09/09/2011

Princípios filosóficos do Cristianismo

Caminho e Luz

Princípio de substância (I)

A substância
O que, sim, captam os sentidos são as manifestações ou dimensões físicas da substância. Estas dimensões físicas existem porque têm uma subsistência própria (a substância) só captável pela inteligência. Os sentidos, repetimos, só captam as dimensões físicas que são a epifania da substância. Pois bem, as dimensões físicas umas são essenciais e outras acidentais, segundo os casos. Ponhamos um exemplo: O lápis que eu tenho na mão não seria lápis se não tivesse mina (elemento essencial), mas é completamente acidental que seja de cor branca o negra. Por certo, o acidente faz referência à essência mais que à substância. Não podemos dizer que todas as dimensões físicas de uma coisa Sean simplesmente acidente da mesma: é da essência do lápis o ter mina, mas não o é que o lápis seja de cor negra o amarela (acidente).
Pois bem, quando conhecemos a realidade que está à nossa frente e estudamos as notas que determinam a sua definição, então temos a essência. A essência responde à pergunta: Que tipo de realidade é esta? A essência configura-se pela determinação de uma realidade concreta mediante as suas notas diferenciais. A natureza acrescenta à essência um momento dinâmico; é a mesma essência enquanto princípio de desenvolvimento, enquanto principio de operação.

josé antonio sayés, [i] trad ama,


[i] Sacerdote, doutor em teologia pela Universidade Gregoriana e professor de Teologia fundamental na Faculdade de Teologia do Norte de Espanha.
Escreveu mais de quarenta obras de teologia e filosofia e é um dos Teólogos vivos mais importantes da Igreja Católica. Destacou-se pelas suas prolíferas conferências, a publicação de livros quase anualmente e pelos seus artigos incisivos em defesa da fé verdadeira.

Evolucionismo

Do Céu à Terra
O que é a herança de caracteres?

A herança de caracteres adquiridos era a essência do transformismo, postulado antes de Darwin por Lamarck. 

Hoje sabe-se que se trata de uma hipótese falsa, pois os ditos caracteres não se incorporam no património genético e, portanto, não se transmitem de pais para filhos. Sabe-se desde que se conhecem os genes, quando se difundiram os estudos de Mendel, por volta de 1900. Mas Darwin tinha morrido vinte anos antes, sem suspeitar que os caracteres adquiridos não se herdam. 

Se tivesse vivido um pouco mais, Darwin não teria sido darwinista.

jose ramón ayllón, trad. ama


TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ


“Recomeçar de novo!”

O convencimento da tua "massa ruim" – o conhecimento de ti próprio – dar-te-á a reacção sobrenatural que fará enraizar cada vez mais na tua alma a alegria e a paz perante a humilhação, o desprezo, a calúnia... Depois do "fiat" – Senhor, o que Tu quiseres! –, o teu raciocínio nesses casos deve ser: "Só disseram isso? Vê-se que não me conhecem; de outro modo não teriam ficado por aí". Como estás convencido de que mereces pior tratamento, ficarás grato àquela pessoa, e alegrar-te-ás com o que faria sofrer outro. (Sulco, 268)

Estamos a experimentar constantemente a nossa ineficácia. Mas, às vezes, parece que todas estas coisas se juntam e se nos manifestam com um relevo maior, para que nos apercebamos de quão pouco somos. Que fazer?

Expecta Dominum, espera no Senhor; vive de esperança, sugere-nos a Igreja, com amor e com fé. Viriliter age , porta-te varonilmente. Que importa que sejamos criaturas de lodo, se temos a esperança posta em Deus? E se alguma vez a alma sofre uma queda, um retrocesso – não é necessário que isso aconteça – aplica-se-lhe o remédio, como se procede normalmente com a saúde do corpo, e recomeça-se de novo!
(...) Perante as nossas misérias e os nossos pecados, perante os nossos erros – mesmo que sejam, pela graça de Deus, de pouca monta – recorramos à oração e digamos ao nosso Pai: Senhor, na minha pobreza, na minha fragilidade, neste meu barro de vasilha quebrada, põe-me, Senhor, uns gatos e – com a minha dor e o Teu perdão – serei mais forte e mais gracioso do que dantes! Uma oração consoladora para a repetirmos quando se parta este nosso pobre barro. (Amigos de Deus, nn.94–95)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Música e entretenimento

  Verdi - La Traviata


selecção ALS 

Tema para breve reflexão

Reflectindo
Vida interior



A reflexão, a ponderação das coisas no íntimo, leva à profundidade interior.


(federico suarez, A Virgem Nossa Senhora, Éfeso, 4ª Ed. nr. 183)

Pensamentos inspirados à procura de deus


À procura de Deus



A Salvação, pela graça de Deus, é caminho de comunhão, não é estrada solitária.



JMA, 2011.09.09

É o sacramento da penitência necessário para a salvação?

Jesus e Zaqueu
Basílica de São Marcos, Veneza

Parece que este sacramento não é necessário para a salvação:
1. Com efeito, sobre estas palavras do salmista: “Quem semeou nas lágrimas etc.” (Sl 125, 5), comenta a Glosa: “Não fiques triste, se tens boa vontade, porque então se colhe a paz”. Ora, a tristeza pertence à natureza da penitência, conforme o dito de Paulo: “Pois a tristeza segundo Deus produz um arrependimento que conduz à salvação”. Logo, a boa vontade, sem a penitência, é suficiente para a salvação.
2. Além disso, lê-se no livro dos Provérbios: “O amor encobre todas as faltas” (10, 12) e mais abaixo: “A misericórdia e a fé apagam os pecados” (15, 27). Ora, este sacramento só existe para apagar os pecados. Logo, tendo caridade, fé e misericórdia, qualquer um pode alcançar a salvação, mesmo sem o sacramento da Penitência.
3. Ademais, os sacramentos da Igreja foram instituídos por Cristo. Ora, lê-se que Cristo perdoou a mulher adúltera sem penitência. Logo, parece que a penitência não é necessária para a salvação.
EM SENTIDO CONTRÁRIO, o Senhor diz: “Se vós não fizerdes penitência, vós todos perecereis igualmente” (Lc 13, 5).

Algo é necessário para a salvação de duas maneiras: de maneira absoluta e de maneira condicional. É absolutamente necessário para a salvação aquilo sem o que ninguém pode alcançar a salvação, como a graça de Cristo, o sacramento do Baptismo, pelo qual se renasce em Cristo. O sacramento da Penitência é necessário sob condição, já que não é necessário para todos, mas somente para os que estão sob o jugo do pecado. Pois, lê-se no livro dos Paralipómenos: [i] “Tu, Senhor, Deus dos justos, tu não instituíste a penitência para os justos Abraão, Isaac e Jacob, para estes que não te ofenderam”.
Mas “o pecado, tendo sido consumado, gera a morte”, diz a Carta de Tiago. Por isso, é necessário para a salvação do pecador que ele seja libertado do pecado. Isto não pode ser feito sem o sacramento da penitência, no qual actua o poder da paixão de Cristo por meio da absolvição do sacerdote juntamente com o ato do penitente, que coopera com a graça para a destruição do pecado, como, aliás, ensina Agostinho: “Quem te criou sem ti, não te justificará sem ti”. Daí se segue com evidência que o sacramento da penitência é necessário para a salvação depois do pecado, assim como o remédio corporal para o homem que caiu em uma doença grave.
Suma Teológica III, q.84, a.5

Quanto às objecções iniciais, portanto, deve-se dizer que:
1. Esta glosa deve ser entendida daqueles que têm boa vontade não interrompida pelo pecado. Com efeito, estes não têm motivo de tristeza. Mas, caso a boa vontade seja suprimida pelo pecado, ela não pode ser restituída sem tristeza, pela qual alguém se dói do pecado passado. Isso faz parte da penitência.
2. Desde que alguém incorra em pecado, a caridade, a fé e a misericórdia não o livram do pecado sem a penitência. Com efeito, requer a caridade que o homem sinta a dor de ter ofendido a um amigo e que se empenhe em reconciliar-se com ele. Requer também a própria fé que ele, pelo poder da paixão de Cristo, que actua nos sacramentos da Igreja, procure justificar-se dos pecados. Requer também a misericórdia que o homem, fazendo penitência, remedeie a miséria, em que caiu pelo pecado, conforme o dito dos Provérbios: “O pecado é a vergonha das nações” (14, 34). Por isso, consta no livro do Eclesiástico: “Tem compaixão de tua alma agradando a Deus” (30, 34).
3. Pertenceu ao poder superior, que só Cristo teve, como se disse acima (q.64 a>4), conceder o efeito do sacramento da penitência, que é a remissão dos pecados, à mulher adúltera sem o sacramento da penitência, ainda que não sem a penitência interior, que ele operou nela pela graça.



[i] Nota de AMA: Suplemento ao Livro dos Reis, do Antigo Testamento

Evangelho do dia e comentário













T. Comum– XXIII Semana




Evangelho: Lc 6, 39-42

39 Dizia-lhes também esta comparação: «Pode, porventura, um cego guiar outro cego? Não cairão ambos nalguma cova? 40 O discípulo não é mais que o mestre; mas todo o discípulo será perfeito, se for como o seu mestre. 41 «Porque vês tu a palha no olho do teu irmão, e não notas a trave que tens no teu? 42 Ou como podes tu dizer a teu irmão: “Deixa, irmão, que eu tire do teu olho a palha”, não vendo tu mesmo a trave que tens no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e depois verás bem para tirar a palha do olho de teu irmão.

Comentário:

Esta tendência de avaliação dos outros que, em maior ou menor grau, todos temos, acaba, quase sempre, num julgamento no qual damos, sem mais, a sentença.

Este é um direito que só se nos aplica em causa própria, isto é, julgarmo-nos a nós mesmos, mas está-nos vedada a sentença já que só Deus pode julgar com absoluta isenção e sentenciar com indiscutível justiça.

(ama, meditação sobre Mt 7, 1-5, 2010.09.10)