16/06/2014

O Santo Rosário é arma poderosa.

O Santo Rosário é arma poderosa. Emprega-a com confiança e maravilhar-te-ás do resultado. (Caminho, 558)

Nas nossas relações com a nossa Mãe do Céu, existem também essas normas de piedade filial, que são modelo do nosso comportamento habitual com Ela. Muitos cristãos tornam seu o antigo costume do escapulário; ou adquirem o hábito de saudar (não são precisas palavras; o pensamento basta) as imagens de Maria que há em qualquer lar cristão ou que adornam as ruas de tantas cidades; ou dão vida a essa oração maravilhosa que é o Terço, em que a alma não se cansa de dizer sempre as mesmas coisas, como não se cansam os enamorados, e em que se aprende a reviver os momentos centrais da vida do Senhor; ou então habituam-se a dedicar à Senhora um dia da semana – precisamente este em que estamos reunidos: o sábado – oferecendo-lhe alguma pequena delicadeza e meditando mais especialmente na sua maternidade...


Há muitas outras devoções marianas que não é necessário recordar aqui neste momento. Nem todas têm de fazer parte da vida de cada cristão – crescer em vida sobrenatural é algo de muito diferente de ir amontoando devoções – mas devo afirmar ao mesmo tempo que não possui a plenitude da fé cristã quem não vive alguma delas, quem não manifesta de algum modo o seu amor a Maria. (Cristo que passa, 142)

Pequena agenda do cristão


SeGUNDa-Feira




(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça ‘boa cara’, que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?



Diálogos apostólicos 20

Nota: Normalmente, estes “Diálogos apostólicos”, são publicados sob a forma de resumos e excertos de conversas semanais. Hoje, porém, dado o assunto, pareceu-me de interesse publicar quase na íntegra.

Voltamos a falar do mesmo: a doença do teu irmão. Disseste-me que o livro que te emprestei te ajudou bastante e estás disposto a aproveitar já a próxima visita para abordar o assunto.

Disse-te:

 ‘Mas não e esqueças de algo muito importante! Além do livro a melhor “preparação” que podes fazer é rezar e rezar muito para que o Senhor te ajude a fazer tudo bem. Ah! E pede ao teu Anjo da Guarda que “fale” com o Anjo da Guarda dele e o prepare também para te ouvir’.

Agradeceste-me e foste-te embora mais animado e, eu, assegurei-te que iria correr tudo bem.


Temas para meditar 147

Perdão de Deus



O que antes da culpa nos proibiu pecar, uma vez cometida a falta, não cessa de esperar por nós para nos conceder o Seu perdão. Vede que nos chama o mesmo a Quem desprezamos. Separamo-nos dele mas Ele não se separa de nós.


(S. gregório magnoHom. 34 sobre os evangelhos)

Tratado da lei 25

Questão 96: Do poder da lei humana.

Art. 3 — Se a lei humana ordena os actos de todas as virtudes.

(Infra, q. 100, a. 2; V Ethic., lect II).

O terceiro discute-se assim. — Parece que a lei humana não ordena os actos de todas as virtudes.

1. — Pois, aos actos virtuosos se opõem viciosos. Ora, a lei não proíbe humana todos os vícios, como já se disse (a. 2). Logo, também não ordena os actos de todas as virtudes.

2. Demais. — Os actos virtuosos procedem da virtude. Ora, a virtude é o fim da lei; a ponto que não pode cair sob o preceito da lei o concernente à virtude. Logo, a lei humana não ordena os actos de todas as virtudes.

3. Demais. — A lei humana ordena-se para o bem comum, como já se disse (q. 90, a. 2). Ora, certos actos virtuosos não se ordenam para o bem comum, mas para o particular. Logo, a lei não ordena os actos de todas as virtudes.

Mas, em contrário, o Filósofo diz: A lei preceitua a prática de actos de fortaleza, de temperança e de mansidão; e semelhantemente, no referente às outras virtudes e malícias, ordena uns actos e proíbe outros.

As virtudes especificam-se pelos seus objectos, como do sobredito resulta (q. 54, a. 2; q. 60, a. 1; q. 62, a. 2). Ora, todos os objectos das virtudes podem referir-se ao bem particular de alguém, ou ao bem comum da multidão. P. ex., podemos praticar actos de fortaleza para a conservação da cidade ou dos direitos de um amigo; e assim por diante. Ora, como dissemos (q. 90, a. 2), a lei ordena-se para o bem comum. Logo, não há nenhuma virtude cujos actos a lei não possa ordenar. Contudo não preceitua sobre todos os actos de todas as virtudes, mas só dos ordenados para o bem comum. E isto imediatamente, como quando alguma coisa se faz directamente para o bem comum; ou, mediatamente, como quando o legislador estabelece certas disposições pertinentes à boa disciplina, que informe os cidadãos, para conservarem o bem comum da justiça e da paz.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — A lei humana não proíbe todos os actos viciosos, com obrigação de preceito, assim como desse modo, também não ordena todos os actos virtuosos. Proíbe, porém, os actos de certos vícios particulares, assim como ordena os de certas e determinadas virtudes.

RESPOSTA À SEGUNDA. — Um acto pode ser considerado virtuoso de dois modos. — De um modo, porque o homem pratica actos virtuosos; assim, o acto da virtude da justiça consiste em agir rectamente; o da fortaleza, em agir corajosamente. E dessa maneira a lei ordena certos actos de virtude. — De outro modo, quando alguém pratica actos virtuosos, como os que pratica o virtuoso. E tais actos sempre procedem da virtude, nem caem sob o preceito da lei; mas é o fim a que o legislador pretende levar.

RESPOSTA À TERCEIRA. — Não há nenhuma virtude cujos axtos se não ordenem ao bem comum, mediata ou imediatamente, como já dissemos.

Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.


Evangelho diário, comentário e leitura espiritual (A Paciência 6)


Tempo comum XI Semana

Evangelho: Mt 5, 38-42

38 «Ouvistes que foi dito: “Olho por olho e dente por dente”. 39 Eu, porém, digo-vos que não resistais ao homem mau; mas, se alguém te ferir na tua face direita, apresenta-lhe também a outra; 40 e ao que quer chamar-te a juízo para te tirar a túnica, cede-lhe também a capa. 41 Se alguém te forçar a dar mil passos, vai com ele mais dois mil. 42 Dá a quem te pede e não voltes as costas a quem deseja que lhe emprestes.

Comentário:

“Faz o bem sem olhares a quem”, é um dito popular que bem pode ter a sua origem nestes ensinamentos de Cristo.


Podemos acrescentar, as palavras de São Josemaria Escrivá: ‘Afogar o mal em abundância de bem.(Cristo que passa, n. 72)

Será difícil por vezes não responder no mesmo tom, não devolver o insulto, conservar a calma e tranquilidade deixando o outro desarmado e sem razão.

Talvez pensemos que não merecemos a forma como nos trata mas depressa se desvanecerá esse sentimento se nos inteirar-mos do seguinte; 'se realmente me conhecesse bem, tratar-me-ia muito pior’.

(ama, comentário sobre Mt 5, 48-42, 2013.06.17)


Leitura espiritual



Temas


A PACIÊNCIA

…/5

TUDO CABE NUM SORRISO POR AMOR A DEUS

Por isso, a todos nos surpreendeu, como um choque inesperado, a notícia de que tivemos conhecimento na primavera de 1954. O Padre, no dia 27 de abril, estivera a ponto de morrer. Uma crise de saúde muito forte só não o levara por um triz.

Perguntávamo-nos, no primeiro momento, que tipo de achaque podia tê-lo acometido. Nem nos passava pela mente a ideia de que poderia ter sido – como de fato foi – uma crise devida à própria diabete. Para nós, “diabete” era uma palavra ouvida alguma vez, mas já arquivada no esquecimento. Nada notávamos, o Padre de nada se queixava nem com a palavra nem com a expressão do rosto e, por isso, nada nos preocupava. Não sabíamos que, na verdade, durante todos aqueles meses felizes, vividos junto de um Padre que irradiava dinamismo e felicidade, Mons. Escrivá estivera atravessando uma das piores fases da sua doença.

Assim descreve Vázquez de Prada o que na realidade se estava passando naquele período:
“Trabalhava e mexia-se como se estivesse bem de saúde: sem o cansaço que o medo produz, livre da psicose de febre que amiúde excita os enfermos ou os deprime. Para o caso de que chegasse em qualquer momento a sua hora, tinha tomado precauções. Fez colocar uma campainha junto da cabeceira da sua cama, para pedir os sacramentos. Deitava-se com a mente posta em Deus:
Senhor – dizia –, não sei se me levantarei amanhã; dou-te graças pela vida que me deres e estou contente de morrer em teus braços. Espero na tua misericórdia.

“Custava-lhe sorrir; mas os seus filhos recordam-no sempre com o sorriso nos lábios. A doença deparava-lhe surpresas variadas: um dia, não se tinha em pé; outro, sobrevinha-lhe uma infecção furibunda; na semana seguinte, falhava-lhe o olho direito...

“Tomava com alegria e paciência as peças que lhe pregavam as suas indisposições [...]. Nas viagens, não tinha outro remédio senão carregar com o seu pequeno arsenal de botica. Assim andaram as coisas, até que o Dr. Faelli resolveu tentar uma variante no tipo de medicação, prescrevendo-lhe insulina retardada. O pe. Álvaro, que conhecia perfeitamente o tratamento, as quantidades e o seu efeito, acertou a nova dose. Tudo andou bem por dois ou três dias, embora seja possível que o enfermo se tivesse sensibilizado com a mudança”[1]

O que nós, afinal, ficamos sabendo foi que no dia 27 de abril, festa de Nossa Senhora de Montserrat, após receber a dose diária de insulina, o Padre se sentou à mesa com o pe. Álvaro del Portillo. De repente, o seu rosto ficou rubro, depois violáceo e, finalmente, invadido por uma palidez cadavérica. A custo, antes de ficar desacordado, tinha pedido ao pe. Álvaro a absolvição.

Ele próprio nos relatava depois (só no-lo contou quando já estava bom e não podia causar-nos preocupação), que naquela hora teve a nítida sensação de que ia morrer. Acrescentava, com o seu indelével bom humor, que, quando conseguira ver-se no espelho, após umas horas de cegueira, tinha comentado ao pe. Álvaro: “Já sei que aspecto terei quando morrer...”

Deus, em sua bondade, não só o livrou da morte nessa hora de grave crise, como o presenteou com uma rápida recuperação e, o que é mais, com o inexplicável desaparecimento da diabete que, simplesmente, deixou de manifestar-se a partir daquele dia. Ficou curado.

Neste episódio todo, algo se nos revelou com absoluta nitidez, com inequívoca evidência: tínhamos vivido, dia após dia, com um Mons. Escrivá doente, afetado por forte mal-estar físico, muitas vezes cansado, esgotado, e nada disso tinha transparecido no seu porte, no seu rosto, no seu gesto, na sua conversação.

As nossas impressões daqueles dias, expressou-as muito bem um dos que lá estavam em 1954, o português Hugo de Azevedo, na biografia que dedicou bastantes anos mais tarde ao Beato Josemaría, com o título de Uma luz no mundo. Devo dizer que as suas impressões pessoais coincidem, ao pé da letra, com as minhas e as dos outros que estávamos lá:
“O que é admirável para quem, como eu, conviveu com ele nessa época, é não nos termos dado conta de nada, é não recordarmos qualquer diferença de disposição, de vitalidade, de alegria.

Dera-nos dias antes duas meditações diárias durante um retiro, na Semana Santa, e com que vibração nos impulsionava à luta interior e ao apostolado!” [2]

TER A CRUZ É TER A ALEGRIA

Tudo isto é, certamente, admirável, e o foi para nós na época. Agora, com o conhecimento mais aprofundado da vida do Bem-aventurado Josemaría Escrivá, é preciso dizer que, embora seja muito admirável, não é surpreendente, pois na vida santa do Fundador do Opus Dei a paciência heróica, no meio de muitos padecimentos físicos e sobretudo morais, foi uma constante, uma santa “rotina”.

Referindo-se a alguns momentos da década de 1940, em que as dolorosas investidas – sobretudo as calúnias – recrudesciam, ele próprio confidenciaria anos mais tarde:
“Para nos tornar mais eficazes, Deus Nosso Senhor abençoou-nos com a Cruz [...]. Foram anos duros, porque faziam chegar essas calúnias até o mais alto da Igreja, semeando desconfianças e receios para com a Obra. Eu calava-me e rezava [...]. Chegou um momento em que tive de ir uma noite ao sacrário, a dizer: Senhor – e custava-me, custava-me... e me caíam umas lágrimas!... –, se Tu não precisas da minha honra, eu para que a quero?” [3]
Paciência é isso! Um grande amor que sabe sofrer e que, justamente por ser amor, sofre com generosidade, com grandeza, com desprendimento total de si mesmo e aceitação plena da Vontade de Deus, com abandono nas mãos do Pai e com alegria. Que bem no-lo ensinava Mons. Escrivá! É por isso que os textos que contêm a sua mensagem, para os que pudemos conhecê-lo de perto, são verdadeiros latejos da sua própria alma, sangue das suas veias. Passava para o papel o que vivia ardentemente. Daí que nos seja impossível ler com frieza, como se fossem apenas exortações piedosas ou exposições doutrinais, textos como os seguintes:
“Ter a Cruz é ter a alegria: é ter-te a Ti, Senhor!” “Quando se caminha por onde Cristo caminha; quando já não há resignação, mas a alma se conforma com a Cruz – se amolda à forma da Cruz –; quando se ama a Vontade de Deus; quando se quer a Cruz..., então, mas só então, é Ele quem a leva”.

“Sinais inequívocos da verdadeira Cruz de Cristo: a serenidade, um profundo sentimento de paz, um amor disposto a qualquer sacrifício [...], e sempre – de modo evidente – a alegria: uma alegria que procede de saber que, quem se entrega de verdade, está junto da Cruz e, por conseguinte, junto de Nosso Senhor”.

Ou ainda expansões como a desta confidência pessoal: “Quando vos falo de dor, não vos
falo apenas de teorias [...]. A doutrina cristã sobre a dor não é um programa de consolos fáceis. É, em primeiro lugar, uma doutrina de aceitação do sofrimento, que é de facto inseparável de toda a vida humana. Não vos posso ocultar – com alegria, porque sempre preguei, e procurei viver, que onde está a Cruz está Cristo, o Amor – que a dor tem aparecido frequentemente na minha vida...” [4]

A arte de sofrer sorrindo, de que foi exímio mestre o Fundador do Opus Dei, é uma arte contagiosa. É o que vamos ver na nossa segunda história de amor paciente.

UMA CURTA BIOGRAFIA

Mons. Escrivá esteve à beira da morte no dia de Nossa Senhora de Montserrat, 27 de Abril de 1954. A nossa segunda história focaliza uma moça, nascida em Barcelona no dia 10 de Julho de 1941, que havia recebido no Batismo esse nome, Montserrat, em honra da Padroeira da sua terra.

Familiarmente, os pais, irmãos e amigos a chamávamos Montse, e digo “chamávamos”, porque me unia, e ainda me une, à distância de um oceano, uma entranhada amizade com seus pais, Manuel e Manolita Grases.

Montse foi também filha do Bem-aventurado Josemaría Escrivá, pois pediu a admissão no Opus Dei, entregando a sua vida inteira a Deus, no dia 24 de dezembro, véspera do Natal de 1957.

Pouco depois, uma leve e persistente dor na perna esquerda deu o primeiro sinal do que viria a diagnosticar-se como um câncer incurável, sarcoma de Ewing, que – após meses de intensas dores – veio a causar a morte daquela menina de 17 anos, no dia 26 de Março de 1959, Quinta-feira Santa.

Resumida assim, em pouquíssimas linhas, essa biografia tão curta, tão cedo truncada, parece muito triste. Parece, mas não é.

Diga-se, já de começo, que Montse, a segunda de uma família de nove irmãos – profundamente católica e unidíssima –, foi sempre uma moça direita e pura, bonita, simpática, esportiva, divertida, religiosa sem beatice e absolutamente normal. E como faz parte da normalidade ter, ao lado de belas virtudes, alguns defeitos, Montse também os tinha – não nasceu com auréola de santa –, e é muito importante ter isso presente ao ler o que vem a seguir.

Montse, que era prestativa e sacrificada, de coração sensível, generoso e bom, era também voluntariosa e geniosa. Ai de quem a contradissesse ou pretendesse fazer-lhe uma desfeita! Sem grosserias nem violências – que não eram do seu feitio –, reagia desde muito menina como pessoa que não leva desaforo para o seu cantinho nem tem um braço fácil de torcer. Por outras palavras, em uma porção de coisas, era “insofrida”, ou seja, era impaciente. Sabendo disso, as pinceladas que se dão a seguir ganham um sentido maior.

UM PROCESSO ACELERADO

Quando se leem os depoimentos e testemunhos dos que estiveram mais perto dela desde o início das dores (Dezembro de 1957) até a morte (Março de 1959), observa-se um denominador comum. Todos eles salientam que, naqueles quinze meses, houve, não uma mudança instantânea – lampejo de um dia –, mas um processo assombroso, contínuo, crescente, de amadurecimento no amor e nas virtudes, que transformou profundamente Montserrat. Um crescimento interior tão espantoso, que todos os que a conheceram encararam como algo natural que se iniciasse o seu Processo de Beatificação e Canonização em Dezembro de 1962.

Ao longo de toda a evolução da doença, Montse esforçou-se por levar, até o limite das suas forças, uma vida normal. Queria ser fiel ao que a sua vocação para o Opus Dei lhe pedia: a santificação pessoal e o apostolado no meio do mundo, dentro da normalidade da vida diária, no cumprimento amoroso e acabado dos deveres cotidianos.

Viver assim – com alegre simplicidade, sem chamar a atenção – representava um esforço que conseguiu praticar rezando muito e lutando muito por corresponder à graça de Deus.

Até os últimos dias, quando, já imóvel na cama, mal podia falar, fez um esforço heroicamente fiel para cumprir os propósitos espirituais a que se tinha comprometido livremente com Deus: duas meias horas de oração mental diária, terço, leitura do Evangelho e de algum livro espiritual (só ouvindo ler, já no final), exame de consciência noturno, que jamais desleixou, etc.

Morreu acompanhando o segundo mistério do terço do dia, que a sua mãe e um grupo de amigas rezavam ao pé da sua cama.

(cont.)







[1] andrés vázquez de prada, O Fundador do Opus Dei, Quadrante, São Paulo, 1989, págs. 325-326.

[2] Prumo-Rei dos Livros, Lisboa, 1988, pág. 256.

[3] salvador bernal, Perfil do Fundador do Opus Dei, Quadrante, São Paulo, 1978, págs. 333, 334 e 371

[4] Cf. Forja, Quadrante, São Paulo, 1987, ns. 766, 770, 772; e vázquez de prada, obra citada, pág. 269.