21/11/2011

Viagem do Papa ao Benim

Novíssimos: Morte 5

O dia da Morte
William-Adolphe Bourgerau


Voltaire escreveu um dia a Bayle, desconsolado e triste, a lamentar que os seus amigos se desonrassem, quase todos na morte, chamando o padre, confessando-se, comungando, e repudiando, como perigosa e falsa a sua antiga rebeldia anticristã, mais cómoda, ao que parece, para viver, do que para morrer! E é sabido que o mesmo Voltaire se teria desonrado - também, confessando-se e comungando, se lho tivessem consentido d'Alembert e Diderot. D'Alembert, por seu turno, quando viu que a morte se avizinhava, mandou chamar, para se confessar, o pároco de Saint-Germmain, que Condorcet não deixou entrar, o mesmo sucedendo, a Diderot, que se teria confessado ao pároco de S. Sulpicio, o bom P. Térsac, se os e amigos o não impedissem de o fazer.

(Cfr. A. Veloso, BROTÉRIA, Vol. LVI, Fasc. 4, 1953, pag. 278) 

Coração

Reflectindo



Se o coração do homem não for bom então nada mais se pode tornar bom. E a bondade do coração só pode vir d’Aquele que em Si mesmo é a bondade, o Bem.











(Bento VXI, Jesus de Nazaré, Esfera dos livros, 3ª ed., p. 65)

Pensamentos inspirados à procura de Deus


À procura de Deus


De que tens medo?

Não te disse Jesus:

«E sabei que Eu estarei sempre convosco
até ao fim dos tempos.» Mt 28,20





jma

As ADIÇÔES

Porque só há adição quando o hábito é mau? 

Fala-se de adições quando há maus hábitos e não quando são bons, porque se entende que a adição é algo que o homem não deseja, e é evidente que desejamos obrar bem e não mal. As boas qualidades e hábitos não são algo rejeitável, mas uma ajuda que facilita obrar bem como todos desejamos.

Ideasrapidas, trad ama

Tratado De Deo Trino 5

Art. 4 — Se a processão do Amor, em Deus, é geração.


(Infra, q. 30, a. 2, ad 2; I Sent., dist. XIII, a 3, ad 3, 4; III. dist. VIII. a. 1, ad 8; IV Contra Cent., cap. XIX; De Pot., q. 2. a. 4, ad 7; q. 10, a. 2, ad 22; Compend.Theol., cap. XLVI).

O quarto discute-se assim. — Parece que a processão do Amor, em Deus, é geração.

— Pois, o que procede por semelhança de natureza, nos seres vivos, se diz gerado e nascido. Ora, o que em Deus procede ao modo do amor procede por semelhança de natureza, do contrário seria estranho à natureza divina e haveria então processão para o exterior. Logo, o que em Deus procede ao modo do amor procede como gerado e nascido.

Demais. — Como a semelhança é da essência do verbo, assim também é da essência do amor; e por isso diz a Escritura (Eccl 13, 19): Todo animal ama o seu semelhante. Se, portanto, em razão da semelhança, convém ao Verbo procedente ser gerado e nascido, resulta que também ao Amor procedente convém o ser gerado.

Demais. — Não está num género o que não está em nenhuma das suas espécies. Se pois, há em Deus alguma processão do Amor, é necessário que, além desse nome comum, tenha ela um nome especial. Ora, não se lhe pode dar outro nome sem ser o de geração. Logo, resulta que a processão do Amor em Deus é geração.

Mas, em contrário, é que, se assim fosse, seguir-se-ia que o Espírito Santo, procedente como Amor, procederia como gerado; o que vai contra o dito de Atanásio: O Espírito Santo vem do pai e do Filho, não feito, nem criado, nem gerado, mas procedente [1].

A processão do Amor em Deus se não deve chamar geração. Para evidenciá-lo, devemos saber que a diferença entre o intelecto e a vontade está em que o intelecto se actualiza quando nele está à causa inteligida, segundo a semelhança dela; ao passo que a vontade se actualiza, não porque nela exista alguma semelhança do que é querido, mas por inclinar-se para a causa querida. Portanto, a processão, segundo a natureza do intelecto, funda-se na noção de semelhança e como tal, pode ter natureza de geração, pois todo gerador gera o seu semelhante. Porém a processão, segundo a natureza da vontade, não se funda na noção de semelhança, mas antes, na noção de um agente que impele e move para algum termo. Logo, o que em Deus procede ao modo do amor não procede como gerado ou como filho, mas antes como espírito, nome que designa uma certa moção vital e um impulso, no sentido em que se diz que alguém é movido ou impelido pelo amor a fazer alguma causa.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. — Tudo o que existe em Deus se identifica com a divina natureza, não se podendo portanto, em razão dessa identificação, conceber a noção própria de tal ou tal processão, segundo a qual uma se diferencia de outra. Mas, é necessário que a noção distinta de tal e tal processão seja considerada segundo a ordem de uma em relação à outra. Ora, semelhante ordem é considerada segundo a noção de vontade e de intelecto. Donde, segundo tal noção própria, a cada processão, em Deus, lhe cabe o nome adequado, imposto para significar a noção própria do objecto. E daí resulta que o procedente ao modo do amor recebe a natureza divina e contudo não se chama nascido.

RESPOSTA À SEGUNDA. — Uma é a semelhança do verbo e outra a do amor. Tem-na o verbo enquanto é certa semelhança da causa inteligida, como o gerado é semelhança do gerador. Tem-na o amor, não por ser em si mesmo semelhança, mas por esta ser princípio do amor. Donde se não segue que o amor seja gerado, mas que o gerado é princípio do amor.

RESPOSTA À TERCEIRA. — Só pelas criaturas podemos nomear a Deus, como dissemos [2]. E porque nas criaturas a comunicação da natureza só se dá pela geração, a processão em Deus não tem outro nome próprio ou especial senão o de geração. Dai o ficar sem nome especial a processão que não é geração, podendo contudo chamar-se expiração por ser processão do Espírito.

SÃO TOMÁS DE AQUINO, Suma Teológica,



[1] 1.In Symb. “Quicumque”.
[2] Q. 13, a. 1.

Evangelho do dia e comentário

 Apresentação da Santíssima Virgem [i]












T. Comum– XXXIV Semana




Evangelho: Lc 21, 1-4

1 Levantando Jesus os olhos, viu vários ricos que lançavam as suas oferendas na caixa das esmolas. 2 Viu também uma viúva pobrezinha, que lançava duas pequenas moedas, 3 e disse: «Na verdade vos digo que esta pobre viúva lançou mais que todos os outros. 4 Porque todos esses fizeram a Deus oferta do que lhes sobrava; ela, porém, deu da sua própria indigência tudo o que tinha para viver»

Comentário:

Dar do que me foi dado, que coisa mais justa!

E que tenho eu que não tenha recebido?

Nada!

Recebi tudo de graça e sem mérito algum da minha parte.

É, pois justo, que dê tudo sem esperar nada em troca.

(ama, comentário sobre Lc 21, 1-4, 2010.11.21)


[i] Nota Histórica 






Neste dia da dedicação (ano 543) da igreja de Santa Maria a Nova, construída perto do templo de Jerusalém, celebramos, juntamente com os cristãos da Igreja Oriental, a «dedicação» que Maria fez de Si mesma a Deus, já desde a infância, movida pelo Espírito Santo que a encheu de graça desde a sua Imaculada Conceição.

A caridade é o sal do apostolado

Textos de S. Josemaria Escrivá

Ama e pratica a caridade, sem limites e sem discriminações, porque é a virtude que caracteriza os discípulos do Mestre. Contudo essa caridade não pode levar-te – deixaria de ser virtude – a amortecer a fé, a tirar as arestas que a definem, a dulcificá-la até convertê-la, como alguns pretendem, em algo amorfo, que não tem a força e o poder de Deus. (Forja, 456)

Pecaria por ingenuidade quem imaginasse que as exigências da caridade cristã se cumprem facilmente. É bem diferente o que nos diz a experiência, quer no âmbito das ocupações habituais dos homens, quer, por desgraça, no âmbito da Igreja. Se o amor não nos obrigasse a calar, cada um de nós teria muito que contar de divisões, de ataques, de injustiças, de murmurações e de insídias. Temos de o admitir com simplicidade, para tratar de aplicar, pela parte que nos corresponde, o remédio oportuno, que se há-de traduzir num esforço pessoal por não ferir, por não maltratar, por corrigir sem deixar ninguém esmagado.
(…) Sinto-me inclinado agora a pedir ao Senhor – se quiserdes unir-vos a esta minha oração – que não permita que na sua Igreja a falta de amor semeie joio nas almas. A caridade é o sal do apostolado dos cristãos; se perde o sabor, como poderemos apresentar-nos ao mundo e explicar, de cabeça erguida, que aqui está Cristo? (Amigos de Deus, 234)

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