21/03/2015

2015.03.21








O que pode ver hoje em NUNC COEPI




Orar é falar com Deus. Mas de quê? - São Josemaria – Textos

Evangelho, com. Leit. esp. (Evangelli Gaudium) - AMA - Comentários ao Evangelho Jo 7 40-53, Leit. Espiritual - Exort. Apost. Evangelii gaudium (Papa Francisco)

Temas para meditar 399 - Paixão de Cristo, São Pedro de Alcântara, São Pedro de Alcântara - (Tratado de la oración y meditación)

Tratado do verbo encarnado 140 - Suma Teológica - Tratado do Verbo Encarnado - Quest 23 - Art 2, São Tomás de Aquino


Pequena agenda do cristão - Agenda Sábado

Orar é falar com Deus. Mas de quê?

Escreveste-me: "Orar é falar com Deus. Mas de quê?". De quê?! D'Ele e de ti; alegrias, tristezas, êxitos e fracassos, ambições nobres, preocupações diárias..., fraquezas; e acções de graças e pedidos; e Amor e desagravo. Em duas palavras: conhecê-Lo e conhecer-te – ganhar intimidade! (Caminho, 91)

Uma oração ao Deus da minha vida. Se Deus é vida para nós, não deve causar-nos estranheza que a nossa existência de cristãos tenha de estar embebida de oração. Mas não penseis que a oração é um acto que se realiza e se abandona logo a seguir. O justo encontra na lei de Iavé a sua complacência e procura acomodar-se a essa lei durante o dia e durante a noite. Pela manhã penso em ti; e, durante a tarde, dirige-se a ti a minha oração como o incenso. Todo o dia pode ser tempo de oração: da noite à manhã e da manhã à noite. Mais ainda: como nos recorda a Escritura Santa, também o sono deve ser oração.

(...) A vida de oração tem de fundamentar-se, além disso, em pequenos espaços de tempo, dedicados exclusivamente a estar com Deus. São momentos de colóquio sem ruído de palavras, junto ao Sacrário sempre que possível, para agradecer ao Senhor essa espera – tão só! – desde há vinte séculos. A oração mental é diálogo com Deus, de coração a coração, em que intervém a alma toda: a inteligência e a imaginação, a memória e a vontade. Uma meditação que contribui a dar valor sobrenatural à nossa pobre vida humana, à nossa vida corrente e diária.

Graças a esses tempos de meditação, às orações vocais, às jaculatórias, saberemos converter a nossa jornada, com naturalidade e sem espectáculo, num contínuo louvor a Deus. Manter-nos-emos na sua presença, como os que estão enamorados dirigem continuamente o seu pensamento à pessoa que amam, e todas as nossas acções – inclusivamente as mais pequenas – encher-se-ão de eficácia espiritual.


Por isso, quando um cristão se lança por este caminho de intimidade ininterrupta com o Senhor – e é um caminho para todos, não uma senda para privilegiados – a vida interior cresce, segura e firme; e o homem empenha-se nessa luta, amável e exigente ao mesmo tempo, por realizar até ao fim a vontade de Deus. (Cristo que passa, 119)

Evangelho, com. Leit. esp. (Evangelli Gaudium)

Tempo de Quaresma IV Semana

Evangelho: Jo 7 40-53

40 Entretanto, alguns daquela multidão, tendo ouvido estas palavras, diziam: «Este é verdadeiramente o profeta». 41 Outros diziam: «Este é o Messias». Alguns, porém, diziam: «Porventura é da Galileia que há-de vir o Messias? 42 Não diz a Escritura: “Que o Messias há-de vir da descendência de David e da aldeia de Belém, donde era David”?». 43 Houve, portanto, desacordo entre o povo acerca d'Ele. 44 Alguns deles queriam prendê-l'O, mas nenhum pôs as mãos sobre Ele. 45 Voltaram, pois, os guardas para os príncipes dos sacerdotes e fariseus, que lhes perguntaram: «Porque não O trouxestes preso?». 46 Os guardas responderam: «Nunca homem algum falou como Este homem». 47 Os fariseus replicaram: «Porventura, também vós fostes seduzidos? 48 Houve, porventura, algum dentre os chefes do povo ou dos fariseus que acreditasse n'Ele? 49 Quanto a esta plebe, que não conhece a Lei, é maldita». 50 Nicodemos, que era um deles, o que tinha ido de noite ter com Jesus, disse-lhes: 51 «A nossa Lei condena, porventura, algum homem antes de o ouvir e antes de se informar sobre o que ele fez?». 52 Responderam: «És tu também galileu? Examina as Escrituras, e verás que da Galileia não sai nenhum profeta». 53 E foi cada um para sua casa.


Comentário:

«Nunca homem algum falou como Este homem» esta foi a resposta dos enviados para prender Jesus Cristo.

A Palavra que é o próprio Jesus Cristo não permite a sua prisão seja de que forma for. A sua força e a influência que exerce nos que a ouvem são tais que não deixará de se ouvir pelos tempos fora.

Muitos tentaram por todos os meios – e continuam tentando – sufocá-la e fazê-la esquecer. Usando todos os métodos por vezes de extrema violência têm sido e hão-de ser sempre derrotados.

A Palavra é eterna!

(ama, comentário sobre Jo 7, 40-56, 2014.04.05)

Leitura espiritual

EXORTAÇÃO APOSTÓLICA EVANGELII GAUDIUM
DO SANTO PADRE FRANCISCO AO EPISCOPADO, AO CLERO ÀS PESSOAS CONSAGRADAS E AOS FIÉIS LEIGOS SOBRE O ANÚNCIO DO EVANGELHO NO MUNDO ACTUAL

O tempo é superior ao espaço

222. Existe uma tensão bipolar entre a plenitude e o limite.
A plenitude gera a vontade de possuir tudo, e o limite é o muro que nos aparece pela frente.
O “tempo”, considerado em sentido amplo, faz referimento à plenitude como expressão do horizonte que se abre diante de nós, e o momento é expressão do limite que se vive num espaço circunscrito.
 Os cidadãos vivem em tensão entre a conjuntura do momento e a luz do tempo, do horizonte maior, da utopia que nos abre ao futuro como causa final que atrai. Daqui surge um primeiro princípio para progredir na construção de um povo: o tempo é superior ao espaço.

223. Este princípio permite trabalhar a longo prazo, sem a obsessão pelos resultados imediatos.
Ajuda a suportar, com paciência, situações difíceis e hostis ou as mudanças de planos que o dinamismo da realidade impõe.
É um convite a assumir a tensão entre plenitude e limite, dando prioridade ao tempo.
Um dos pecados que, às vezes, se nota na actividade sociopolítica é privilegiar os espaços de poder em vez dos tempos dos processos.
Dar prioridade ao espaço leva-nos a proceder como loucos para resolver tudo no momento presente, para tentar tomar posse de todos os espaços de poder e autoafirmação.
É cristalizar os processos e pretender pará-los.
Dar prioridade ao tempo é ocupar-se mais com iniciar processos do que possuir espaços.
O tempo ordena os espaços, ilumina-os e transforma-os em elos duma cadeia em constante crescimento, sem marcha atrás.
Trata-se de privilegiar as acções que geram novos dinamismos na sociedade e comprometem outras pessoas e grupos que os desenvolverão até frutificar em acontecimentos históricos importantes.
Sem ansiedade, mas com convicções claras e tenazes.

224. Às vezes interrogo-me sobre quais são as pessoas que, no mundo actual, se preocupam realmente mais com gerar processos que construam um povo do que com obter resultados imediatos que produzam ganhos políticos fáceis, rápidos e efémeros, mas que não constroem a plenitude humana.
A história julgá-los-á talvez com aquele critério enunciado por Romano Guardini: «O único padrão para avaliar justamente uma época é perguntar-se até que ponto, nela, se desenvolve e alcança uma autêntica razão de ser a plenitude da existência humana, de acordo com o carácter peculiar e as possibilidades da dita época».[i]

225. Este critério é muito apropriado também para a evangelização, que exige ter presente o horizonte, adoptar os processos possíveis e a estrada longa.

O próprio Senhor, na sua vida mortal, deu a entender várias vezes aos seus discípulos que havia coisas que ainda não podiam compreender e era necessário esperar o Espírito Santo[ii].

A parábola do trigo e do joio[iii] descreve um aspecto importante de evangelização que consiste em mostrar como o inimigo pode ocupar o espaço do Reino e causar dano com o joio, mas é vencido pela bondade do trigo que se manifesta com o tempo.

A unidade prevalece sobre o conflito

226. O conflito não pode ser ignorado ou dissimulado; deve ser aceite.
Mas, se ficamos encurralados nele, perdemos a perspectiva, os horizontes reduzem-se e a própria realidade fica fragmentada.
Quando paramos na conjuntura conflitual, perdemos o sentido da unidade profunda da realidade.

227. Perante o conflito, alguns limitam-se a olhá-lo e passam adiante como se nada fosse, lavam-se as mãos para poder continuar com a sua vida.
Outros entram de tal maneira no conflito que ficam prisioneiros, perdem o horizonte, projectam nas instituições as suas próprias confusões e insatisfações e, assim, a unidade torna-se impossível.

Mas há uma terceira forma, a mais adequada, de enfrentar o conflito: é aceitar suportar o conflito, resolvê-lo e transformá-lo no elo de ligação de um novo processo. «Felizes os pacificadores»![iv]

228. Deste modo, torna-se possível desenvolver uma comunhão nas diferenças, que pode ser facilitada só por pessoas magnânimas que têm a coragem de ultrapassar a superfície conflitual e consideram os outros na sua dignidade mais profunda.
Por isso, é necessário postular um princípio que é indispensável para construir a amizade social: a unidade é superior ao conflito.

A solidariedade, entendida no seu sentido mais profundo e desafiador, torna-se assim um estilo de construção da história, um âmbito vital onde os conflitos, as tensões e os opostos podem alcançar uma unidade multifacetada que gera nova vida.
Não é apostar no sincretismo ou na absorção de um no outro, mas na resolução num plano superior que conserva em si as preciosas potencialidades das polaridades em contraste.

229. Este critério evangélico recorda-nos que Cristo unificou tudo em Si: céu e terra, Deus e homem, tempo e eternidade, carne e espírito, pessoa e sociedade.
O sinal distintivo desta unidade e reconciliação de tudo n’Ele é a paz. Cristo «é a nossa paz»[v].

O anúncio do Evangelho começa sempre com a saudação de paz; e a paz coroa e cimenta em cada momento as relações entre os discípulos.
A paz é possível, porque o Senhor venceu o mundo e sua permanente conflitualidade, «pacificando pelo sangue da sua cruz»[vi].
Entretanto, se examinarmos a fundo estes textos bíblicos, descobriremos que o primeiro âmbito onde somos chamados a conquistar esta pacificação nas diferenças é a própria interioridade, a própria vida sempre ameaçada pela dispersão dialéctica.[vii]
Com corações despedaçados em milhares de fragmentos, será difícil construir uma verdadeira paz social.

230. O anúncio de paz não é a proclamação duma paz negociada, mas a convicção de que a unidade do Espírito harmoniza todas as diversidades.
Supera qualquer conflito numa nova e promissora síntese.

A diversidade é bela, quando aceita entrar constantemente num processo de reconciliação até selar uma espécie de pacto cultural que faça surgir uma “diversidade reconciliada”, como justamente ensinaram os Bispos da República Democrática do Congo: «A diversidade das nossas etnias é uma riqueza. (…) Só com a unidade, a conversão dos corações e a reconciliação é que poderemos fazer avançar o nosso país».[viii]

A realidade é mais importante do que a ideia

231. Existe também uma tensão bipolar entre a ideia e a realidade: a realidade simplesmente é, a ideia elabora-se.
Entre as duas, deve estabelecer-se um diálogo constante, evitando que a ideia acabe por separar-se da realidade.
É perigoso viver no reino só da palavra, da imagem, do sofisma.
Por isso, há que postular um terceiro princípio: a realidade é superior à ideia.
Isto supõe evitar várias formas de ocultar a realidade: os purismos angélicos, os totalitarismos do relativo, os nominalismos declaracionistas, os projectos mais formais que reais, os fundamentalismos anti-históricos, os ecticismos sem bondade, os intelectualismos sem sabedoria.

232. A ideia – as elaborações conceptuais – está ao serviço da captação, compreensão e condução da realidade.

A ideia desligada da realidade dá origem a idealismos e nominalismos ineficazes que, no máximo, classificam ou definem, mas não empenham.
O que empenha é a realidade iluminada pelo raciocínio.
É preciso passar do nominalismo formal à objectividade harmoniosa. Caso contrário, manipula-se a verdade, do mesmo modo que se substitui a ginástica pela cosmética.[ix]

Há políticos – e também líderes religiosos – que se interrogam por que motivo o povo não os compreende nem segue, se as suas propostas são tão lógicas e claras.
Possivelmente é porque se instalaram no reino das puras ideias e reduziram a política ou a fé à retórica; outros esqueceram a simplicidade e importaram de fora uma racionalidade alheia à gente.

233. A realidade é superior à ideia.
Este critério está ligado à encarnação da Palavra e ao seu cumprimento: «Reconheceis que o espírito é de Deus por isto: todo o espírito que confessa Jesus Cristo que veio em carne mortal é de Deus».[x]
O critério da realidade, duma Palavra já encarnada e sempre procurando encarnar-se, é essencial à evangelização.
Por um lado, leva-nos a valorizar a história da Igreja como história de salvação, a recordar os nossos Santos que inculturaram o Evangelho na vida dos nossos povos, a recolher a rica tradição bimilenária da Igreja, sem pretender elaborar um pensamento desligado deste tesouro como se quiséssemos inventar o Evangelho.
Por outro lado, este critério impele-nos a pôr em prática a Palavra, a realizar obras de justiça e caridade nas quais se torne fecunda esta Palavra.

Não pôr em prática, não levar à realidade a Palavra é construir sobre a areia, permanecer na pura ideia e degenerar em intimismos e gnosticismos que não dão fruto, que esterilizam o seu dinamismo.

(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)





[i] Das Ende der Neuzeit (Würzburg 19659), 30-31.
[ii] cf. Jo 16, 12-13
[iii] cf. Mt 13, 24-30
[iv] Mt 5, 9
[v] Ef 2, 14
[vi] Col 1, 20
[vii] Cf. Ismael Quiles, S.I., Filosofía de la educación personalista (Buenos Aires 1981), 46-53.
[viii] Conferência Episcopal [da República democrática] do Congo, Message sur la situation sécuritaire dans le pays (5 de Dezembro de 2012), 11.
[ix] Cf. Platão, Gorgias, 465.
[x] 1 Jo 4, 2

Temas para meditar 399

Paixão 


Quando eu abro os olhos e vejo este retábulo tão doloroso que aqui se me põe diante, o coração parte-se-me de dor. (...). Põe-te tu mesmo no lugar do que padece, e olha o que sentirias se numa parte tão sensível como é a cabeça te fincassem muitos e muito grandes espinhos que penetrassem até aos ossos: e digo espinhos?, um única picada de um alfinete que fosse não a poderias suportar.


(s. pedro de alcântaraTratado da Oração e Meditação, Cap. IV)

Tratado do verbo encarnado 140

Questão 23: Se a adopção convém a Cristo

Art. 2 — Se adoptar convém a toda a Trindade.

O segundo discute-se assim. — Parece que adoptar não convém a toda a Trindade.

1. — Pois, a adopção divina é assim chamada por semelhança com as coisas humanas Ora, na ordem humana, só podem adoptar os que podem gerar filhos; o que, em Deus, só cabe ao Pai. Logo, na ordem divina só o Pai pode adoptar.

2. Demais. — Os homens, pela adopção, tornam-se irmãos de Cristo, segundo o Apóstolo: Para que ele seja o primogénito de muitos irmãos. Ora, os filhos do mesmo pai chamam-se irmãos, donde o dizer o Senhor: Vou para meu Pai e vosso Pai. Logo, só o Pai de Cristo tem filhos adoptivos.

3. Demais. — O Apóstolo diz: Enviou Deus a seu Filho, para que recebêssemos a adopção de filhos. E porque vós sois filhos, mandou Deus aos vossos corações o Espírito de seu Filho que clama nos vossos corações Pai. Logo, é próprio adoptar àquele a que o é ter o Filho e o Espírito Santo. Ora, isto só é próprio à pessoa do Pai. Logo, adoptar só convém à pessoa do Pai.

Mas, em contrário. — É próprio adoptar-nos como filhos àquele a quem podemos denominar pai. Donde o dizer, o Apóstolo: Recebeste a adopção de filhos, no qual clamamos — Pai. Ora, quando dizemos a Deus — Pai nosso, referimo-nos a toda a Trindade, como a ele lhe pertencem os outros nomes que lhe aplicamos relativamente à criatura, como demonstramos na Primeira Parte. Logo, adoptar convém a toda a Trindade.

A diferença entre o Filho adoptivo e o Filho natural de Deus está em que o Filho natural de Deus é gerado e não, feito; ao passo que o filho adoptivo é feito, segundo o Evangelho: Deu-lhes ele o poder de se fazerem filhos de Deus. Mas às vezes dizemos que o filho adoptivo é gerado, por ter recebido uma nova geração espiritual. que é gratuita e não, natural; donde o dizer a Escritura: De pura vontade sua é que ele nos gerou. Embora, pois, gerar em Deus, seja próprio da pessoa do Pai, contudo produzir qualquer efeito nas criatura é comum a toda a Trindade por causa da unidade de natureza: porque onde há uma natureza é necessário haver uma virtude e uma operação. Donde o dizer o Senhor: Tudo o que fizer o Pai o faz também semelhantemente o Filho. Donde, adoptar os homens como filhos de Deus convém a toda a Trindade.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — Todas as pessoas humanas não são numericamente da mesma natureza, para que tenham todas a mesma operação e um mesmo efeito, como acontece com Deus. E por isso, aí não há fundamento para semelhança, em ambos os casos.

RESPOSTA À SEGUNDA. — Nós por adopção nos tornamos irmãos de Cristo, quase tendo o mesmo Pai que ele. O qual, contudo, de um modo, é Pai de Cristo e, de outro nosso Pai. Por isso assinaladamente diz o Evangelho, em separado – Meu Pai, e em separado, Vosso Pai. Pois, é Pai de Cristo, naturalmente, pela geração, o que lhe é próprio a ele; mas é nosso Pai, por agir voluntariamente, o que lhe é comum a ele, ao Filho e ao Espírito Santo. Por isso não é filho de toda a Trindade, como nós.

RESPOSTA À TERCEIRA. — Como dissemos, a filiação adoptiva é uma certa semelhança da filiação eterna; assim como tudo o que foi feito no tempo é de certo modo semelhança das coisas existentes abeterno. Ora, o homem é assimilado ao esplendor do eterno Filho pela claridade da graça, atribuída ao Espírito Santo. Donde, a adopção, embora comum a toda a Trindade, é contudo apropriada ao Pai como autor, ao Filho como exemplar, ao Espírito Santo como o que imprime em nós a semelhança desse exemplar.

Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.


Pequena agenda do cristão

SÁBADO
  

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

Lembrar-me:

Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?