11/01/2013

Evangelho do dia e comentário




TEMPO DE NATAL








Evangelho: Lc 5, 12-16

12 Sucedeu que, encontrando-se Jesus numa cidade, apareceu um homem cheio de lepra, o qual, vendo Jesus, prostrou-se com o rosto por terra e suplicou-Lhe: «Senhor, se Tu queres, podes limpar-me». 13 Ele, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: «Quero, sê limpo!». Imediatamente desapareceu dele a lepra. 14 Jesus ordenou-lhe que a ninguém o dissesse. «Mas vai, disse-lhe, mostra-te ao sacerdote, e oferece pela tua cura o que foi ordenado por Moisés, para lhes servir de testemunho». 15 Entretanto difundia-se cada vez mais a fama do Seu nome; e concorriam grandes multidões para O ouvir e ser curadas das suas doenças. 16 Mas Ele retirava-Se para lugares desertos, e fazia oração.
Comentário:

Oh, como admiro esta mão! Esta mão do meu amado, de ouro engastado de rubis (Cant 5, 14). Esta mão cujo contacto solta a língua do mudo, ressuscita a filha de Jairo (Mc 7, 33; 5, 41) e purifica o leproso. Esta mão da qual o profeta Isaías nos diz: «Todas estas coisas fez a Minha mão» (66, 2).
Estender a mão é dar um presente. Oh Senhor, estende a Tua mão – essa mão que o carrasco estenderá sobre a cruz. Toca o leproso e concede-lhe essa graça. Tudo aquilo em que a Tua mão tocar será purificado e curado. «E tocando na orelha do servo», diz São Lucas, «curou-o» (22, 51). Estende a mão para conceder ao leproso o dom da saúde. Ele diz: «Quero, fica purificado» e imediatamente a lepra se cura; «faz tudo o que Lhe apraz» (Sl 113B, 3). Nele nada separa o querer do realizar.
Ora, esta cura instantânea opera-a Deus cada dia na alma do pecador pelo ministério do sacerdote. Este tem um triplo ofício: estender a mão, quer dizer, rezar pelo pecador e ter piedade dele; tocar-lhe, consolá-lo, prometer-lhe o perdão; querer esse perdão e dar-lho através da absolvição. Tal é o triplo ministério pastoral que o Senhor confiou a Pedro, quando lhe disse por três vezes: «Apascenta as Minhas ovelhas» (Jo 21, 15-17).

(Stº. António, Sermões para o Domingo e as festas dos santos)

Leitura espiritual para 11 Jan 2013


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

Para ver, clicar SFF.

PENSAMENTOS INSPIRADOS À PROCURA DE DEUS 302


Deus está connosco em todos os momentos.
E nós, queremos sempre a Sua presença?

Tratado da bem-aventurança 36


Questão 5: Da consecução da bem-aventurança.


Art. 6 — Se o homem pode tornar-se feliz por obra de uma criatura superior, o anjo.




O sexto discute-se assim. — Parece que o homem pode tornar-se feliz por acto de uma criatura superior, como o anjo.


Deixa-o exigir-te!


Deus quer-nos infinitamente mais do que tu próprio te queres... Deixa-o, pois, exigir-te! (Forja, 813)

O Senhor conhece as nossas limitações, o nosso individualismo e a nossa ambição: a dificuldade em nos conhecermos a nós mesmos e de nos entregarmos aos outros. Sabe o que é não encontrar amor e verificar que mesmo aqueles que dizem segui-Lo o fazem só a meias. Recordai as cenas tremendas que os evangelistas nos descrevem e em que vemos os apóstolos ainda cheios de aspirações temporais e de projectos exclusivamente humanos. Mas Jesus escolheu-os, mantém-nos juntos de Si e confia-lhes a missão que recebeu do Pai.

Também a nós nos chama e nos pergunta como a Tiago e João: Potestis bibere calicem quem ego bibiturus sum?; estais dispostos a beber o cálice (este cálice da completa entrega ao cumprimento da vontade do Pai) que eu vou beber? "Possumus"!. Sim, estamos dispostos! – é a resposta de João e Tiago... Vós e eu, estamos dispostos seriamente a cumprir, em tudo, a vontade do nosso Pai, Deus? Demos ao Senhor o nosso coração inteiro ou continuamos apegados a nós mesmos, aos nossos interesses, à nossa comodidade, ao nosso amor-próprio? Há em nós alguma coisa que não corresponda à nossa condição de cristãos e que nos impeça de nos purificarmos? Hoje apresenta-se-nos a ocasião de rectificar. (Cristo que passa, 15)

Carta do Prelado do Opus Dei por ocasião do Ano da Fé. 22


22. Aqui centra-se, centrar-se-á sempre, um ponto de exame diário para os próximos meses. Como é a nossa luta pela santidade? Descemos a detalhes concretos, em sintonia com o que nos sugerem na direcção espiritual pessoal? Recorremos com frequência ao Senhor, implorando uma fina delicadeza de consciência, que nada tem a ver com os escrúpulos, para descobrir pequenas fissuras nos muros da alma, pelas quais o inimigo tenta introduzir-se, tirando também eficácia ao nosso trabalho apostólico? Enche-nos de alegria a possibilidade de encontrar novos pontos de luta, para enfrentá-los decididamente, desportivamente, sustentados pela graça de Deus?
Non enim vocávit nos Deus in immundítiam sed in sanctificatiónem (1 Ts 4, 7). Pois Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade. Ainda que alguns meios de comunicação ou desvios de qualquer natureza pretendam incutir outra coisa, em primeiro lugar com a cumplicidade das nossas tendências desordenadas, a luta pela limpeza de conduta mostra-se sempre atraente, sempre possível; portanto em qualquer circunstância pode-se e deve-se propor este ideal a cada pessoa, mesmo que pareça que se encontra longe deste objectivo. Não existe criatura humana que não procure um refúgio onde proteger-se, neste mar de ondas e tempestades que a nossa época atravessa, e que realmente não é uma situação nova. Os cristãos contamos com a grande ventura e capacidade de transmitir essa segurança, que muitos anseiam talvez sem se darem conta. Sigamos em frente, lutando com alegria nas batalhas do Senhor (cfr. 1 Mac 3, 2), in hoc pulchérrimo caritátis bello, nesta formosíssima luta de caridade, cujo feliz resultado está plenamente assegurado, com a vitória do Senhor, para os que se mantêm fiéis ao seu Amor.

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Nota: Publicação devidamente autorizada