08/01/2012

Livres para construir o futuro 6

Os grandes desafios da história têm de encontrar os cristãos preparados, com o sentido de responsabilidade dos que se sabem identificados com Cristo na Cruz, que salva e liberta das escravidões. Os filhos de Deus, cidadãos da mesma categoria que os outros, temos de participar "sem medo" em todas as actividades e organizações honestas dos homens, para que Cristo ali esteja presente. Nosso Senhor pedir-nos-á conta estreita se, por desleixo ou comodismo, cada um de nós, livremente, não procurar intervir nas obras e nas decisões humanas, das quais dependem o presente e o futuro da sociedade [i]. 

Entre as aplicações da sua compreensão da liberdade à existência humana e cristã, encontra-se uma defesa heróica do legítimo campo do opinável no terreno profissional, no mundo das ideias políticas, sociais, económicas, culturais, teológicas, filosóficas ou artísticas.

© 2011, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet 2011.07.06


[i] Forja, n. 715.

Pensamentos inspirados à procura de Deus

À procura de Deus



Amor não é afeição.


Amor é doação.





jma

Leitura Espiritual para 08 Jan 2012


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)



Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.




Para ver texto completo para hoje, clicar abaixo

A difícil arte do diálogo 1

Vai para cinquenta anos que o Papa Paulo VI na sua Carta Encíclica, Ecclesiam suam (Roma 1964) afirmava: “a Igreja deve ir para o diálogo com o mundo que lhe toca viver. A Igreja faz-se palavra: a Igreja faz-se mensagem; a Igreja faz-se colóquio” (nº 67). Não é algo que se tenha tornado antiquado, mas uma exigência da tarefa missionária de todos os tempos. Assim, o entendeu o Beato João Paulo II pondo-o de manifesto com o testemunho da sua vida e do seu magistério.

Bento XVI preocupado como o futuro do cristianismo e a inculturação da fé não os novos cenários da evangelização, põe “o dedo na ferida” numa das notas essenciais para dialogar com os homens do século XXI, a este respeito disse: “sabemos bem que para a gente de hoje a linguagem da fé amiúde está longe; só se pode próxima se nós não a transformarmos na linguagem do nosso tempo” (Disc.13/5/2005) Daí, que todos os seus ensinamentos tenham a profundidade do sábio e a simplicidade do pastor; do pai de família que sabe tirar “da arca o novo e o velho”  (Mt 13,52)  de maneira  que possa chegar ao maior número de pessoas.


(Mons. João do Rio, trad ama)

A evolução do evolucionismo 8

O que prova a genética?

Se os argumentos anteriores não são definitivos, pensa-se que os aportados pela biologia molecular e a genética sim são-no. O facto de que as transformações químicas das celulas sigam os mesmos mecanismos metabólicos fala claramente de uma origem comum: uma proto-celula com o código genético que chegou até à actualidade, integrado pelas quatro bases nitrogenadas que se combinam na molécula do ADN. Um estudo comparativo do Genoma mostra concordâncias surpreendentes entre as espécies. O exemplo que melhor se conhece é o humano: a possibilidade de encontrar sequências similares a uma sequência do genoma humano é de 100%, no respeito aos chimpanzés, de 99% no respeito aos cães e ratos, de 75% no respeito ao frango, e de 60% no respeito à mosca da fruta.

(jose ramón ayllón, trad. ama)


Diante de Deus tu és uma criança

Textos de São Josemaria Escrivá

Diante de Deus, que é Eterno, tu és uma criança mais pequena do que, diante de ti, um miúdo de dois anos. E, além de criança, és filho de Deus. – Não o esqueças. (Caminho, 860)

Se reparardes bem, é muito diferente a queda de uma criança e a queda de uma pessoa crescida. Para as crianças, uma queda, em geral, não tem importância; tropeçam com tanta frequência! E se começam a chorar, o pai lembra-lhes: os homens não choram. Assim se encerra o incidente com o empenho do miúdo por contentar o seu pai.
(…) Se procurarmos portar-nos como eles, os tropeções e os fracassos – aliás inevitáveis – na vida interior, nunca se transformarão em amargura. Reagiremos com dor, mas sem desânimo, e com um sorriso que brota, como a água límpida, da alegria da nossa condição de filhos desse Amor, dessa grandeza, dessa sabedoria infinita, dessa misericórdia, que é o nosso Pai. Aprendi durante os meus anos de serviço ao Senhor a ser filho pequeno de Deus. E isto vos peço: que sejais quasi modo geniti infantes, meninos que desejam a palavra de Deus, o pão de Deus, o alimento de Deus, a fortaleza de Deus para se comportarem de agora em diante, como homens cristãos. (Amigos de Deus, 146)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Evangelho do dia e comentário

 Epifania do Senhor












T. Comum– I Semana


Evangelho: Mt 2, 1-12

1 Tendo nascido Jesus em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes, eis que uns Magos vieram do Oriente a Jerusalém, 2 dizendo: «Onde está o rei dos Judeus, que acaba de nascer? Porque nós vimos a Sua estrela no Oriente e viemos adorá-l'O». 3 Ao ouvir isto, o rei Herodes turbou-se, e toda a Jerusalém com ele. 4 E, convocando todos os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo, perguntou-lhes onde havia de nascer o Messias. 5 Eles disseram-lhe: «Em Belém de Judá, porque assim foi escrito pelo profeta: 7 “E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um chefe que apascentará Israel, Meu povo”». 6 Então Herodes, tendo chamado secretamente os Magos, inquiriu deles cuidadosamente acerca do tempo em que lhes tinha aparecido a estrela; 8 depois, enviando-os a Belém, disse: «Ide, informai-vos bem acerca do Menino, e, quando O encontrardes, comunicai-mo, a fim de que também eu O vá adorar». 9 Tendo ouvido as palavras do rei, eles partiram; e eis que a estrela que tinham visto no Oriente ia adiante deles, até que, chegando sobre o lugar onde estava o Menino, parou. 10 Vendo novamente a estrela, ficaram possuídos de grandíssima alegria. 11 Entraram na casa, viram o Menino com Maria, Sua mãe, e, prostrando-se, O adoraram; e, abrindo os seus tesouros ofereceram-Lhe presentes de ouro, incenso e mirra.

Comentário:

Não interessa discorrer sobre a pessoa de Herodes e o seu temor a respeito do Messias mas constatar que ele conhecia muito bem os sinais que deveriam acompanhar o Seu aparecimento.
Não vai, como seria natural, vê-lo e confirmar por si próprio a verdade do que lhe dizem. Não é isso que lhe interessa.
Se do próprio Rei vem esta atitude como se pode estranhar que, os súbditos, alguns pelos menos, não a tenham também?
Daqui que o exemplo dos que mais podem, ou na sociedade ocupam posição de proeminência, tenha um importância capital para os que com os olhos postos nele tenham de decidir sobre o que fazer, que atitude tomar.
Quanto maior é a “importância” social maior é a responsabilidade porque, o exemplo, mau ou bom, “vem sempre de cima”.


(ama, comentário sobre Mt 2, 1-12, 2011.12.13)

Tratado De Deo Trino 54

Art. 6 – Se as Pessoas podem ser predicadas dos nomes essenciais concretos, de modo a dizermos: Deus é as três Pessoas ou a Trindade.

(I Sent., dist. IV, q. 2, a, 2, ad 4, 5,).

O sexto discute-se assim. – Parece que as Pessoas não podem predicar-se dos nomes essenciais concretos, de modo a dizermos – Deus é as três Pessoas ou a Trindade.

1. – Pois, a proposição – um homem é todo homem – é falsa porque Sócrates não é todo homem, nem Platão, nem qualquer outro. Ora, semelhantemente, a proposição – Deus é a Trindade – não pode ser verificada em nenhum dos supostos da natureza divina; pois, nem o Pai é a Trindade, nem o Filho, nem o Espírito Santo. Logo, é falsa a proposição – Deus é a Trindade.

2. Demais. – Os inferiores não se predicam dos seus superiores senão por predicação acidental, como quando digo – um animal é homem; pois, é um acidente para o animal ser homem. Ora, o nome de Deus está para as três Pessoas como um nome comum, para os inferiores, segundo Damasceno [1]. Logo, os nomes das Pessoas não podem ser predicados do nome de Deus, senão acidentalmente.

Mas, em contrário, Agostinho: Cremos que um mesmo Deus é a Trindade una do nome divino [2].

Como já dissemos [3], embora os nomes pessoais ou os adjectivos nocionais não possam ser predicados da essência, contudo os substantivos o podem, por causa da identidade real da essência e da pessoa. Ora, a essência divina é idêntica realmente não só a cada uma das pessoas, mas às três. Por isso uma pessoa, as duas ou as três podem ser predicadas da essência, como se dissermos – A essência é o Pai, o Filho e o Espírito Santo. E como o nome de Deus pode, por si, ser suposto pela essência, como vimos [4], assim como é verdadeira a proposição – A essência é as três Pessoas – também o será esta outra – Deus é as três Pessoas.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. – Como dissemos [5], o nome de homem pode, em si, ser suposto pela pessoa; mas, pelo seu adjunto, pode ser tomado pela natureza comum. Assim, é falsa a proposição – Um homem é todo homem, por não poder ser verificada em nenhum suposto. Ora, o nome de Deus é, em si mesmo, tomado pela essência. Por onde, embora de nenhum dos supostos da natureza divina seja verdadeira a proposição – Deus é a Trindade – contudo é verdadeira pela essência. E foi por não atender a isso que Porretano a negou [6].

RESPOSTA À SEGUNDA. – Quando dizemos – Deus ou a divina essência é o Pai – há predicação por identidade, e não como a de um inferior predicado do superior; porque em Deus não há universal nem singular. Por onde, como implica predicação essencial a proposição – o Pai é Deus – assim também esta outra – Deus é o Pai – implica predicação essencial e, de ne­nhum modo; acidental.

SÃO TOMÁS DE AQUINO, Suma Teológica,



[1] De Fide Orth., l. III, c. 4.
[2] De Fide Catholica, Serm. I.
[3] Q. 39, a. 5, ad 5
[4] Q. 39, a. 4 ad 3.
[5] Q. 39, a. 4 ad 3.
[6] Comm. In Boet De Trin., ad Ioannem Diac.