06/03/2012

Leitura espiritual para 06 de Março de 2012



Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.


Para ver, clicar SFF.

Sobre o casamento 6

S. Josemaria responde a dez perguntas sobre o matrimónio, o amor, o namoro, a fidelidade, a educação dos filhos, os principais valores para conseguir a unidade familiar, o que acontece quando não se têm filhos…


Muitos casais vêem-se desorientados em relação ao tema do número de filhos. Que aconselharia a estes casais?

Os que perturbam dessa maneira as consciências esquecem que a vida é sagrada e tornam-se merecedores das duras censuras do Senhor contra os cegos que guiam outros cegos, contra os que não querem entrar no Reino dos Céus e não deixam sequer entrar os outros. Não julgo as suas intenções e até estou certo de que muitos dão tais conselhos guiados pela compaixão e pelo desejo de solucionar situações difíceis; mas não posso ocultar o profundo desgosto que me causa esse trabalho destruidor - em muitos casos diabólico - de quem não só não dá boa doutrina, como a corrompe.

Não esqueçam os esposos, ao ouvir conselhos e recomendações nessa matéria, que o que importa é conhecer o que Deus quer. Quando há sinceridade - rectidão - e um mínimo de formação cristã, a consciência sabe descobrir a vontade de Deus, nisto como em tudo o mais. Porque pode suceder que se esteja a procurar um conselho que favoreça o próprio egoísmo, que cale, precisamente, com a sua pretensa autoridade, o clamor da própria alma e, inclusive, que se vá mudando de conselheiro, até encontrar o mais benévolo. Além do mais, isto é uma atitude farisaica, indigna de um filho de Deus.

O conselho de outro cristão, e especialmente - em questões morais ou de fé - o conselho do sacerdote, é uma ajuda poderosa para reconhecer o que Deus nos pede numa circunstância determinada; mas o conselho não elimina a responsabilidade pessoal. É cada um de nós que tem de decidir em última análise, e é pessoalmente que havemos de dar contas a Deus das nossas decisões.

Acima dos conselhos privados está a lei de Deus contida na Sagrada Escritura e que o Magistério da Igreja - assistido pelo Espírito Santo - guarda e propõe. Quando os conselhos particulares contradizem a Palavra de Deus tal como o Magistério a ensina, temos de afastar-nos decididamente desses conselhos erróneos. A quem procede com esta rectidão, Deus ajudá-lo-á com a sua graça, inspirando-lhe o que deve fazer e, quando o necessitar, levando-o a encontrar um sacerdote que saiba conduzir a sua alma por caminhos rectos e limpos, ainda que algumas vezes sejam difíceis.

O exercício da direcção espiritual não deve orientar-se no sentido de fabricar criaturas carecidas de juízo próprio, que se limitam a executar materialmente o que outrem lhes disse; pelo contrário, a direcção espiritual deve tender a formar pessoas de critério. E o critério pressupõe maturidade, firmeza de convicções, conhecimento suficiente da doutrina, delicadeza de espírito, educação da vontade.

É importante que os esposos adquiram o sentido claro da dignidade da sua vocação, saibam que foram chamados por Deus para atingir também o amor divino através do amor humano, que foram escolhidos, desde a eternidade, para cooperar com o poder criador de Deus, pela procriação e depois pela educação dos filhos, que o Senhor lhes pede que façam, do seu lar e de toda a sua vida familiar, um testemunho de todas as virtudes cristãs.

O matrimónio - não me cansarei nunca de o repetir - é um caminho divino, grande e maravilhoso e, como tudo o que é divino em nós, tem manifestações concretas de correspondência à graça, de generosidade, de entrega, de serviço. O egoísmo, em qualquer das suas formas, opõe-se a esse amor de Deus que deve imperar na nossa vida. Este é um ponto fundamental que é preciso ter muito presente a propósito do matrimónio e do número de filhos.

(s. josemaria, Temas actuais do cristianismo, 93)

Quatro dogmas (demonstráveis?) nos quais até os ateus acreditam. 4

Crença 3 - O princípio de causalidade

Os cristãos defendem princípio de causalidade, e os cientistas (inclusive ateus) também, ainda que não falte o filósofo ateu que o negue simplesmente para contrariar os filósofos cristãos. O princípio diz: a cada efeito corresponde uma causa. "Se observamos a sequência de flores, chocolates e finalmente um beijo, concluímos que há uma relação causa efeito", diz Hahn (que escreveu um livro testemunho sobre a fé no seu matrimónio). Os cientistas devem assumir necessariamente que todos os efeitos que investigam têm uma causa. Doutro modo, não teriam nada a que agarrar-se para os explicar. E mais, se alguém argumentasse contra a causalidade, estaria propondo uma vez mais um argumento que se auto destrói, porque, na realidade, qualquer argumento pretende causar um efeito: mudar a tua mentalidade, os teus pensamentos e convicções!

(j. cadarso / p. j. ginés, trad ama)

Desprendimento – Primeiros cristãos

Reflectindo



Eram pobres mas não por vontade santa. Neles se verificou que não foi a posse mas sim a paixão das riquezas o que lhes valeu mais torturas. [i]


[i] Stº agostinho, Cidade de Deus, livro I, Cap. X, Nr. 131, 2ª Ed. Fund. C. Gulbenkian

What the world needs now is love

Burt Bacharach & Traincha

Pensamentos inspirados à procura de Deus

À procura de Deus

Perdoar não é esquecer,

mas apenas não lembrar,

com ressentimento.

jma

Tratado sobre a Obra dos Seis Dias 38

Questão 49: Da causa do mal

Em seguida se trata da causa do mal. E, sobre este assunto, três artigos se discutem:
 
Art. 1 – Se o bem pode ser causa do mal.
Art. 2 – Se o sumo bem, Deus, é causa do mal.
Art. 3 – Se há um mal sumo, causa de todo mal.

Art. 1 – Se o bem pode ser causa do mal.

(Ia IIae, q. 75, a. 1; II Sent., dist. I, q. 1. a. 1, ad 2; dist. XXXIV; a. 3; II Cont. Gent., cap. XLI; III, cap. X, XIII; De Pot., q. 3, a. 6, ad 1 sqq.; De Malo, q. 1, a. 3; De Div. Nom., cap. IV, lect. XXII).

O primeiro discute-se assim. – Parece que o bem não pode ser causa do mal.

1. – Pois, a Escritura diz (Mt 7, 18): Não pode a árvore boa dar maus frutos.

2. Demais. – De dois contrários um não pode ser a causa do outro. Ora, o mal é o con­trário do bem. Logo, o bem não pode ser causa do mal.

3. Demais. – O efeito deficiente não procede senão da causa deficiente. Ora, o mal, se tiver causa, é um efeito deficiente. Logo, tem uma causa deficiente. Mas, como tudo o que é deficiente é mau, só o mal pode ser a causa do mal.

4. Demais. – Dionísio diz que o mal não tem causa [1]. Logo, o bem não é a causa do mal.

Mas, em contrário, dia Agostinho: De nada mais pode nascer o mal, a não ser do bem [2].

Para ver a solução, clicar:

Evangelho do dia e comentário


Quaresma -  II Semana


Evangelho: Mt 23, 1-12

1 Então, Jesus falou às multidões e aos Seus discípulos ,2 dizendo: «Sobre a cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus. 3 Observai, pois, e fazei tudo o que eles vos disserem, mas não imiteis as suas acções, porque dizem e não fazem. 4 Atam cargas pesadas e impossíveis de levar, e as põem sobre os ombros dos outros homens, mas nem com um dedo as querem mover. 5 Fazem todas as suas obras para serem vistos pelos homens. Trazem mais largas as filactérias, e mais compridas as franjas dos seus mantos. 6 Gostam de ter os primeiros lugares nos banquetes, e as primeiras cadeiras nas sinagogas, 7 das saudações na praça, e de serem chamados rabi pelos homens. 8 Mas vós não vos façais chamar rabis, porque um só é o vosso Mestre, e vós sois todos irmãos. 9 A ninguém chameis pai sobre a terra, porque um só é o vosso Pai, O que está nos céus. 10 Nem façais que vos chamem mestres, porque um só é o vosso Mestre, Cristo. 11 Quem entre vós for o maior, seja vosso servo. 12 Aquele que se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado.

Comentário:  

Pode ser muito difícil comentar um trecho do Evangelho como este porque, um comentário, não é a expressão escrita da interpretação pessoal do mesmo mas tão só a indicação do que o mesmo texto nos sugere, da forma como nos afecta pessoalmente.

O Evangelho foi escrito para mim, para que ao lê-lo eu confirme a Palavra, consolide a Doutrina, crie reservas para comunicar a outros esses mesmos sentimentos, doutrina e saber, para que se cumpra o desejo de Cristo que o Seu Reino chegue a todos os homens.

O comentário não é, pois, outra coisa senão um "guia" para o seu aprofundamento e reflexão

(ama, comentário sobre Mt 23, 1-12, 2011.11.30)