08/06/2016

Dar de comer a quem tem fome


Dono de restaurante no Canadá distribui refeições grátis para quem não pode pagar

Parkash

Este simpático senhor da foto chama-se Parkash Chhibber e é dono do res­taurante Indian Fusion em Edmonton, no Canadá. Parkash é um imigrante que veio de Nova Delhi, na Índia.

Hoje, com uma vida mais confortável e em melhores condições, faz ques­tão de usar o seu restaurante para ajudar quem mais precisa. Inaugurado em 2009, o local também oferece refeições para os que não podem pagar há mais de seis meses. Ele pendurou uma placa que diz:

“Queridos amigos, se vocês estiverem com fome e sem dinheiro para pagar, apenas toque a campainha e entre para se alimentar/ tomar um café a qual­quer hora”.

A imagem da fachada foi postada no Imgur e já foi visualizada mais de 2 milhões de vezes. Em média, o restaurante ajuda de 3 a 5 pessoas por dia, mas às vezes chegam 10 pessoas, ou mais.

“Eu não sei dizer quantos já servimos, mas eu sinto que deveria ajudar ainda mais pessoas”, disse ao The Huffington Post.

Chhibber aprendeu o valor da generosidade depois de ser ajudado quando sofreu um acidente muito sério. Em 1992, ele foi atropelado por um carro enquanto esperava o transporte público. Sofreu 9 fraturas e perdeu o seu emprego. Nessa época, ele e sua esposa dependiam da bondade dos amigos para poder comer.

‘Eu já passei muita fome no passado. Eu sei a dor de não ter nada para comer’, relembra.

Agora, com o seu negócio, ele quer retribuir ao mundo todo o bem que rece­beu quando mais precisou.

Fonte: Sissy  INQUIETARIA  6 DE JUNHO DE 2016
(Revisão da versão portuguesa por ama)



Conselhos para enfrentar a morte de forma cristã - 3

Conselhos para enfrentar a morte de forma cristã

3. Entender que a morte não é um castigo, mas a entrada na vida eterna

A morte entrou no mundo para purificar o pecado que herdamos dos nossos primeiros pais. Será o momento de prestar contas a Deus, que nos ama infinitamente. A nossa esperança e alegria é Cristo, que nos salvou. A morte abrir-nos-á as portas para a felicidade sem fim.

Fonte: pildorasdefe


(Revisão da versão portuguesa por ama)

Pequena agenda docristão


Quarta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:

Simplicidade e modéstia.


Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?




Doutrina – 168

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ
SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ
CAPÍTULO PRIMEIRO CREIO EM DEUS PAI

O homem

72. Qual era a condição originária do homem segundo o projecto de Deus?

Deus, criando o homem e a mulher, tinha-lhes dado uma participação especial na própria vida divina, em santidade e justiça. Segundo o projecto de Deus, o homem não deveria nem sofrer nem morrer. Além disso, reinava uma harmonia perfeita no próprio ser humano, entre a criatura e o criador, entre o homem e a mulher, bem como entre o primeiro casal humano e toda a criação.

Onde há humildade há sabedoria

"Quia respexit humilitatem ancillae suae" – porque olhou para a baixeza da sua escrava... Cada vez me persuado mais de que a humildade autêntica é a base sobrenatural de todas as virtudes. Fala com Nossa Senhora, para que Ela nos ensine a caminhar por esta senda. (Sulco, 289)

Se recorrermos à Sagrada Escritura, veremos como a humildade é um requisito indispensável para nos dispormos a ouvir Deus. Onde há humildade há sabedoria, explica o livro dos Provérbios. A humildade consiste em nos vermos como somos, sem disfarces, com verdade. E ao compreendermos que não valemos quase nada, abrimo-nos à grandeza de Deus. Esta é a nossa grandeza.

Que bem o compreendia Nossa Senhora, a Santa Mãe de Jesus, a criatura mais excelsa de todas as que existiram e hão-de existir sobre a terra! Maria glorifica o poder do Senhor, que depôs do trono os poderosos e elevou os humildes. E canta que n'Ela se realizou uma vez mais esta providência divina: porque olhou para a baixeza da sua escrava; portanto, eis que, de hoje em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada.


Maria manifesta-se santamente transformada, no seu coração puríssimo, em face da humildade de Deus: o Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. E, por isso mesmo, o Santo que há-de nascer de ti será chamado Filho de Deus. A humildade da Virgem é consequência desse abismo insondável de graça, que se opera com a Encarnação da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade nas entranhas da sua Mãe sempre Imaculada. (Amigos de Deus, n. 96)

Evangelho, comentário, L. espiritual


Tempo Comum

Evangelho: Mt 5, 17-19

17 «Não julgueis que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim para os abolir, mas sim para cumprir. 18 Porque em verdade vos digo: antes passarão o céu e a terra, que passe uma só letra ou um só traço da Lei, sem que tudo seja cumprido. 19 Aquele, pois, que violar um destes mandamentos mesmo dos mais pequenos, e ensinar assim aos homens, será considerado o mais pequeno no Reino dos Céus. Mas o que os guardar e ensinar, esse será considerado grande no Reino dos Céus.

Comentário:

A tremenda responsabilidade de quem ensina, sobretudo aos mais débeis e incultos sejam ou não crianças, tem de estar bem presente na mente de quem o faz.

Ensinar mal ou transmitir erradamente conceitos e doutrinas é um pecado gravíssimo com consequências devastadoras para quem os recebe.

Este é um “peso” que nenhum cristão deve querer suportar por isso mesmo deve documentar-se e estudar a fundo o que ensina.

(ama, comentário sobre Mt 5, 17-19, 2015.03.11)



Leitura espiritual



INTRODUÇÃO AO CRISTIANISMO

"Creio em Deus" – Hoje

SEGUNDA PARTE

JESUS CRISTO

CAPÍTULO PRIMEIRO

"Creio em Jesus Cristo seu Filho Unigénito, Nosso Senhor".

IV. Caminhos da Cristologia

3. Cristo, "o último Homem”.

Digressão: Estruturas do Crístico

1.   O individual e o todo.

Chegamos assim à pergunta inicial, podendo dizer: Igreja e ser-cristão giram em torno do homem assim compreendido. Seriam elementos sem função, se houvesse exclusivamente mónadas-humanas, seres do cogito, ergo sum. Estão relacionados ao homem que é "ser-com" (= participação) e que somente subsiste nos entrelaçamentos colectivos, consequência do princípio da corporeidade. Igreja e ser-cristão somente existem por causa da história, das implicações colectivas que caracterizam o homem; é neste plano que devem ser compreendidos. A sua razão de ser está em prestar serviço à história, como história, e em forçar ou modificar a prisão colectiva que forma o local da existência humana. Conforme a Carta aos Efésios, a obra salvadora de Cristo consistiu exactamente em obrigar a cair de joelhos os poderes e as dominações, nos quais Orígenes, no comentário sobre esse texto, via as forças colectivas que sufocam o homem: a força do meio ambiente, da tradição nacional; aquele impessoal "a gente" que humilha e destrói o homem. Categorias como pecado original, ressurreição da carne, juízo universal etc., só se podem compreender sob este ângulo, pois a sede do pecado original há-de ser procurada exactamente na teia colectiva que antecede a cada existência individual, como facto espiritual e não em alguma transmissão biológica entre indivíduos de resto totalmente isolados. Falar do pecado original significa que nenhum homem pode começar na estaca zero, num status integritatis (completamente intacto do toque da história). Ninguém se encontra naquela etapa inicial sem mancha, em que lhe bastaria desenvolver-se livremente e projectar o que tivesse de bom; cada qual vive em uma implicação que é parte da sua existência. Juízo universal, por sua vez, é a resposta a estes colectivos entrelaçamentos. Ressurreição exprime a ideia de que a imortalidade do homem só pode subsistir e ser imaginada na co-existência dos homens, no homem como o ser da co-existência, como mais tarde ainda será melhor exposto. Finalmente o conceito de redenção, como já se disse, também terá sentido somente nesta esfera; não se refere a um destino monádico, separado do indivíduo. Portanto, se o plano real do Cristianismo há-de ser procurado neste domínio, a que chamamos de "historicidade" na falta de termo melhor, segue-se que podemos prosseguir esclarecendo: ser-cristão, conforme a sua finalidade primeira, não é um carisma individual, mas social. Não se é cristão porque só cristãos se salvam, mas é-se cristão, porque a diaconia cristã tem sentido e é necessária para a história.

Contudo, a esta altura, segue-se um segundo passo muito decisivo que, à primeira vista, aparenta ser uma volta para o lado oposto, sendo, na verdade, consequência necessária do que foi exposto. Porquanto, se se é cristão para participar de uma diaconia em benefício do conjunto, isto denota, simultaneamente, que o cristianismo vive de cada um e para cada um, exactamente por causa deste nexo com o todo, porque a mudança da história, a supressão da ditadura do meio só pode dar-se pela participação de cada um. Vejo aqui, salvo melhor juízo, o fundamento daquele factor cristão incompreensível para o homem de hoje e para as outras religiões, a saber, que no Cristianismo tudo depende, afinal, do homem Jesus de Nazaré, crucificado pelo seu ambiente – a opinião pública – que exactamente na sua cruz despedaçou essa força do "a gente", o poder do anonimato, que conserva o homem prisioneiro. Em oposição a esta força anónima ergue-se o nome de um único: Jesus Cristo, a convidar o homem a segui-lo, isto é: a carregar a cruz como ele, para vencer o mundo, sendo crucificado para ele, contribuindo assim para a renovação da história. O apelo do Cristianismo dirige-se radicalmente a cada um em particular, exactamente por visar à história como um todo; precisamente por isto o cristianismo adere, como um todo, a este um e único no qual se realizou a ruptura com a derrota dos poderes e das violências. Repetido ainda de outro modo: o Cristianismo está polarizado para o todo, não podendo ser compreendido, a não ser da e para a comunidade; o Cristianismo não representa salvação do indivíduo isolado, mas o serviço em benefício do conjunto, do qual não pode nem deve escapar: precisamente por isto, em extremo radicalismo, ele conhece um princípio "individual". O escândalo inaudito de que um único – Jesus Cristo – é acreditado como a salvação do mundo, encontra, aqui, o ponto exacto da sua necessidade. O único é a salvação do todo, e o todo recebe a sua salvação exclusivamente do único, que realmente é único e que, exactamente por causa disto, cessa de existir só para si.

Creio que, visto assim, também se pode compreender não existir semelhante recurso ao indivíduo nas outras religiões. O hinduísmo não procura o todo, mas o indivíduo a salvar-se, fugindo do mundo, a roda de Maia. Precisamente por não visar o todo, na sua mais profunda intenção, mas desejar apenas desenvencilhar o indivíduo da sua situação perdida, o hinduísmo é incapaz de admitir outro indivíduo como importante e decisivo para a salvação de alguém. A sua desvalorização do todo resulta, portanto, em desvalorização também do individual, ao fazer cair o "para" como categoria.

Resumindo, eis o resultado das nossas considerações: o Cristianismo origina-se do princípio da "corporeidade" (historicidade), devendo ser pensado na esfera do todo, da qual recebe o seu sentido. Estabelece, contudo, forçosamente, um princípio do "individual", que é o seu escândalo, tornando-se, porém, visível, agora, na sua interna necessidade e racionalidade.

2.   O princípio do "para".

A fé cristã solicita cada um, querendo-o, porém, para o todo e não para si mesma; por isto a norma fundamental da existência cristã exprime-se na partícula "para", eis a conclusão a ser forçosamente tirada do que até agora foi dito. Por isto, no principal dos sacramentos cristãos, que forma o centro da liturgia, declara-se a existência de Jesus Cristo, como existência "para muitos" e "para vós", como existência aberta que cria e possibilita a comunicação de todos entre si pela comunicação nele. Por isso, como vimos, completa-se e realiza-se a existência de Cristo, como existência exemplar na sua abertura na cruz. Portanto, anunciando e explicando a sua morte, ele pode dizer: "Vou e venho a vós" (Jo 14,28): pela minha partida, será derrubada a parede da minha existência que agora me limita; assim este acontecimento representa a minha verdadeira chegada, na qual consumo o que sou, a saber: aquele que reúne a todos na unidade da sua existência que não é limite, mas unidade.

Neste sentido a Patrística apontou para os braços do Senhor, abertos na cruz. Vê neles, primeiro, o protótipo do gesto orante, tal como o encontramos reproduzido nas figuras orantes das catacumbas. Os braços do crucificado revelam-no como o adorador, conferindo, ao mesmo tempo, uma nova dimensão à adoração que representa o elemento específico da glorificação de Deus: os braços abertos de Cristo são expressão de adoração também e precisamente por exprimirem a total entrega aos homens, como gesto do abraço, da plena e indivisa fraternidade. A partir da cruz, a Teologia patrística encontrou, simbolicamente, o entrelaçamento de adoração e fraternidade, e viu representada no gesto cristão de orar a indissolubilidade do serviço aos homens e da glorificacção de Deus.

Ser-cristão denota, ao mesmo tempo, passagem do ser para si mesmo ao ser para os outros. Com o que se esclarece o sentido do conceito de escolha ("predestinação") que muitas vezes nos parece estranho. Escolha não quer dizer uma preferência do indivíduo, fechada em si, a segregá-lo dos outros, mas a admissão na tarefa comum da qual já se falou. De acordo com isso, a opção cristã fundamental significa a aceitação do "ser-cristão", a abjuração do concentramento sobre o "eu" e a adesão à existência de Jesus Cristo voltada para o todo. A mesma coisa está incluída no convite à sequela da cruz, que absolutamente não exprime uma devoção particular, mas está subordinada a um pensamento básico, a saber, que o homem, abandonando o isolamento e a tranqüilidade do próprio "eu", saia de si, para seguir o crucificado e existir para os outros, mediante a crucificação do seu "eu". De modo geral, os grandes painéis da história da salvação, que representam também as figuras básicas do culto cristão, são expressão do princípio "para". Pensemos, por exemplo, no quadro do êxodo clássico da história sagrada, ou seja, da saída do Egipto: tornou-se o êxodo perene da auto-ultrapassagem. O mesma ecoa na cena da páscoa, em que a fé formulou a nexo da mistério da cruz e da ressurreição com o pensamento da saída da Antigo Testamento.

João reproduziu tudo isto num quadro tomado de empréstimo aos fenómenos da natureza. Com o que o horizonte se amplia, para além do antropológico e do salvífico, tocando o cósmico. O que se declara como estrutura básica da vida cristã, no fundo já representa o cunho da mesma criação. "Em verdade, em verdade eu vos digo: se o grão de trigo lançado na terra não morrer, fica só, como é; mas, se morrer, produz abundante fruto" (Jo 12,24). Já na esfera cósmica domina a lei de que a vida só chega através da morte, mediante a auto-perdição. O que se configura deste modo na criação, alcança o seu ápice no homem e, finalmente, no homem exemplar, Jesus Cristo que abre os portais da vida autêntica aceitando o destino do grão de trigo, atravessando o auto-oblacção, deixando-se abrir e perdendo-se. Partindo das experiências da história da religião que justamente neste ponto se tocam estreitamente com as da Bíblia, poderíamos dizer: o mundo vive de sacrifício. Encontram aqui a sua realidade e validez os grandes mitos que declaram ter sido formado o cosmos por meio de um proto-sacrifício e viver exclusivamente de sua própria oblacção. O princípio cristão do êxodo torna-se patente através dos símbolos míticos: "Quem ama a própria vida, perde-a; e quem odeia a própria vida neste mundo, conservá-la-á para a vida eterna" (Jo 12,25; cfr. Mc 8,35 par). Contudo, para terminar, é preciso declarar que jamais serão suficientes todas as auto-superações próprias do homem. Quem somente deseja dar, sem estar disposto a receber, quem só quer existir para os outros, não estando pronto a reconhecer que também ele, por sua vez, vive da dádiva inesperável e improvocável do "para" dos outros, deturpa a autêntica maneira de ser do homem, destruindo necessariamente o verdadeiro sentido da reciprocidade. Todas as auto-superações, para serem produtivas, precisam da aceitação da parte dos outros e, em última instância, da parte do Outro, que é o autêntico Outro da humanidade inteira e, ao mesmo tempo, é o todo unido a ela: o homem Deus Jesus Cristo.

(cont)

joseph ratzinger, Tübingen, verão de 1967.

(Revisão da versão portuguesa por ama)