22/12/2016

Não deixes de rezar, eu escuto-te

Os santos, anormais?... Chegou a hora de acabar com esse preconceito! Havemos de ensinar, com a naturalidade sobrenatural da ascética cristã, que nem sequer os fenómenos místicos são anormais; têm a naturalidade própria desses fenómenos, tal como outros processos psíquicos ou fisiológicos têm a sua (Sulco, 559)

Eu falo da vida interior de cristãos normais e correntes, que habitualmente se encontram em plena rua, ao ar livre; e que na rua, no trabalho, na família e nos momentos de diversão estão unidos a Jesus todo o dia. E o que é isto senão vida de oração contínua? Não é verdade que compreendeste a necessidade de ser alma de oração, numa intimidade com Deus que te leva a endeusar-te? (...)

A princípio custará. É preciso esforçarmo-nos por nos dirigir ao Senhor, por lhe agradecermos a sua piedade paternal e concreta para connosco. Pouco a pouco o amor de Deus torna-se palpável – embora isto não seja coisa de sentimentos – como uma estocada na alma. É Cristo que nos persegue amorosamente: Eis que estou à porta e chamo. Como anda a tua vida de oração? Não sentes às vezes, durante o dia, desejos de falar mais devagar com Ele? Não Lhe dizes: logo vou contar-te isto e aquilo; logo vou conversar sobre isso contigo?

Nos momentos dedicados expressamente a esse colóquio com o Senhor o coração expande-se, a vontade fortalece-se, a inteligência – ajudada pela graça – enche a realidade humana com a realidade sobrenatural. E, como fruto, sairão sempre propósitos claros, práticos, de melhorares a tua conduta, de tratares delicadamente, com caridade, todos os homens, de te empenhares a fundo – com o empenho dos bons desportistas – nesta luta cristã de amor e de paz.

A oração torna-se contínua como o bater do coração, como as pulsações. Sem essa presença de Deus não há vida contemplativa. E sem vida contemplativa de pouco vale trabalhar por Cristo, porque em vão se esforçam os que constroem se Deus não sustenta a casa. (Cristo que passa, 8)


Temas para meditar - 678

Critério

Alguns dos Seus parentes, deixando-se levar por pensamentos meramente humanos, interpretaram a absorvente dedicação de Jesus ao apostolado como um exagero, explicável - na sua opinião - apenas por uma perda de juízo. 
Ao ler estas palavras do Evangelho, não podemos pelo menos deixar de nos sentir afectados pensando naquilo a que Se submeteu Jesus por nosso amor: a que dissessem que «tinha perdido o juízo». 
Muitos santos, a exemplo de Cristo, passarão também por loucos, mas serão loucos de Amor, loucos de Amor a Jesus Cristo. 

Bíblia Sagrada anot. pela Fac. de Teol. da Univ. de Navarra Comentário Mc 3, 20-21



Evangelho e comentário

Tempo do Advento

Evangelho: Lc 1, 46-56

Naquele tempo, Maria disse: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Porque pôs os olhos na humildade da sua serva: de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu nome. A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre». Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses e depois regressou a sua casa.

Comentário:

Por muito que se queira, mesmo possuindo qualidades literárias ex­cepcionais, ninguém será capaz de comentar com plenitude este acontecimento que São Lucas nos relata.

Melhor será, portanto, pedir à Senhora que nos dê a simplicidade necessária para entender e, entendendo, agradecer à Mãe tão extraordinária lição de humilde alegria e declaração de Fé.

(ama, comentário sobre Lc 1, 46-56 2015.12.22)






Leitura espiritual

Leitura espiritual




A Cidade de Deus 


Vol. 1
CAPÍTULO III

Quão imprudentemente os Romanos acreditaram que os deuses Penates impotentes para guardarem Troia, os haviam de proteger.

Eis a que deuses se compraziam os Romanos de entregarem a defesa da Urbe!

Que lamentável erro!

E ardem em cólera contra nós quando dizemos estas coisas dos seus deuses!

Todavia, não se enfurecem contra os seus escritores e até pagam, para os estudarem, a professores que consideram dignos de honras e estipêndio público.

Precisamente segundo Virgílio — que, como o maior e o mais brilhante de todos os poetas, leem desde crianças, para que o espírito ainda tenro delas fique dele impregnado de forma a não mais poder ser esquecido, conforme os versos de Horácio:

A vasilha que recentemente se impregnou de perfume, largo tempo o conservará.[i]

Precisamente, segundo Virgílio, Juno aparece cheia de ódio aos Troianos, açulando Éolo, rei dos ventos, contra eles, dizendo:

Um povo meu inimigo vai sulcando as ondas do Tirreno; leva consigo, para Itália, ílio e os Penates vencidos.[ii]

Foi a estes Penates vencidos que homens prudentes tiveram que recomendar Roma para que não fosse vencida?

Juno falava assim como uma irada mulher que não sabe o que diz. E que diz Eneias, tantas vezes chamado piedoso?

Não será ele quem conta como

Panto, filho de Otreu, sacerdote da cidadela de Febo, levando de rastos nas suas mãos os objectos sagrados, os deuses vencidos e o seu netito, vem em louca correria até aos meus umbrais? [iii]


Não mostra que tais deuses — que não duvida de chamar vencidos — a ele foram confiados em vez de ser ele a eles confiado, quando diz

Troia confia-te os seus objectos sagrados e os seus penates? [iv]

Se, pois, Virgílio considera estes deuses vencidos e até confiados a um homem para conseguirem a fuga — não será uma loucura pensar que Roma foi acertadamente confiada a tais protectores, e que só poderia ser assolada se os perdesse?

Mais ainda — prestar culto a uns deuses vencidos como esses guias e defensores que mais será senão ter, não divindades propícias, mas maus pagadores? [v]

Que é mais razoável: acreditar que Roma teria evitado essa calamidade se os deuses não tivessem perecido antes dela, ou que eles teriam perecido de há muito se ela não tivesse feito o impossível por conservá-los?
De facto, quem é que se não apercebe à primeira vista de quão louca foi a sua presunção de se julgar invencível sob a protecção de defensores vencidos e de atribuir a sua ruína à perda dos seus deuses protectores, quando a sua perdição pode muito bem ter resultado de ter escolhido protectores perecíveis?

Não, não era o prazer de mentir que impedia os poetas a escreverem e a cantarem aquilo acerca dos deuses vencidos: era a verdade que os obrigava a confessá-lo como homens de boa fé.

Estas questões tratá-las-ei noutro lugar, mais oportuna, diligente e pormenorizadamente.
Por agora, vou tratar rapidamente conforme o plano traçado e as minhas possibilidades, dos ingratos que, blasfemando, imputam a Cristo os males de que estão padecendo como resultado da corrupção da sua vida.
Até eles foram poupados por amor a Cristo, e nem sequer prestam atenção a esse facto. Com sacrílega e perversa desenvoltura, servem-se contra este nome das mesmas línguas de que hipocritamente se serviram para salvarem a vida — essas línguas que, cheios de medo, refrearam nos lugares sagrados, para ficarem a salvo e sem perigo, mas uma vez respeitados pelos inimigos por amor a Cristo, logo vomitam maldições contra Ele.

CAPÍTULO IV

O asilo de Juno em Troia a ninguém salvou das mãos dos Gregos. Pelo contrário, as basílicas dos apóstolos livraram todos os que a elas se acolheram do furor dos bárbaros.

A própria Troia, como disse, mãe do Povo Romano, não pôde defender nos templos os seus habitantes do fogo e ferro dos Gregos, que prestavam culto aos mesmos deuses.

Todavia,
no asilo sagrado de Juno, os guardiões escolhidos — Fénix e o cruel Ulisses— guardavam os despojos da guerra.

Por aqui e por ali, se amontoavam os tesouros de Troia, retirados dos templos em chamas: mesas aos deuses consagradas, taças de ouro maciço, vestes roubadas.
À volta, em pé e em longa fila, estão apavoradas as mães com os filhinhos. [vi]

É isto: foi escolhido o lugar consagrado a tão grande deusa, não para impedir a saída dos cativos, mas antes para os manter ali cativos.

Compara agora aquele asilo — que não é de qualquer divindade gregária, nem da turbamulta dos deuses, mas da própria irmã e esposa de Júpiter, rainha de todos os deuses — , compara-o com os lugares dedicados aos nossos Apóstolos.

Daquele, levavam-se os despojos roubados aos deuses e aos templos incendiados, não para os oferecerem aos vencidos mas para os repartirem pelos vencedores — para aqui, bem ao contrário, trazia-se com honra e até com um sagrado respeito o que fosse encontrado em outra parte pertencente a estes lugares;
ali, perdia-se a liberdade — aqui, ficava ela assegurada;
ali, assegurava-se o cativeiro — aqui, proibia-se;
ali, eram encerrados como presa da ambição dos inimigos — para aqui os traziam os inimigos, movidos de compaixão, para lhes concederem a liberdade.

Enfim, àquele templo da deusa Juno, tinha-o escolhido o orgulho e a avareza dos frívolos gregos — ao passo que estas basílicas de Cristo foram escolhidas pela humildade e a compaixão mesmo de bárbaros desumanos.

A menos que os Gregos, naquela sua vitória, poupassem os templos dos deuses comuns e não tivessem ousado ferir ou reduzir ao cativeiro os infelizes e vencidos Troianos lá refugiados; nesse caso, Virgílio teria mentido ao jeito dos poetas.

Mas é ele mesmo quem nos descreve o costume dos inimigos quando saqueiam cidades.

(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)





[i] Quo semel est imbuta recens servabit odorem Testa diu.
Horácio, Epist. I, 2, 69-70.
[ii] Gens inimica mihi Tyrrhenum navigat aequor, Ilium in Italiam portans victosque penates.
Vergílio, Eneida, I, 67-68.
[iii] Panthus Othryades, areis Phoebique sacerdos, Sacra manu, uictosque deos, parvumque nepotem Ipse trahit, cursuque amens ad limina tendit.
Vergílio, Eneida, II, 319-321.
[iv] Sacra suosque tibi commendat Troia Penates?
Vergílio, Eneida, II, 293.
[v] Neste passo Santo Agostinho faz um jogo de palavras que na tradução perde muito do seu vigor e toda a sua graça. O texto latino reza assim: quid est aliud quam tenere non numina bona se d nomirn mala? À letra: «que mais é senão, ter não bons deuses mas créditos (títulos de dívida) maus»?
Efectivamente, na linguagem jurídica, nomen significa nome, título, de um devedor, e, portanto título de crédito. Os mala nomina são portanto os títulos incobráveis. Cf. Ernout-Meillet: Dic. Etymol, de la langue lat.. Paris 1939
[vi] Junonis asylo
Custodes lecti, Phoenix et dims Ulyxes, Praedam adservabant; hue undique Troia gaza Incensis erepta adytis, mensaeque deorum Crateresque auro solidi captivaque vestis Congeritur. Pueri et pavidae longo or dine matres Stant circum.
Vergílio, Eneida, II, 761-767.

CONTO DE NATAL 2016

Tinha abraçado a vocação ao sacerdócio com toda a convicção, mas agora tinha dúvidas, muitas dúvidas. E não eram, infelizmente, dúvidas sobre o sacerdócio, mas sobre o próprio Deus.

Não percebia porquê, mas agora que se aproximava o dia de Natal olhava para trás e percebia o ano terrível que tinha vivido.
A morte dos seus pais ainda relativamente novos, num acidente; aquele seu irmão, tão novo, com aquela doença incurável; aquele seu amigo de infância que ao fim de tantos anos de dificuldades, depois de nunca ter desistido de lutar, tinha acabado por “vencer na vida” e de repente, por um incêndio fortuito, tinha ficado novamente sem nada.
E o mundo? Que mundo este em que se trucidavam crianças, se decapitavam pessoas, se tratava melhor os animais do que os seres humanos, um mundo em que a barbárie, não só da violência física, mas também a violência verbal e psíquica, se tinha instalado e “dava cartas” em todo o lado.

E Deus? Deus onde parava? Por onde andava?
Sim ele sabia bem, (tinha-o estudado profundamente), que Deus nos tinha criado em liberdade total e por isso não interferia na liberdade de cada um.
Mas, caramba, há um tempo para tudo!
Então Deus podia assistir impávido e sereno à destruição do bem, à destruição da humanidade que Ele mesmo tinha criado à sua imagem e semelhança?
Tudo isto, somado a uma Igreja que a seus olhos parecia não encontrar união, mas parecia antes querer encontrar pontos de divisão, mais as conversas mantidas com tanta gente desiludida e revoltada, levantavam-lhe dúvidas, muitas dúvidas, a que ele não conseguia responder, sobretudo no seu íntimo.
Lembrava-se perfeitamente da Missa que tinha celebrado no dia anterior e como lhe tinha custado.
Na altura da consagração apeteceu-lhe deixar a patena e o cálice no altar e não proferir as palavras da consagração, mas depois lembrou-se que, mesmo que ele não acreditasse, a consagração sempre aconteceria, tal como ensinava a Igreja.

Era dia 24 de Dezembro e estava na sacristia pensando que ainda teria que celebrar à noite a Missa do Galo.
Era fim de tarde e a essa hora já não estava ninguém na igreja.
Foi colocar-se em frente ao sacrário com a cabeça entre as mãos e ali se deixou ficar, sem pensar, nem dizer nada, sem nada fazer.
Ao fim de algum tempo, cansado da posição em que estava e percebendo que o dia já estava a acabar, olhou o sacrário com um olhar ainda de esperança e disse:
Senhor Jesus Cristo, se aí estás, dá-me um sinal, qualquer coisa que me faça sair deste torpor que me afasta de Ti. Eu quero-Te, mas sinto-me cada vez mais longe de Ti.

Saiu da igreja e dirigiu-se para casa, mas em vez de seguir pela estrada normal, decidiu atravessar o pequeno pinhal que ficava entre a igreja e a casa onde vivia.
A luz do crepúsculo provocava sombras estranhas nas árvores, mas isso não lhe interessava minimamente, pois caminhava totalmente absorto nos seus pensamentos sobre Deus e sobre a sua fé.

Pareceu-lhe ouvir um ruído, um gemido, qualquer coisa, talvez um animal ferido.
Parou e pôs-se à escuta.
Ouviu então algo que lhe pareceu um choro de criança, pelo que começou à procura por entre os arbustos, tentando descobrir de onde vinha tal lamento.
Encontrou então deitada no chão da mata, envolvida num pequeno cobertor, uma criança, que chorava lancinantemente..
Aproximou-se e percebeu que, embora já não fosse um recém-nascido, era sem dúvida uma criança nascida há muito pouco tempo.
Retirou com todo o cuidado o cobertor que a envolvia e verificou que apesar das circunstâncias a criança lhe parecia estar bem de saúde.
Tocou-lhe numa mão com o seu dedo para ver a sua reacção, e logo os pequeninos dedos do bebé se agarraram, como desesperados ao seu dedo, com uma força tal que o espantou.
Colocou-o ao colo e trouxe-o para a estrada, enquanto ligava para as emergências explicando o assunto, e pedindo uma ambulância.
Sentou-se num marco na berma da estrada com a criança ao colo e mais uma vez colocou o seu dedo entre aquela pequena mão, que logo o agarrou novamente com toda a força.
Estava assim, embevecido a olhar para a cara do bebé, que entretanto tinha acalmado e dormitava no seu colo com uma expressão muita calma, quando sentiu no seu coração as seguintes palavras:
Vês, meu filho, só tens que fazer isto mesmo! Abandona-te como uma criança, agarra a minha mão com toda a tua força e perceberás que estás ao meu colo, que Eu estou contigo, e que, quaisquer que sejam as tuas dúvidas, eu sou o Senhor teu Deus que te ama, que te chama e que te guia. Hoje é noite de Natal! Quando regressares à igreja, vai junto do presépio e coloca o teu dedo nas mãos da minha imagem deitado nas palhinhas. Acredita, meu filho, que mesmo sem sentires, Eu me agarrarei ao teu dedo e não te deixarei partir, porque te amo e te quero para mim!

Ao longe já se viam as luzes da ambulância e ele iria jurar que se pareciam exactamente com as estrelas que tinha iluminado os pastores naquela Santa Noite!

O seu coração exultou de alegria e exclamou dentro de si:
Meu Senhor e meu Deus! Ó meu Menino Jesus, obrigado pelo teu presente de Natal!!!

Foi com muita relutância que deixou os bombeiros tirarem dos seus braços aquele seu “Menino Jesus”!


Marinha Grande, 19 de Dezembro de 2016
Joaquim Mexia Alves


Actos dos Apóstolos

Actos dos Apóstolos

I. A IGREJA DE JERUSALÉM [i]

Capítulo 4

A oração dos fiéis

23Logo que foram postos em liberdade, foram ter com os seus e contaram-lhes tudo quanto os sumos sacerdotes e os anciãos lhes tinham dito. 24Depois de tudo terem ouvido, ergueram a voz a Deus, numa só alma, e disseram:

«Senhor, Tu é que fizeste o Céu, a Terra, o mar e tudo o que neles se encontra. 25Tu disseste pelo Espírito Santo e pela boca do nosso pai David, teu servo:
‘Porque bramiram as nações
e os povos formaram vãos projectos?
26Levantaram-se os reis da Terra
e os chefes coligaram-se
contra o Senhor e contra o seu Ungido.

27Sim, realmente, Herodes e Pôncio Pilatos coligaram-se nesta cidade com as nações e os povos de Israel, contra o teu Santo Servo Jesus, a quem ungiste, 28para levarem a cabo tudo quanto determinaste antecipadamente, pelo teu poder e sabedoria. 29Agora, Senhor, tem em conta as suas ameaças e concede aos teus servos poderem anunciar a tua palavra com todo o desassombro, 30estendendo a tua mão para se operarem curas, milagres e prodígios, em nome do teu Santo Servo Jesus.»

31Tinham acabado de orar, quando o lugar em que se encontravam reunidos estremeceu, e todos ficaram cheios do Espírito Santo, começando a anunciar a palavra de Deus com desassombro.



[i] (1,12-6,7)

Graus da perfeição - 13

17 Graus da perfeição


13. Procurar sempre confessar-se com profundo conhecimento da própria miséria e com sinceridade cristalina.


(são joão da cruz, em Pequenos Tratados Espirituais)


(tradução por ama)

Pequena agenda do cristão



Quinta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Participar na Santa Missa.


Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.


Lembrar-me:
Comunhões espirituais.


Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?