05/03/2012

Leitura espiritual para 05 de Março de 2012



Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.


Para ver, clicar SFF.

Sobre o casamento 5

S. Josemaria responde a dez perguntas sobre o matrimónio, o amor, o namoro, a fidelidade, a educação dos filhos, os principais valores para conseguir a unidade familiar, o que acontece quando não se têm filhos…


São também habituais as discussões entre marido e mulher, o que às vezes chega a comprometer seriamente a paz familiar. Que conselhos daria aos casais?

Que se amem. Que saibam que ao longo da vida haverá desentendimentos e dificuldades que, resolvidos com naturalidade, contribuirão inclusivamente para tornar o amor mais profundo.

Cada um de nós tem o seu feitio, os seus gostos pessoais, o seu génio - o seu mau génio, por vezes - e os seus defeitos. Cada um tem também coisas agradáveis na sua personalidade e por isso e por muitas mais razões, pode-se amá-lo. A convivência é possível quando todos se empenham em corrigir as próprias deficiências e procuram passar por alto as faltas dos outros, isto é, quando há amor, que anula e supera tudo o que falsamente poderia ser motivo de separação ou de divergência. Pelo contrário, se se dramatizam os pequenos contrastes e mutuamente se começa a lançar à cara os defeitos e os erros, então acaba-se a paz e corre-se o risco de matar o amor.

Os casais têm graça de estado - a graça do sacramento - para viverem todas as virtudes humanas e cristãs da convivência: a compreensão, o bom humor, a paciência, o perdão, a delicadeza no convívio. O que é importante é não se descontrolarem, não se deixarem dominar pelo nervosismo, pelo orgulho ou pelas manias pessoais. Para isso, o marido e a mulher devem crescer em vida interior e aprender da Sagrada Família a viver com delicadeza - por um motivo humano e sobrenatural ao mesmo tempo - as virtudes do lar cristão. Repito: a graça de Deus não lhes falta.

Se alguém diz que não pode aguentar isto ou aquilo, que lhe é impossível calar-se, exagera para se justificar. É preciso pedir a Deus força para saber dominar o próprio capricho, graça para saber ter o domínio de si próprio, porque os perigos de uma zanga são estes: que se perca o controlo e as palavras se encham de amargura e cheguem a ofender e, ainda que talvez não se desejasse, a ferir e a causar mal.

É necessário aprender a calar, a esperar e a dizer as coisas de modo positivo, optimista. Quando ele se zanga, é o momento de ser ela especialmente paciente, até que chegue de novo a serenidade, e vice-versa. Se há afecto sincero e preocupação por aumentá-lo, é muito difícil que os dois se deixem dominar pelo mau humor na mesma altura...

Outra coisa muito importante: devemo-nos acostumar a pensar que nunca temos toda a razão. Pode-se dizer, inclusivamente, que, em assuntos desses, ordinariamente tão opináveis, quanto mais seguros estamos de ter toda a razão, tanto mais certo é que não a temos. Discorrendo deste modo, torna-se depois mais fácil rectificar e, se for preciso, pedir perdão, que é a melhor maneira de acabar com uma zanga. Assim se chega à paz e à ternura. Não vos animo a discutir, mas é natural que discutamos alguma vez com aqueles de quem mais gostamos, porque são os que habitualmente vivem connosco. Não vamos zangar-nos com o Preste João das Índias... Portanto, essas pequenas zangas entre os esposos, se não são frequentes - e é preciso procurar que não o sejam -, não demonstram falta de amor e até podem ajudar a aumentá-lo.

Um último conselho: que nunca se zanguem diante dos filhos. Para consegui-lo, basta que se ponham de acordo com uma palavra determinada, com um olhar, com um gesto. Discutirão depois, com mais serenidade, se não forem capazes de evitá-lo. A paz conjugal deve ser o ambiente da família, porque é condição necessária para uma educação profunda e eficaz. Que os filhos vejam nos seus pais um exemplo de entrega, de amor sincero, de ajuda mútua, de compreensão, e que as ninharias da vida diária não lhes ocultem a realidade de um afecto que é capaz de superar seja o que for.

As vezes tomamo-nos demasiado a sério. Todos nos aborrecemos de quando em quando, umas vezes porque é necessário, outras porque nos falta espírito de mortificação. O que importa é demonstrar que esses aborrecimentos não quebram o afecto, restabelecendo a intimidade familiar com um sorriso. Numa palavra, que marido e mulher vivam amando-se um ao outro e amando os filhos, porque assim amam a Deus.

(s. josemaria, Temas actuais do cristianismo, 108)

Quatro dogmas (demonstráveis?) nos quais até os ateus acreditam. 3

Crença 2 - A general fiabilidade do sentido de percepção

Cremos (até o mais céptico dos cépticos, e sem prova alguma) que os nossos sentidos percebem a realidade tal e como é, independentemente da nossa percepção. Alguém pode dizer que os sentidos são pouco fiáveis como certas ilusões ópticas, mas estas são ilusões fictícias precisamente porque algum outro sentido anula a percepção do sentido que nos engana, ou a nossa razão descobre a causa da ilusão. Por exemplo, um lápis metido num copo de água parece estar dobrado mas nosso sentido do tacto diz-nos que não está ao percorrê-lo com os dedos em toda a sua extensão.

(j. cadarso / p. j. ginés, trad ama)

Resumos sobre a Fé Cristã

Cultivar a Fé



5. Agnosticismo e a indiferença religiosa

O agnosticismo, difundido especialmente nos ambientes intelectuais, defende que a razão humana nada pode concluir sobre Deus e a sua existência. Com frequência, os seus defensores empenham-se na vida pessoal e social, mas sem nenhuma referência a um fim último, procurando assim viver um humanismo sem Deus. A posição agnóstica acaba, com frequência, por se identificar com o ateísmo prático. De resto, quem pretendesse orientar os fins parciais do próprio viver quotidiano sem nenhum tipo de compromisso para que tende naturalmente o fim último dos próprios actos, na realidade teria que dizer-se que, no fundo, já elegeu um fim, de carácter imanente, para a própria vida. A posição agnóstica merece, de qualquer modo, respeito, se bem que os seus defensores devem ser ajudados a demonstrar a rectidão da sua não-negação de Deus, mantendo uma abertura à possibilidade de reconhecer a Sua existência e revelação na história.

A indiferença religiosa – também chamada “irreligiosidade” – representa hoje a principal manifestação de incredulidade e como tal, recebeu uma crescente atenção por parte do Magistério da Igreja [1]. O tema de Deus não se toma a sério, ou não se toma em absoluta consideração porque é sufocado, na prática, por uma vida orientada para os bens materiais. A indiferença religiosa coexiste com uma certa simpatia pelo sagrado, e talvez pelo pseudo-religioso, desfrutados de um modo moralmente descuidado, como se fossem bens de consumo. Para manter por longo tempo uma posição de indiferença religiosa, o ser humano necessita de contínuas distracções e, assim, não se deter nos problemas existenciais mais importantes, afastando-os quer da própria vida quotidiana quer da própria consciência: o sentido da vida e da morte, o valor moral das próprias acções, etc. Mas, como na vida de uma pessoa há sempre acontecimentos que “marcam a diferença” (paixões, paternidade e maternidade, mortes prematuras, dores e alegrias, etc.), a posição de “indiferentismo” religioso não é sustentável ao longo de toda a vida, porque não se pode evitar interrogar-se sobre Deus, pelo menos, alguma vez. Partindo de tais eventos existencialmente significativos, é necessário ajudar o indiferente a abrir-se com seriedade à procura e afirmação de Deus.

giuseppe tanzella-nitti

Bibliografia básica

Catecismo da Igreja Católica, 27-49
Concílio Vaticano II, Const. Gaudium et Spes, 4-22
João Paulo II, Enc. Fides et Ratio, 14-IX-1998, 16-35.
Bento XVI, Enc. Spe Salvi, 30-XI-2007, 4-12.

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet
http://www.opusdei.pt/art.php?p=13979



[1] Cf. João Paulo II, Ex. Ap. Christifideles laici, 30-XII-1988, 34; Enc. Fides et Ratio,5.

Fortaleza

Reflectindo

Em situações ambientais prejudiciais a uma melhoria pessoal, resiste às influências nocivas, suporta os sofrimentos, e entrega-se com valentia no caso de poder influir positivamente para vencer as dificuldades e acometer empresas grandes. [i]


[i] Definição do Dom de Fortaleza

New York

New York  New York - Liza Minelli & Pavarotti


Tratado sobre a Obra dos Seis Dias 37

Questão 48: Da distinção das coisas em especial

Art. 4 – Se há um mundo só ou vários.

(De Pot., q. 3, a. 16, ad 1: XII Metaphys., lect. X; I De Cael. et Mund., lect. XVI sqq.).

O terceiro discute-se assim. – Parece que não há só um mundo, mas vários.

1. – Pois, como diz Agostinho, é inconve­niente dizer que Deus criou as coisas sem razão [1]. Mas, pela mesma razão por que criou um mundo podia criar muitos, por não estar o seu poder limitado à criação de um só, e ser infinito, como antes se demonstrou [2]. Logo, Deus criou vários mundos.

2. Demais. – A natureza faz o que é melhor, e, com maioria de razão, Deus. Ora, melhor é haver vários mundos que um só, porque melhor é haver muitos do que um só. Logo vários mundos foram feitos por Deus.

3. Demais. – Tudo o que teve uma forma numa matéria pode ser numericamente multiplicado, permanecendo a espécie a mesma, por­que a multiplicação numérica vem da matéria. Ora, o mundo tem uma forma material. Pois, assim como dizendo homem exprimo a forma, e dizendo este homem exprimo a forma na ma­téria; assim, dizendo mundo exprimo a forma, e dizendo este mundo exprimo a forma na matéria. Logo, nada impede haja diversos mundos.

Mas, em contrário, diz a Escritura (Jo 1, 10): O mundo foi feito por ele; falando do mundo no singular, como se só existisse um.

Para ver a solução, clicar:

Evangelho do dia e comentário


Quaresma -  II Semana


Evangelho: Lc 6, 36-38

36 Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso. 37 Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados; 38 dai e dar-se-vos-á. Uma medida boa, cheia, recalcada e a transbordar vos será lançada nas dobras do vosso vestido. Porque, com a mesma medida com que medirdes para os outros, será medido para vós».

Comentário:

A medida que o Senhor usa para connosco é infinitamente desproporcional à que usamos para com os outros e, até, para com Ele.

Não admira que seja assim a nossa é uma medida humana, a de Deus é divina; a nossa é limitada pelas nossas fraquezas, calculismo e pouca generosidade, a de Deus não tem limites; a que temos usamo-la na terra, a de Deus é "fabricada" no Céu.

A medida de Deus e a medida dos homens!

Ainda bem que o Senhor é generoso porque se, de facto e - como diz - usasse para connosco a medida que usamos não nos chegariam senão uma ínfima parte das graças que tem para nos dar.

(ama, comentário sobre Lc 6, 36-38, 2011.03.21)