11/01/2016

NUNC COEPI – Índice de publicações em Jan 11

nunc coepi – Índice de publicações em Jan 11

São Josemaria – Textos

AMA (Reflectindo - Perdido e encontrado)

AMA - Comentários ao Evangelho Mc 1 14-20, Encíclica Laudato Si (Papa Francisco)

Bento XVI - Pensamentos espirituais

Celibato eclesiástico, Jesus Cristo e a Igreja

Doutrina (Pecado - Comunhão), Julio de La Vega Hazas

AT - Salmos – 70

Estado Islâmico, Guerra, Notícias e outros temas, Uso de armas


Agenda Segunda-Feira

Evangelho, comentário, L. espiritual



Tempo Comum Sema I

Evangelho: Mc 1, 14-20

14 Escolheu doze para que andassem com Ele e para os enviar a pregar, 15 com poder de expulsar os demónios: 16 Simão, a quem pôs o nome de Pedro; 17 Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, que quer dizer “filhos do trovão”; 18 e André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o Cananeu, 19 e Judas Iscariotes, que foi quem O entregou. 20 Depois, foi para casa e de novo acorreu tanta gente, que nem sequer podiam tomar alimento

Comentário:

Aqui temos as "colunas" escolhidas por Cristo para sobre eles construir a Sua Igreja.

Sabemos bem quão acertada foi a escolha e mesmo no caso daquele que se revelou impróprio para levar a cabo a tarefa que lhe competiria, podemos tirar a lição de como o Senhor que escolhe e dá os meios necessários, respeita a vontade de cada, um mesmo que essa vontade possa levar à perdição pessoal.

(ama comentário sobre MC 1 14-20, Malta, 2015.01.24)


Leitura espiritual



CARTA ENCÍCLICA
LAUDATO SI’
DO SANTO PADRE
FRANCISCO
SOBRE O CUIDADO DA CASA COMUM


CAPÍTULO V

ALGUMAS LINHAS DE ORIENTAÇÃO E ACÇÃO


163. Procurei examinar a situação actual da humanidade, tanto nas brechas do planeta que habitamos, como nas causas mais profundamente humanas da degradação ambiental.
Embora esta contemplação da realidade em si mesma já nos indique a necessidade duma mudança de rumo e sugira algumas acções, procuremos agora delinear grandes percursos de diálogo que nos ajudem a sair da espiral de autodestruição onde estamos a afundar.

1. O diálogo sobre o meio ambiente na política internacional

164. Desde meados do século passado e superando muitas dificuldades, foi-se consolidando a tendência de conceber o planeta como pátria e a humanidade como povo que habita uma casa comum.
Um mundo interdependente não significa unicamente compreender que as consequências danosas dos estilos de vida, produção e consumo afectam a todos, mas principalmente procurar que as soluções sejam propostas a partir duma perspectiva global e não apenas para defesa dos interesses de alguns países.
A interdependência obriga-nos a pensar num único mundo, num projecto comum.
Mas, a mesma inteligência que foi utilizada para um enorme desenvolvimento tecnológico não consegue encontrar formas eficazes de gestão internacional para resolver as graves dificuldades ambientais e sociais.
Para enfrentar os problemas de fundo, que não se podem resolver com acções de países isolados, torna-se indispensável um consenso mundial que leve, por exemplo, a programar uma agricultura sustentável e diversificada, desenvolver formas de energia renováveis e pouco poluidoras, fomentar uma maior eficiência energética, promover uma gestão mais adequada dos recursos florestais e marinhos, garantir a todos o acesso à água potável.

165. Sabemos que a tecnologia baseada nos combustíveis fósseis – altamente poluentes, sobretudo o carvão mas também o petróleo e, em menor medida, o gás – deve ser, progressivamente e sem demora, substituída.
Enquanto aguardamos por um amplo desenvolvimento das energias renováveis, que já deveria ter começado, é legítimo optar pela alternativa menos danosa ou recorrer a soluções transitórias.
Todavia, na comunidade internacional, não se consegue suficiente acordo sobre a responsabilidade de quem deve suportar os maiores custos da transição energética.
Nas últimas décadas, as questões ambientais deram origem a um amplo debate público, que fez crescer na sociedade civil espaços de notável compromisso e generosa dedicação.
A política e a indústria reagem com lentidão, longe de estar à altura dos desafios mundiais.
Neste sentido, pode-se dizer que, enquanto a humanidade do período pós-industrial talvez fique recordada como uma das mais irresponsáveis da história, espera-se que a humanidade dos inícios do século XXI possa ser lembrada por ter assumido com generosidade as suas graves responsabilidades.

166. O movimento ecológico mundial já percorreu um longo caminho, enriquecido pelo esforço de muitas organizações da sociedade civil. Não seria possível mencioná-las todas aqui, nem repassar a história das suas contribuições.
Mas, graças a tanta dedicação, as questões ambientais têm estado cada vez mais presentes na agenda pública e tornaram-se um convite permanente a pensar a longo prazo.
Apesar disso, as cimeiras mundiais sobre o meio ambiente dos últimos anos não corresponderam às expectativas, porque não alcançaram, por falta de decisão política, acordos ambientais globais realmente significativos e eficazes.

167. Dentre elas, há que recordar a Cimeira da Terra, celebrada em 1992 no Rio de Janeiro.
Lá se proclamou que «os seres humanos constituem o centro das preocupações relacionadas com o desenvolvimento sustentável».[i] Retomando alguns conteúdos da Declaração de Estocolmo (1972), sancionou, entre outras coisas, a cooperação internacional no cuidado do ecossistema de toda a terra, a obrigação de quem contaminar assumir economicamente os custos derivados, o dever de avaliar o impacto ambiental de toda e qualquer obra ou projecto.
Propôs o objectivo de estabilizar as concentrações de gases com efeito de estufa na atmosfera para inverter a tendência do aquecimento global.
Também elaborou uma agenda com um programa de acção e uma convenção sobre biodiversidade, declarou princípios em matéria florestal.
Embora tal cimeira marcasse um passo em frente e fosse verdadeiramente profética para a sua época, os acordos tiveram um baixo nível de implementação, porque não se estabeleceram adequados mecanismos de controlo, revisão periódica e sanção das violações.
Os princípios enunciados continuam a requerer caminhos eficazes e ágeis de realização prática.


168. Como experiências positivas, pode-se mencionar, por exemplo, a Convenção de Basileia sobre os resíduos perigosos, com um sistema de notificação, níveis estipulados e controles, e também a Convenção vinculante sobre o comércio internacional das espécies da fauna e da flora selvagens ameaçadas de extinção, que prevê missões de verificação do seu efectivo cumprimento.
Graças à Convenção de Viena para a protecção da camada de ozono e a respectiva implementação através do Protocolo de Montreal e as suas emendas, o problema da diminuição da referida camada parece ter entrado numa fase de solução.

169. No cuidado da biodiversidade e no contraste à desertificação, os avanços foram muito menos significativos.
Relativamente às mudanças climáticas, os progressos são, infelizmente, muito escassos.
A redução de gases com efeito de estufa requer honestidade, coragem e responsabilidade, sobretudo dos países mais poderosos e mais poluentes.
A Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, chamada Rio+20 (Rio de Janeiro 2012), emitiu uma Declaração Final extensa mas ineficaz.
As negociações internacionais não podem avançar significativamente por causa das posições dos países que privilegiam os seus interesses nacionais sobre o bem comum global.
Aqueles que hão-de sofrer as consequências que tentamos dissimular, recordarão esta falta de consciência e de responsabilidade. Durante o período de elaboração desta encíclica, o debate adquiriu particular intensidade.
Nós, crentes, não podemos deixar de rezar a Deus pela evolução positiva nos debates actuais, para que as gerações futuras não sofram as consequências de demoras imprudentes.


(cont)





[i] Declaração do Rio sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, Rio de Janeiro (14 de Junho de 1992), princípio 1.

Antigo testamento / Salmos


Salmo 70







1 Livra-me, ó Deus! Apressa-te, Senhor, a ajudar-me!
2 Sejam humilhados e frustrados os que procuram tirar-me a vida; retrocedam desprezados os que desejam a minha ruína.
3 Retrocedam em desgraça os que zombam de mim.

4 Mas regozijem-se e alegrem-se em ti todos os que te buscam; digam sempre os que amam a tua salvação: "Como Deus é grande!"

Pequena agenda do cristão


SeGUNDa-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça ‘boa cara’, que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?




Doutrina - 21

Comunhão eucarística

Que pecados nos impedem de comungar?
Posso não ter pecado mortal. Mas o que fazer com os pecados veniais?

…/7

Isso é familiar para quem vai à missa com frequência, pois o ato penitencial faz parte da celebração ("Confesso a Deus todo-poderoso, e a vós, irmãos...").
Depois, a preparação imediata nos recorda que vamos comungar como convidados ("Felizes os convidados para a ceia do Senhor") e que não somos dignos de receber Jesus ("Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada...").

De certa maneira, estas também são palavras de contrição.

(cont)

julio de la vega hazas


(Revisão da versão portuguesa por ama)

Bento XVI – Pensamentos espirituais 77

Educação na fé (2)



A educação na fé deve consistir antes de mais no desenvolvimento daquilo que cada pessoa tem de bom.

Discurso aos bispos da Polónia em visita ad limina, (26.Nov.05)


 (in “Bento XVI, Pensamentos Espirituais”, Lucerna 2006)

Humildade de Jesus: em Belém, em Nazaré, no Calvário...

Humildade de Jesus: em Belém, em Nazaré, no Calvário... Porém, mais humilhação e mais aniquilamento na Hóstia Santíssima; mais que no estábulo, e que em Nazaré, e que na Cruz. Por isso, que obrigação tenho de amar a Missa! (A "nossa" Missa, Jesus...) (Caminho, 533)

Meus filhos, pasmai agradecidos ante este mistério e aprendei: todo o poder, toda a formosura, toda a majestade, toda a harmonia infinita de Deus, com as suas grandes e incomensuráveis riquezas – todo um Deus – ficou escondido na Humanidade de Cristo para nos servir. O Omnipotente apresenta-se decidido a ocultar por algum tempo a sua glória, para facilitar o encontro redentor com as suas criaturas.



Escreve o evangelista S. João: ninguém jamais viu Deus; o Filho Unigénito que está no seio do Pai é que o deu a conhecer, comparecendo ante o olhar atónito dos homens: primeiro, como um recém-nascido, em Belém; depois, como um menino igual aos outros; mais tarde, no Templo, como um adolescente, inteligente e vivo; e, por fim, com aquela figura amável e atraente do Mestre que movia os corações das multidões que o acompanhavam entusiasmadas. (Amigos de Deus, 111)

Notícias e outros temas - 5

Resultado de imagem para luta armada4. Que o emprego das armas não acarrete males e desordens mais graves do que o mal a eliminar.

…/2

No entanto, o facto é que as Cruzadas, no fim das contas, não apenas não resolveram a situação dos cristãos na Terra Santa como a pioraram, além de acarretarem, como toda guerra, uma série inegável de abusos, covardias e degenerações em prol de interesses particulares que nada tinham nem de religioso nem de humanitário.

O contexto, além do mais, era muito diferente do actual. Se na época era compreensível a concepção de uma cruzada, hoje temos uma noção mais completa do que implica uma resposta bélica e da necessidade prévia de respostas não bélicas para que seja encarado o cerne das agressões, e não apenas as suas concretizações externas.

A propósito: tem sido comum nas redes sociais, entre os defensores da guerra imediata contra o Estado Islâmico, a afirmação de que “foi graças às Cruzadas que a Europa se manteve cristã”. Na realidade, as três batalhas decisivas que impediram o avanço islâmico na Europa foram ou anteriores ou posteriores às Cruzadas: a de Poitiers, que barrou a invasão da França de Carlos Martel pelo Califado de Córdoba em 732; a de Lepanto, em que a Liga Santa derrotou a expansão mediterrânea do Império Otomano em 1571; e a de Viena, em 1683, em que a coalizão polaco-austro-alemã venceu o mesmo Império Otomano e reverteu sua expansão pela Europa do Leste.

(cont)

Fonte: ALETEIA


(Revisão da versão portuguesa por ama)

Jesus Cristo e a Igreja – 97

Celibato eclesiástico: História e fundamentos teológicos [i]
III. Desenvolvimento do tema da continência na Igreja latina

A consciência da tradição do celibato nos Concílios africanos

Após a importante lei de Elvira, deve ser considerada outra ainda mais importante para o nosso tema, e voltaremos a encontrar logo como ponto-chave de referência. Trata-se de uma declaração vinculante, formulada no segundo Concílio Africano do ano 390 e repetida nos posteriores, que será posteriormente incluída no Código dos Cânones das Igrejas Africanas (e nos cânones in causa Apiarii), formalizada no importante Concílio do ano 419. Sob o título: “que a castidade dos sacerdotes e levitas deve ser protegida”, o texto afirma: “O bispo Epigónio disse: de acordo com aquilo que o anterior Concílio afirmou sobre a continência e sobre a castidade, os três graus que estão ligados pela Ordenação a uma determinada obrigação de castidade, ou seja, bispos, sacerdotes e diáconos – devem ser instruídos de uma forma mais completa sobre o seu cumprimento. O bispo Genetlio continuou: como já mencionado, convém que os sagrados bispos, os sacerdotes de Deus e os levitas, ou seja, aqueles que servem nos divinos sacramentos, sejam continentes por completo, para que possam obter sem dificuldades o que pedem ao Senhor; para que também protejamos o que os Apóstolos ensinaram e é conservado desde antigamente”. “A isso os bispos responderam unanimemente: estamos todos de acordo que bispos, sacerdotes e diáconos, guardiães da castidade, se abstenham também de suas esposas, a fim de que em tudo e por parte de todos os que sirvam ao altar seja conservada a castidade”.

(cont)



[i] Card. alfons m. stickler, Cardeal Diácono de São Giorgio in Velabro


Reflectindo - 146

Perdido e encontrado


Dei comigo a pensar que de alguma forma tenho andado perdido.

O meu “Norte” parece não estar onde deveria e sinto-me errático e disperso por tantas coisas que talvez – seguramente – têm importância muito escassa ou não a têm de todo.

Estranhamente o nó que trago no peito e me aperta as entranhas até doer como um aguilhão insuportável desata-se por vezes – muitas e repetidas vezes… - em lágrimas rebeldes que me correm pelo rosto descontroladas e em rio caudaloso.

(cont)


(ama - reflexões)