16/11/2015

NUNC COEPI o que pode ver em 16 de Nov

Publicações em Nov 16

São Josemaria – Textos

AMA (Reflectindo - o medo da tentação)

AMA - Comentários ao Evangelho Lc 18 35-43, Francisco Faus, Leitura espiritual - A Paciência

AT - Salmos – 16

Doutrina - Dom de línguas

Leitura espiritual


Agenda Segunda-Feira

Sobre leitura espiritual - 3

Como fazer a leitura espiritual?

2) Ao tomar essa decisão deverá ter em conta:


b) Pense que será mais fácil definir o horário, se tiver consciência de que a leitura não precisa ser longa: ordinariamente bastam dez ou quinze minutos para tirar bom fruto dessa prática espiritual. Vivendo-a com constância, em pouco tempo terá lido, e aproveitado, mais livros bons do que imagina.

c) É importante que defina – volto a dizer – o lugar, o momento e a duração dessa leitura espiritual. E acrescento um conselho, fruto da experiência: se definir dez minutos de leitura, faça sempre dez minutos como “norma”, nunca menos. Caso queira esticar essa leitura por mais tempo, ou deseje ler mais em outra hora, não há problema, mas considere isso como “leitura extra”. É só em relação ao seu programa diário, aos seus dez ou quinze minutos, que deve se sentir comprometido, com sincera exigência.


(cont)

Antigo testamento / Salmos

Salmo 16



1 Protege-me, ó Deus, pois em ti me refugio.

2 Ao Senhor declaro: "Tu és o meu Senhor; não tenho bem nenhum além de ti".

3 Quanto aos fiéis que há na terra, eles é que são os notáveis em quem está todo o meu prazer.

4 Grande será o sofrimento dos que correm atrás de outros deuses. Não participarei dos seus sacrifícios de sangue, e os meus lábios nem mencionarão os seus nomes.

5 Senhor, tu és a minha porção e o meu cálice; és tu que garantes o meu futuro.

6 As divisas caíram para mim em lugares agradáveis: Tenho uma bela herança!

7 Bendirei o Senhor, que me aconselha; na escura noite o meu coração me ensina!

8 Sempre tenho o Senhor diante de mim. Com ele à minha direita, não serei abalado.

9 Por isso o meu coração se alegra e no íntimo exulto; mesmo o meu corpo repousará tranquilo,

10 porque tu não me abandonarás no sepulcro, nem permitirás que o teu santo sofra decomposição.


11 Tu me farás conhecer a vereda da vida, a alegria plena da tua presença, eterno prazer à tua direita.

Sentir-me filho de Deus enche-me de esperança

Talvez não exista nada mais trágico na vida dos homens do que os enganos padecidos pela corrupção ou pela falsificação da esperança, apresentada com uma perspectiva que não tem como objecto o amor que sacia sem saciar. (Amigos de Deus, 208)

Se transformarmos os projectos temporais em metas absolutas, suprimindo do horizonte a morada eterna e o fim para que fomos criados – amar e louvar o Senhor e possuí-lo depois no Céu – os intentos mais brilhantes transformam-se em traições e inclusive em instrumento para envilecer as criaturas. Recordai a sincera e famosa exclamação de Santo Agostinho, que tinha experimentado tantas amarguras enquanto não conhecia Deus e procurava fora d'Ele a felicidade: fizeste-nos, Senhor, para Ti, e o nosso coração está inquieto enquanto não descansa em Ti!. (…)


A mim, e desejo que a vós suceda o mesmo, a segurança de me sentir – de me saber – filho de Deus enche-me de verdadeira esperança que, por ser virtude sobrenatural, ao ser infundida nas criaturas, se acomoda à nossa natureza e é também virtude muito humana. Sou feliz com a certeza do Céu que alcançaremos, se permanecermos fiéis até ao fim; com a felicidade que nos chegará, quoniam bonus, porque o meu Deus é bom e é infinita a sua misericórdia. Esta convicção incita-me a compreender que só o que está marcado com o selo de Deus revela o sinal indelével da eternidade e tem um valor imperecível. Por isso, a esperança não me separa das coisas desta terra, antes me aproxima dessas realidades de um modo novo, cristão, que procura descobrir em tudo a relação da natureza, caída, com Deus Criador e com Deus Redentor. (Amigos de Deus, 208)

Evangelho, comentário, L. espiritual




Tempo comum XXXIII Semana


Evangelho: Lc 18, 35-43

35 Sucedeu que, aproximando-se eles de Jericó, estava sentado à beira da estrada um cego a pedir esmola. 36 Ouvindo a multidão que passava, perguntou que era aquilo. 37 Disseram-lhe que era Jesus Nazareno que passava. 38 Então ele clamou: «Jesus, Filho de David, tem piedade de mim!». 39 Os que iam adiante repreendiam-no para que se calasse. Porém, ele, cada vez gritava mais: «Filho de David, tem piedade de mim!». 40 Jesus, parando, mandou que Lho trouxessem. Quando ele chegou, interrogou-o: 41 «Que queres que te faça?». Ele respondeu: «Senhor, que eu veja». 42 Jesus disse-lhe: «Vê; a tua fé te salvou». 43 Imediatamente, recuperou a vista, e foi-O seguindo, glorificando a Deus. Todo o povo, vendo isto, deu louvores a Deus.

Comentário:

A perseverança na oração dá sempre frutos.

O Coração Amantíssimo de Cristo não pode ignorar quem Lhe pede com insistência movida pela Esperança e pela Fé de ser atendido.

(ama, comentário sobre LC 18 35-43 2014.11.17)



Leitura espiritual



A PACIÊNCIA
…/8

Falar assim poderia soar a masoquismo, porque aquilo não era uma dor convertida em gosto; era uma dor convertida em amor, e em luta para poder continuar a ser fiel a si mesma, a nós e a Deus, mas continuava a ser uma dor que a dilacerava, que a desfazia. Sofreu – eu o vi – tremendamente: mas era uma luta enamorada, no meio da dor, para encontrar Cristo Crucificado. Em meio a essa dor, junto de Cristo, nunca esteve só. Se Deus está ao meu lado – pensou – e me pede isto, será porque é possível; e se Ele o quer, Ele me ajudará... Montse, graças à dor, deu-nos o melhor de si mesma” [i]
Depois destes comentários, não perguntemos mais o que é a paciência, vista com olhos cristãos, nem o que é o amor que sabe sofrer.
Nada há a acrescentar.

NUM CONSULTÓRIO PSIQUIÁTRICO

Restam-nos duas histórias, que podem relatar-se em muito poucas palavras. São ambas narradas pelo professor de psiquiatria e escritor J. A. Vallejo-Nágera, no seu livro Concerto para instrumentos desafinados. [ii]

Trata-se de algumas das muitas recordações que o médico regista como “momentos do coração” no seu trabalho diário.

O primeiro caso é o de um tradutor diplomado. Foi-lhe diagnosticado um câncer de pulmão, e simultaneamente deram-lhe a notícia de que lhe restavam poucos meses de vida. Homem de pouca fé, à diferença dos protagonistas dos dois exemplos anteriores, procurava no psiquiatra as soluções que não conseguia encontrar em Deus. Pensava na esposa e tremia ante a possibilidade de fazê-la sofrer:
– Temo que me falte coragem e serenidade, e que assim amargure os nossos últimos meses de convívio. Fisicamente, creio que posso aguentar; só temo falhar psicologicamente. Foi por isso que vim, para ter uma orientação técnica, um ponto de apoio, e poder dissimular até o final ou fingir que não sofro. Quando a minha mulher ficar sabendo a verdade, se ela julgar que eu não estou sofrendo, conseguirei aliviar-lhe este calvário que não lhe posso evitar.

Causa uma certa angústia esse sofrimento pendurado no vazio de um bom coração que não conhece a Deus. Mas, sem dúvida alguma, havia uma enorme grandeza no seu desejo de ser autenticamente paciente. Esse homem bom tinha muito amor à esposa, e estava procurando forças para conseguir que esse seu amor aprendesse a sofrer.


O segundo caso, paradoxalmente, é o de um sacerdote cheio de fé, que também procurava no psiquiatra um conselho para sofrer melhor. O médico narrador conta-nos que era um padre humilde, “tão insignificante que nem sequer era ridículo”. Tinha dedicado a vida, até aos sessenta e tantos anos, à sua tarefa de bom pastor das almas, especialmente cuidando das doenças espirituais no confessionário. Desde fazia algum tempo, tinha-se-lhe manifestado uma depressão endógena grave – assim a qualifica o especialista –, com as suas sequelas mórbidas e características de tristeza, desconsolo, remorso, pessimismo esmagador e perda do desejo de viver.

O sofrimento era grande. Mas, nesse caso, o médico comoveu-se porque o paciente não parecia querer consolo nem compaixão. “Também não parecia muito interessado no alívio do tormento... Que queria, então? Queria continuar a amar”.

– Até agora – dizia o padre ao doutor –, tenho levado uma vida sem pena nem glória. A Glória, eu a espero para depois, no Céu, e sei que é preciso adquiri-la por meio da pena. Recebi com gratidão o fato de Deus me ter enviado no final da vida a minha cruz; estava até desejando ter uma para poder carregá-la. Bendigo a Deus todos os dias por ter-se lembrado de mim no final, quando já me resta muito pouco tempo de vida e parecia ter perdido qualquer oportunidade de ganhar alguns méritos. Mas estou notando que agora, no confessionário, na direção espiritual, não sinto as coisas como antes, como ao longo de toda a minha vida, com entusiasmo por ajudar, com esse carinho espontâneo cheio de ansiedade, de necessidade de aliviar os que recorrem a mim.

Consigo dar conselhos porque o cérebro funciona, mas não os sinto com o coração, e isso soa-me a nota falsa, artificial, e não posso consolar os meus fiéis como antes. Nunca me tinha acontecido isto; tem que ser uma doença. É o que lhe peço que me cure. O resto irá passando com o tempo, e, se não, louvado seja Deus!

Esta história que parecia começar tão mal, termina tão bem! É mais um clarão sobre a virtude da paciência. Aquele padre zeloso, desprendido e humilde, sentia-se muito doído e confuso, não por estar doente, mas porque a doença lhe tornava difícil manter a vibração do amor e transmitir conforto e alegria.

Não é preciso aduzir mais exemplos para sentir, como um desafio, uma pergunta que se dirige a cada um de nós: Quando nos decidiremos a amar? Quando resolveremos, enfim, esquecer-nos de nós mesmos, ser generosos e viver para dar, para edificar? No dia em que formos capazes de começar a viver assim, estaremos começando a levantar o véu que nos encobre a pedra preciosa da paciência.

DEMORAS, CANSAÇOS E ARDORES

RAÍZES ILUMINADAS

Há cerca de dois anos, chegou-me às mãos um recorte de jornal que me sensibilizou profundamente.
A autora do artigo, uma professora de uns trinta e poucos anos, evocava a memória de seus pais, já falecidos, que tinham sido em tempos idos meus conhecidos.
O artigo foi escrito por ocasião da Beatificação do Fundador do Opus Dei e continha uma dupla homenagem: ao Bem-aventurado Josemaría Escrivá e aos pais da autora, que tinham sabido encarnar na vida do lar a espiritualidade aprendida do Beato Josemaría.

O leitor há-de permitir-me que introduza nestas páginas algumas citações desse artigo.

Maria Antónia – assim se chama a professora – conta a redescoberta que fez da “alma” de seus pais quando, depois de ambos terem falecido, remexia com carinho filial nos seus escritos, cartas e apontamentos, e especialmente na correspondência que o pai tinha mantido com Mons. Escrivá.

‘Até que ambos tornaram a reunir-se na vida eterna, havia muitos aspectos da vida interior deles que eu só podia intuir – escreve a filha –.
Captava-se a força do exemplo, a força da vocação dos dois, mas, como é lógico, perdiam-se muitos matizes, que ficavam só na intimidade deles.

Através de alguns excertos da correspondência encontrada, aprendi algumas coisas que agora tento transmitir’.

Olhando para trás, Maria Antónia evoca a progressiva descoberta que foi fazendo de muitas coisas maravilhosas que teciam, por assim dizer, o ambiente de seu lar, e que hoje percebia que não estavam lá por acaso nem por geração espontânea, mas como fruto do espírito cristão, generosamente vivido e cultivado pelos pais, num dia-a-dia amoroso, abnegado, paciente.

‘Meus pais já eram do Opus Dei naqueles duros anos 50 de Barcelona, quando eu ainda não tinha nascido.
À medida que fui tendo uso de razão e tornando-me mais consciente do que me rodeava, julguei sempre que o ambiente reinante na minha família, a educação que estávamos recebendo, e que tantas vezes tenho agradecido a Deus, fosse a normal em todas as famílias. Com o decorrer dos anos, fui percebendo que nem de longe era tão normal.
Os princípios dessa educação eram bem claros: uma grande liberdade, baseada no senso de responsabilidade inculcado desde crianças; otimismo e alegria fundamentados claramente na fé, pois não faltaram dificuldades e obstáculos em todo o caminho terreno de meus pais; uma sólida formação na doutrina cristã, unida a um modo positivo de nos sugerir, sem impor, detalhes de vida de oração, e uma profunda e arraigada devoção a Nossa Senhora, a quem todos considerávamos e continuamos a considerar a especial intercessora para os assuntos familiares.
Ficou-me muito claro que um dos pilares básicos para que esse ambiente familiar se mantivesse era o facto de que, em todos os momentos, o exemplo de meus pais, os seus actos, iam na frente das palavras. Passados os anos, percebi, sem que eles nada me dissessem, que aquilo era o espírito do Opus Dei’...

A filha relembra comovida as dificuldades financeiras por que a família numerosa passou, e os equilíbrios que o pai era obrigado a fazer para conjugar aulas na Faculdade, onde era professor, práticas de laboratório, trabalho em uma fábrica, preparação de um concurso e ainda aulas particulares. E relata a emoção que sentiu quando, folheando a correspondência paterna, descobriu que Mons. Escrivá tinha transcrito, no ponto 986 do livro Sulco, palavras de uma carta de seu pai:
“Não irá rir, Padre, se lhe disser que – faz uns dias – me surpreendi oferecendo ao Senhor, de uma maneira espontânea, o sacrifício de tempo que supunha para mim ter de consertar um brinquedo estragado de um dos meus filhos? – Não sorrio, fico feliz! Porque, com esse mesmo amor, Deus se ocupa de recompor os nossos estragos”. “Tenho – comenta a filha – recordações muito vivas dessas cenas: as bonecas descabeçadas ou sem pernas, a peça que precisava ser colada..., tudo isso nós sabíamos que, deixando-o na mesa do escritório de papai, tornaria a adquirir rapidamente a sua forma original. Que pouco valorizávamos, naquela altura, o ato heróico que podia significar para ele o fato de gastar dez ou quinze minutos! Mas como o valorizava aquela alma a quem Deus, através do espírito do Opus Dei, lhe saía ao encontro nesses pormenores minúsculos, mas grandiosos, por estarem cheios de amor”.

(cont.)

FRANCISCO FAUS, [iii] A PACIÊNCIA, 2ª edição, QUADRANTE, São Paulo 1998

(Revisão da versão portuguesa por ama)






[i] Todos os factos e depoimentos citados estão extraídos do livro de j. m. cejas, Montse Grases. La alegría de la entrega, Rialp, Madrid, 1993. 
[ii] Concierto para instrumentos desafinados, Argos- Vergara, Barcelona, 1981, págs. 162 e segs.
[iii] Francisco Faus é licenciado em Direito pela Universidade de Barcelona e Doutor em Direito Canónico pela Universidade de São Tomás de Aquino de Roma. Ordenado sacerdote em 1955, reside em São Paulo, onde exerce uma intensa atividade de atenção espiritual entre estudantes universitários e profissionais. Autor de diversas obras literárias, algumas delas premiadas, já publicou na colecção Temas Cristãos, entre outros, os títulos O valor das dificuldades, O homem bom, Lágrimas de Cristo, lágrimas dos homens, Maria, a mãe de Jesus, A voz da consciência e A paz na família.

Pequena agenda do cristão


SeGUNDa-Feira

  
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça ‘boa cara’, que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?



Doutrina - 3

O que significa falar em línguas?

…/2

A Igreja Católica ensina que a oração em línguas é um dom do Espírito Santo.
Porém, a noção popular da oração em línguas ensinada pelos protestantes pentecostais é falsa.

Eles balbuciam muitas vezes sem sentido e chamam isto de falar em línguas.

Isto não é de Deus de acordo com a Bíblia.  


(cont)

Reflectindo - 129

O medo da tentação

Talvez seja difícil de explicar este tema mas nem por isso deixa de ser verdade que por vezes existe.
Podemos considerar que este sentimento é em si mesmo uma tentação que nos condiciona o raciocínio e enfraquece a vontade.

Por uma razão ou circunstância determinada, temos medo de pecar, esta é, pode ser, a situação.

Sabemos evidentemente que somos fracos e nossa capacidade de resistir aos apelos do demónio é diminuta, ou seja, que por nós mesmos poderemos não ser capazes de resistir.

Assim em lugar de temer cair rezemos com fé e confiança e ponhamos  nas mãos amorosas da Nossa Mãe do Céu a nossa fragilidade.

Ela saberá como fazer e intercederá para que o Espírito Santo infunda em nós os Seus Dons nomeadamente a Fortaleza.

Sairemos vencedores!

(ama, reflexão, 2015.09.07