01/05/2016

Doutrina – 129

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ
SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ
CAPÍTULO PRIMEIRO CREIO EM DEUS PAI

OS SÍMBOLOS DA FÉ

33. O que são os Símbolos da Fé?


São fórmulas articuladas, também chamadas «profissões de fé» ou «Credo», mediante as quais a Igreja, desde as suas origens, exprimiu resumidamente e transmitiu a própria fé, numa linguagem normativa e comum a todos os fiéis.

Antigo testamento / Génesis

Génesis 39

José e a mulher de Potifar

1 José havia sido levado para o Egipto, onde o egípcio Potifar, oficial do faraó e capitão da guarda, o comprou dos ismaelitas que o tinham levado para lá.

2 O Senhor estava com José, de modo que este prosperou e passou a morar na casa do seu senhor egípcio.
José era atraente e de boa aparência.

3 Quando este percebeu que o Senhor estava com ele e que o fazia prosperar em tudo o que realizava, agradou-se de José e tornou-o administrador dos seus bens. Potifar deixou ao seu cuidado a sua casa e confiou-lhe tudo o que possuía.

4 Desde que o deixou cuidando da sua casa e de todos os seus bens, o Senhor abençoou a casa do egípcio por causa de José. A bênção do Senhor estava sobre tudo o que Potifar possuía, tanto em casa como no campo.

5 Assim, deixou ele aos cuidados de José tudo o que tinha, e não se preocupava com coisa alguma, excepto com sua própria comida, e, depois de certo tempo, a mulher do seu senhor começou a cobiçá-lo e convidou-o: "Vem, deita-te comigo!"

6 Mas ele recusou-se e disse-lhe: "O meu senhor não se preocupa com coisa alguma da sua casa, e tudo o que tem deixou aos meus cuidados.

7 Ninguém desta casa está acima de mim. Ele me negou nada, a não ser a senhora, porque é a mulher dele. Como poderia eu, então, cometer algo tão perverso e pecar contra Deus?"

8 Assim, embora ela insistisse com José dia após dia, ele recusava-se a deitar-se com ela e evitava ficar perto dela.

9 Um dia entrou na casa para fazer as suas tarefas, e nenhum dos empregados ali se encontrava.

10 Ela agarrou-o pelo manto e voltou a convidá-lo: "Vamos, deita-te comigo!" Mas ele fugiu da casa, deixando o manto na mão dela.

11 Quando ela viu que, ao fugir, ele tinha deixado o manto na sua mão, chamou os empregados e disse-lhes: "Vejam, este hebreu foi-nos trazido para nos insultar! Ele entrou aqui e tentou abusar de mim, mas eu gritei.

12 Quando me ouviu gritar por socorro, largou o seu manto ao meu lado e fugiu de casa".

13 Ela conservou o manto consigo até que o senhor de José chegasse a casa.

14 Então repetiu a história: "Aquele escravo hebreu que tu nos trouxeste aproximou-se de mim para me insultar.

17 Mas, quando gritei por socorro, ele largou o seu manto ao meu lado e fugiu".

18 Quando o seu senhor ouviu o que a sua mulher lhe disse: "Foi assim que o teu escravo me tratou", ficou indignado.

19 Mandou buscar José e lançou-o na prisão em que eram postos os prisioneiros do rei, mas o Senhor estava com ele e tratou-o com bondade, concedendo-lhe a simpatia do carcereiro.

20 Por isso o carcereiro encarregou José de todos os que estavam na prisão, e ele tornou-se responsável por tudo o que lá sucedia.

21 O carcereiro não se preocupava com nada do que estava a cargo de José, porque o Senhor estava com José e concedia-lhe bom êxito em tudo o que realizava.

 (Revisão da versão portuguesa por ama)








Maio - Santo Rosário - Prólogo


[1]


[1] Oferecido por D. Alberto Cosme do Amaral, Enxomil, 1991 que o recebeu, em Fátima, de João Paulo II.


Há anos que venho escrevendo algumas ideias, meditações sobre os Mistérios do Rosário de Nossa Senhora.

Hoje o Prelado da Obra proclamou um Ano Mariano com o principal objectivo de dar acção de graças pela Canonização de S. Josemaria, que tanto amou e exaltou a Mãe de Deus.

No mesmo dia e não por coincidência, celebra-se o 24º aniversário da eleição do Papa João Paulo II ao Pontificado de Pedro.

Neste mesmo dia o Papa cujo lema recordo: TOTUS TUUS, este Papa profundamente mariano, coloca sob a protecção especialíssima de Nossa Senhora a sua vida, a sua saúde, a sua firme determinação em permanecer no lugar de Pedro até que Cristo assim o queira.

Assim, tomei a decisão, ao longo deste ano, ir contribuindo para este conjunto de meditações sobre os Mistérios do Rosário, de tal forma que possam constituir tema de leitura espiritual ou meditação no futuro.

Também eu coloco nas mãos de minha Santíssima Mãe, estes desejos e propósitos, de forma a que me ajude a torná-los uma realidade digna e bela.

Cor Maria dulcissima iter para tuto


 ama, Porto, 17 de Outubro de 2002


Antigo testamento / Génesis

Génesis 31

Jacob foge de Labão

1 Jacob, porém, ouviu falar que os filhos de Labão estavam dizendo: "Jacob tomou tudo que o nosso pai tinha e juntou toda a sua riqueza à custa do nosso pai".

2 E Jacob percebeu que a atitude de Labão para com ele já não era a mesma de antes.

3 E o Senhor disse a Jacob: "Volta para a terra dos teus pais e dose teus parentes, e eu estarei contigo".

4 Então Jacob mandou chamar Raquel e Lia para virem ao campo onde estavam os seus re­banhos, e disse-lhes: "Vejo que a atitude do vosso pai para comigo não é mais a mesma, mas o Deus de meu pai tem estado comigo.

6 Vocês sabem que trabalhei para o vosso pai com todo o empenho, mas ele tem troçado de mim, mudando o meu salário dez vezes. Contudo, Deus não permitiu que ele me prejudicasse.

7 Se ele dizia: 'As crias salpicadas serão o seu salário', todos os rebanhos geravam filhotes salpicados; e, se ele dizia: 'As que têm listas serão o seu salário', todos os rebanhos geravam filhotes com listas.

8 Foi assim que Deus tirou os rebanhos do vosso pai e mos deu a mim.

9 "Na época do acasalamento, tive um sonho em que olhei e vi que os machos que fecundavam o rebanho tinham listas, eram salpicados e malhados.

10 O Anjo de Deus disse-me no sonho: 'Jacob!' Eu respondi: 'Eis-me aqui!'

11 Então ele disse: 'Olha e vê que todos os machos que fecundam o rebanho têm listas, são salpicados e malhados, porque tenho visto tudo o que Labão te fez.

12 Sou o Deus de Betel, onde tu ungiste uma coluna e me fez um voto. Sai agora desta terra e volta para a tua terra natal' ".

13 Raquel e Lia disseram a Jacob: "Temos ainda parte na herança dos bens do nosso pai?

14 Não nos trata ele como estrangeiras? Não apenas nos vendeu como também gastou tudo o que foi pago por nós!

15 Toda a riqueza que Deus tirou do nosso pai é nossa e dos nossos filhos. Portanto, faz tudo quanto Deus te ordenou".

16 Então Jacob ajudou os seus filhos e as suas mulheres a montar nos camelos, e conduziu todo o seu rebanho, juntamente com todos os bens que havia acumulado em Padã-Arã, para ir para terra de Canaã, para casa do seu pai, Isaac.

17 Enquanto Labão tinha saído para tosquiar as suas ovelhas, Raquel roubou do seu pai os ídolos do clã.

18 Foi assim que Jacob enganou a Labão, o arameu, fugindo sem lhe dizer nada.

19 Ele fugiu com tudo o que tinha e, atravessando o Eufrates, foi para os montes de Gileade.

Labão persegue Jacob

20 Três dias depois, Labão foi informado de que Jacob tinha fugido.

21 Tomando consigo os homens da sua família, perseguiu Jacob por sete dias e alcançou-o nos montes de Gileade.

22 Então, de noite, Deus veio em sonho a Labão, o arameu, e advertiu-o: "Cuidado! Não digas nada a Jacob, não lhe faças promessas nem ameaças".

23 Labão alcançou Jacob, que estava acampado nos montes de Gileade. Então Labão e os homens acamparam ali também.

24 Ele perguntou a Jacob: "Que foi que fizeste? Não só me enganaste como também raptaste as minhas filhas como se fossem prisioneiras de guerra.

25 Por que me enganaste, fugindo em segredo, sem avisar-me? Eu teria celebrado a tua partida com alegria e cantos, ao som dos tamborins e das harpas.

26 Nem sequer me deixaste beijar os meus netos e minhas filhas para me despedir deles. Foste insensato.

27 Tenho poder para prejudicá-los; mas, na noite passada, o Deus do vosso pai advertiu-me: 'Cuidado! Não digas nada a Jacob, não lhe faças promessas nem ameaças'.

28 Agora, se tu partiste porque tinhas saudades da casa do teu pai, por que roubaste os meus deuses?"

29 Jacob respondeu a Labão: "Tive medo, pois pensei que me tiraria as suas filhas à força.

30 Quanto aos seus deuses, quem for encontrado com eles não ficará vivo. Na presença dos nossos parentes, veja por si mesmo se está aqui comigo qualquer coisa que lhe pertença, e, se estiver, leve-a de volta". Ora, Jacob não sabia que Raquel os tinha roubado.

31 Então Labão entrou na tenda de Jacob, e nas tendas de Lia e das suas duas servas, mas nada encontrou. Depois de sair da tenda de Lia, entrou na tenda de Raquel.

32 Raquel tinha colocado os ídolos dentro da sela do seu camelo e estava sentada em cima. Labão vasculhou toda a tenda, mas nada encontrou.

33 Raquel disse ao pai: "Não se irrite, meu senhor, por não poder levantar-me na sua presença, pois estou com o fluxo das mulheres". Ele procurou os ídolos, mas não os encontrou.

34 Jacob ficou irado e queixou-se a Labão­: "Qual foi o meu crime? Que pecado cometi para que me persiga furiosamente?

35 Já vasculhou tudo o que me pertence. Encontrou algo que lhe pertença? Então coloque tudo aqui na frente dos meus parentes e dos seus, e que eles julguem entre nós dois.

36 " Estive contigo Vinte anos. As suas ovelhas e cabras nunca abortaram, e jamais comi um só carneiro do seu rebanho.

37 Eu nunca lhe levava os animais despedaçados por feras; eu mesmo assumia o prejuízo. E o senhor pedia contas de todo animal roubado de dia ou de noite.

38 O calor consumia-me de dia, e o frio de noite, e o sono fugia dos meus olhos.

39 Foi assim nos vinte anos em que fiquei em sua casa. Traba­lhei para si catorze anos em troca das suas duas filhas e seis anos pelos seus rebanhos, e dez vezes alterou o meu salário.

40 Se o Deus de meu pai, o Deus de Abraão, o Temor de Isaac, não estivesse comigo, certamente o senhor não me despediria de mãos vazias. Mas Deus viu o meu sofrimento e o trabalho das minhas mãos e, na noite passada, ele manifestou a sua decisão".

41 Labão respondeu a Jacob: "As mulheres são minhas filhas, os filhos são meus, os rebanhos são meus. Tudo o que vê é meu. Que posso fazer por essas minhas filhas ou pelos filhos que delas nasceram?

42 Façamos agora um acordo que sirva de testemunho entre nós os dois".

43 Então Jacob tomou uma pedra e colocou-a em pé como uma coluna.

44 E disse aos seus parentes: "Juntem algumas pedras". Eles apanharam pedras e amontoaram-nas. Depois comeram ali, ao lado do monte de pedras.

45 Labão o chamou Jegar-Saaduta, e Jacob o chamou Galeede.

46 Labão disse: "Este monte de pedras é uma testemunha entre nós dois, no dia de hoje". Por isso foi chamado Galeede.

47 Foi também chamado Mispá, porque ele declarou: "Que o Senhor nos vigie, aos dois, quando estivermos separados um do outro.

48 Se maltratares as minhas filhas ou menosprezá-las, tomando outras mulheres além delas, ainda que ninguém saiba, lembre-se de que Deus é testemunha entre nós dois".

49 Disse ainda Labão a Jacob: "Aqui estão este monte de pedras e esta coluna que coloquei entre nós dois.
Então Jacob fez um juramento em nome do Temor de seu pai, Isaac.

50 São testemunhas de que não passarei para o lado de lá para prejudicá-lo, nem você passará para o lado de cá para me prejudicar.

51 Que o Deus de Abraão, o Deus de Naor, o Deus do pai deles, julgue entre nós".

52 Ofereceu um sacrifício no monte e chamou os parentes que lá estavam para uma refeição. Depois de comerem, passaram a noite ali.

53 Na manhã seguinte, Labão beijou os seus netos e as suas filhas e abençoou-os, e depois voltou para a sua terra.

(Revisão da versão portuguesa por ama)








Pequena agenda do cristão


DOMINGO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

Lembrar-me:
Cultivar a Fé

São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?



Recorre com confiança a Nossa Senhora

Quando te vires com o coração seco, sem saber o que hás-de dizer, recorre com confiança a Nossa Senhora. Diz-Lhe: "Minha Mãe Imaculada, intercede por mim!". Se a invocares com fé, Ela far-te-á saborear – no meio dessa secura – a proximidade de Deus. (Sulco, 695)


Contemplemos agora a sua Mãe bendita, também nossa Mãe. No Calvário, junto ao patíbulo, reza. Não é uma atitude nova em Maria. Assim se conduziu sempre, cumprindo os seus deveres, ocupando-se do seu lar. Enquanto estava nas coisas da terra, permanecia pendente de Deus. Cristo, perfectus Deus, perfectus homo, quis que também a sua Mãe, a criatura mais excelsa, a cheia de graça, nos confirmasse nesse afã de elevar sempre o olhar para o amor divino. Recordai a cena da Anunciação: desce o arcanjo para comunicar a divina embaixada – a mensagem de que seria Mãe de Deus – e encontra-a retirada em oração. Maria está totalmente recolhida no Senhor, quando S. Gabriel a saúda: Deus te salve, oh cheia de graça! O Senhor é contigo. Dias depois, irrompe na alegria do Magnificat – esse cântico mariano que nos transmitiu o Espírito Santo pela delicada fidelidade de S. Lucas – fruto da intimidade habitual da Virgem Santíssima com Deus.


A nossa Mãe meditou longamente as palavras das mulheres e dos homens santos do Antigo Testamento, que esperavam o Salvador, e os acontecimentos de que foram protagonistas. Admirou o cúmulo de prodígios e o excesso da misericórdia de Deus com o seu povo, tantas vezes ingrato. Ao considerar esta ternura do Céu, incessantemente renovada, brota o afecto do seu Coração imaculado: a minha alma glorifica o Senhor; e o meu espírito exulta em Deus, meu Salvador. Porque lançou os olhos para a baixeza da sua escrava. Os filhos desta boa Mãe, os primeiros cristãos, aprenderam com Ela, e nós também podemos e devemos aprender. (Amigos de Deus, 241)

Temas para meditar - 625

Bioética

Uma humanização do morrer é incompatível com a eliminação do sujeito que morre, pois não tem em conta a globalidade das suas necessidades. As súplicas de quem sofre, muitas vezes desejando terminar com a situação de dor, mais do que um desejo de morrer, são sobretudo o apelo a uma presença marcada pelo amor, a formas concretas de solidariedade e expressões da necessidade de perspectivas de esperança. Para isto, é necessário criar condições que humanizem a fase terminal, para que a pessoa possa ter um morrer humano: disponibilizar os meios que retirem ou reduzam o mais possível a dor, dar ao doente acesso aos meios médicos de que necessita, assegurar um acompanhamento humano personalizado, garantir ao paciente que não será abandonado à solidão em nenhum momento da sua fase final, permitir-lhe a presença das pessoas que lhe são mais queridas, facilitar-lhe a vivência das suas convicções religiosas e a satisfação das suas necessidades espirituais, possibilitar um acompanhamento psicológico, respeitar os seus valores e legítimos desejos, criar condições de confiança.

(Nota pastoral da CEP, Cuidar da vida até à morte: Contributo para a reflexão ética sobre o morrer, 5, b)