08/05/2013

Evangelho do dia e comentário


Tempo de Páscoa

VI Semana 

Evangelho: Jo 16, 16-20

16 «Um pouco, e já não Me vereis; outra vez um pouco, e ver-Me-eis, porque vou para o Pai». 17 Disseram então entre si alguns dos Seus discípulos: «Que é isto que Ele nos diz: Um pouco, e já não Me vereis, e outra vez um pouco, e ver-Me-eis? Que significa também: Porque vou para o Pai?». 18 Diziam pois: «Que é isto que Ele diz: Um pouco? Não sabemos o que Ele quer dizer». 19 Jesus, conhecendo que queriam interrogá-l'O, disse-lhes: «Vós perguntais uns aos outros porque é que Eu disse: Um pouco, e já não Me vereis, e outra vez um pouco, e ver-Me-eis. 20 Em verdade, em verdade vos digo que haveis de chorar e gemer, e o mundo se há-de alegrar; haveis de estar tristes, mas a vossa tristeza há-de converter-se em alegria.

Comentário:

Uma outra vez, Jesus repete, quase com as mesmas palavras, o que se irá passar daí a poucas horas.

É, também, o estilo oriental de discursar da época, mas, de facto, Cristo quer que fique bem gravado na mente dos discípulos, tudo quanto diz que irá acontecer para que, quando acontecer, eles se lembrem que lho dissera de antemão e assim se reforce a sua Fé e Confiança em Si, como o Messias Salvador.

(ama, comentário sobre Jo 16, 16-20, 2012.05.18)

Pequena agenda do cristão



Quarta-Feira

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)

Propósito: Simplicidade e modéstia.

Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha ‘importância’, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.

Lembrar-me: Do meu Anjo da Guarda.

Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.
Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame: Cumpri o propósito e lembrei-me do que me propus ontem?


Leitura espiritual para 08 Maio


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

Para ver, clicar SFF.

Tratado das paixões da alma 20





Questão 27: Da causa do amor

Em seguida devemos tratar da causa do amor.

E sobre esta questão quatro artigos se discutem:
Art. 1 ― Se o bem é a causa única do amor.
Art. 2 ― Se o conhecimento é causa do amor.
Art. 3 ― Se a semelhança é causa do amor.
Art. 4 ― Se as outras paixões podem ser causa do amor.



Art. 1 ― Se o bem é a causa única do amor.

(Infra, q. 29, a . 1).

O primeiro discute-se assim. ― Parece que o bem não é a causa única do amor.


RESUMOS DA FÉ CRISTÃ



TEMA 16. Creio na ressurreição da carne e na vida eterna 5

5. A purificação necessária para o encontro com Deus

«Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não de todo purificados, embora seguros da sua salvação eterna, sofrem depois da morte uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrar na alegria do céu» (Catecismo, 1030). Pode pensar-se que muitos homens, mesmo que não tenham vivido uma vida santa na terra, não se manterão definitivamente no pecado. A possibilidade de serem limpos das impurezas e imperfeições da vida, mais ou menos malograda, depois da morte apresenta-se, então, como una nova bondade de Deus, como uma oportunidade para se preparar para entrar na comunhão íntima com a santidade de Deus. «O purgatório é uma misericórdia de Deus, para limpar os defeitos dos que desejam identificar-se com Ele» 13.

O Antigo Testamento fala da purificação ultra-terrena (cf. 2 Mt 12,40-45). São Paulo na primeira Carta aos Coríntios (1 Cor 3,10-15) apresenta a purificação cristã, nesta vida e na futura, através da imagem do fogo; fogo que, de algum modo, emana de Jesus Cristo, Salvador, Juiz e Fundamento da vida cristã 14. Embora a doutrina do Purgatório não tenha sido definida formalmente até à Idade Média 15, a antiquíssima e unânime prática de oferecer sufrágios pelos defuntos, especialmente mediante e santo Sacrifício eucarístico, é indício claro da fé da Igreja na purificação ultra-terrena. Com efeito, não teria sentido rezar pelos defuntos se estivessem, ou já salvos no céu ou, então, condenados no inferno. Os protestantes, na sua maioria, negam a existência do purgatório, já que lhes parece uma confiança excessiva nas obras humanas e na capacidade da Igreja de interceder pelos que deixaram este mundo.

Mais do que um lugar, o purgatório deve ser considerado como um estado de temporário e doloroso afastamento de Deus, em que se perdoam os pecados veniais, se purifica a inclinação para o mal, que o pecado deixa na alma, e se supera a “pena temporal” devida ao pecado. O pecado não só ofende a Deus, e causa dano ao próprio pecador mas, através da comunhão dos Santos, causa dano à Igreja, ao mundo, à humanidade. A oração da Igreja pelos defuntos restabelece, de algum modo, a ordem e a justiça: principalmente por meio da Santa Missa, das esmolas, das indulgências e das obras de penitência (cf. Catecismo, 1032).

Os teólogos ensinam que no purgatório se sofre muito, de acordo com a situação de cada um. No entanto, trata-se de uma dor com significado, «uma dor feliz» 16. Por isso, convidam-se os cristãos a procurar a purificação dos pecados na vida presente mediante a contrição, a mortificação, a reparação e a vida santa.

paul o’callaghan

Bibliografia básica:

Catecismo da Igreja Católica, 988-1050.

Leituras recomendadas:

João Paulo II, Catequese sobre o Credo IV: Credo en la vida eterna, Palabra, Madrid 2000 (audiências de 25-V-1999 a 4-VIII-1999).
Bento XVI, Enc. Spe Salvi, 30-XI-2007.
São Josemaria, Homilia «A esperança do cristão», em Amigos de Deus, 205-221.


(Resumos da Fé cristã: © 2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)
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Notas

13 São Josemaria, Sulco, 889.

Tantos anos a lutar...


Surgiram nuvens negras de falta de vontade, de perda de entusiasmo. Caíram aguaceiros de tristeza, com a clara sensação de te encontrares atado. E, como remate, vieram os desânimos, que nascem de uma realidade mais ou menos objectiva: tantos anos a lutar... e ainda estás tão atrasado, tão longe! Tudo isso é necessário, e Deus conta com isso. Para conseguirmos o "gaudium cum pace" – a paz e a alegria verdadeiras – havemos de acrescentar à certeza da nossa filiação divina, que nos enche de optimismo, o reconhecimento da nossa própria fraqueza pessoal. (Sulco, 78)

Mesmo nos momentos em que percebemos mais profundamente a nossa limitação, podemos e devemos olhar para Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo, sabendo-nos participantes da vida divina. Nunca existe razão suficiente para voltarmos atrás: o Senhor está ao nosso lado. Temos que ser fiéis, leais, encarar as nossas obrigações, encontrando em Jesus o amor e o estímulo para compreender os erros dos outros e superar os nossos próprios erros. Assim, todos esses desalentos – os teus, os meus, os de todos os homens – servem também de suporte ao reino de Cristo.

Reconheçamos as nossas fraquezas, mas confessemos o poder de Deus. O optimismo, a alegria, a convicção firme de que o Senhor quer servir-se de nós têm de informar a vida cristã. Se nos sentirmos parte dessa Igreja Santa, se nos considerarmos sustentados pela rocha firme de Pedro e pela acção do Espírito Santo, decidir-nos-emos a cumprir o pequeno dever de cada instante: semear todos os dias um pouco. E a colheita fará transbordar os celeiros. (Cristo que passa, 160)

O quadro


O mal e a suspeita sobre Deus (II) 4


Camus, que imputou ao cristianismo toda a reata de males padecidos pela humanidade, só chega a concluir que o homem é um absurdo. Para o marxismo era um ser explorado, mas resultava mais optimista porque ao menos pensada na possibilidade de um paraíso na terra, ainda que tenha resultado falso. Também é certo que Camus faz uma chamada para diminuir as crianças torturadas e convida a os crentes ao diálogo.
De todos modos, não é aceitável a interpretação feita à resposta cristã sobre o mal. É certo que houve, e há, homens da Igreja com lacunas e erros, mas a sua pregação sobre a paternidade de Deus e o amor ao próximo levou milhões de almas a socorrer de mil maneiras ao que sofre. O dom de sim mesmo é um ponto ao que deve aspirar o crente em Cristo. Camus observa uma situação de desorientação geral, de «contradição essencial». Tem o mérito, quiçá como o marxismo, de tê-lo advertido, mas não nos tira do atoleiro.

 

Paulo cabellos llorente, [i] trad ama



[i] Doutor em Direito Canónico, e Ciências da Educação