13/12/2011

Pensamentos inspirados à procura de Deus

À procura de Deus



Não compreendes?


Guarda no coração,


como Maria.

jma

Preparando o Natal


                                 Oração do Natal

Menino Jesus: 

Este Natal quisera receber-te com aquele enlevo e carinho de Tua Santíssima Mãe, com a atenção e cuidados de São José, com a alegria e simplicidade dos Pastores de Belém.
São Josemaria, ajudai-me nestes propósitos.


ama, Advento 2011

Amor de Deus

Reflectindo
A suprema misericórdia não nos abandona nem quando O abandonamos.

(S. gregório magno, Homília 36 sobre os Evangelhos.) 

MONUMENTO AO MENINO NÃO NASCIDO

A 28 de Outubro de 2011, foi inaugurado na Eslováquia, o monumento ao menino não nascido, obra de um jovem escultor daquele país.

O monumento expressa não só o pesar e arrependimento das mães que abortaram, mas também o perdão e o amor do menino por nascer para com a sua mãe.

A cerimónia de inauguração contou com a presença do ministro da Saúde do País.

A ideia de construir um monumento aos bebés por nascer veio de grupo de mulheres jovens mães muito conscientes do valor de toda a vida humana e do mal que se inflige também à saúde da mulher.


INFORMAÇÕES MUITO BREVES [De vez em quando] 2011.12.06


Tratado De Deo Trino 38

Art. 2. – Se o Espírito Santo procede do Filho.

(I Sent., dist. XI, a. 1; IV Cont. Gent., cap. XXIV, XXV; De port., q. 10, a. 4, 5; Contra errores Graec., parte II, cap. XXVII usque ad XXXII; Compend. Theol., cap. XLIX; Contra Graecos, Armenos, etc., cap. IV; in Ioan., cap. XV, lect. VI; cap. XVI, lect IV).

O segundo discute-se assim. – Parece que o Espírito Santo não procede do Filho.

1. – Pois, segundo Dionísio, não devemos ousar dizer nada da divindade substancial, além do que nos foi devidamente expresso nas Sagradas Letras [1]. Ora, a Sagrada Escritura não diz que o Espírito Santo procede do Filho, mas só, que procede do Pai (Jo 15, 26): O espírito de verdade que procede do Pai. Logo, o Espírito Santo não procede do Filho.

2. Demais. – No símbolo do Sínodo Constantinopolitano lê-se: Cremos no Espírito Santo, Senhor e vivificador, procedente do Pai, e que deve ser com o Pai e o Filho adorado e glorificado [2]. Logo, de nenhum modo se devia acrescentar, em o nosso símbolo, que o Espírito Santo procede do Filho; mas devem se considerar réus de anátema os que o fizeram [3].

3. Demais. – Damasceno diz: dizemos que o Espírito Santo procede do Pai e lhe chamamos Espírito do Pai; porém não dizemos que procede do Filho, embora lhe chamemos Espírito do Filho [4]. Logo, o Espírito Santo não procede do Filho.

4. Demais. – Nada procede do ser em que repousa. Ora, o Espírito Santo repousa no Filho, pois diz a legenda de Santo André: A paz convosco e com todos os que crêem em um Deus Padre, e num só seu Filho, único Senhor Jesus Cristo, e em um Espírito Santo procedente do Pai e que permanece no Filho [5]. Logo, o Espírito Santo não procede do Filho.

5. Demais. – O Filho procede como Verbo. Ora, o nosso espírito parece que não procede, em nós, do nosso verbo. Logo, nem o Espírito Santo procede do Verbo.

6. Demais. – O Espírito Santo procede perfeitamente do Pai. Logo, é supérfluo dizer que procede do Filho.

7. Demais. – No que é perfeito não difere o ser, do poder, como diz o Filósofo [6]; e, muito menos em Deus. Ora, o Espírito Santo pode se distinguir do Filho, mesmo se deste não procede; pois, diz Anselmo: O Filho e o Espírito Santo têm certamente o ser do Pai, mas de diverso modo; um nascendo, o outro, procedendo, de maneira que ambos entre si se distinguem [7]. E depois acrescenta: Pois, se por outra razão não se diversificassem o Filho e o Espírito Santo, só por aí se diversificariam [8]. Logo, o Espírito Santo, não existindo pelo Filho, deste se distingue.

Mas, em contrário, diz Atanásio: O Espírito Santo não é feito, nem criado, nem gerado pelo Pai e pelo Filho, mas é deles procedente [9].

É necessário admitir-se que o Espírito Santo procede do Filho. Pois, se deste não procedesse, dele não poderia de modo nenhum pessoalmente distinguir-se, o que resulta claro do que já dissemos [10]. Nem é possível dizer-se que as Pessoas divinas se distingam entre si, absolutamente falando, pois, daí seguir-se-ia não ser uma a essência das três, porquanto tudo o que de Deus absolutamente se predica pertence à unidade de essência. Donde se conclui, que só pelas relações se distinguem, entre si as Pessoas divinas. Ora, as relações só como opostas é que podem distinguir as Pessoas, o que assim se demonstra: tem o Pai duas relações; uma referente ao Filho e outra, ao Espírito Santo; as quais todavia, por não serem opostas, não constituem duas pessoas, mas pertencem unicamente à só pessoa do Pai. Se, portanto, no Filho e no Espírito Santo só houvesse duas relações, pelas quais um e outro se referissem ao Pai, elas não seriam opostas entre si, como não o são as duas pelas quais o Pai a eles se refere. Por onde, como a pessoa do Pai é una, seguir-se-ia também ser una a pessoa do Filho com a do Espírito Santo, tendo duas relações opostas às duas do Pai. Ora, isto é herético porque destrói a fé na Trindade. Logo, é necessário refiram-se entre si o Filho e o Espírito Santo por opostas relações senão as de origem, como já provamos [11]. Mas as relações opostas de origem se fundam no princípio e no que provém do princípio. Logo, e necessariamente, ou o Filho procede do Espírito Santo, o que ninguém diz, ou o Espírito Santo procede do Filho, como nós confessamos.

Com o que também está de acordo a razão da processão de um e outro. Pois, já dissemos [12] que o Filho, como Verbo, procede a modo de intelecto; porém, o Espírito Santo a modo de vontade, como Amor. Ora, necessariamente, do verbo procede o amor. Pois não amamos senão a quem apreendemos pela concepção mental. Por onde, desta maneira, é manifesto que o Espírito Santo procede do Filho.

Mas também a própria ordem das coisas assim o ensina. Pois, nunca vemos de um ser procederem desordenadamente outros, salvo quando diferem só materialmente; assim, um ferreiro faz muitos cutelos materialmente distintos entre si, sem nenhuma ordem mútua. Porém as coisas, que se distinguem não só pela distinção material, sempre mantém uma certa ordem entre si. Por isso, também a ordem das criaturas manifesta o esplendor da divina sabedoria. Se pois de uma mesma pessoa, a do Pai, procedem duas outras, o Filho e o Espírito Santo, é necessário tenham elas entre si uma certa ordem, e esta não pode ser outra senão a de natureza, por cuja ordem um procede do outro. Logo, não é possível dizer-se, que o Filho e o Espírito Santo procedem do Pai de modo tal que nenhum deles proceda do outro; a menos que introduzamos entre eles uma distinção material, o que é impossível.

Por isso, também os próprios Gregos admitem certa ordem relativa ao Filho, na processão do Espírito Santo; pois concedem que o Espírito Santo é Espírito do Filho e que procede do Pai pelo Filho. E diz-se que alguns deles concedem, que o Espírito Santo vem do Filho, ou dele promana; não, porém, que proceda. O que provém da ignorância ou da petulância. Pois quem reflectir atentamente verá que é generalíssimo o vocábulo processão, dentre todos os que exprimem uma origem qualquer. Assim, dele usamos para designar qualquer origem, dizendo, p. ex., que a linha procede do ponto; o raio, do sol; o rio, da fonte, e em outros casos semelhantes. Por onde, de tudo o que se refere à origem podemos concluir, que o Espírito Santo procede do Filho.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. – Não devemos dizer de Deus o que não se acha na Sagrada Escritura textualmente ou pelo sentido. Embora pois nela não leiamos textualmente, que o Espírito Santo procede do Filho, encontramo-lo todavia, quanto ao sentido e precipuamente onde diz o Filho, falando do Espírito Santo (Jo 16, 14): Ele me clarificará porque há-de receber do que é meu. E também de ordinário devemos entender na Sagrada Escritura, como necessariamente dito, do Filho, o que diz do Pai, mesmo quando acrescentar a locução exclusiva, excepto quando o Pai e o Filho se distinguem segundo relações opostas. Assim, as palavras do Senhor (Mt 11, 27): Ninguém conhece o Filho senão o Pai – não impedem o Filho de se conhecer a si mesmo. Logo, quando se diz que o Espírito Santo procede do Pai, mesmo acrescentando que só do Pai procede, isso não exclui o Filho; pois, como princípio do Espírito Santo, não se opõem Pai e Filho, senão somente enquanto um é Pai e outro Filho.

RESPOSTA À SEGUNDA. – Cada Concílio instituiu algum símbolo, por causa de algum erro que condenava. Por isso, o Concílio seguinte não constituía símbolo diferente do primeiro, mas apenas o explanava, contra os heréticos insurgentes, desenvolvendo o que já implicitamente continha o primeiro. Assim, o Sínodo Calcedonense determinou que os membros do Concílio Constantinopolitano transmitiriam a doutrina do Espírito Santo, não inferindo ser insuficiente o que estabeleceu o Concílio anterior, reunido em Niceia, mas declarando-lhe o sentido, contra os heréticos [13]. Pois, como no tempo dos antigos Concílios ainda não era nascido o erro dos que dizem não proceder o Espírito Santo, do Filho, não foi necessária referência explícita a este erro. Mas, quando ele mais tarde apareceu, foi expresso em certo Concílio reunido no ocidente por autoridade do Romano Pontífice, por cuja autoridade também foram reunidos e confirmados os antigos Concílios. – Ora, que o Espírito Santo procede do Filho já estava implícito no dizer-se que procede do Pai.

RESPOSTA À TERCEIRA. – Foram os Nestorianos os primeiros a ensinarem que o Espírito Santo não procede do Filho, como se vê por um símbolo deles, condenado no Sínodo Efesino [14]. E tal erro foi seguido por Teodoreto Nestoriano [15] e vários depois deles, entre os quais também Damasceno; razão pela qual a opinião deste não a devemos seguir, nesta matéria. Embora certos digam que Damasceno, se não confessa que o Espírito Santo procede do Filho, também não o nega, pelas palavras citadas.

RESPOSTA À QUARTA. – O dizer-se que o Espírito Santo repousa ou permanece no Filho, não exclui que dele proceda; pois, também dizemos que o Filho permanece no Pai, e todavia dele procede. E também dizemos que o Espírito Santo repousa no Filho, ou como o amor do amante, no amado, ou considerando a natureza humana de Cristo, em virtude do que diz a Escritura (Jo 1, 33): Aquele sobre que tu vires descer o Espírito e repousar sobre ele, esse é o que baptiza no Espírito Santo.

RESPOSTA À QUINTA. – O Verbo divino não é comparável ao verbo vocal, do qual não procede o espírito; porque então o Verbo divino teria sentido metafórico. Mas é comparável ao verbo mental, do qual procede o amor.

RESPOSTA À SEXTA. – Por proceder perfeitamente do Pai, não somente não é supérfluo dizer-se que o Espírito Santo procede do Filho, mas antes, é absolutamente necessário. Pois sendo uma mesma a virtude do Pai e do Filho, tudo quanto procede do Pai há de necessariamente proceder do Filho, salvo o que repugnar à propriedade da filiação. Assim o Filho não procede de si mesmo, embora proceda do Pai.

RESPOSTA À SÉTIMA. – O Espírito Santo distingue-se pessoalmente do Filho porque a origem de um se distingue da do outro. Mas a diferença mesma da origem consiste em proceder o Filho só do Pai, ao passo que o Espírito Santo, do Pai e do Filho. E nem de outro modo se distinguiriam as processões, como já ficou antes demonstrado.

SÃO TOMÁS DE AQUINO, Suma Teológica,



[1] De div. nom., c. 1.
[2] Primae (a. 381).
[3] Vide Conc. Ephes. (a. 431).
[4] De Fide Orth., l. 1, c. 8.
[5] In principio.
[6] III Physic., c. 4.
[7] De Processione Spiritus Sancti, c. 4.
[8] De Processione Spiritus Sancti, c. 4.
[9] In Symbolo Quicumque.
[10] Q. 28, a. 3; q. 30, a. 2.
[11] Q. 28, a. 4
[12] Q. 27, a. 2, 4; q. 28, a. 4.
[13] Actione V.
[14] Actione VI.
[15] Epist. 171, ad Ioannem Antiochiae Episc.

Evangelho do dia e comentário

Advento III Semana

Perante a vinda eminente do Senhor, os homens devem dispor-se interiormente, fazer penitência dos seus pecados, rectificar a sua vida para receber a graça especial divina que traz o Messias. Tudo isso significa esse aplanar os montes, rectificar e suavizar os caminhos de que fala o Baptista. (...) A Igreja na sua liturgia do Advento anuncia-nos todos os anos a vinda de Jesus Cristo, Salvador nosso, e exorta cada cristão a essa purificação da sua alma mediante uma renovada conversão interior[i]
Terça-Feira da III semana do Advento 13 de Dezembro


Evangelho: Mt 21, 28-32

28 «Mas que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Aproximando-se do primeiro, disse-lhe: “Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha”. 29 Ele respondeu: “Não quero”. Mas, depois, arrependeu-se e foi. 30 Dirigindo-se em seguida ao outro, falou-lhe do mesmo modo. E ele respondeu: “Eu vou, senhor”, mas não foi. 31 Qual dos dois fez a vontade do pai?». Eles responderam: «O primeiro». Disse-lhes Jesus: «Na verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes vos precederão no reino de Deus. 32 Porque veio a vós João pelo caminho da justiça, e não crestes nele; e os publicanos e as meretrizes creram nele. E vós, vendo isto, nem assim fizestes penitência depois, crendo nele.

Comentário:

Na pregação de João existem dois temas muito importantes: o arrependimento e a penitência.
Arrepender-se não é simplesmente lamentar algo que se fez mal ou que não se deveria ter feito; não basta. O arrependimento tem de ir mais longe, mais fundo no íntimo do homem.
Tem de ser o reconhecimento inequívoco, sem desculpas ou falsas razões, de um comportamento ou atitude em si mesmo ilícitos e proibidos e ter a consciência disso mesmo sem tergiversações:

“Fiz isto, nestas circunstâncias e com conhecimento de que não deveria fazê-lo, ou, eu não fiz o que devia ou o que era expectável que fizesse”.

Sentir pena, mágoa do mal que se fez ou do bem que se deixou de fazer.
Assim deve ser o arrependimento.

Só depois virá a penitência que consiste em fazer algo que de alguma forma apague ou pelo menos “esbata” mal que se fez.

(ama, comentário sobre Mt 21, 28-32, V. Moura, 2011.09.26)  

A minha neta Vera, anjinho no Presépio da sua escola em Malta


A vida matrimonial, um caminhar divino pela Terra

Textos de São Josemaria Escrivá

Vê quantos motivos para venerar S. José e para aprender da sua vida: foi um varão forte na fé...; sustentou a sua família – Jesus e Maria – com o seu trabalho esforçado...; guardou a pureza da Virgem, que era sua Esposa...; e respeitou – amou! – a liberdade de Deus que fez a escolha, não só da Virgem como Mãe, mas também dele como Esposo de Santa Maria. (Forja, 552)

Ao pensar nos lares cristãos, gosto de imaginá-los luminosos e alegres, como foi o da Sagrada Família. A mensagem de Natal ressoa com toda a força: Glória a Deus no mais alto dos Céus e paz na terra aos homens de boa vontade. Que a Paz de Cristo triunfe nos vossos corações, escreve o Apóstolo. Paz por nos sabermos amados pelo nosso Pai, Deus, incorporados em Cristo, protegidos pela Virgem Santa Maria, amparados por S. José. Esta é a grande luz que ilumina as nossas vidas e que, perante as dificuldades e misérias pessoais, nos impele a seguir animosamente para diante. Cada lar cristão deveria ser um remanso de serenidade, em que se notassem, por cima das pequenas contrariedades diárias, um carinho e uma tranquilidade, profundos e sinceros, fruto de uma fé real e vivida.
Para o cristão o matrimónio não é uma simples instituição social e menos ainda um remédio para as fraquezas humanas: é uma autêntica vocação sobrenatural. Sacramento grande em Cristo e na Igreja, como diz S. Paulo, é, ao mesmo tempo e inseparavelmente, contrato que um homem e uma mulher fazem para sempre, pois, quer queiramos quer não, o matrimónio instituído por Jesus Cristo é indissolúvel, sinal sagrado que santifica, acção de Jesus, que invade a alma dos que se casam e os convida a segui-Lo, transformando toda a vida matrimonial num caminhar divino pela Terra. (Cristo que passa, nn. 22–23)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Vivendo o Advento

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Música e repouso

Debussy - Clair de lune - David Oistrakh


selecção ALS