15/04/2015

2015.04.15








O que pode ver hoje em NUNC COEPI




Tens de conviver, tens de compreender - São Josemaria – Textos

Evangelho, comentário, L. Espiritual (A beleza de ser cristão) - A beleza de ser cristão (Ernesto Juliá), AMA - Comentários ao Evangelho Jo 3 16-21, Ernesto Juliá Diaz

Diálogos com o meu EU (9) - JMA (diálogos com o meu eu)

Temas para meditar - 418 - D. Javier Echevarría, Família, Hom (Javier Echevarría)


Pequena agenda do cristão - Agenda Quarta-Feira

Evangelho, comentário, L. Espiritual (A beleza de ser cristão)


Semana II da Páscoa

Evangelho: Jo 3 16-21

16 «Porque Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu Seu Filho Unigénito, para que todo aquele que crê n'Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. 17 Porque Deus não enviou Seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. 18 Quem n'Ele acredita, não é condenado, mas quem não acredita, já está condenado, porque não acredita no nome do Filho Unigénito de Deus. 19 A condenação é por isto: A luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. 20 Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de que não sejam reprovadas as suas obras; 21 mas aquele que procede segundo a verdade, chega-se para a luz, a fim de que seja manifesto que as suas obras são feitas segundo Deus».

Comentário:

Está bem clara a razão da condenação eterna.

Não é Deus que condena mas sim o próprio homem que se auto-exclui da salvação e, Deus que é absolutamente justo não violenta a liberdade do homem e aceita as suas decisões mesmo que sejam impeditivas da sua felicidade eterna.

(ama, comentário sobre Jo 3, 16-21, 2014.04.30)

Leitura espiritual

a beleza de ser cristão

PRIMEIRA PARTE

O QUE É SER CRISTÃO?

I.            Relações que Deus estabelece com o homem.

O Catecismo da Igreja Católica apresenta assim todo o plano de Deus com o homem, plano que leva consigo as relações que vamos estudar ao longo das páginas deste livro.

«Deus, infinitamente Perfeito e Bem-aventurado em si mesmo, num desígnio de pura bondade criou livremente o homem para que tenha parte na sua vida bem-aventurada.
Por isso, em todo o tempo e em todo o lugar, está perto do homem. Chama-o e ajuda-o a procurá-lo, a conhecê-lo e a amá-lo com todas as suas forças. Convoca todos os homens, que o pecado dispersou, à unidade da sua família, a Igreja Fá-lo mediante o seu Filho, que enviou como Redentor e Salvador ao chegar a plenitude dos tempos. Nele e por Ele, chama os homens a ser, no Espírito Santo, seus filhos de adopção e, portanto, os herdeiros da sua vida bem-aventurada» [i]

Todos os planos de Deus com os homens têm origem e manifestam-se no Amor de Deus.

«Nisto se manifestou o amor que Deus nos tem; em que Deus enviou ao mundo o seu único Filho para que vivamos por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados»[ii].

«Ele amou-nos primeiro». Esta afirmação de São João indica-nos a ordem das relações entre Deus e os homens. Deus toma sempre a iniciativa.

São Paulo, consciente de que Deus ama o homem total, adianta-se à afirmação do Concilio Vaticano II acerca do homem, «única criatura na terra que Deus amou por si mesma»[iii].
Com efeito, São Paulo entende que esse amor de Deus afecta o homem em todos os planos da sua existência: vida natural, vida humana, vida espiritual-sobrenatural, e assim o confirma aos atenienses, ao recordar-lhes que Deus «não se encontra longe de cada um de nós, pois nele vivemos, nos movemos e existimos»[iv].

Antes de continuar, é preciso que nos convençamos do seguinte. Só podemos vislumbrar alguma verdade, alguma ideia sobre Deus partindo da iniciativa do próprio Deus, que se nos manifesta em toda a criação. «Porque desde a criação do mundo, o invisível de Deus, o seu poder eterno e a sua divindade são conhecidos mediante as suas obras».[v]

Desde a criação do homem, a partir do hoje e agora da sua existência, é possível chegar a Deus, se Deus já não está de algum modo no próprio «ser» do homem e na sua própria existência.

Por outras palavras, Deus não é «inventável». O homem é capaz de «descobrir» Deus; é absolutamente incapaz de «o inventar», de «o criar».

Von Baltasar exprime esta realidade com estas palavras: «Desde que o homem vive na terra, existe o espírito, e com ele, o saber e a «ciência» e, portanto, a cultura e a técnica: o primeiro machado de pedra, o primeiro fogo e o primeiro sepulcro testemunham-no. Por mais atrás que possa voltar a tradição humana (e, quanto mais atrás, com maior pureza), o homem foi sempre um ser religioso, consciente de estear sob o poder divino, que tem de reconhecer e honrar, e de quem há-de esperar a salvação» [vi].

O facto de que o homem possa pensar em Deus é uma manifestação que Deus está presente na sua capacidade de conhecer, que está nele. Descobre, se assim podemos dizer, que já houve alguma relação de Deus com o homem.
O homem não pode pensar em nenhum «mais além» dele, se antes esse «mais além» não se tornou de alguma forma presente na sua inteligência.
E Deus, não como conceito ou como pressuposto para resolver a incapacidade humana. Sem Deus, o homem nem sequer descobriria em si próprio alguma incapacidade, pela simples razão de que a sua inteligência – no caso de realmente a ter – nunca lhe abriria horizontes mais para além do seu olhar.
Sem Deus, o homem jamais conheceria a angústia nem os seus horizontes se abririam até ao infinito e, muito menos, viveria o gozo, o amor.
Não é estranho tenham afirmado que o simples facto de o homem ser capaz de amar, de dar-se a si próprio, é um claro sinal da existência de Deus.

 Perguntamo-nos agora: Quais são essas relações que Deus quis estabelecer com o homem?

Dando por adquirido o conhecimento dos planos de Deus ao criar o mundo, que estão manifestados na Revelação e na Sagrada Escritura, podemos estabelecer de forma sistemática, e com a esperança que nos sirvam de guia, de referência e até o fio condutor ao longo do desenrolar de toda a exposição, as três realidades básicas que relacionam pessoalmente o homem com Deus, Uno e Trino; e a Deus com o homem; que nos foram reveladas em toda a sua plenitude e em toda a sua realidade, por Jesus Cristo Nosso Senhor.

Estas três relações, a que também poderíamos chamar as «obras de Deus no homem», são:

Relação com Deus Pai: a Criação. Relação com Deus Filho: a Redenção. Relação com Deus Espírito Santo, a Santificação. Ou seja, Deus trino relaciona-se e vincula-se com o homem, como Criador, como Redentor, como Santificador, na unidade de Deus Uno.

Um brevíssimo esquema do que supõe e comporta cada um destes vínculos poderia ser o seguinte, sem esquecer que a criação é obra comum das Santíssima Trindade.

Criação

- Relação de Deus Pai com o homem e, ao mesmo tempo, do homem com Deus Pai.
- Deus criou o mundo por amor.
-E criou o homem, à sua imagem e semelhança, para que o conheça, o ame, o sirva nesta vida e o goze depois eternamente no céu.
-Na criação, Deus fez o homem livre, elevou-o à ordem sobrenatural e deu-lhe a capacidade de ser seu filho.
- A reacção do primeiro homem: o pecado.

Redenção

- Relação de Deus Filho feito homem com o homem; do homem com Deus Filho feito homem.
- Cristo encarna, por amor ao homem, para libertar o homem do pecado; para o tornar partícipe da natureza divina; para lhe manifestar o amor de Deus Pai e para lhe servir de exemplo de vida. « Deus faz-se homem, para que o homem se faça Deus».
- A Graça. Viver em Cristo, por Cristo, com Cristo. Os Sacramentos. Filhos de Deus em Cristo: a filiação divina.

Santificação

- Relação de Deus Espírito Santo com o homem e do homem com Deus Espirito Santo. Deus vive no homem; o homem vive «em». Deus quer viver «com o homem», para que o homem viva «com Deus.
- O Espírito Santo torna possível que o homem possa viver «participando da natureza divina». O Espirito Santo é Deus «com» o homem.
- É a vida da graça – a «nova criatura» em Cristo -, que se manifesta no homem na Fé, na Esperança, na Caridade, configuradas pela acção dos Dons do Espirito Santo.
- Esta vida da graça transita por uns caminhos: os Mandamentos da Lei de Deus, vividos com a novidade de Cristo: o espírito das Bem-aventuranças.
- A vida da graça, vivida na Fé, na Esperança na Caridade, e seguindo os Mandamentos com o espírito das Bem-aventuranças, germina na conversão definitiva do homem – criatura, filho de Deus, santo – que fica expressa na presença dos frutos dons Espirito Santo no actuar humano.

(cont)

ernesto juliá, La belleza de ser cristiano, trad. ama)






[i] Catecismo n. 1.
[ii] 1 Jo 4, 10
[iii] Gaudium et spes, n. 24
[iv] Act 17, 28
[v] Rm 1, 20
[vi] hans urs von balathasar, El problema de Dio en el hombre actual, Guadarrama, Madrid 1960, I, I. p. 63.

Tens de conviver, tens de compreender

Tens de conviver, tens de compreender, tens de ser irmão dos homens teus irmãos, tens de pôr amor – como diz o místico castelhano – onde não há amor, para colher amor. (Forja, 457)

Jesus Cristo, que veio salvar todos os povos e deseja associar os cristãos à sua obra redentora, quis ensinar aos seus discípulos – a ti e a mim – uma caridade grande, sincera, mais nobre e valiosa: devemos amar-nos mutuamente como Cristo nos ama a cada um de nós. Só desta maneira, isto é, imitando o exemplo divino – dentro da nossa rudeza pessoal – conseguiremos abrir o nosso coração a todos os homens, amar de um modo mais elevado, inteiramente novo.
Que bem puseram os primeiros cristãos em prática esta caridade ardente, caridade que sobressaía e transbordava dos limites da simples solidariedade humana ou da benignidade de carácter. Amavam-se uns aos outros de modo afectuoso e forte, através do Coração de Cristo. Um escritor do século II, Tertuliano, transmitiu-nos o comentário dos pagãos, comovidos ao presenciarem o comportamento dos fiéis de então, tão cheio de atractivo sobrenatural e humano: Vede como se amam, repetiam.
Se notas que não mereces esse louvor agora ou em tantas ocasiões do dia-a-dia; que o teu coração não reage como devia às exigências divinas, pensa também que chegou o momento de rectificares.

O principal apostolado que nós, os cristãos, temos de realizar no mundo, o melhor testemunho de fé é contribuir para que dentro da Igreja se respire o clima de autêntica caridade. Quando não nos amamos verdadeiramente, quando há ataques, calúnias e inimizades, quem se sentirá atraído pelos que afirmam que pregam a Boa Nova do Evangelho? (Amigos de Deus, nn. 225–226)

Temas para meditar - 418


Família


Participais do poder criador de Deus e, por isso, o amor humano é santo, nobre e bom: uma alegria do coração, à qual o Senhor, na Sua providência amorosa, quer que outros livremente renunciemos.
Por isso vos convido, com João Paulo II, a não fechar as portas da vossa vida e do vosso lar. Abri-as de par em par! Deixai que entre nas vossas almas e nas vossas casas a Luz que dissipa todas as trevas. Secundai a “a luz da fé e do amor”, que nos habilita para dar testemunho cabal da verdade sobre o matrimónio e a família: sobre a unidade e indissolubilidade; sobre o autêntico amor dos esposos, aberto sempre à vida – não tenhais medo à chegada de outros filhos; sobre a mútua fidelidade nas tristezas e nas alegrias; sobre a generosidade e a delicadeza no trato; sobre o esquecimento de si, sobre a dedicação aos filhos e ao serviço da sociedade... Acolhei em vós a Luz divina, para que esse cúmulo de realidades – quase sempre vulgares e aparentemente sem esplendor – que configuram a vida matrimonial e familiar, brilhem no vosso lar com todo o seu relevo humano e sobrenatural e o convertam numa verdadeira “igreja doméstica”: em caminho de santidade e apostolado. [i]



[i] (javier echevarríaHomilia na XV Jornada Mariana da Família, Torre Ciudad, 2005.09.04)

Pequena agenda do cristão

Quarta-Feira

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:

Simplicidade e modéstia.


Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?

DIÁLOGOS COM O MEU EU (9)


Vais dormir?
Vou.

Então dorme com Deus
Sempre! Eu durmo e Ele vela por mim!



(joaquim mexia alves, 24 Abril 2013)