninguém te condenou?»

«Também Eu não te condeno.

Vai e de agora em diante não tornes a pecar» Jo 8, 10-11


jma, 2011.08.20

Música e entretenimento

Kenny Rodgers - Lady

Como não acreditar em Deus!!!


Tema para breve reflexão

Reflectindo
Rijeza

As árvores que crescem em lugares sombreados e livres de ventos: enquanto externamente se desenvolvem com aspecto próspero, tornam-se brandos e débeis, e facilmente os fere qualquer coisa; todavia, as árvores que vivem nos cumes dos montes mais altos, agitadas por muitos ventos e constantemente expostas à intempérie e a todas as inclemências, golpeados por fortíssimas tempestades e cobertos de frentes neves, tornam-se mais robustos que o ferro.

(S. joão crisóstomo, Homília De gloria in tribulationibus, trad do cast ama)

TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

“Se disseram, se vão pensar...”

Quanto mais alta se eleva a estátua, tanto mais dura e perigosa é depois a pancada na queda. (Sulco, 269)


Ouvimos falar de soberba e talvez pensemos numa atitude despótica e avassaladora, com grande barulho de vozes que aclamam o triunfador que passa, como um imperador romano, debaixo dos altos arcos, inclinando a cabeça, pois teme que a sua fronte gloriosa toque o alvo mármore...

Sejamos realistas. Este tipo de soberba só tem lugar numa fantasia louca. Temos de lutar contra outras formas mais subtis, mais frequentes: o orgulho de preferir a própria excelência à do próximo; a vaidade nas conversas, nos pensamentos e nos gestos; uma susceptibilidade quase doentia, que se sente ofendida com palavras ou acções que não são de forma alguma um agravo... Tudo isto, sim, pode ser, é uma tentação corrente. O homem considera-se a si mesmo como o sol e o centro dos que estão ao seu redor. Tudo deve girar em torno dele. Por isso, não raramente acontece que ele recorre, com o seu afã mórbido, à própria simulação da dor, da tristeza e da doença: para que os outros se preocupem com ele e o mimem.
(...) A sua amargura é contínua e procura desassossegar os outros, porque não sabe ser humilde, porque não aprendeu a esquecer-se de si mesmo para se entregar, generosamente, ao serviço dos outros por amor de Deus. (Amigos de Deus, 101)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Evangelho do dia e comentário

S. Bernardo [1]












T. Comum– XX Semana




Evangelho: Mt 23, 1-12

1 Então, Jesus falou às multidões e aos Seus discípulos ,2 dizendo: «Sobre a cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus. 3 Observai, pois, e fazei tudo o que eles vos disserem, mas não imiteis as suas acções, porque dizem e não fazem. 4 Atam cargas pesadas e impossíveis de levar, e as põem sobre os ombros dos outros homens, mas nem com um dedo as querem mover. 5 Fazem todas as suas obras para serem vistos pelos homens. Trazem mais largas as filactérias, e mais compridas as franjas dos seus mantos. 6 Gostam de ter os primeiros lugares nos banquetes, e as primeiras cadeiras nas sinagogas, 7 das saudações na praça, e de serem chamados rabi pelos homens. 8 Mas vós não vos façais chamar rabis, porque um só é o vosso Mestre, e vós sois todos irmãos. 9 A ninguém chameis pai sobre a terra, porque um só é o vosso Pai, O que está nos céus. 10 Nem façais que vos chamem mestres, porque um só é o vosso Mestre, Cristo. 11 Quem entre vós for o maior, seja vosso servo. 12 Aquele que se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado.

Comentário:

Sentar-se na "cadeira de Moisés" pode ser, também, ceder à tentação frequente de pensar que se sabe tudo e que não é preciso preparar com cuidadoso esmero as acções apostólicas que temos pela frente.

O apostolado não é uma tarefa "técnica" para a qual estamos especialmente qualificados, é antes uma acção a que metemos ombros por e em nome de Deus.

Tenhamos bem presente aquele aviso, solene, de Cristo: um só é o vosso Doutor!

(ama, comentário sobre Mt 23, 1-12, 2011.03.22)


[1] Bernardo de Fontaine foi um abade de Claraval, santo e Doutor da Igreja. Nascido em 1090 em Dijon, falecido em 1153 na abadia de Claraval.
Foi um monge cisterciense e grande propagador da Ordem e defensor da Igreja. Uma das personalidades mais influentes do século XII.
Nascido numa grande família nobre da Borgonha, no castelo de Fontaine-lès-Dijon, Bernardo foi o terceiro de sete filhos de Tescelin o Vermelho (Tescelin Sorrel) e de Aleth de Montbard. Com a idade de nove anos, é enviado para a Escola Canónica de Châtillon-sur-Seine, onde mostra um gosto particular pela literatura. Em1112, decide entrar na Abadia de Cister, fundada em 1098 por São Roberto de Molesme, e na qual Santo Estêvão Harding havia acabado de ser eleito Abade. Convence vários amigos, irmãos e parentes a ingressarem com ele na vida monástica e chega assim com outros 30 candidatos para entrar na Abadia.
Em 1115,  Estêvão Harding envia o jovem à frente de um grupo de monges para fundar uma nova casa cisterciense no vale de Langres. A fundação é chamada "Vale Claro", ou Clairvaux – Claraval. Bernardo é nomeado Abade desta nova Abadia, e confirmado por Guilherme de Champeux,  bispo de Châlons e célebre teólogo.
Os primórdios de Claraval são difíceis: a disciplina imposta por São Bernardo é bastante severa. Bernardo busca formação nas Sagradas Escrituras e nos Padres da Igreja. Ele tem uma predilecção quase exclusiva pelo Cântico dos Cânticos e por Santo Agostinho. O livro e o autor correspondem às tendências da época.
Muitas pessoas afluem à nova abadia e Bernardo acaba de converter toda sua família: seu pai, Tescelin, e seus cinco irmãos tornam-se monges em Claraval. Sua irmã, Umbelina, toma igualmente o hábito no priorado de Jully-les-Nonnains. A partir de 1118, novas casas são fundadas (a exemplo da Abadia Nossa Senhora de Fontenay, para evitar a superlotação de Claraval. Em 1119, Bernardo faz parte do Capítulo Geral dos Cistercienses convocado por Estêvão Harding, que dá sua forma definitiva à Ordem. A Carta da Caridade, que é então redigida, é confirmada pouco depois pelo papa Calixto II.
É nesta época que Bernardo escreve suas primeiras obras, tratados e homilias e, sobretudo, uma Apologia, escrita a pedido de Guilherme de Saint-Thierry, que defende os beneditinos brancos (os cistercienses segundo a cor de seu hábito) contra os beneditinos negros (clunisienses). Pedro, o Venerável, abade de Cluny, responde-lhe amigavelmente, e apesar de suas diferenças ideológicas, os dois homens tornam-se amigos. Envia igualmente numerosas cartas para incentivar a reforma o resto do clero, em particular dos bispos. A sua carta ao arcebispo de Sens, Henrique de Boisrogues, chamada mais tarde de De Officiis Episcoporum (Da conduta dos Bispos) é reveladora do importante papel dos monges no XII século, e das tensões entre o clero regular e secular.
Em 1128, Bernardo participa do concílio de Troyes, convocado pelo papa Honório II e presidido por Matthieu d’Albano, legado do papa. Bernardo é nomeado secretário do concílio, mas ao mesmo tempo é contestado por uma parte do clero, que pensa que Bernardo, simples monge, se intromete em coisas que não são lhe concernem. Acaba por se desculpar, mas o concílio é fortemente influenciado por sua actuação. É durante o concílio que Bernardo consegue o reconhecimento para a Ordem do Templo, os Templários, cujos estatutos são escritos por ele mesmo.
Torna-se uma personalidade importante e respeitada na Cristandade; intervém em assuntos públicos, defende os direitos da Igreja contra os príncipes seculares e aconselha papas e reis. Em 1130, depois da morte de Honório II, durante o cisma de Anacleto II, é a sua voz que faz com que Inocêncio II seja aceite. Em 1132, ele consegue do papa a independência de Claraval em relação a Cluny.
Nesse período de desenvolvimento das escolas urbanas, no qual os novos problemas são discutidos na forma de questões (quaestio), de argumentação e busca de uma conclusão (disputatio), São Bernardo é defensor de uma linha tradicionalista. Combate as posições de Abelardo, que faz ser condenadas no concílio de Sens em 1140.
Em 1145, Claraval dá um papa à Igreja, Eugénio III. Quando o reino de Jerusalém é ameaçado, Eugénio III, ele mesmo um cisterciense, pede a Bernardo que pregue a segunda cruzada em Vézelayem 31 de Março de 1146 e mais tarde em Spire. Fá-lo com tanto sucesso que o rei Luís VII o Jovem e o imperador Conrado III tomam eles mesmos a cruz.
No concílio de Reims, em 1148, ele faz uma acusação de heresia contra Gilbert de la Porreé, bispo de Poitiers. Não obtém grande sucesso e seu adversário conserva sua posição e prestígio. Cheio de zelo pela Ortodoxia, combate também as teses de Pierre de Bruys, de Arnaldo de Bréscia, e condena os excessos de Raul, um antigo monge de Claraval, que exige o massacre dos Judeus. Neste mesmo ano, ele prega a cruzada em Hainaut e permanece em Mons, a capital dos condes de Hainaut.
São Bernardo fundou 72 mosteiros, espalhados por toda Europa: 35 na França, 14 na Espanha, 10 na Inglaterra e Irlanda, 6 em Flandres, 4 na Itália, 4 na Dinamarca, 2 na Suécia e 1 na Hungria, além de muitos outros que se filiaram à Ordem.
Em 1151, dois anos antes de sua morte, existem 500 abadias cistercienses. Há 700 monges ligados a Claraval.
Bernardo morre em 1153 com 63 anos. Foi canonizado em 18 de Junho de 1174 por Alexandre III e declarado Doutor da Igreja por Pio VIII em 1830.

São Bernardo e Portugal

Mosteiro de Alcobaça






Estudos recentes dão como certo que São Bernardo esteja associado à independência de Portugal. Parece ter sido por sua mediação (ou pelo menos, por mediação da sua abadia) que o Papa enviou um legado à Península Ibérica, o qual reconheceu, senão a independência nacional, pelo menos o título de duxa Afonso Henriques e a submissão do novo país à Santa Sé, pelo pagamento de quatro onças de ouro anuais.