03/02/2013

Leitura espiritual para 03 Fev


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

Para ver, clicar SFF.


Evangelho do dia e comentário


   

T. Comum – IV Semana









Evangelho: Lc 4, 21-30

21 Começou a dizer-lhes: «Hoje cumpriu-se este passo da Escritura que acabais de ouvir». 22 E todos davam testemunho em Seu favor, e admiravam-se das palavras de graça que saíam da Sua boca, e diziam: «Não é este o filho de José?». 23 Então disse-lhes: «Sem dúvida que vós Me aplicareis este provérbio: “Médico, cura-te a ti mesmo”. Todas aquelas grandes coisas que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum, fá-las também aqui na Tua terra». 24 Depois acrescentou: «Em verdade vos digo que nenhum profeta é bem recebido na sua terra. 25 Em verdade vos digo que muitas viúvas havia em Israel no tempo de Elias, quando foi fechado o céu durante três anos e seis meses e houve uma grande fome por toda a terra; 26 e a nenhuma delas foi mandado Elias, senão a uma mulher viúva de Sarepta, do território de Sidónia. 27 Muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu; e nenhum deles foi curado, senão o sírio Naaman» .28 Todos os que estavam na sinagoga, ouvindo isto, encheram-se de ira. 29 Levantaram-se, lançaram-n'O fora da cidade, e conduziram-n'O até ao cume do monte sobre o qual estava edificada a cidade, para O precipitarem. 30 Mas, passando no meio deles, retirou-Se

Comentário:

Como é difícil ouvir a verdade! E, mais que ouvir, aceitá-la! Queremos sempre alguma prova que garanta que o que ouvimos é certo e, quando temos essa prova, não nos basta, não é suficiente. Fazemos, quase sempre, no nosso íntimo, uma construção da verdade muito própria, adequada às nossas conveniências e, então, não ouvimos – não queremos ouvir – o que vai contra essa ‘verdade’ que construímos para nós. Cegos que não querem ver, surdos que não querem ouvir, preconceituosos que não querem aceitar!
E, eu? Incluo-me nalgum destes? Entrego-me de todo o coração àquele que é e própria Verdade? Ponho entraves, levanto questões, duvido?

Dá-me, Senhor, um coração puro e simples para te poder ouvir e, ouvindo, acreditar em Ti.

(ama, comentário sobre Lc 4, 24-30, 2009.03.16)

Tratado dos actos humanos 21


Art. 5 ― Se a vontade humana é movida pelo corpo celeste.


(I, q. 115, a . 4, Iiac, q. 95, a . 5, II Sent. Dist. XV, 1. q. 1, a . 3, III, Cont. Gent., cap. LXXXVII, De Verit., q. 5, a . 10, De Malo, q. 6, Compend. Theol, cap. CXXVII, CXXVIII, In Math., cap. II, I Perih., lect. XIV, III De Anima, lect. IV, III Ethic., lect. XIII).


O quinto discute-se assim. ― Parece que a vontade humana é movida pelo corpo celeste.




Carta do Prelado do Opus Dei por ocasião do Ano da Fé. 45


A TAREFA APOSTÓLICA


45. A “missão”, a tarefa apostólica que o Senhor nos confiou só é possível a partir da “vida de fé” que temos vindo a descrever: deve ser como a “epifania” da fé. É a fé, doutrina e vida, que dá solidez e eficácia à existência cristã e a torna especialmente atraente, como prova a realidade de que muitas pessoas que não têm fé, desejam, talvez sem levar à prática esses desejos, alcançar a felicidade e a segurança, a paz, que veem nos que acreditam em Deus.

Ocupemo-nos do apostolado, desde a virtude da fé, como acabo de vos assinalar. Não deve diminuir, portanto, a nossa confiança diária no Senhor. É preciso reparar muito pelas ofensas a Deus e pelo dano que se causa às almas. Minhas filhas e filhos, precatemo-nos da urgência e continuidade desse desagravo, precisamente pelo apostolado pessoal que realizemos: essa reparação é como o termómetro que indica, sem qualquer dúvida, a profundidade dos sentimentos da nossa alma cristã, a autenticidade de nossa dor pela situação da sociedade. Procedamos assim, sabendo-nos, como dizia o nosso Padre, capazes de cometer os erros e horrores da criatura mais pecadora, se nos desprendermos da mão de Deus. Rejeitemos qualquer possibilidade de permanecer inactivos. Cada um pessoalmente, cada uma, em união de objetivos apostólicas, rezemos ao Senhor pelas pessoas que compartilham duma forma ou doutra os mesmos ideais; participemos sem medo nesta sementeira de paz, utilizando todos os meios lícitos para que os toques dos sinos do gáudium cum pace cheguem até ao último recanto da terra.

Copyright © Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
Nota: Publicação devidamente autorizada

Dar é próprio dos apaixonados


O teu talento, a tua simpatia, as tuas condições... perdem-se; não te deixam aproveitá-las. – Pensas bem nestas palavras de um autor espiritual: "Não se perde o incenso que se oferece a Deus. – Mais se honra o Senhor com o abatimento dos teus talentos do que com o seu uso vão". (Caminho, 684)


E, abrindo os seus tesouros, ofereceram-lhe presentes de ouro, incenso e mirra. Detenhamo-nos um pouco para entender este passo do Santo Evangelho. Como é possível que nós, que nada somos e nada valemos, ofereçamos alguma coisa a Deus? Diz a Escritura: toda a dádiva e todo o dom perfeito vem do alto. O homem não consegue descobrir plenamente a profundidade e a beleza dos dons do Senhor: se tu conhecesses o dom de Deus... – responde Jesus à mulher samaritana. Jesus Cristo ensinou-nos a esperar tudo do Pai, a procurar antes de mais o Reino de Deus e a sua justiça, porque tudo o resto se nos dará por acréscimo e Ele conhece bem as nossas necessidades.

Na economia da salvação, o nosso Pai cuida de cada alma com amor e delicadeza: cada um recebeu de Deus o seu próprio dom; uns de um modo, outros de outro. Portanto, podia parecer inútil cansarmo-nos, tentando apresentar ao Senhor algo de que Ele precise; dada a nossa situação de devedores que não têm com que saldar as dívidas, as nossas ofertas assemelhar-se-iam às da Antiga Lei, que Deus já não aceita: Tu não quiseste os sacrifícios, as oblacções e os holocaustos pelo pecado, nem te são agradáveis as coisas que se oferecem segundo a Lei.

Mas o Senhor sabe que o dar é próprio dos apaixonados e Ele próprio nos diz o que deseja de nós. Não lhe interessam riquezas, nem frutos, nem animais da terra, do mar ou do ar, porque tudo isso lhe pertence. Quer algo de íntimo, que havemos de lhe entregar com liberdade: dá-me, meu filho, o teu coração. Vedes? Se compartilha, não fica satisfeito: quer tudo para si. Repito: não pretende o que é nosso; quer-nos a nós mesmos. Daí – e só daí – advêm todas as outras ofertas que podemos fazer ao Senhor. (Cristo que passa, 35)