09/12/2016

Reflectindo - 214

O amor é imortal?

Não receio afirmar que sim.

Se o conceito de imortalidade se pode definir como total ausência de temporalidade – algo que não teve um início nem terá um fim – então, de facto, o amor é imortal.

Sob o prisma da espiritualidade pura enraizada no Cristianismo, consideramos que a pessoa humana tem como que à sua disposição três virtudes que lhe são – sempre – conferidas pelo Criador:

A Fé, a Esperança e a Caridade. [1]

O Apóstolo da Gentes afirmou sem nenhuma hesitação que das três só a Caridade permanece para sempre.

As Fé e a Esperança tiveram um princípio no tempo e terminam com a morte física o que é perfeitamente lógico uma vez que só terão “utilidade” enquanto a pessoa viver.

Quanto à Caridade como afirmar que não teve início?

Porque O Criador é por essência o próprio Amor e a Sua criatura é, assim, como que uma emanação desse mesmo Amor.

Mas, o Amor, sendo divino é também eminentemente humano. Só o ser humano tem essa capacidade, essa virtude o que, a meu ver, também é perfeitamente lógico exactamente pelo que disse imediatamente antes.
Donde que concluir que o Amor humano é imortal não parece ser uma afirmação descabida.

Na eternidade a alma continua a amar quem amou em vida, como quem vive continuará a amar quem amou e a morte levou do seu convívio.

Pessoalmente considero esta conclusão a que chego, extremamente consoladora e digo sem qualquer hesitação (em lugar de ‘amei-te’): amo-te, amor da minha vida!

E sinto-me muito feliz por me saber amado e por poder continuar a amar.

(ama, reflexões, Cascais, 21.09.2016)





[1] Caridade = a Amor

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