13/05/2015

O que pode ver em NUNC COEPI em 13 de Maio

São Josemaria – Textos

AMA - Meditações de Maio – 2015

A beleza de ser cristão (Ernesto Juliá), AMA - Comentários ao Evangelho Mt 12 46-50, Ernesto Juliá

JMA (diálogos com o meu eu)


Agenda Quarta-Feira

Cuidar das pequenas coisas

Cuidar das pequenas coisas constitui uma mortificação constante, caminho para tornar a vida mais agradável aos outros. (Sulco, 991)

Pensando naqueles que, à medida que o tempo passa, ainda se dedicam a sonhar –em sonhos vãos e pueris, como Tartarin de Tarascon com caçar leões nos corredores de casa, onde se calhar só há ratos e pouco mais, pensando neles, insisto, lembro a grandeza de actuar com espírito divino no cumprimento fiel das obrigações habituais de cada dia, com essas lutas que enchem Nosso Senhor de alegria e que só Ele e cada um de nós conhece.

Convençam-se de que normalmente não vão encontrar ocasiões para grandes façanhas, entre outros motivos porque não é habitual que surjam essas oportunidades. Pelo contrário, não faltam ocasiões de demonstrar o amor a Jesus Cristo, através do que é pequeno, do normal. (...)


Portanto, tu e eu vamos aproveitar até as oportunidades mais banais que se apresentarem à nossa volta, para santificá-las, para nos santificarmos e para santificar os que compartilham connosco os mesmos afãs quotidianos, sentindo nas nossas vidas o peso doce e sugestivo da co-redenção. (Amigos de Deus, nn. 8–9)

Evangelho, comentário .L Espiritual (A beleza de ser cristão)



Semana VI da Páscoa


Nossa Senhora de Fátima




Evangelho: Mt 12 46-50

46 Estando Ele ainda a falar ao povo, eis que Sua mãe e Seus irmãos se achavam fora, desejando falar-Lhe. 47 Alguém disse-Lhe: «Tua mãe e Teus irmãos estão ali fora e desejam falar-Te». 48 Ele, porém, respondeu ao que falava: «Quem é a Minha mãe e quem são os Meus irmãos?» 49 E, estendendo a mão para os Seus discípulos, disse: «Eis Minha mãe e Meus irmãos. 50 Porque todo aquele que fizer a vontade de Meu Pai que está nos céus, esse é Meu irmão e Minha irmã e Minha mãe».

Comentário:

A alguns pode parecer que há frieza ou distanciamento de Jesus nas relações com a Sua Mãe.
Nada mais errado!

Vejamos de outro ângulo: Jesus compara-nos, considera-nos como Sua família muito próxima, na realidade como a Sua própria Mãe, os Seus irmãos.
É na verdade o nosso estatuto quando, como eles, fazemos a vontade de Deus.

(ama, comentário sobre MT 12. 46-50 2014.05.13


Leitura espiritual


a beleza de ser cristão

PRIMEIRA PARTE


XIII os mandamentos da lei de deus

…/3

os mandamentos do amor á vida humana


Os mandamentos quarto, quinto e sexto recordam ao homem o plano divino respeitante ao mistério da vida e confiam-lhe a tarefa de o custodiar e lavá-lo a cabo no amor de Deus e movidos pelo amor de Deus.

«No princípio…, Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, varão e fêmea os criou. E Deus abençou-os e disse-lhes: Crescei e multiplicai-vos e enchei a terra e submtei-a, dominai os peixes do mar, as aves do céu e todo o animal que serpenteia sobre a terra»[i]

O mandamento sobre o amor que vincula os esposos entre si, aos pais com os filhos e os filhos com os seus pais e seus irmãos e depois, como que por extensão do vínculo familiar, a cada ser humano com os outros, está na origem da criação e também na origem do viver a redenção.

E está num sentido duplo.
Deus criou o mundo e o homem por amor e o seu desejo consiste em que também por amor o universo se desenvolva e cresça.
Um amor que torna possível que o homem percorra o seu amor na terra com o olhar no céu.

Para que isto tenha lugar se mantenha sempre vivo no mundo é preciso que o amor com que Deus criou o universo.
E a família originada no amor de um homem e de uma mulher recebe o encargo de ser o lar desse Deus escondido na criação, esse amor que «move o Sol e as outras estrelas».

Deus criou por amor e anseia que o ser humano – na união de varão e mulher – coopere com Ele para que o amor continue movendo o mundo.
No amor vivido entre a esposa e o esposo sustém-se o mandamento do «Crescei e multiplicai-vos» e assim os que são engendrados pelo amor dos seus pais «filhos do homem» serão por amor de Deus um dia constituídos em «filhos de Deus» e os que ao nascer viram com os seus olhos os seus pais na terra terão a capacidade de um dia ver no céu o seu Pai Deus.

É na família que o homem aprende a amar e prepara o seu espírito para entender que o amor é serviço, entrega, sacrifício, doação, generosidade, alegria de partilhar…
Só assim a criação continuará a ser movida pelo amor de Deus vivido do amor do homem na família.
Pa isto tende este Mandamento que torna possível que também as famílias sem filhos engendrem amor em serviço de toda a criação.

O facto de que o Senhor tenha querido nascer na terra no seio da família de Nazareth que tenha querido começar o seu ministério público com as bodas de Caná onde «Jesus deu começo aos seus sinais» e manifestou a sua glória e os seus discípulos acreditaram nele»[ii] sublinha a missão de renovar e e de originar o amor que Deus confiou à família e também no tornar possível a Redenção, ao longo do sáculos.

O quinto Mandamento apresenta a vida do homem na sua verdadeira dimensão ante Deus,

Desde o começo, ao pedir contas a Caim da morte do seu irmão Abel, o Senhor condena qualquer atentado contra a vida de cada ser humano.
E contra a vida vista na sua totalidade desde a concepção e incluídos todos os pormenores que tornam a vida humana inimitável, irrepetível, única.

Não têm lugar manipulações nem mutilações nem mudanças que modifiquem a própria unicidade e personalidade de cada ser humano, salveo, entenda-se, os que facilitam as melhoras, a cura, de detalhes que, na sua modificação, permitam à pessoa levar adiante com mais plenitude o desenvolvimento das riquezas de toda a ordem, corporais e espirituais, recebidas de Deus.

«Algumas tentativas de intervenção no património cromossómico e genético não são terapêuticos mas perseguem a produção de seres humanos seleccionados quanto ao sexo ou outras qualidades pre-fixadas.
Estas manipulações são contrárias à dignidade pessoal do ser humano, à sua integridade e à sua identidade»[iii]

A vida é o mistério original que relaciona Deus com o homem.
O homem não recebe a vida, não é um recipiente no qual Deus verte a vida
O homem é constituído em «ser vivente».
«Então, Yahvé Deus formou o homem com o pó da terra e insuflou-lhe alento e vida. E o homem troneou-se um ser vivente»[iv].

A riqueza deste mistério fica sempre guardada entre Deus e o homem.

«A vida humana é sagrada porque desde o seu início é fruto da acção criadora de Deus e permanece sempre numa relação especial com Criador, seu único fim.
Só Deus é Senhor da vida desde o seu começo até ao seu termo: ninguém em nenhuma circunstância pode atribuir-se o direito de matar de modo directo um ser humano inocente»[v].

Este mandamento de salvaguardar a vida desde a sua concepção – não matar, não abortar – até ao seu fim natural também se dirige a cada ser humano no que respeita a si próprio, à sua própria vida e consequentemente exclui a eutanásia e o suicídio.

E dentro da indicação do Senhor de guardar o mundo e de levar por diante o plano da criação, encontramos o Sexto Mandamento do Decálogo tantas vezes entendido e explicado num sentido marcadamente reductor como se houvesse algo menos claro e límpido na sexualidade do ser humano ou que a sexualidade fosse um obstáculo para desenvolver a vida divina da Graça que o mesmo Senhor a todos oferece e convida a viver.

O sexto mandamento, pelo contrário, é em primeiro lugar um convite a viver as relações dos seres humanos quando se encontram como homem e mulher em plena harmonia com o amor de Deus e o amor que hão-de ter uns aos outros.

O encontro será diferente segundo o estado de cada um: virgens, casados e viúvos, sendo a castidade «a integração conseguida na sexualidade na pessoa e, portanto, na unidade interior do homem no seu ser corporal e espiritual»[vi].

Essa integração consegue-se logicamente de forma diferente na situação pessoal de cada ser humano como ceremos ao tratar dos Frutos do Espírito Santo.

Podemos sublinhar que o significado original da sexualidade traz consigo em primeiro lugar o convite de Deus ao homem para que chegue a mar em corpo e alma, humana e divinamente, a ordem que o próprio Deus estabeleceu no amor humano quando vivido por um homem e uma mulher no matrimónio se criaa família.

«Deus é amor e vive em si mesmo um mistério de comunhão pessoal de amor
Criando-a à sua imagem… Deus inscreve na humanidade do homem e da mulher a vocação e por conseguinte a capacidade e responsabilidade do amor e da comunhão»[vii].

O Senhor estabeleceu uma mudança neste mandamento quando disse:
«Ouvistes que foi dito: “Não cometerás adultério”, pois eu digo-vos: Todo o que olha uma mulher desejando-a já cometeu adultério com ela no seu coração»[viii].
Esta mudança supõe, por um lado, o novo modo de viver a sexualidade segundo o Espírito Santo e, de outro, o reconhecimento que a sexualidade se refere à totalidade da pessoa e não somente ao corpo.

«A sexualidade abrange todos os aspectos da pessoa humana na unidade do seu corpo e da sua alma.
Respeita particularmente à afectividade, à capacidade de amar e de procriar e de forma mais geral à aptidão de estabelecer vínculos de comunhão com outro»[ix].

Parece também óbvio assinalar que a sexualidade vivida na ordem estabelecida por Deus para o ser humano, como homem e como cristão, se realiza de forma diferente no matrimónio e no celibato sem por isso deixar de se a viver plenamente em abos os estados e também na virgindade.

O ser humano nunca abando a sua condição de ser sexuado.

Em qualquer situação quando é a pessoa na sua totalidade que actua sexualmente, está vivendo a ordem profunda da virtude da Caridade porque está amando Deus e os seres humanos, por Deus e segundo a ordem de Deus.

Nesta perspectiva a sexualidade vivida no matrimónio manifestará sempre o profundo amor de duas pessoas, homem e mulher e no sue caso, estará sempre aberta a possibilidade de que esse amor engendre uma nova criatura.

O quarto, o quinto e o Sexto Mandamentos por conseguinte formam um conjunto aos erviço da vida do homem, um conjunto ao serviço dos planos de Deus sobre a vida de cada homem.


(cont)

ernesto juliá, La belleza de ser cristiano, trad. ama)





[i] Gn 1, 27-28
[ii] Jo 2, 11
[iii] Donum vitae, Instrução da Congregação para a Doutrina da Fé, 22-11-1987.
[iv] Gn 2, 7
[v] Catecismo, n. 2258
[vi] Catecismo n. 2337
[vii] Catecismo, 231
[viii] Mt 5, 27-28
[ix] Catecismo, n. 2332

Meditações de Maio 13

Salve Rainha, Mãe de misericórdia, Vida e doçura, Esperança nossa. A vós bradamos, Degredados filhos de Eva, A vós suspiramos, Gemendo e chorando, Neste vale de lágrimas.
Eia pois advogada nossa, Esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, E depois deste desterro,

Mostrai-nos Jesus,

Esse Senhor nosso que em menino tivestes nos teus braços amorosos de Mãe extremosa!

É esse que queremos ver, ansiamos ter como Amigo e Irmão.


(ama, meditações de Maio, Salve Rainha, 2015)

Pequena agenda do cristão


Quarta-Feira

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:

Simplicidade e modéstia.


Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?

Diálogos com o meu EU (13)

Lembras-te da tua mãe?

Claro, como poderia esquecê-la!

Já pensaste bem que tens duas mães no Céu a velar por ti?

Por vezes esqueço-me, mas depois sinto as suas presenças na minha vida.

Como assim?

Uma ensina-me a amar o seu Filho e a deixar-me amar por Ele. A outra lembra-me que foi ela a escolhida por Ele para me colocar no mundo.

Marinha Grande, 5 de Maio de 2013
Joaquim Mexia Alves