08/02/2013

Leitura espiritual para 08 Fev 2013


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

Para ver, clicar SFF.

Evangelho do dia e comentário


   

T. Comum – IV Semana









Evangelho: Mc 6, 14-29

14 Ora o rei Herodes ouviu falar de Jesus, cujo nome se tinha tornado célebre. Uns diziam: «João Baptista ressuscitou de entre os mortos; é por isso que o poder de fazer milagres se manifesta n'Ele.» 15 Outros, porém, diziam: «É Elias». E outros afirmavam: «É um profeta, como um dos antigos profetas». 16 Herodes, porém, ouvindo isto, dizia: «É João, a quem eu degolei, que ressuscitou». 17 Porque Herodes tinha mandado prender João, e teve-o a ferros numa prisão por causa de Herodíades, mulher de Filipe, seu irmão, com a qual tinha casado. 18 Porque João dizia a Herodes: «Não te é lícito ter a mulher de teu irmão». 19 Herodíades odiava-o e queria fazê-lo morrer; porém, não podia, 20 porque Herodes, sabendo que João era varão justo e santo, olhava-o com respeito, protegia-o e quando o ouvia ficava muito perplexo, mas escutava-o com agrado. 21 Chegou, porém, um dia oportuno, quando Herodes, no seu aniversário natalício, deu um banquete aos grandes da corte, aos tribunos e aos principais da Galileia. 22 Tendo entrado na sala a filha da mesma Herodíades, dançou e agradou a Herodes e aos seus convidados. O rei disse à jovem: «Pede-me o que quiseres e eu to darei». 23 E jurou-lhe: «Tudo o que me pedires te darei, ainda que seja metade do meu reino». 24 Ela, tendo saído, perguntou à mãe: «Que hei-de pedir?». Ela respondeu-lhe: «A cabeça de João Baptista». 25 Tornando logo a entrar apressadamente junto do rei, fez este pedido: «Quero que me dês imediatamente num prato a cabeça de João Baptista». 26 O rei entristeceu-se, mas, por causa do juramento e dos convidados, não quis desgostá-la. 27 Imediatamente mandou um guarda com ordem de trazer a cabeça de João. Ele foi degolá-lo no cárcere, 28 levou a sua cabeça num prato, deu-a à jovem, e esta deu-a à mãe. 29 Tendo sabido isto os seus discípulos, foram, tomaram o corpo e o depuseram num sepulcro.

Comentário:

Também hoje em dia se podem encontrar émulos de Herodes e, parece, em número crescente.
A preocupação pelo ter, possuir não porque realmente se necessite mas porque se quer desfrutar, 'fazer figura', 'ter estatuto'. Essas pessoas não olham a meios pata obterem o que desejam mesmo que, para o conseguirem, hipotequem os dias futuros, a solvência da família. Quando não o conseguem, alguns - bastantes infelizmente - recorrem à trapaça, o engano, a trafulhice a corrupção.
E, aparentemente, ficam bem e, como Herodes, também vivem em palácios frequentam festas e banquetes, têm atrás de si um cortejo de oportunistas bajuladores e vão pela vida desafiando leis e costumes.
Tarde ou cedo, a justiça será feita, inexorável, e da sua passagem pela terra não restará que um triste cortejo de más memórias e tristes recordações.

(ama, comentário sobre Mc 6, 14-29, 2012.02.03)

Tratado dos actos humanos 26


Art. 4 — Se a vontade é necessariamente movida por Deus.


(I, q. 83, a . 1, ad 3, De Verit., q. 24, a . 1, ad 3, De Malo, q. ad 3).



O quarto discute-se assim. ― Parece que a vontade é movida necessariamente por Deus.





Carta do Prelado do Opus Dei por ocasião do Ano da Fé. 50


Utilizar todos os meios

50. A condição indispensável e primária para recolher frutos apostólicos é, insisto, cultivar a vida de fé, que se traduz em recorrer aos meios sobrenaturais. Se fomentarmos a amizade com Jesus na oração pessoal, se formos aos sacramentos da Confissão e da Eucaristia, se falarmos com Nossa Senhora, com os anjos e com os santos, nossos intercessores diante de Deus, ajudaremos como colaboradores eficazes nessa pesca divina, na qual o Senhor Jesus nos quer meter. Para isso, seguindo o exemplo do Mestre, devemos amar sinceramente os amigos, colegas, todas as almas, vivendo o mandátum novum, o mandamento novo através do qual o Salvador anuncia que as pessoas conhecerão que somos seus discípulos (cf. Jo 13, 34-35).

Além disso, o Senhor deseja também que ponhamos ao seu serviço os meios materiais ao nosso alcance. Podemos deduzi-lo do ensinamento da primeira leitura da Missa de S. Josemaria. Depois de ter criado o mundo com a sua omnipotência, e com particular amor o primeiro homem e primeira mulher, o Senhor Deus tinha plantado um jardim no Éden, do lado do oriente, e colocou nele o homem que havia criado (…), para cultivá-lo e guardá-lo (Gn 2, 8-15).

Esta passagem da Sagrada Escritura tinha ficado profundamente gravada na mente do Fundador do Opus Dei. Desde o momento em que o Senhor lhe fez ver a sua Vontade, percebeu que nestas palavras do livro do Génesis se encontrava uma das chaves para levar a cabo a obrigação de santificar o trabalho e de se santificar através do trabalho. Mostra-se-nos decisivo o exemplo de Jesus que durante trinta anos se ocupou duma tarefa profissional na oficina de Nazaré, evidenciando o dever de utilizar também os meios humanos para a instauração do Reino de Deus.

Em qualquer atividade apostólica requer-se que confiemos, sobretudo, na ajuda de Deus e, ao mesmo tempo, que utilizemos para essa finalidade os meios materiais. As iniciativas do Opus Dei, por exemplo, necessitam das orações e da ajuda de muitas pessoas. E assim, com a graça de Deus e a contribuição generosa dessa piedade, de sacrifício, de esmola, de tantas pessoas de condição social muito diferente, ao serviço da Igreja em todo o mundo, leva-se a cabo um trabalho evangelizador cada vez mais amplo.

S. Josemaria sugeria que nos perguntássemos todos os dias: que fiz eu hoje para aproximar de Nosso Senhor alguns conhecidos? Em diferentes ocasiões, essa urgência será concretizada com uma conversa orientadora; com um convite para se acercar do sacramento da Penitência; com um conselho que ajuda a compreender melhor algum aspecto da vida cristã. S. Ambrósio, comentando a recuperação da fala por Zacarias, pai de João Baptista (cfr. Lc 1, 64), escreveu: «com toda a razão se desprendeu em seguida a sua língua, porque a fé desatou o que a incredulidade tinha atado» 92. A fé, se é viva, desata-nos a língua para dar testemunho de Cristo com o apostolado de amizade e confidência. E sempre preciso o oferecimento generoso da oração e da penitência pessoais, do trabalho bem terminado; aqui se nos apresentam os instrumentos mais importantes que temos de usar, para alcançar os objetivos apostólicos.

Copyright © Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
Nota: Publicação devidamente autorizada

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Notas:
91 Bento XVI, Homilia no início do Pontificado, 24-IV-2005.