12/11/2014

Ev. diário, coment. L esp. (História de uma alma)

Tempo comum XXXII Semana
Evangelho: Lc 17 11-19

11 Indo Jesus para Jerusalém, passou pela Samaria e pela Galileia.12 Ao entrar numa aldeia, saíram-Lhe ao encontro dez homens leprosos, que pararam ao longe, 13 e levantaram a voz, dizendo: «Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!». 14 Ele tendo-os visto, disse-lhes: «Ide, mostrai-vos aos sacerdotes». Aconteceu que, enquanto iam, ficaram limpos. 15 Um deles, quando viu que tinha ficado limpo, voltou atrás, glorificando a Deus em alta voz, 16 e prostrou-se por terra a Seus pés, dando-Lhe graças. Era um samaritano. 17 Jesus disse: «Não são dez os que foram curados? Onde estão os outros nove? 18 Não se encontrou quem voltasse e desse glória a Deus, senão este estrangeiro?». 19 Depois disse-lhe: «Levanta-te, vai; a tua fé te salvou».
Comentário

A gratidão é o sentimento mais nobre do homem. Nas coisas grandes como nas pequenas, agradecer algo que nos fazem enobrece e dá um sentimento de indesmentível tranquilidade.
Quem deu não se esquecerá!

(ama, comentário sobre Lc 17, 11-19, 2013.10.13)


Leitura espiritual

HISTÓRIA DE UMA ALMA

Santa Teresinha do Menino Jesus

Manuscrito «B»

…/2

CARTA A IRMÃ MARIA DO SAGRADO CORAÇÃO

...A resposta estava clara, mas não satisfazia aos meus desejos, não me propiciava paz... Como Madalena se inclinando sempre junto ao túmulo vazio acabou por encontrar o que desejava, também me abaixei até as profundezas do meu nada e elevei-me tão alto que consegui atingir minha meta... Sem desanimar, prossegui com minha leitura e esta frase aliviou-me: "Aspirai, também, aos carismas mais elevados. Mas vou mostrar-vos ainda uma via sobre todas sublime". E o apóstolo explica como todos os mais perfeitos dons não valem nada sem o Amor... Que a caridade é a via excelente para levar seguramente a Deus. Enfim, tinha encontrado repouso... Considerando o corpo místico da Igreja, não me reconheci em nenhum dos membros descritos por são Paulo, melhor, queria reconhecer-me em todos... A Caridade deu-me a chave da minha vocação. Compreendi que se a Igreja tem um corpo, composto de diversos membros, o mais necessário, o mais nobre de todos não lhe falta. Compreendi que a Igreja tem um coração e que esse coração arde de amor. Compreendi que só o Amor leva os membros da Igreja a agir, que se o Amor viesse a extinguir-se os apóstolos não anunciariam mais o Evangelho, os mártires negar-se-iam a derramar o sangue... Compreendi que o Amor abrangia todas as vocações, que o Amor era tudo, que abrangia todos os tempos e todos os lugares... numa palavra, que ele é Eterno!...

Então, na minha alegria delirante, exclamei: ó Jesus, meu Amor... enfim, encontrei minha vocação, é o Amor!...

Sim, achei meu lugar na Igreja e esse lugar, meu Deus, fostes vós quem o destes a mim... no Coração da Igreja, minha Mãe, serei o Amor... serei tudo, portanto... desta forma, o meu sonho será realizado!!!...

Por que falar de uma alegria delirante? Não, essa expressão não está adequada. Era antes a paz calma e serena do navegante avistando o farol que deve guiá-lo ao porto... ó Farol luminoso do Amor, sei como chegar a Ti, encontrei o segredo para apropriar-me da tua chama.

Sou apenas uma criança, impotente e fraca, mas é minha própria fraqueza que me dá a audácia para me oferecer coma Vítima ao teu Amor, ó Jesus! Outrora, só as hóstias puras e sem manchas eram aceitas pelo Deus forte e poderoso. Para satisfazer a justiça divina, havia necessidade de vítimas perfeitas. Mas à lei do temor sucedeu a do Amor e o Amor escolheu-me para holocausto, eu, fraca e imperfeita criatura... Não é escolha digna do Amor?... Sim, a fim de que o Amor seja plenamente satisfeito é preciso que se abaixe, que se abaixe até o nada e que transforme esse nada em fogo...

Ó Jesus, sei, o amor só se paga com o amor; por isso, procurei, achei o meio de aliviar meu coração retribuindo Amor com Amor. "Granjeai amigos com a vil riqueza, para que quando esta vier a faltar eles vos recebam nas tendas eternas". Eis, Senhor, o conselho que dás a teus discípulos depois de teres dito a eles que "os filhos deste mundo são mais atilados que os filhos da luz, no trato com os seus semelhantes". Filha da luz, compreendi que meus desejos de ser tudo, de abraçar todas as vocações, eram riquezas que bem poderiam tornar-me injusta, servi-me delas para granjear amigos... Lembrando-me do pedido de Eliseu a seu Pai Elias quando se atreveu a pedir-lhe dupla porção do seu espírito, apresentei-me diante dos anjos e dos santos e lhes disse: "Sou a menor das criaturas, conheço minha miséria e minha fraqueza, mas sei também como os corações nobres e generosos gostam de fazer o bem, suplico-vos, portanto, ó bem-aventurados habitantes dó Céu, que me adopteis por filha, a glória que me fizerem adquirir será só para vós, mas dignai-vos atender o meu pedido; sei que é temerário, mas atrevo-me a pedir que obtenhais para mim vosso duplo Amor.

Não posso, Jesus, aprofundar o meu pedido, recearia ver-me acabrunhada sob o peso dos meus desejos audaciosos... Minha desculpa é ser uma criança e as crianças não medem o alcance das suas palavras. Quando colocados no trono e donos de imensos tesouros, seus pais não hesitam em contentar os desejos dos pequenos seres que amam tanto quanto a si mesmos; para agradar a eles, fazem loucuras, chegam até a fraqueza... Bem! eu sou a CRIANÇA da Igreja e a Igreja é Rainha, pois é tua esposa, o divino Rei dos Reis... Não são as as riquezas e a Glória, nem a Glória do Céu, que o coração da criança deseja... Compreendo que a Glória pertence por direito a seus irmãos, os anjos e os santos... A glória dele será o reflexo daquela que brotará da fronte de sua Mãe. O que pede é o Amor... Só quer uma coisa, te amar, ó Jesus... As obras de grande repercussão lhe são interditadas, ele não pode anunciar o Evangelho, derramar o próprio sangue... mas não importa, seus irmãos trabalham no lugar dele e ele, criancinha, fica junto do trono do Rei e da Rainha. Ama pelos seus irmãos que combatem... Como irá testemunhar seu amor se o Amor se prova pelas obras? A criancinha lançará flores, perfumará o trono real, com sua voz argêntea, cantará o cântico do Amor...

Eis, meu Bem-Amado, como se consumará minha vida... Não tenho outros meios para te provar meu amor, a não ser lançar flores, isto é, não deixar escapar nenhum pequeno sacrifício, nenhum olhar, nenhuma palavra, aproveitar as menores coisas e fazê-las por amor... Quero sofrer e mesmo gozar por amor, dessa forma lançarei flores diante do teu trono, não encontrarei uma só sem desfolhá-la para Ti... e, ao jogar minhas flores, cantarei. Caberia chorar fazendo uma ação tão alegre? Cantarei, até mesmo quando for preciso colher minhas flores no meio dos espinhos e meu canto será mais melodioso na medida em que os espinhos forem longos e pungentes.

Em que minhas flores e meus cantos irão te servir, Jesus?... Ah! sei. Essa chuva perfumada, essas pétalas frágeis e sem valor, esses cantos de amor do menor dos corações te encantarão. Sim, esses nadas te agradarão, farão sorrir a Igreja triunfante que recolherá minhas flores desfolhadas por amor e, fazendo-as passar por tuas mãos divinas, ó Jesus, essa Igreja do Céu, querendo brincar com sua criança, lançará essas flores que, pelo teu toque divino, terão adquirido um valor infinito. Lançá-las-á sobre a Igreja padecente, a fim de apagar as chamas; lançá-las-á sobre a Igreja combatente, a fim de lhe propiciar a vitória! ...

Ó meu Jesus! amo-Te, amo a Igreja, minha Mãe, lembro-me de que: "O menor movimento de puro amor lhe é mais útil que todas as outras obras reunidas". Mas será que o puro amor está em meu coração?... Meus desejos imensos não seriam sonho, loucura?... Ah! se assim for, Jesus, esclarece-me, tu sabes que procuro a verdade...'' se meus desejos são temerários, fá-los sumir pois são para mim o maior dos martírios... Mas sinto, ó Jesus, que depois de ter aspirado às regiões mais elevadas do Amor, se eu não puder alcançá-las, terei experimentado mais doçura no meu martírio, na minha loucura, do que haverei de experimentar no seio das alegrias da pátria, a menos que, por um milagre, Tu me tires a lembrança das minhas esperanças terrestres. Então, deixa-me gozar, durante meu exílio, das delícias do amor. Deixa-me saborear as doces amarguras do meu martírio...

Jesus, Jesus, se o desejo de Te amar é tão delicioso, como será o de possuir, de gozar o Amor?...

Como pode uma alma tão imperfeita como a minha aspirar à plenitude do Amor?... Ó Jesus! meu primeiro, meu único Amigo, Tu que amo unicamente, diz-me que mistério é esse. Por que não reservas essas imensas aspirações para as grandes almas, para as águias que planam nas alturas?... Considero-me apenas um mero passarinho coberto de leve penugem, não sou uma águia, só tenho dela os olhos e o coração, pois apesar da minha extrema pequenez ouso fixar o Sol Divino, o Sol do Amor, e meu coração sente em si todas as aspirações da águia... O passarinho quer voar para esse Sol brilhante que encanta seus olhos, quer imitar as águias, suas irmãs, que vê chegar ao lar divino da Trindade Santíssima... ai! o que pode fazer é bater as asinhas, voar, porém, não está em seu pequeno alcance! O que será dele? Morrer de tristeza por se ver tão impotente?... Oh não! o passarinho nem vai ficar aflito. Com total abandono, quer ficar olhando seu divino Sol; nada poderá assustá-lo, nem o vento nem a chuva, e se nuvens escuras vierem esconder o Astro de Amor o passarinho não trocará de lugar. Sabe que, além das nuvens, seu Sol continua brilhando, que seu brilho não cessará. Às vezes, o coração do passarinho é vítima de tempestade, parece não acreditar que existem outras coisas além das nuvens que o envolvem. Esse é o momento da felicidade perfeita para o pobre serzinho frágil. Que felicidade ficar aí, assim mesmo; fixar a luz invisível que escapa à sua fé!!!... Jesus, até agora, compreendo o teu amor para com o passarinho, pois ele não se afasta de Ti... mas sei e Tu sabes também, muitas vezes a criaturinha imperfeita, embora permaneça a postos, isto é, debaixo dos raios do Sol; distrai-se um pouco da sua única ocupação, cata um grãozinho aqui, outro acolá, corre atrás de um insecto... e, encontrando uma pocinha d'água, banha suas peninhas. Quando, vê uma flor que lhe agrada, sua mente se prende a ela... enfim, não podendo planar como as águias, o passarinho ocupa-se com as bagatelas da terra. Após todas essas indelicadezas, em vez de esconder-se num cantinho para chorar sua miséria e morrer de arrependimento, o passarinho volta-se para seu bem-amado Sol, expõe suas asinhas molhadas aos seus raios, geme como a andorinha e no seu canto suave confidencia, relata detalhadamente suas infidelidades, pensando, no seu temerário abandono, adquirir mais poder, atrair mais fortemente o amor Daquele que não veio chamar os justos, mas os pecadores... Se o Astro Adorado permanece surdo aos chilreios plangentes da sua criaturinha, se continua encoberto... pois bem! a criaturinha permanece molhada, aceita ficar gelada e alegra-se por esse sofrimento que não deixa de merecer... Jesus! como teu passarinho está feliz por ser fraco e pequeno, o que seria dele se fosse grande?... Nunca se atreveria a ficar na tua presença, em dormitar diante de Ti... sim, é mais uma fraqueza do passarinho quando quer fixar o Sol divino e as nuvens o impedem de ver um raio sequer. Contra sua vontade, seus olhinhos se cerram, sua cabecinha se esconde sob sua asinha e o pobre serzinho adormece, crente ainda de que está fixando seu Astro querido. Com o despertar, não se perturba, seu coraçãozinho fica em paz, recomeça seu ofício de amor. Invoca os anjos e os santos que se elevam como águias para o foco devorador, objecto de seus anseios. Com pena do irmãozinho, as águias o protegem, o defendem e afugentam os abutres que querem devorá-lo. O passarinho não tem medo dos abutres, imagens dos demónios, não se destina a ser presa deles, mas sim da Águia que ele contempla no centro do Sol de Amor. Ó Verbo divino, és tu a Águia adorada que amo e que me atrai, és tu que correndo para a terra do exílio tens querido sofrer e morrer para lançar as almas no seio do Eterno Lar da Santíssima Trindade. És tu que, subindo para a inacessível Luz que de agora em diante será tua morada, ainda permaneces no vale de lágrimas, oculto sob a aparência de uma hóstia branca... Águia Eterna, queres alimentar-me com tua divina substância, eu, ser pobre e pequeno, que voltaria ao nada se teu divino olhar deixasse de me dar vida a cada instante... Ó Jesus! deixa-me no extremo da minha gratidão, deixa-me te dizer que teu amor vai até a loucura... Como queres que diante dessa loucura, meu coração deixe de se jogar em teus braços? Como pode minha confiança ter limites?... Ah! sei, para Ti, os santos cometeram loucuras também, fizeram grandes coisas, pois eram águias...

Jesus sou pequena demais para fazer grandes coisas... e minha loucura pessoal é esperar que teu amor me aceite como vítima... Minha loucura consiste em suplicar às Águias, minhas irmãs, que consigam para mim o favor de voar para o Sol do Amor com as próprias asas da Águia divina...
Enquanto quiseres, ó meu Bem-amado, teu passarinho ficará sem forças e sem asas, com os olhos sempre fixos em Ti. Quer ser fascinado pelo teu olhar divino, quer tornar-se a presa do teu Amor... Um dia, espero, Águia adorada, virás buscar teu passarinho e, subindo com ele ao Lar do Amor, mergulharás para sempre no ardente Abismo desse Amor a quem se ofereceu como vítima...
  
Ó Jesus! como posso dizer a todas as almas pequeninas o quanto é inefável a tua condescendência... sinto que, embora seja impossível, se tu encontrasses uma alma mais fraca, menor que a minha, terias prazer em cumulá-la de favores ainda maiores, caso ela se abandonasse com inteira confiança à tua misericórdia infinita. Mas por que desejar comunicar teus segredos de amor, ó Jesus. Não foste tu quem os ensinaste a mim e não podes revelá-los aos outros?... Sim, sei, e te suplico para fazê-lo, te suplico que abaixes teu olhar divino sobre um grande número de almas pequeninas... Suplico-te escolher uma legião de pequenas vítimas dignas do teu AMOR!

A pequenina Irmã Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face religiosa carmelita ind.

(cont)




Os perfeitos só se encontram no Céu

Que ele está cheio de defeitos!... Bom... Mas, além de que os perfeitos só se encontram no Céu, tu também tens os teus, e todavia suportam-te; e, mais ainda, estimam-te: porque te amam com o amor que Jesus Cristo tinha pelos seus, que bem carregados de misérias andavam! – Aprende! (Sulco, 758)

Queixas-te de que ele não é compreensivo... E eu tenho a certeza de que faz o possível por entender-te. Mas tu, quando te esforçarás um bocadinho por compreendê-lo a ele? (Sulco, 759)

De acordo; admito: essa pessoa portou-se mal; a sua conduta é censurável e indigna; não demonstra categoria nenhuma.

– "Merece humanamente todo o desprezo!", acrescentaste.

Insisto: compreendo-te, mas não compartilho a tua última afirmação. Essa vida mesquinha é sagrada; Cristo morreu para redimi-la! Se Ele não a desprezou, como podes tu atrever-te a desprezá-la? (Sulco, 760)


Realmente, a vida, já por si estreita e insegura, às vezes torna-se difícil... Mas isso contribuirá para te tornar mais sobrenatural, para que vejas em tudo a mão de Deus; e assim serás mais humano e compreensivo com os que te rodeiam. (Sulco, 762)

Tratado do verbo encarnado 27

Questão 4: Da união relativamente ao assumido

Art. 2 — Se o Filho de Deus assumiu uma pessoa.

O segundo discute-se assim. — Parece que o Filho de Deus assumiu uma pessoa.

1. — Pois, como diz Damasceno, o Filho de Deus assumiu a natureza humana na sua indivisibilidade (in átomo), isto é, na sua individualidade. Ora, indivíduo de natureza racional é a pessoa como está claro em Boécio. Logo, o Filho de Deus assumiu uma pessoa.

2. Demais. — Damasceno diz que o Filho de Deus assumiu o que infundiu em nossa natureza. Ora, nela infundiu a personalidade, Logo, o Filho de Deus assumiu uma pessoa.

3. Demais. — Só é absorvido o que existe. Ora, Inocêncio III diz que a pessoa de Deus absorveu a pessoa do homem. Logo, parece que a pessoa do homem foi primeiramente assumida.

Mas, em contrário, diz Agostinho, que Deus assumiu a natureza do homem e não a pessoa.

Dizemos que é assumido o que é tomado para alguma coisa (ad aliquid sumitur). Donde, há de necessariamente o assumido ser concebido como anterior à assunção, assim como o que localmente se move há-de ser concebido como anterior ao movimento. Ora, a pessoa não é concebida, na natureza humana, como anterior à assunção, mas é, antes, o termo dela, como se disse. Se, pois, fosse concebida como anterior, ou haveria necessariamente de corromper-se, e então seria assumida em vão, ou haveria de permanecer, depois da união, e então seriam duas pessoas, uma assumida e outra assumente, o que é erróneo, como se demonstrou. Donde se conclui, que de nenhum modo o Filho de Deus assumiu a pessoa humana.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — O Filho de Deus assumiu a natureza humana na sua indivisibilidade (in átomo), isto é, num indivíduo que não é outra causa senão o suposto incriado, que é a pessoa do Filho de Deus. Donde não se segue seja a pessoa a assumida.

RESPOSTA À SEGUNDA. — À natureza assumida não lhe falta uma personalidade própria, não por não lhe faltar nada do que exige a perfeição da natureza humana, mas por lhe ser acrescentada a união com a divina Pessoa, a qual é superior à natureza humana.

RESPOSTA À TERCEIRA. — A absorção, nesse caso, não importa na destruição, de nada de anteriormente existente, mas, num obstáculo àquilo que poderia existir de outro modo. Se, pois, a natureza humana não tivesse sido assumida pela pessoa divina, essa natureza teria uma personalidade própria. E por isso dizemos que uma pessoa absorveu outra, embora impropriamente, por a pessoa divina não ter impedido, pela sua união, que a natureza humana tivesse uma personalidade própria.

Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.