22/12/2014

Não deixes de rezar, eu escuto-te

Os santos, anormais?... Chegou a hora de acabar com esse preconceito! Havemos de ensinar, com a naturalidade sobrenatural da ascética cristã, que nem sequer os fenómenos místicos são anormais; têm a naturalidade própria desses fenómenos, tal como outros processos psíquicos ou fisiológicos têm a sua (Sulco, 559)

Eu falo da vida interior de cristãos normais e correntes, que habitualmente se encontram em plena rua, ao ar livre; e que na rua, no trabalho, na família e nos momentos de diversão estão unidos a Jesus todo o dia. E o que é isto senão vida de oração contínua? Não é verdade que compreendeste a necessidade de ser alma de oração, numa intimidade com Deus que te leva a endeusar-te? (...)

A princípio custará. É preciso esforçarmo-nos por nos dirigir ao Senhor, por lhe agradecermos a sua piedade paternal e concreta para connosco. Pouco a pouco o amor de Deus torna-se palpável – embora isto não seja coisa de sentimentos – como uma estocada na alma. É Cristo que nos persegue amorosamente: Eis que estou à porta e chamo. Como anda a tua vida de oração? Não sentes às vezes, durante o dia, desejos de falar mais devagar com Ele? Não Lhe dizes: logo vou contar-te isto e aquilo; logo vou conversar sobre isso contigo?

Nos momentos dedicados expressamente a esse colóquio com o Senhor o coração expande-se, a vontade fortalece-se, a inteligência – ajudada pela graça – enche a realidade humana com a realidade sobrenatural. E, como fruto, sairão sempre propósitos claros, práticos, de melhorares a tua conduta, de tratares delicadamente, com caridade, todos os homens, de te empenhares a fundo – com o empenho dos bons desportistas – nesta luta cristã de amor e de paz.

A oração torna-se contínua como o bater do coração, como as pulsações. Sem essa presença de Deus não há vida contemplativa. E sem vida contemplativa de pouco vale trabalhar por Cristo, porque em vão se esforçam os que constroem se Deus não sustenta a casa. (Cristo que passa, 8)


Ev. Coment. L. esp. (Amigos de Deus)

Advento IV Semana

Evangelho: Lc 1 46-56

46 Então Maria disse: «A minha alma glorifica o Senhor; 47 e o meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador, 48 porque olhou para a humildade da Sua serva. Portanto, eis que, de hoje em diante, todas as gerações me chamarão ditosa, 49 porque o Todo-poderoso fez em mim grandes coisas. O Seu nome é Santo, 50 e a Sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. 51 Manifestou o poder do Seu braço, dispersou os homens de coração soberbo. 52 Depôs do trono os poderosos, elevou os humildes. 53 Encheu de bens os famintos, e aos ricos despediu de mãos vazias. 54 Tomou cuidado de Israel, Seu servo, lembrado da Sua misericórdia; 55 conforme tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre». 56 Maria ficou com Isabel cerca de três meses; depois voltou para sua casa.
Comentário:

Desde sempre o Magnificat, é, por excelência, o hino da alegria das acções de graças. Logicamente, quando se sente a necessidade de dar graças é porque algo de muito bom provoca uma alegria que temos de extravasar.
Assim a Santíssima Virgem, profundamente alegre com a sua gravidez, e depois da saudação de Isabel, não pode conter o que lhe vai na alma e rompe nesse hino maravilhoso de reconhecimento, de louvor e agradecimento a Deus que tudo pode, que fez tão grandes coisas, que se mostra misericordioso ao olhar com complacência e escolher para sua Mãe, uma simples jovem do povo anónimo e humilde que, não obstante a grandeza do papel que lhe cumpre desempenhar na salvação da humanidade, se considera uma simples escrava Senhor.

(ama, comentário sobre, Lc 1, 46-56, 2012.12.20)  


Leitura espiritual



São Josemaria Escrivá

Amigos de Deus 146 a 150
  
146         
Piedade, intimidade de filhos

A piedade que nasce da filiação divina é uma atitude profunda da alma, que acaba por informar toda a existência: está presente em todos os pensamentos, em todos os desejos, em todos os afectos. Não tendes visto como, nas famílias, os filhos, mesmo sem repararem, imitam os pais: repetem os seus gestos, seguem os seus costumes, se parecem com eles em tantos modos de comportar-se?

Pois o mesmo acontece na conduta de um bom filho de Deus. Chega-se também, sem se saber como nem por que caminho, a esse endeusamento maravilhoso que nos ajuda a olhar os acontecimentos com o relevo sobrenatural da fé; amam-se todos os homens como o nosso Pai do Céu os ama e - isto é o que mais importa - consegue-se um brio novo no esforço quotidiano para nos aproximarmos do Senhor. As misérias não têm importância, insisto, porque aí estão ao nosso lado os braços amorosos do nosso Pai Deus para nos levantar.

Se reparardes bem, é muito diferente a queda de uma criança e a queda de uma pessoa crescida. Para as crianças, uma queda, em geral, não tem importância; tropeçam com tanta frequência! E se começam a chorar, o pai lembra-lhes: os homens não choram. Assim se encerra o incidente com o empenho do miúdo por contentar o seu pai.

Vede, pelo contrário, o que acontece quando um homem adulto perde o equilíbrio e cai no chão. Se não fosse por compaixão, provocaria hilaridade, riso. Mas, além disso, a queda talvez tenha consequências graves e, num ancião, pode mesmo produzir uma fractura irreparável. Na vida interior, a todos nos convém ser quasi modo geniti infantes, como esses miuditos que parecem de borracha, que se divertem até com os seus trambolhões, porque imediatamente se põem de pé e continuam com as suas correrias e também porque não lhes falta, quando é precisa, a consolação dos pais.

Se procurarmos portar-nos como eles, os tropeções e os fracassos - aliás inevitáveis - na vida interior, nunca se transformarão em amargura. Reagiremos com dor, mas sem desânimo, e com um sorriso que brota, como a água límpida, da alegria da nossa condição de filhos desse Amor, dessa grandeza, dessa sabedoria infinita, dessa misericórdia, que é o nosso Pai. Aprendi durante os meus anos de serviço ao Senhor a ser filho pequeno de Deus. E isto vos peço: que sejais quasi modo geniti infantes, meninos que desejam a palavra de Deus, o pão de Deus, o alimento de Deus, a fortaleza de Deus para se comportarem de agora em diante, como homens cristãos.

147         
Que sejais, espiritualmente, muito crianças! Quanto mais, melhor. Di-lo a experiência deste sacerdote que teve de se levantar muitas vezes, ao longo destes trinta e seis anos (que longos e ao mesmo tempo, que curtos me parecem!) em que tem procurado cumprir uma Vontade precisa de Deus. Houve uma coisa que sempre me ajudou: ser sempre criança e meter-me continuamente no regaço de minha Mãe e no Coração de Cristo, meu Senhor.

As grandes quedas, as que causam destroços sérios na alma, e às vezes com resultados quase irremediáveis, procedem sempre da soberba de nos crermos adultos, auto-suficientes. Nesses casos, torna-se predominante na pessoa uma espécie de incapacidade de pedir ajuda a quem a pode dar: não só a Deus, mas também ao amigo ou ao sacerdote. E aquela pobre alma, isolada na sua desgraça, afunda-se na desorientação e no descaminho.

Peçamos a Deus, agora mesmo, que nunca permita que nos sintamos satisfeitos, que aumente sempre em nós a ânsia do seu auxílio, da sua Palavra, do seu Pão, do seu consolo, da sua fortaleza: rationabile, sine dolo lac concupiscite. Fomentai a fome, a aspiração de ser como crianças. Convencei-vos de que é a melhor forma de vencer a soberba. Persuadi-vos de que é o único remédio para que a nossa maneira de actuar seja boa, grande, divina. Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e vos tornardes como meninos, não entrareis no reino dos céus.

148         
Vêm-me de novo à memória as recordações da minha juventude. Que demonstração de fé! Ainda julgo ouvir o cantar litúrgico, respirar o aroma do incenso, ver milhares de milhares de homens, cada um com um grande círio, como que simbolizando a sua miséria, mas com coração de meninos: como crianças que talvez não se atrevam a levantar os olhos para a cara do pai. Reconhece e compreende que má e amarga coisa é para ti o teres abandonado o Senhor teu Deus. Renovemos a firme decisão de nunca nos afastarmos do Senhor por causa dos interesses terrenos. Façamos crescer a sede de Deus, com propósitos concretos para a nossa vida: como crianças que reconhecem a sua indigência e procuram e chamam incessantemente o Pai.

Mas volto àquilo que antes estava a comentar. Precisamos de aprender a portar-nos como crianças, precisamos de aprender a ser filhos de Deus. E, simultaneamente, ir transmitindo aos outros essa mentalidade que, no meio das naturais fraquezas, nos tornará fortes na fé, fecundos nas obras, seguros no caminho, de tal forma que, seja qual for a espécie de erro que possamos cometer, mesmo o mais desagradável, nunca hesitaremos em reagir e em voltar ao caminho da nossa filiação divina, que nos leva aos braços abertos e expectantes do nosso Pai, Deus.

Qual de vós não se lembra dos braços de seu pai? Provavelmente não seriam tão carinhosos, tão meigos e delicados como os da mãe. Mas aqueles braços robustos, fortes, apertavam-nos com calor e com segurança. Senhor, obrigado por esses braços duros! Obrigado por essas mãos fortes! Obrigado por esse coração terno e firme! E ia agradecer-Te também os meus erros! Mas isso não, porque não os queres! No entanto, compreende-los, desculpa-los, perdoa-los.

Esta é a sabedoria que Deus espera que vivamos nas relações com Ele, verdadeira manifestação de ciência matemática: reconhecer que somos um zero à esquerda... Mas o nosso Pai Deus ama-nos a cada um de nós, tal como somos! Eu, que não passo de um pobre homem, gosto de cada um de vós tal como sois; imaginai como será o Amor de Deus, se lutarmos, se nos empenharmos em viver de acordo com a nossa consciência bem formada.

149         
Plano de vida

Ao examinarmos como é e como devia ser a nossa piedade, em que pontos determinados devia melhorar a nossa relação pessoal com Deus, se me entendestes, afastareis a tentação de imaginar façanhas insuperáveis, porque tereis descoberto que o Senhor se contenta com que lhe ofereçamos pequenas provas de amor em cada momento.

Procura cingir-te a um plano de vida com constância: alguns minutos de oração mental; a assistência à Santa Missa, diária, se te é possível, e a Comunhão frequente; o recurso regular ao Santo Sacramento do Perdão, ainda que a tua consciência não te acuse de qualquer pecado mortal; a visita a Jesus no Sacrário; a recitação e a contemplação dos mistérios do terço e tantas outras práticas excelentes que conheces ou podes aprender.

Mas estas práticas não se deverão transformar em normas rígidas ou em compartimentos estanques. Indicam um itinerário flexível, acomodado à tua condição de homem que vive no meio da rua, com um trabalho profissional intenso e com deveres e relações sociais que não podes descuidar, porque é nessas ocupações que prossegue o teu encontro com Deus. O teu plano de vida há-de ser como uma luva de borracha que se adapta perfeitamente à mão de quem a usa.

Não te esqueças também de que o que é importante não é fazer muitas coisas; limita-te com generosidade àquelas que possas cumprir no dia-a-dia, quer te apeteça quer não. Essas práticas conduzir-te-ão, quase sem reparares, à oração contemplativa. Brotarão da tua alma mais actos de amor, jaculatórias, acções de graças, actos de desagravo, comunhões espirituais. E tudo isto, enquanto te ocupas das tuas obrigações: ao pegar no telefone, ao subir para um meio de transporte, ao fechar ou abrir uma porta, ao passar diante de uma igreja, ao começar um novo trabalho, ao executá-lo e ao concluí-lo. Referirás tudo ao teu Pai Deus.

150         
Descansai na filiação divina. Deus é um Pai cheio de ternura, de amor infinito. Chama-lhe Pai muitas vezes durante o dia e diz-lhe - a sós, na intimidade do teu coração - que o amas, que o adoras, que sentes o orgulho e a força de seres seu filho. Tudo isto pressupõe um autêntico programa de vida interior, que é preciso canalizar através das tuas relações de piedade com Deus - poucas, mas constantes, insisto - que te permitirão adquirir os sentimentos e as maneiras de um bom filho.

Devo prevenir-te, no entanto, contra o perigo da rotina - verdadeiro sepulcro da piedade - a qual se apresenta frequentemente disfarçada com ambições de realizar ou empreender gestas importantes, enquanto se descuida comodamente a devida ocupação quotidiana. Quando notares essas insinuações, põe-te diante do Senhor com sinceridade. Pensa se não te terás aborrecido de lutar sempre nas mesmas coisas, porque na realidade não estavas à procura de Deus. Vê se não terá decaído a tua perseverança fiel no trabalho, por falta de generosidade, de espírito de sacrifício. Nesse caso, as tuas normas de piedade, as pequenas mortificações, a actividade apostólica que não produz fruto imediato parecem-te tremendamente estéreis. Estamos vazios e talvez comecemos a sonhar com novos planos, para calar a voz do nosso Pai do Céu, que exige de nós uma lealdade total. E, com um pesadelo de grandezas na alma, lançamos no esquecimento a realidade mais certa, o caminho que sem dúvida nos conduz direitos à santidade. Aí temos um sinal evidente de que perdemos o ponto de vista sobrenatural, a convicção de que somos meninos pequenos, a persuasão de que o nosso Pai fará em nós maravilhas, se recomeçarmos com humildade.

(cont)






Temas para meditar - 132


Visita ao SSS

Não te digo: compõe a Minha vida e tira-Me da miséria, entrega-Me os teus bens ainda quando Me veja pobre por teu amor. Só te imploro pão e vestuário, e um pouco de alívio para a Minha fome. Estou preso. Não te rogo que Me livres. Só quero que, para teu próprio bem, Me faças uma visita. Isso Me bastará e por isso te darei o Céu. Eu livrei-te a ti de uma prisão mil vezes mais dura. Mas contento-Me em que venhas ver-Me de vez em quando.
Não te esqueças, meu amigo, que necessitas de armas para vencer nesta batalha espiritual (luta contra a tentação). E que as tuas armas hão-de ser estas: oração contínua; sinceridade e franqueza com o teu director espiritual; a Santíssima Eucaristia e o Sacramento da Penitência; um generoso espírito cristão de mortificação que te levará a fugir das ocasiões e evitar o ócio; a humildade do coração, e uma terna e filial devoção à Virgem: Consolatrix afflictorum et Refugium paccatorum. Volta sempre a Ela confiadamente e diz-Lhe: Mater mea, fiducia mea.


(salvatore canals, Ascética Meditada, 14ª ed., Madrid 1980, pg. 128, trad ama)

Tratado do verbo encarnado 67

Questão 8: Da graça de Cristo, enquanto Ele é a cabeça da Igreja

Art. 8 — Se o Anti-Cristo é a cabeça dos maus.

O oitavo discute-se assim. — Parece que o Anti-Cristo não é a cabeça dos maus.

1. — Pois, um mesmo corpo não pode ter cabeças diversas. Ora, o diabo é a cabeça da multidão dos maus. Logo, - o Anti-Cristo não é a sua cabeça.

2. Demais — O Anti-Cristo é membro do diabo. Ora, a cabeça distingue-se dos membros. Logo, o Anti-Cristo não é a cabeça dos maus.

3. Demais. — A cabeça influi nos membros Ora, o Anti-Cristo não teve nenhuma influência sobre os maus homens que o precederam. Logo, o Anti-Cristo não é a cabeça dos maus.

Mas, em contrário, a Escritura — Perguntai a qualquer dos viandantes — diz a Glosa: Estando referindo-se ao corpo de todos os maus, de súbito converte as suas palavras ao Anti-Cristo, chefe de todos os maus.

Como dissemos, três coisas se encontram na cabeça natural - a ordem, a perfeição e a virtude de influir. Ora, quanto à ordem do tempo, não é o Anti-Cristo considerado chefe dos maus, como se o pecado dele tivesse tido a precedência, como teve o do diabo. Nem semelhantemente se chama cabeça dos maus por causa do poder de influir. Pois, embora, no seu tempo, haja de converter alguns ao mal, induzindo-os exteriormente, contudo os que existiram antes dele não foram por ele levados ao mal, nem lhe imitavam a malícia. E assim, neste sentido, não poderia ser chamado cabeça de todos os maus, senão só de alguns. Donde se conclui que é chamado cabeça de todos os maus por causa da perfeição da malícia. Donde, o Apóstolo — ostentando-se como se fosse Deus — diz a Glosa: Assim como em Cristo habitou toda a plenitude da divindade, assim no Anti-Cristo, a plenitude de toda malicia. Não certamente, que a sua humanidade seja assumida pelo diabo na unidade da pessoa, como a humanidade de Cristo pelo Filho de Deus, mas porque o diabo lhe influirá de maneira mais eminente a sua malícia, por sugestão, que aos outros todos. E, assim sendo, todos os outros maus que o precederam, são uma como figuras do Anti-Cristo, segundo o Apóstolo: O mistério da iniquidade já se obra presentemente.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — O diabo e o Anti-Cristo não são duas cabeças, mas uma só, porque o Anti-Cristo é chamado cabeça por ter plenissimamente impressa em si a malícia do diabo. Donde, o Apóstolo — ostentando-se como se fosse Deus — diz a Glosa: Ele será a cabeça de todos os males, isto é, o diabo, que é o rei de todos, o filho da soberba. Mas não se diz que está nele por uma união pessoal, nem por habitação intrínseca, pois, só a Trindade penetra na alma, senão, pelo efeito da malícia.

RESPOSTA À SEGUNDA. — Assim como a cabeça de Cristo é Deus e contudo ele é a cabeça da Igreja, segundo dissemos, assim o Anti-Cristo é membro do diabo e contudo é o chefe dos maus.

RESPOSTA À TERCEIRA. — Não se diz que o Anti-Cristo é a cabeça de todos os maus por semelhança de influência, mas por semelhança de perfeição. Pois, nele o diabo levará a sua malícia a cabo, por assim dizer, no sentido em que dizemos de alguém que leva a cabo o seu propósito, quando o realizou.

Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.


Bento VXI – Pensamentos espirituais 30


«Quem semeia com lágrimas colherá com júbilo.» ((SI 125 (126), 5))

Sob o peso do trabalho, o rosto cobre-se por vezes de lágrimas: é uma sementeira árdua, quiçá por vezes votada à inutilidade e ao insucesso. Mas, quando se obtém uma colheita abundante e jubilosa, descobre-se que essa foi uma dor fecunda. Neste versículo do salmo está condensada a grande lição sobre o mistério da fecundidade e do sofrimento que a vida pode conter.

Catequese da audiência geral (17.Ago.05)

(in “Bento XVI, Pensamentos Espirituais”, Lucerna 2006)


Pequena agenda do cristão


SeGUNDa-Feira

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)





Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça ‘boa cara’, que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?