12/02/2017

Fátima: Centenário


Senhora de Fátima:


Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.

No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.

Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.
Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Há-de urgir-te a caridade de Cristo

Tens necessidade de vida interior e de formação doutrinal. Exige-te! – Tu, cavalheiro cristão, mulher cristã, tens de ser sal da terra e luz do mundo, porque estás obrigado a dar exemplo com um santo descaramento. Há-de urgir-te a caridade de Cristo e, ao sentires-te e saberes-te outro Cristo a partir do momento em que lhe disseste que o seguias, não te separarás dos teus semelhantes – os teus parentes, os teus amigos, os teus colegas –, da mesma maneira que o sal não se separa do alimento que condimenta. A tua vida interior e a tua formação abrangem a piedade e o critério que deve ter um filho de Deus, para temperar tudo com a sua presença activa. Pede ao Senhor para seres sempre esse bom condimento na vida dos outros. (Forja, 450)

Um cristão não pode reduzir-se aos seus problemas pessoais, pois tem de viver face à Igreja universal, pensando na salvação de todas as almas.

Deste modo, até aquelas facetas que poderiam considerar-se mais íntimas e privadas – a preocupação pelo progresso interior – não são, na realidade, individuais, visto que a santificação forma uma só coisa com o apostolado. Havemos de esforçar-nos, na nossa vida interior e no desenvolvimento das virtudes cristãs, pensando no bem de toda a Igreja, dado que não poderíamos fazer o bem e dar a conhecer Cristo, se na nossa vida não se desse um esforço sincero por realizar os ensinamentos do Evangelho.

Impregnadas deste espírito, as nossas orações, ainda que comecem por temas e propósitos aparentemente pessoais, acabam sempre por ir ter ao serviço dos outros. E, se caminharmos pela mão da Virgem Santíssima, Ela fará com que nos sintamos irmãos de todos os homens, porque todos somos Filhos desse Deus de que Ela é filha, esposa e mãe.


Os problemas dos outros devem ser os nossos problemas. A fraternidade cristã deve estar bem no fundo da nossa alma, de tal modo que nenhuma pessoa nos seja indiferente. Maria, Mãe de Jesus, que O criou, O educou e O acompanhou durante a sua vida terrena e agora está junto d'Ele nos Céus, ajudar-nos-á a reconhecer Jesus em quem passa ao nosso lado, tornado presente para nós nas necessidades dos nossos irmãos, os homens. (Cristo que passa, 145)

Evangelho e comentário

Tempo comum


Evangelho: Mt 5, 20-28

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se a vossa justiça não superar a dos escribas e fariseus, não entrareis no reino dos Céus. Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Não matarás; quem matar será submetido a julgamento’. Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que se irar contra o seu irmão será submetido a julgamento. Ouvistes que foi dito: ‘Não cometerás adultério’. Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que olhar para uma mulher com maus desejos já cometeu adultério com ela no seu coração. Ouvistes ainda que foi dito aos antigos: ‘Não faltarás ao que tiveres jurado, mas cumprirás diante do Senhor o que juraste’. Eu, porém, digo-vos que não jureis em caso algum. A vossa linguagem deve ser: ‘Sim, sim; não, não’. O que passa disto vem do Maligno».

Comentário:

Há uma “declaração” de Jesus neste trecho de São Mateus que, forçosamente, nos fará pensar detidamente:

«todo aquele que olhar para uma mulher, cobiçando-a, já cometeu adultério com ela no seu coração»

Aqui se vê a importância da “guarda da vista” porque ver é algo muito diferente de reparar.

Quantos pecados – por vezes bem sórdidos – têm a sua origem na vista?

Aliás, todo o pecado, por assim dizer, é sórdido, mau, aberrante, mas, e no caso vertente, ninguém ignora que o nosso pensamento e imaginação nos levam por vezes por caminhos de incrível perversidade.

Basta um segundo, um fugaz pensamento, um desejo mal expresso e, todavia, deixámo-nos corromper.

Tenhamos bem presente o seguinte:

Ao demónio não lhe interessa nada que nos concentremos na oração, que, inclusive, nos preparemos com todo o amor e compunção para receber a Comunhão Eucarística e, assim, não raramente nos assedia com pensamentos ou desejos torpes precisamente nesses momentos.

Eu diria que “a força da tentação” estará em relação directa com a intensidade da nossa união com Deus.


(ama, comentário sobre Mt 5, 20-28, 2016.11.17)

Leitura espiritual

A CIDADE DE DEUS

Vol. 1

LIVRO VI

CAPÍTULO VII  

Semelhança e concordância entre a teologia mítica e a teologia civil.

E, pois, à teologia civil que se reduz a teologia fabulosa, teatral, cénica, plena de ignomínias e de torpezas; e a que justificadamente é considerada como inteiramente digna de rejeição e de condenação, mais não é que uma parte da outra tida como digna de ser cultivada e observada; e, como me propus demonstrar, certamente não é uma parte heterogénea, estranha a todo o corpo, a ele indevidamente unida e indevidamente dele dependente — mas antes em perfeita harmonia com o corpo, como um membro a ele adaptado com exactidão.

Que outra coisa, mostram efectivamente essas está­ tuas, formas, idades, sexo e vestuário dos deuses? Se os poetas apresentam um Júpiter barbudo e um Mercúrio imberbe, os pontífices não fazem o mesmo? O enorme pénis1 atribuído a Priapo pelos histriões, não o é também pelos sacerdotes? Apresenta-se este deus nos lugares sagrados, para ser adorado, de forma diferente da que se apresenta nos teatros para provocar a risota? Será que o velho Saturno e o efebo Apoio são personagens dos histriões e não estátuas dos templos?  Porque é que Forculus, que preside às portas, e Limentinus, que preside aos umbrais, são deuses masculinos, ao passo que Cárdea, a guardiã dos gonzos (cardines), que se encontra no meio deles, é fêmea? Não se encontram nos livros referentes às coisas divinas pormenores considerados pelos poetas sérios como indignos dos seus versos? Não é verdade que a Diana do teatro é portadora de armas e a da cidade se apresenta como uma simples donzela? Será que o Apoio que em cena é tocador de cítara, deixa de o ser em Delfos? Estes pormenores são ainda muito honestos em comparação com outros bem torpes. Que ideia fizeram de Júpiter os que colocaram a sua ama no Capitólio? Não vêm eles assim confirmar a teoria de Evémero, que, com a verborreia dum mitólogo, mas com a precisão de um historiador, escreveu que todos estes deuses tinham sido homens, simples mortais? E que mais quiseram senão transformar em galhofa as cerimónias sagradas os que sentaram os Epulões, deuses parasitas de Júpiter, à mesa deste? Com efeito, se um farsante anunciasse que alguns parasitas foram convidados para o banquete de Júpiter, é evidente que se julgaria que o que ele pretendia era fazer rir. Foi Varrão quem o disse, e disse-o, não para fazer troça dos deuses, mas para lhes prestar homenagem. E são os livros que tratam dos assuntos divinos, e não os que tratam dos humanos, que o testemunham; e este testemunho encontra-se, não nas passagens em que escreveu acerca dos jogos cénicos, mas naquelas em que expõe os direitos capitolinos! Varrão vê-se finalmente forçado por todos estes factos a confessar que julgaram os deuses sensíveis aos prazeres humanos precisamente porque os tinham representado com feições humanas.

Aliás, os espíritos malignos não puseram de parte as suas tarefas para confirmarem, zombando das inteligências humanas, estas nocivas ideias. Um exemplo: o guarda de um templo de Hércules, encontrando-se uma vez de folga, em dia de feriado, começou a jogar aos dados consigo mesmo; as suas mãos lançavam alternadamente os dados, uma por Hércules, a outra por si próprio; e o combinado era que, se ganhasse, a si próprio ofereceria uma boa ceia e pagaria a uma amante com os dinheiros do templo — e se a vitória fosse de Hércules, este do seu próprio dinheiro se serviria para os seus prazeres. Mas, uma vez vencido por si próprio, como se o tivesse sido por Hércules, obsequiou-o com a ceia devida à famosa meretriz Larentina. Esta adormeceu no templo e viu-se em sonhos nos braços de Hércules, que lhe disse que o primeiro jovem que encontrasse ao sair do templo lhe daria a recompensa, que devia considerar como se de Hércules fosse recebida. Ao sair, o primeiro com quem se encontrou foi o riquíssimo jovem Tarúcio. Este manteve-a consigo, durante muito tempo, como amante e, por sua morte, instituiu-a sua herdeira. Posta assim na posse de uma avultadíssima fortuna, para não parecer ingrata ao favor divino, declarou o povo romano seu universal herdeiro, julgando que assim praticava uma obra altamente grata aos deuses. Quando ela desapareceu, descobriram o seu testamento, o que, segundo se diz, lhe valeu mesmo as honras divinas.

Se os poetas imaginassem, se os farsantes representassem tais histórias, dir-se-ia, sem dúvida, que elas respeitam à teologia fabulosa e julgar-se-ia preciso eliminá-las da teologia civil por contrárias à sua dignidade. Mas, quando um tão grande mestre atribui estas torpezas, não aos poetas, mas aos povos, não aos comediantes mas aos ritos sagrados, não aos teatros mas aos templos, isto é, não à teologia fabulosa mas à teologia civil — têm os histriões desculpa quando representam nas suas comédias tamanhas desonestidades dos deuses; mas os sacerdotes é que não têm a menor desculpa quando, nas cerimónias pretensamente sagradas, procuram reconhecer aos deuses uma honestidade de que não são dotados.

Juno tem os seus ritos próprios, que se celebram em Samos, ilha da sua predilecção, onde ela foi dada em casamento a Júpiter; Ceres tem os seus ritos próprios, através dos quais se tenta encontrar Prosérpina raptada por Plutão; também Vénus tem os seus e neles se chora Adónis, seu jovem e formosíssimo amante, morto à dentada por um javali; a mãe dos deuses tem ritos próprios em que Átis, o belo adolescente que ela amava e que, por ciúme feminino, ela castrou, é chorado pelos desgraçados da mesma forma mutilados, a que chamam «galos». Se estes ritos são mais disformes que as torpezas cénicas — para quê tantos esforços em separar as ficções dos poetas acerca dos deuses (ficções próprias, claro está, do teatro) da teologia civil instituída, conforme se diz, para a cidade, como se separa o ignóbil e o obsceno do honesto e do decente? O que se deve antes é dar graças aos histriões por pouparem os olhares dos espectadores e por não porem a descoberto nas suas representações todas as ignomínias que se escondem por detrás dos muros dos templos.

Poderá pensar-se algo de bom acerca dos mistérios que se cobrem de trevas, quando os que se desenvolvem em plena luz são já tão abomináveis? Que ritos se praticam na sombra por intermédio desses castrados e invertidos, (molles) é lá com eles! Mas o que não puderam foi manter ocultos esses homens, desgraçada e vergonhosamente efeminados e corrompidos. Vejam se conseguem convencer seja quem for de que, pelo ministério de tais homens, realizam algo de santo, já que não podem negar que tais práticas se encontram entre as suas coisas santas. Ignoramos o que lá se faz, mas sabemos quem o faz. Conhecemos o que se passa em cena, onde nunca apareceu, nem mesmo no coro de meretrizes, um castrado ou um invertido. Todavia, são homens torpes e infames que representam nesses espectáculos — porque pessoas honestas não o poderiam fazer. Que ritos são esses em que a piedade escolhe para ministros seres que até a obscenidade do teatro (thymelica) se recusa a admitir no seu seio?

CAPÍTULO VIII

Interpretações naturais que os doutores pagãos pretendem dar acerca dos seus deuses.

Mas, conforme eles afirmam, tudo isto comporta interpretações fisiológicas, isto é, fundadas em razões naturais. Como se nesta discussão tratássemos da física em vez da teologia, da ciência da natureza em vez da ciência de Deus! Embora o verdadeiro Deus seja Deus por natureza e não por conceito, — todavia, nem toda a natureza é Deus: claro que o homem é natureza, o animal, a árvore, a pedra são natureza, — mas nada disto é Deus.

Mas se, quando se trata das coisas sagradas da mãe dos deuses, o fundamento desta interpretação consiste em considerar a Terra como mãe dos deuses, — para quê continuarmos a nossa investigação, para quê indagarmos o resto? Concebe-se prova mais evidente a favor da opinião dos que pretendem que todos os deuses foram homens? Se nasceram da Terra, pois então a Terra é sua mãe. Ora, em verdadeira teologia, a Terra é obra de Deus e não sua mãe. De resto, seja qual for a maneira de interpretar os mistérios desta deusa, referindo-os à natureza — o que de forma nenhuma é conforme à natureza, mas antes a ela contrário é, que os homens sirvam de mulheres. Esta doença, este crime, esta ignomínia (que só na tortura os homens de hábitos viciosos confessam), toma-se uma profissão na celebração desses mistérios.

Por outro lado, se estes ritos, que se provou serem mais ignóbeis do que as torpezas da cena, encontram a sua justificação e a sua purificação nas interpretações que neles descobrem sinais de factos naturais — porque é que se não consideram também justificadas e purificadas as ficções poéticas? Porque, afinal, também no mesmo sentido muitos as têm interpretado. Assim, a história nefanda e atroz de Saturno devorar seus filhos é interpretada por alguns simbolizando o decurso do tempo que vai consumindo tudo o que gera; ou então, na opinião do próprio Varrão, Saturno significaria as sementes que voltam de novo à terra donde saíram. Outros propõem outras explicações para este caso e semelhantes para outros casos.

E, contudo, chamam fabulosa a esta teologia — e censuram-na a ela e a todas as suas interpretações simbólicas; rejeitam-na, reprovam-na, separam-na tanto da teologia natural (a dos filósofos) como da teologia civil (a da cidade e dos povos) de que estamos a tratar, como merecedora de repúdio, porque as suas ficções são indignas dos deuses. A razão deste repúdio está no facto de que os homens tão argutos e doutos que escreveram sobre a questão entendiam que era preciso reprovar as duas teologias — a fabulosa e a civil; ousavam reprovar a primeira, mas não a segunda; apresentaram, portanto, a fabulosa como digna de condenação e expuseram a outra (a civil) como sua semelhante. Procederam assim, não para que esta fosse mantida com preferência àquela, mas para que se visse que tão censurável era uma como a outra, e, desta maneira, sem prejuízo para os que receavam censurar a teologia civil, este duplo desprezo permitia à teologia chamada natural impor-se aos melhores espíritos. Porque tanto a civil como a fabulosa, ambas são fabulosas e ambas são civis; verificará que ambas são fabulosas quem reparar na vacuidade e na obscenidade de ambas; notará que ambas são civis quem observar que os jogos cénicos que respeitam à fabulosa também se verificam nas festividades dos deuses da cidade e fazem parte do culto público.

Como se pode então atribuir a qualquer destes deuses o poder de concederem a vida eterna, se tanto as estátuas como o seu culto os apresentam nas suas formas, idades, sexo, costumes, casamentos, geração e ritos, tão semelhantes aos deuses fabulosos tão claramente reprovados? Tudo isto mostra que:

ou eles foram homens, em honra dos quais, por causa do teor da sua vida ou da sua morte, se instituíram ritos sagrados e solenidades, introduzindo e fomentando os demónios este erro;

ou se admite, pelo menos, que estes espíritos imundos, aproveitando todas as ocasiões, se insinuaram nas inteligências dos homens para os enganarem.


(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)


Doutrina – 223

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ
SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ
CAPÍTULO SEGUNDO

CREIO EM JESUS CRISTO, O FILHO UNIGÉNITO DE DEUS

«JESUS CRISTO DESCEU AOS INFERNOS, RESSUSCITOU DOS MORTOS AO TERCEIRO DIA»


Que «sinais» atestam a ressurreição de Jesus?



Para além do sinal essencial constituído pelo túmulo vazio, a Ressurreição de Jesus é atestada pelas mulheres que foram as primeiras a encontrar Jesus e o anunciaram aos Apóstolos. A seguir, Jesus «apareceu a Cefas (Pedro) e depois aos Doze. Seguidamente, apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez» (1 Cor 15,5-6) e a outros ainda. Os Apóstolos não teriam podido inventar a Ressurreição, uma vez que esta lhes parecia impossível: de facto, Jesus repreendeu-os pela sua incredulidade.

Tratado da vida de Cristo 147

Questão 51: Da sepultura de Cristo

Art. 3 — Se o corpo de Cristo se reduziu a cinza, no sepulcro.

O terceiro discute-se assim. — Parece que o corpo de Cristo se reduziu as cinzas, no sepulcro.

1. — Pois, assim como a morte foi a pena do pecado dos nossos primeiros pais, assim a redução às cinzas. Porquanto foi dito ao primeiro homem - Tu és pó e em pó te tornarás, como refere a Escritura. Ora, Cristo padeceu a morte para nos livrar dela. Logo, também o seu corpo devia reduzir-se a cinzas, a fim de livrar o nosso dessa mesma redução.

2. Demais. — O corpo de Cristo era da mesma natureza que o nosso. Ora o nosso corpo logo depois da morte, começa a desfazer-se e a entrar em putrefacção; porque, desaparecido o calor natural, sobrevém o calor estranho, causa da putrefacção. Logo, parece que o mesmo devia ter-se dado com o corpo de Cristo.

3. Demais. — Como se disse, Cristo quis ser sepultado, para nos dar a esperança de ressurgir, mesmo do sepulcro. Logo, também devia ter sofrido a redução a cinzas, para dar a esperança de ressurgir aos que se acham reduzidos a cinzas, mesmo depois dessa redução.

Mas, em contrário, a Escritura: Não permitirás que o teu santo veja corrupção. O que, Damasceno explica, se refere à corrupção resultante da redução aos elementos.

Não convinha que o corpo de Cristo se putrefizesse ou fosse de qualquer modo reduzido a cinzas. Porque a putrefacção de qualquer corpo provém-lhe da debilidade da natureza, que não pode mais conservar-lhe a unidade. Ora, a morte de Cristo como dissemos, não podia ser resultante da debilidade da natureza, a fim de que não se pensasse que não foi voluntária. Por isso quis morrer não de doença, mas dos padecimentos que lhe foram impostos e aos quais se ofereceu espontaneamente. Donde, a fim de que a sua morte não lhe fosse atribuída à doença, Cristo não permitiu o seu corpo putrefazer-se de nenhum modo, nem de nenhum modo corromper-se; mas, para mostrar o poder divino, quis permanecesse incorrupto. Por isso diz Crisóstomo: Dos homens, os que procederam heroicamente, os próprios feitos lhe ornam a vida; mas suas glórias perecem com a morte, totalmente o contrário se deu com cristo. Pois, antes da cruz tudo lhe era tristeza e enfermidade; depois, porém de crucificado, tudo se lhe torna glorioso — a fim de saberes que não era um puro homem esse crucificado.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — Cristo, não estando sujeito ao pecado, também não o estava à morte nem a ser reduzido a cinzas. Voluntàriamente, porém, sofreu a morte pela nossa salvação, pelas razões já apresentadas. Se, porém, o corpo lhe tivesse sido putrefato ou decomposto, isso teria sido antes em detrimento da salvação humana; pois então não acreditaríamos no seu poder divino. Por isso, da sua pessoa diz a Escritura: Que proveito há no meu sangue se desço à corrupção? Como se dissesse: Se o meu corpo se putrefizer, perder-se-á o proveito do sangue derramado.

RESPOSTA À SEGUNDA. — O corpo de Cristo, quanto à condição da natureza passível, foi putrescível, embora não quanto à causa do merecimento da putrefacção, que é o pecado. Mas o poder divino preservou o corpo de Cristo da putrefacção, como o ressuscitou da morte.

RESPOSTA À TERCEIRA. — Cristo ressurgiu dos mortos pelo seu poder divino, que não é coarctado por nenhum limite. Por onde, o facto de ter ressurgido do sepulcro era um argumento suficiente para estabelecer que os homens haveriam de ressuscitar, por esse poder divino, não só dos sepulcros, mas também de quaisquer cinzas.

Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.

Hoy el reto del Amor es "volver a nacer"

DESENVUELVE TU REGALO

Por estas fechas, escuchamos comúnmente la típica frase: "Año nuevo, vida nueva"...

Y, en realidad, tiene más sentido del que le damos. El otro día leíamos en el Oficio que "en Navidad Jesús nace y, si nace Él, que es nuestra cabeza, nacemos también nosotros, que somos su cuerpo..."

Planteándome esto de "volver a nacer", le preguntaba al Señor qué suponía esto para mí.

Un niño que nace es todo corazón, un corazón que late. Hace poco: come, ríe, llora... pero sólo verle ya conmueve y alegra el corazón del que se acerca. Un corazón que late, eso es volver a nacer.

A lo largo de estos años de querer vivir de Cristo, mi Don y tarea está en gran parte en dejar que mi corazón pueda latir.

Sí, porque mi tendencia continua es que, inconscientemente, para no equivocarme, para no sufrir, desactivo el corazón y comienzo a actuar sin contar con él.

Esto nos suele ocurrir a las personas que en realidad somos todo corazón. Y es que en un momento dado experimentamos el sentir ridículo de uno mismo, o pensar que no se nos va a acoger por seguir lo que nos indicaba nuestro ser, y, de golpe y porrazo, metimos racionalidad al máximo, dejando a un lado el corazón.

De ahí en adelante actúas haciendo lo que se espera de ti o siguiendo el ideal que querrías alcanzar. Te haces mayor y dejas de hacer las cosas con corazón, no terminas de disfrutar haciéndolo. Parece que dejas de sentir, y, si dejas de sentir, es verdad, el sufrimiento se minimiza. Pero tampoco sentirás la auténtica alegría y la felicidad.
Y, lo que es aún peor, se pierde la sensibilidad para las cosas del Señor, porque Él sólo sabe hablar al corazón.

Pero, cuando Él entra en tu vida, su regalo es nacer de nuevo. En este día de Reyes, junto a tus regalos hay uno muy especial: un corazón de niño. Es para ti, para que comiences este año nuevo lleno de ilusión, de alegría.

Él te concede volver a ser niño, volver a dejar que tu corazón lata, porque toda tu seguridad es saberte en Sus brazos; puedes soltar y relajarte, ser tú mismo. Y el miedo a equivocarse o a sufrir disminuye al experimentar que es Él quien te cuida, y quien continuamente "enderezará lo torcido e igualará lo escabroso", y quien aumentará tus ganas de gozar de la vida y de todos los regalos que te hace cada día.

Hoy el reto del Amor es "volver a nacer". Sólo tienes que hacer una cosa... ¡desenvuelve tu regalo! Y a disfrutar de todo como un niño. Vive feliz y harás felices a los demás.

VIVE DE CRISTO
Año del Señor 2017, lerma, 6 de enero


Pequena agenda do cristão

DOMINGO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

Lembrar-me:
Cultivar a Fé

São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?