06/03/2013

Evangelho do dia e comentário




Quaresma Semana III






Evangelho: Mt 5, 17-19

17 «Não julgueis que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim para os abolir, mas sim para cumprir. 18 Porque em verdade vos digo: antes passarão o céu e a terra, que passe uma só letra ou um só traço da Lei, sem que tudo seja cumprido. 19 Aquele, pois, que violar um destes mandamentos mesmo dos mais pequenos, e ensinar assim aos homens, será considerado o mais pequeno no Reino dos Céus. Mas o que os guardar e ensinar, esse será considerado grande no Reino dos Céus.

Comentário:

Os avisos são claríssimos: resolver o que está "pendente" enquanto vamos a caminho.
Chegados à presença do Juiz já nada mais se pode fazer.

Justíssimo, julgar-nos-á pelo que fomos e fizemos e não pelo que queríamos ter sido ou ter feito.
Ali, na Corte Suprema já nada valem nem as intenções nem os propósitos mas apenas os actos concretos que praticámos.

Ah! E também o que deveríamos ter feito e não fizemos.

Agora! Sim, agora ainda vamos a tempo!

(ama, comentário sobre Mt 5, 17-37, 2011.02.13)

Tratado dos actos humanos 52


Questão 16: Do uso.


Em seguida devemos tratar do uso.

E sobre esta Questão quatro artigos se discutem:

Art. 1 ― Se usar é acto da vontade.
Art. 2 ― Se usar convém aos brutos.
Art. 3 ― Se o uso pode ter por objecto também o fim último.
Art. 4 ― Se o uso precede a eleição.

Art. 1 ― Se usar é acto da vontade.

(I Sent., dist. I, q. 1, a . 2).

O primeiro discute-se assim. ― Parece que usar não é acto da vontade.


Leitura espiritual para 06 Mar


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

Para ver, clicar SFF.

Vinde, ó Deus santificador, eterno e omnipotente


Sê alma de Eucaristia! – Se o centro dos teus pensamentos e esperanças está no Sacrário, filho, que abundantes os frutos de santidade e de apostolado! (Forja, 835)

Falava de corrente trinitária de amor pelos homens. E onde poderá alguém aperceber-se melhor dela do que na Missa? Toda a Trindade actua no santo sacrifício do altar. Por isso agrada-me tanto repetir na colecta, na secreta e na oração depois da comunhão aquelas palavras finais: Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, – dirigimo-nos ao Pai – , que conVosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, Deus por todos os séculos dos séculos. Ámen.

Na Santa Missa, a oração ao Pai é constante. O sacerdote é um representante do Sacerdote eterno, Jesus Cristo, que é ao mesmo tempo a Vítima. E a acção do Espírito Santo não é menos inefável nem menos certa. Pela virtude do Espírito Santo, escreve S. João Damasceno, dá-se a conversão do pão no Corpo de Cristo.

Esta acção do Espírito Santo exprime-se claramente, quando o sacerdote invoca a bênção divina sobre a oferenda: Vinde, ó Deus santificador, eterno e omnipotente, e abençoai este sacrifício preparado para o vosso santo nome, o holocausto que dará ao Nome santíssimo de Deus a glória que lhe é devida. A santificação, que imploramos, é atribuída ao Paráclito, que o Pai e o Filho nos enviam. Reconhecemos também essa presença activa do Espírito Santo no sacrifício quando dizemos, pouco antes da comunhão: Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus vivo, que, por vontade do Pai, com a cooperação do Espírito Santo, com a vossa morte destes a vida ao mundo.... (Cristo que passa, 85)

Resumos sobre a Fé Cristã 58



5. O Magistério da Igreja, guardião e intérprete autorizado da Revelação


«O encargo de interpretar autenticamente a palavra de Deus escrita ou contida na Tradição, foi confiado só ao magistério vivo da Igreja, cuja autoridade é exercida em nome de Jesus Cristo» 16, ou seja, aos Bispos em comunhão com o sucessor de Pedro, o Bispo de Roma. Este ofício do Magistério da Igreja é um serviço à palavra divina e tem como fim a salvação das almas. Logo, «este Magistério não está acima da palavra de Deus, mas sim ao seu serviço, ensinando apenas o que foi transmitido, enquanto, por mandato divino e com a assistência do Espírito Santo, a ouve piamente, a guarda religiosamente e a expõe fielmente, haurindo deste depósito único da fé tudo quanto propõe à fé como divinamente revelado» 17. Os ensinamentos do Magistério da Igreja representam o lugar mais importante em que está contida a Tradição apostólica: o Magistério é, a respeito desta tradição, como que a sua dimensão sacramental.

A Sagrada Escritura, a Sagrada Tradição e o Magistério da Igreja constituem uma certa unidade, de modo que nenhuma destas realidades pode subsistir sem as outras 18. O fundamento desta unidade é o Espírito Santo, autor da Escritura, protagonista da Tradição viva da Igreja, guia do Magistério, a que assiste com os seus carismas. Na sua origem, as igrejas da Reforma protestante quiseram seguir sola Scriptura, deixando a sua interpretação aos fiéis individualmente: tal posição deu lugar à grande dispersão das confissões protestantes e revelou-se pouco sustentável, já que todo o texto tem necessidade de um contexto, concretamente uma Tradição, em cujo seio nasceu, é lida e interpretada. Também o fundamentalismo separa a Escritura da Tradição e do Magistério, procurando erroneamente manter a unidade de interpretação ancorando-se de modo exclusivo no sentido literal (cf. Catecismo, 108).

Ao ensinar o conteúdo do depósito revelado, a Igreja é sujeito de uma infalibilidade in docendo, fundada sobre as promessas de Jesus Cristo acerca da sua indefectibilidade; ou seja, que se realizará sem falhar a missão de salvação a ela confiada (cf. Mt 16,18; Mt 28,18-20; Jn 14,17.26). Este Magistério infalível exercita-se:

a) quando os Bispos se reúnem em Concílio ecuménico em união com o sucessor de Pedro, cabeça do colégio apostólico;

b) quando o Romano Pontífice promulga alguma verdade ex cathedra, ou empregando um estilo nas expressões e um tipo de documento que fazem referência explícita ao seu mandato petrino universal, promulga um ensinamento específico que considera necessário para o bem do povo de Deus;

c) quando os Bispos da Igreja, em união com o sucessor de Pedro, são unânimes ao professar a mesma doutrina ou ensino, embora não se encontrem reunidos no mesmo lugar. Se bem que a pregação de um Bispo que propõe isoladamente um ensinamento específico não goze do carisma de infalibilidade, os fiéis estão igualmente obrigados a uma respeitosa obediência, bem como devem observar os ensinamentos provenientes do Colégio episcopal ou do Romano Pontífice, ainda que não sejam formulados de modo definitivo e irreformável 19.

giuseppe tanzella-nitti

Bibliografia básica:
Catecismo da Igreja Católica, 50-133.
Concílio Vaticano II, Const. Dei Verbum, 1-20.
João Paulo II, Enc. Fides et Ratio, 14-IX-1988, 7-15.

© 2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet
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Notas:
16 Concílio Vaticano II, Const. Dei Verbum, 10.
17 Concílio Vaticano II, Const. Dei Verbum, 10.
18 Cf. Concílio Vaticano II, Const. Dei Verbum, 10.
19 Cf. Concílio Vaticano II, Const. Lumen Gentium, 25; Concílio Vaticano I, Const. Pastor Aeternus, 18-VII-1870, DS 3074.