28/12/2012

Evangelho do dia e comentário


TEMPO DE NATAL
Oitava do NATAL


Santos Inocentes


 
Evangelho: Mt 2, 13-18

13 Tendo eles partido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e lhe disse: «Levanta-te, toma o Menino e Sua mãe, foge para o Egipto, e fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o Menino para O matar». 14 ele, levantando-se de noite, tomou o Menino e Sua mãe, e retirou-se para o Egipto. 15 Lá esteve até à morte de Herodes, cumprindo-se deste modo o que tinha sido dito pelo Senhor por meio do profeta: “Do Egipto chamei o Meu filho”. 16 Então Herodes, percebendo que tinha sido enganado pelos Magos, irou-se em extremo, e mandou matar, em Belém e em todos os seus arredores, todos os meninos de idade de dois anos para baixo, segundo a data que tinha averiguado dos Magos. 17 Cumpriu-se então o que estava anunciado pelo profeta Jeremias: 18 “Uma voz se ouviu em Ramá, pranto e grande lamentação; Raquel chorando os seus filhos, sem admitir consolação, porque já não existem”.

Comentário:

De uma forma ou outra, todos os homens procuram Cristo.
“De uma forma ou outra” porque sendo natural que a criatura procure o seu Criador muitos não saibam como o fazer.
O apostolado é isso mesmo: ensinar os outros como procurar e encontrar Jesus Cristo e, mais que ensinar, levar até Ele os que andam perdidos e angustiados como “ovelhas sem pastor”. E são muitos os que esperam, às vezes longo tempo ou, até, em vão, uma oportunidade para esse encontro.
Que nunca ouçamos o que Jesus ouviu do homem da piscina de Siloé: Hominem non habeo! Não tive ninguém que me ajudasse…

(ama, comentário sobre Mt 2, 13-18, 2011.12.28)

Leitura espiritual para 28 Dez 2012


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

Para ver, clicar SFF.

PENSAMENTOS INSPIRADOS À PROCURA DE DEUS 299



A má-língua é um veneno
que mata muito lentamente.

Tratado da bem-aventurança 24


Questão 3: Que é a bem-aventurança.


Art. 8 — Se a bem-aventurança do homem consiste na visão da essência divina em si mesma.

(I. q. 12, a . 1, De Verit., q. 8, a . 1, Quodl. X, q. 8, Compend. Theol., part. I. cap. CIV, CVI, part. II, cap. IX, In Matth., cap. V, In Ion., cap. I lect. XI).

O oitavo discute-se assim. — Parece que a bem-aventurança do homem não consiste na visão da divina essência em si mesma.


Não podemos ensinar o que não praticarmos


"Coepit facere et docere". – Jesus começou a fazer e depois a ensinar: tu e eu temos de dar o testemunho do exemplo, porque não podemos levar uma vida dupla: não podemos ensinar o que não praticarmos. Por outras palavras, temos de ensinar o que, pelo menos, lutamos por praticar. (Forja, 694)


Veio ensinar, mas fazendo; veio ensinar, mas sendo modelo, sendo o Mestre e o exemplo, com a sua conduta. Agora, diante de Jesus Menino, podemos continuar o nosso exame pessoal: estamos decididos a procurar que a nossa vida sirva de modelo e de ensinamento aos nossos irmãos, aos nossos iguais, os homens? Estamos decididos a ser outros Cristos? Não basta dizê-lo com a boca. Tu – pergunto-o a cada um de vós e pergunto-o a mim mesmo – tu, que por seres cristão estás chamado a ser outro Cristo, mereces que se repita de ti que vieste facere et docere, fazer tudo como um filho de Deus, atento à vontade de seu Pai, para que deste modo possas levar todas as almas a participar das coisas boas, nobres, divinas e humanas, da Redenção? Estás a viver a vida de Cristo na tua vida de cada dia no meio do mundo?

Fazer as obras de Deus não é um bonito jogo de palavras, mas um convite a gastar-se por Amor. Temos de morrer para nós mesmos a fim de renascermos para uma vida nova. Porque assim obedeceu Jesus, até à morte de Cruz, mortem autem crucis. Propter quod et Deus exaltavit illum. Por isso Deus O exaltou. (Cristo que passa, 21)

Carta do Prelado do Opus Dei por ocasião do Ano da Fé. 8


8. A realidade do «ser missionário – com missão – e não te chamares missionário», a que S. Josemaria se refere no ponto 848 de Caminho, situa-se no momento radical e originário da missão – como o Pai Me enviou, assim também Eu vos envio a vós (Jo 20, 21) – que configura as formas históricas de que a missão de Cristo se virá a revestir na vida da Igreja: desde o cuidado da vida de fé dos católicos (pastoral, fraternidade), ao anúncio de Cristo Salvador aos pagãos (primeiro anúncio, evange­lização); do convívio fraterno com os cristãos não católicos para estimulá-los à plena comunhão (ecumenismo), ao novo anúncio de Cristo e da sua doutrina aos batizados que O deixaram e rejeitaram a Sua doutrina (nova evangelização). Os fiéis do Opus Dei, a partir da sua plena secularidade, estão chamados a assumir essas diferentes dimensões da única missão da Igreja.
S. Josemaria repetia insistentemente: «Somos missionários com missão, sem nos chamarmos missionários. Missionários, tanto nas ruas asfaltadas de Roma, Nova York, Paris, México, Tóquio, Buenos Aires, Lisboa ou Madrid, Dublin ou Sydney, como no coração da África» [10]. A necessidade de comunicar o primeiro anúncio da fé não se limita aos países tradicionalmente conhecidos como terras de missão, mas, infelizmente, afeta o mundo inteiro, e a esta grande tarefa havemos de dedicar-nos.

Mas essa responsabilidade não pode ficar-se em meras considerações; cada uma e cada um há-de pensar: eu, como contribuo? E ainda antes, havemos de ponderar como influi a fé no nosso atuar e também se sabemos agradecer diariamente este dom e, como consequência, se procuramos transmitir aos outros tão grande tesouro. Levantemos a nossa alma ao Senhor, implorando: adáuge nobis fidem (Lc 17, 5) para todos rezarmos melhor; adáuge mihi fidempara trabalhar santificando-me e santificando os outros; para dar à minha amizade um contínuo sentido cristão. Não esqueçamos o ditado de que o exemplo é o melhor pregador, seguindo os passos de Jesus Cristo, que cœpit fácere et docére (cfr. Act 1, 1), começou a fazer e ensinar.

Persuadamo-nos de que, nos mais diferentes lugares, «há necessidade dum renovado anúncio, mesmo para quem já está batizado. Muitos (…) contemporâneos pensam que sabem o que é o cristianismo, mas realmente não o conhecem. Frequentemente ignoram os próprios rudimentos da fé» [11], e devemos enfrentar este desafio com a nossa vida e a nossa formação doutrinal. Sem pessimismo, consideremos que a missão apostólica, a que o Senhor urge os cristãos, os que nos sabemos filhos de Deus, adquire no nosso tempo tonalidades diversas, dependendo das circunstâncias do ambiente, do lugar, das pessoas que cada uma ou cada um encontra. Em qualquer caso, havemos de pôr as pessoas que nos rodeiam ou com quem convivemos em contacto com Cristo, ajudando-as a conhecer ou reconhecer o rosto do nosso Redentor, e ajudálas a caminhar na sua companhia, mesmo que tenham de ir contra a corrente.

Copyright © Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
Nota: Publicação devidamente autorizada

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Notas:

[10] S. Josemaria, Instrução, maio-1935/14-IX-1950, nota 231.
[11] Beato João Paulo II, Exort. Apost. Ecclésia in Europa, 28-VI-2003, n. 47.