11/12/2011

Vivendo o Advento

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Pensamentos inspirados à procura de Deus

À procura de Deus



Os Santos não são para admirar,

são para imitar.



jma

Preparando o Natal


           Oração do Natal

Menino Jesus: 

Este Natal quisera receber-te com aquele enlevo e carinho de Tua Santíssima Mãe, com a atenção e cuidados de São José, com a alegria e simplicidade dos Pastores de Belém.
São Josemaria, ajudai-me nestes propósitos.


ama, Advento 2011

Música e oração

 Handel - Messiah - Hallelujah - Sir Colin Davis

 

 London S Orchestra


selecção ALS

Adultério

Reflectindo
Recordemos as palavras do sermão da Montanha […] «Ouvistes que se disse: “não cometerás adultério”. Pois eu vos digo: todo o que olha uma mulher para a desejar, já cometeu adultério com ela no seu coração.» (Mt 5, 27-28) É necessário estabelecer o significado do texto, o significado das expressões usadas no mesmo e a sua relação recíproca. O adultério, a que se refere directamente o mandamento citado, significa a ruptura da unidade mediante a qual o homem e a mulher, somente como cônjuges, podem unir-se intimamente, até se converterem numa só carne. (cfr. Gen. 2, 24) Cometerá adultério o homem se desta forma se une a uma mulher que não é a sua. Comete adultério também a mulher se desta forma se une a um homem que não é o seu marido. É necessário deduzir disto que o adultério no coração, cometido pelo homem quando olha para uma mulher para a desejar, significa um acto interior bem definido. Trata-se de um desejo que está dirigido, neste caso, pelo homem para com uma mulher que não é a sua mulher, afim de unir-se com ela como se o fosse, quer dizer, empregando uma vez mais as palavras do Gen. 2, 14, de tal forma que os dois sejam uma só carne.

(btº. joão paulo ii, Audiência geral, 1980.04.23) 

Tratado De Deo Trino 36

Art. 2. – Se o nome de imagem é próprio do Filho.

(Infra, q. 93, a. 1. ad2; I Sent., dist. III, q. 3, ad. 5 dist. XXVIII, q. 2, a. 1. ad 3; a. 3; II, dist. XVI, a. 1; Contra errors Graec., cap. X; I Cor., cap. XL, lect, II; II, cap. IV, lect. II Coloss, cap. I, lect. IV; Hebr., cap. I, lect II).

O segundo discute-se assim. – Parece que o nome de Imagem não é próprio do Filho.

1. – Pois, como diz Damasceno, o Espírito Santo é a imagem do Filho [1]. Logo, este não é próprio do Filho.

2. Demais. – A imagem é por essência semelhança expressiva, como diz Agostinho [2]. Ora, isto convém ao Espírito Santo, que procede a modo de semelhança. Logo, o Espírito Santo é imagem; e, portanto, ser Imagem não é próprio do Filho.

3. Demais. – Também o homem se chama imagem de Deus, segundo a Escritura (1 Cor 11, 7): O varão não deve cobrir a sua cabeça, porque é a imagem e glória de Deus. Logo, ser Imagem não é próprio do Filho.

Mas, em contrário, diz Agostinho, que só o Filho é Imagem do Pai [3].

Os doutores dos Gregos dizem comummente, que o Espírito Santo é a imagem do Pai e do Filho. Mas, os Doutores latinos só ao Filho atribuem o nome de imagem; pois, só ao Filho atribui tal nome e Escritura canónica. Assim, o Apóstolo diz (Cl 1, 15): Que é a imagem de Deus invisível, o primogénito de toda a criatura; e, noutro lugar (Hb 1, 3): O qual, sendo resplendor da glória é a figura da sua substância.

E a razão disto alguns a dão dizendo, que o Filho convém com o Pai não somente pela natureza, mas também pela noção de princípio; ao contrário, o Espírito Santo não convém com o Filho nem com o Pai por nenhuma noção. – Mas, esta explicação não é suficiente. Pois, assim como pelas relações não há em Deus igualdade nem desigualdade, como diz Agostinho [4], assim, nem semelhança, necessária essencialmente à imagem.

E por isso outros dizem, que o Espírito Santo não pode ser chamado imagem do Filho, por não haver imagem de imagem. Nem também do Pai, porque a imagem se refere imediatamente ao ser do qual é, ao passo que o Espírito Santo se refere ao Pai pelo Filho. E nem tão pouco é imagem do Pai e do Filho, porque então haverá uma só imagem, de dois, o que é impossível. Por onde se conclui, que o Espírito Santo de nenhum modo é imagem. – Mas, nada disto é exacto. Pois, sendo o Pai e o Filho princípio uno do Espírito Santo, como adiante se dirá [5], nada impede sejam o Pai e o Filho, como um só, uma só imagem, assim como o homem é a imagem una de toda a Trindade.

E, portanto, devemos dizer, diferentemente, que embora o Espírito Santo, pela sua processão, receba a natureza do Pai, como o Filho, e todavia não se chama nato, assim, embora receba a espécie semelhante do Pai, não se chama imagem. Porque o Filho procede como Verbo, a cuja essência pertence à semelhança de espécie com o ser donde procede: mas isto não pertence à essência do amor, embora convenha ao Amor chamado Espírito Santo, enquanto amor divino.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. – Damasceno e os outros doutores Gregos comummente usam do nome de imagem significando perfeita semelhança.

RESPOSTA À SEGUNDA. – Embora o Espírito Santo seja semelhante ao Pai e ao Filho, todavia daí se não segue seja imagem, pela razão já exposta.

RESPOSTA À TERCEIRA. – A imagem de um ser de duplo modo se encontra em outro. De um modo, como no que é da mesma natureza específica; assim a imagem do rei está no seu filho. De outro modo, como no que é de outra natureza; e assim a imagem do rei, na moeda. Ora, do primeiro modo o Filho é a imagem do Pai; e do segundo se diz, que o homem é a imagem de Deus. Por onde, para significarmos, no homem, a imperfeição da imagem, dele não só dizemos que é imagem, mas que é à imagem; com o que significamos certo movimento do que tende à perfeição. Mas do Filho de Deus não podemos dizer que seja à imagem, pois, é a perfeita imagem do Pai.

SÃO TOMÁS DE AQUINO, Suma Teológica,



[1] De Fide Orth., 1. I, c. 13.
[2] In libro Octoginta trium Quaest., q. 74.
[3] VI De Trin., c. 2.
[4] Contra Maximin., l. II.
[5] Q. 36, a. 4.

Evangelho do dia e comentário

Advento III Semana

Perante a vinda eminente do Senhor, os homens devem dispor-se interiormente, fazer penitência dos seus pecados, rectificar a sua vida para receber a graça especial divina que traz o Messias. Tudo isso significa esse aplanar os montes, rectificar e suavizar os caminhos de que fala o Baptista. (...) A Igreja na sua liturgia do Advento anuncia-nos todos os anos a vinda de Jesus Cristo, Salvador nosso, e exorta cada cristão a essa purificação da sua alma mediante uma renovada conversão interior[i]
Domingo da III semana do Advento 11 de Dezembro
Evangelho: Jo 1, 6-8, 19-28

6 Apareceu um homem enviado por Deus que se chamava João. 7 Veio como testemunha para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele. 8 Não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz.
19 Eis o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas a perguntar-lhe: «Quem és tu?». 20 Ele confessou a verdade, não a negou; e confessou: «Eu não sou o Cristo». 21 Eles perguntaram-lhe: «Quem és, pois? És tu Elias?». Ele respondeu: «Não sou». «És tu o profeta?». Respondeu: «Não». 22 Disseram-lhe então: «Quem és, pois, para que possamos dar resposta aos que nos enviaram? Que dizes de ti mesmo?». 23 Disse-lhes então: «”Eu sou a voz do que clama no deserto. Endireitai o caminho do Senhor”, como disse o profeta Isaías». 24 Ora os que tinham sido enviados eram fariseus. 25 Interrogaram-no, dizendo: «Como baptizas, pois, se não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta?». 26 João respondeu-lhes: «Eu baptizo em água, mas no meio de vós está Quem vós não conheceis. 27 Esse é O que há-de vir depois de mim, e eu não sou digno de desatar-Lhe as correias das sandálias». 28 Estas coisas passaram-se em Betânia, além Jordão, onde João estava a baptizar.

Comentário:

A figura de São João avulta na história da salvação. É uma figura central de uma importância excepcional.
(Dele dirá Jesus Cristo: «Na verdade vos digo que entre os nascidos de mulher não veio ao mundo outro maior que João Baptista» [ii])
Ocupar o lugar de Jesus, mesmo que momentaneamente, nunca esteve nos seus planos nem consentiu que alguma vez o confundissem com aquele que vinha anunciar.
Sendo uma figura tão proeminente e extraordinária ainda mais avulta a sua modéstia e “apagamento”. Sendo quem era, não lhe terá sido fácil convencer os seus discípulos, primeiro, e os restantes depois, que era apenas um “enviado” com uma missão específica de anúncio da chegada eminente de algo incomparavelmente maior e mais importante.
É, talvez, o exemplo mais acabado de humildade e reconhecimento pessoal de , apenas, ser um instrumento nas mãos de Deus.
E, a verdade é que, por mais valioso ou importante que seja o instrumento, nunca passará disso mesmo: instrumento de cuja docilidade dependerá em grande parte o êxito da missão que lhe foi confiada.


(ama, comentário sobre Jo 1, 6-8, 19-28, 2011.11.16)



[i] s. josemaria, Forja, 548)
[ii] Cf. Mt 11, 11

Implora a misericórdia divina

Textos de São Josemaria Escrivá


Realmente, a cada um de nós, como a Lázaro, foi um "veni foras", sai para fora, que nos pôs em movimento. Que pena dão aqueles que ainda estão mortos, e não conhecem o poder da misericórdia de Deus! Renova a tua alegria santa porque, face ao homem que se desintegra sem Cristo, se levanta o homem que ressuscitou com Ele. (Forja, 476)

É bom que tenhamos considerado as insídias destes inimigos da alma: a desordem da sensualidade e a leviandade; o desatino da razão que se opõe ao Senhor; a presunção altaneira, esterilizadora do amor a Deus e às criaturas.
Todas estas disposições de ânimo são obstáculos certos e o seu poder perturbador é grande. Por isso a liturgia faz-nos implorar a misericórdia divina: a ti elevo a minha alma, Senhor, meu Deus. E em ti confio; não seja eu confundido! Não riam de mim os meus inimigos, rezamos no intróito. E na antífona do ofertório iremos repetir: espero em ti,; que eu não seja confundido!
Agora que se aproxima o tempo da salvação, dá gosto ouvir dos lábios de S. Paulo: depois de Deus, Nosso Salvador, ter manifestado a sua benignidade e o seu amor para com os homens, libertou-nos, não pelas obras de justiça que tivéssemos feito, mas por sua misericórdia.
Se lerdes as Santas Escrituras, descobrireis constantemente a presença da misericórdia de Deus: enche a terra, estende-se a todos os seus filhos, super omnem carnem; cerca-nos, antecede-nos, multiplica-se para nos ajudar e foi continuamente confirmada. Deus tem-nos presente na sua misericórdia, ao ocupar-se de nós como Pai amoroso. É uma misericórdia suave, agradável, como a nuvem que se desfaz em chuva no tempo da seca.
Jesus Cristo resume e compendia toda a história da misericórdia divina: Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. E, noutra ocasião: Sede pois misericordiosos como também vosso Pai é misericordioso. (Cristo que passa, 7)


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