03/10/2011

Música e repouso


 Concierto de Coros de Ópera organizado por la Asociación Gayarre Amigos de la Ópera de Navarra (AGAO). Teatro Gayarre de Pamplona, 2 de octubre de 2009. 
Coro "Premier Ensemble" de AGAO y Orquesta Sinfónica de Torun. Dirección: Piotr Sulkowski Aida (G.Verdi) : "Gloria all'Egitto" CORO "PREMIER ENSEMBLE" de AGAO


selecção ALS 

A nossa coroação 3

Para lá do Túnel
Se perseveramos na nossa fé, todos os chamados, seremos coroados, quer dizer, salvos. E não temos razões para pensar o contrário, se é que lutamos em conservar nossa fé e manter o amor ao Senhor, pois da mesma maneira que nos custa desarreigar os nossos vícios; mais o custa ao demónio desarreigarmos das nossas virtudes com as suas tentações. 


João Paulo II na sua “Vida de Cristo” diz-nos: “Salvar, quer dizer: libertar do mal. Jesus Cristo é o salvador do mundo porque veio libertar o homem desse mal fundamental, que invadiu a intimidade do homem ao longo de toda a sua história”.

Juan del Carmelo, trad ama

Princípios filosóficos do cristianismo

A Fé e a Razão

Filósofo
Rembrandt
Se o cristianismo aparece e se apresenta como um facto histórico, como a revelação do Filho de Deus feito homem e história, logicamente tem de apresentar as credenciais dessa revelação. Poderíamos perguntar a Cristo: que sinais nos dás para que acreditemos em ti? E responde Cristo: «se não faço as obras de meu Pai não me acrediteis; mas se as faço, se não me acreditais pelo que vos digo, acreditai-me pelas obras que faço para que saibais e reconheçais que o pai está em mim e eu no Pai» (Jn 10, 38).

(jose ramón ayllón, trad. ama)

Pensamentos inspirados à procura de Deus


À procura de Deus



Queres conhecer-te melhor?
Entrega-te ao teu senhor.


jma, 2011.10.03

Em Deus se identificam a essência e a existência?

Tratado de Deo Uno


Questão 3: Da simplicidade de Deus

Art. 4 — Se em Deus se identificam a essência e a existência.


(I Sent., dist. 8, q. 4, a. 1, 2; q. 5, a. 2; dist. 34, q. 1, a. 1; II dist. 1, q. 1, a. 1; Cont. gent. I, 22, 52; Qq. Disp., de Pot., q. 7, a. 2; de Spirit. Creat., a. 1; Compend. Theol., c. 11; Opusc. XXXVII, de Quattuor Oppos., c. 4; De Ent. Et Ess., c. 5)

O quarto discute-se assim. — Parece que em Deus não se identificam a essência e a existência.

1. — Pois, se assim não fosse, nada se poderia acrescentar ao ser divino. Ora, o ser que não é susceptível de nenhuma adição é o ser em geral, que se predica de todos; e, portanto, Deus seria tal ser de todos predicado. Ora; isto é falso, segundo aquilo da Escritura (Sb 14,21): Deram às pedras e ao pau um nome incomunicável.  Logo, a existência de Deus não é idêntica à sua essência.

2. Demais. — Como já se disse [i], podemos saber se Deus existe, mas não, o que é. Logo, não se identificam a existência de Deus e a sua essência,  quididade ou natureza.

Mas, em contrário, diz Hilário:  A existência não é um acidente, em Deus, mas verdade subsistente [ii]. Logo, o que subsiste em Deus é a sua existência.

SOLUÇÃO. — Deus é, não somente, a sua essência, como já demonstramos [iii], mas também a sua existência, o que se pode provar de muitos modos. Primeiro, porque tudo o que existe num ente, sem lhe constituir a essência, deve ser causado pelos princípios desta, como acidentes próprios resultantes da espécie. Assim, a faculdade de rir resulta do ser humano e é causada pelos princípios essenciais da espécie. Ou, então, deve ser causado por algum ser exterior: assim, o calor da água é causado pelo fogo. Por onde, sendo a existência mesma do ente diferente da sua essência, é necessário seja essa existência causada por algum ser exterior, ou pelos princípios essenciais do referido ente. Ora, é impossível seja ela causada somente pelos princípios essenciais deste, pois, nenhum ente de existência causada é suficiente para ser causa da sua própria existência. Portanto e necessariamente, o ente cuja existência difere da essência, há de ter aquela causada por outro ser. Mas, isto não se pode dizer de Deus, pois, já provamos ser ele a causa eficiente primeira. Logo, é impossível que, em Deus, a existência seja diferente da essência. Segundo, porque a existência é a actualidade de toda forma ou natureza; assim, a bondade ou a humanidade não são actuais senão quando as supomos existentes. Necessariamente, pois, a existência está para a essência, da qual difere, como o ato para a potência. Ora, Deus nada tendo de potencial, como demonstramos [iv], resulta que a sua essência não difere da sua existência e, portanto, são idênticas. Terceiro, porque, assim como o que tem fogo, sem ser fogo, é ígneo por participação, assim também o que existe, sem ser a existência, existe por participação. Ora, como já estabelecemos [v], Deus é a sua essência. Se, portanto, não for a sua existência, será ser por participação e não, por essência. Logo, não será o ser primeiro, o que é absurdo. Por consequência, Deus é a sua existência e não somente, a sua essência.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — A expressão — ser que não é susceptível de nenhuma adição — pode ser entendida em duplo sentido. Ou porque é tal que, por natureza, não se lhe pode adicionar nada, como se dá com o animal irracional, que, por natureza, não pode ter razão; ou porque a sua essência não comporta nenhuma adição, como é o caso do animal em geral, que, por essência, sendo desprovido de razão, não a comporta, sem que, por outro lado essa essência exija que seja privado dela.

Ora, no primeiro sentido é o ser divino que não é susceptível de adição; e no segundo, o ser em geral.

RESPOSTA À SEGUNDA. — O vocábulo ser é susceptível de duplo sentido. Ora significa o ato de existir; ora a composição proposicional, que o espírito descobre quando une o predicado ao sujeito. Na primeira acepção, não podemos conhecer a existência de Deus nem a sua essência, mas só na segunda. Pois, sabemos que a proposição que formamos sobre Deus, quando dizemos —Deus existe — é verdadeira; e isto sabemos pelos efeitos de Deus, como já dissemos [vi].
[i] Q. 2, a. 2.
[ii] VII de Trin.
[iii] Art. Praec.
[iv] Art. 1
[v] Art. Praec.
[vi] Q. 2, a. 2

Evangelho do dia e comentário













T. Comum– XXVII Semana




Evangelho: Lc 10, 25-37

25 Eis que se levantou um doutor da lei, e disse-lhe para o experimentar: «Mestre, que devo eu fazer para alcançar a vida eterna?». 26 Jesus respondeu-lhe: «O que é que está escrito na Lei? Como lês tu?». 27 Ele respondeu: «Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento, e o teu próximo como a ti mesmo». 28 Jesus disse-lhe: «Respondeste bem: faz isso e viverás». 29 Mas ele, querendo justificar-se, disse a Jesus: «E quem é o meu próximo?». 30 Jesus, retomando a palavra, disse: «Um homem descia de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos ladrões, que o despojaram, o espancaram e retiraram-se, deixando-o meio morto. 31 Ora aconteceu que descia pelo mesmo caminho um sacerdote que, quando o viu, passou de largo.32 Igualmente um levita, chegando perto daquele lugar e vendo-o, passou adiante. 33 Um samaritano, porém, que ia de viagem, chegou perto dele e, quando o viu, encheu-se de compaixão. 34 Aproximou-se, ligou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; e, pondo-o sobre o seu jumento, levou-o a uma estalagem e cuidou dele. 35 No dia seguinte tirou dois denários, deu-os ao estalajadeiro e disse-lhe: Cuida dele; quanto gastares a mais, eu to pagarei quando voltar. 36 Qual destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos ladrões?». 37 Ele respondeu: «O que usou de misericórdia com ele». Então Jesus disse-lhe: «Vai e faz tu o mesmo».

Meditação:

Ocorre-me que a vítima dos salteadores é o próprio Jesus Cristo que andando pelos caminhos da terra é frequente vítima de assaltos e violências inauditas por parte de alguns - muitos, infelizmente - que procuram despojá-lo dos tesouros de que é portador sem perceberem que o mais valioso dos quais é a Salvação da humanidade.
E atacam-no, violentam-no e, se não O matam, outra vez, numa Cruz, abandonam-no na vera do caminho como coisa sem interesse ou préstimo algum.

Deixa-me ajudar-te, Senhor, a proteger-te dos assaltos violentos que persistem contra Ti. Fico eu no Teu lugar e ofereço-me como refém aos que querem crucificar-te outra vez. Bem sei que não valho nada, mas, como sou Teu filho, talvez me aceitem!

(ama, meditação sobre Lc 10, 25-37, 2010.10.04)