24/02/2017

Hoy el reto del Amor es no tener miedo a dar lo mejor de ti.

SU MIRADA CONFIGURA TU VIDA

Seguro que has tenido la experiencia de querer imprimir algo y que la impresora te la juegue de mil maneras: que si imprime mal, que si justo se le acaba el tóner o cartucho, que si no hay manera de que me saque el papel... Estas situaciones nosotras las vivimos muy a menudo.

Hace unos días desempolvamos una impresora con la intención de terminar de gastar los tóneres. Pero, al poco tiempo...

-¡¡Lety!! Ya me acuerdo por qué dejamos de utilizar esta impresora...

-¿Por qué?

-Porque cada vez que le damos a imprimir algo, lo hace mal, mancha el folio, y al final siempre nos hartábamos de ella...

-¡Es verdad!

Ya no sabíamos qué hacer... hasta que se nos ocurrió configurar la impresión como si se tratase de una fotografía en lugar de una impresión para papel normal, intentando que se esforzase un poco más en sacar bien el color.

Y, sorprendentemente, ¡así lo hizo bien! De pronto, lo que antes imprimía distorsionado, manchado y descolorido... ahora se parecía mucho más al diseño que veíamos en la pantalla del ordenador.

El Señor me regaló comprender que esto es lo mismo que Él hace con nosotros. Sus sueños sobre nosotros van mucho más lejos de lo que alcanzamos a imaginar. Él nos ha configurado estimándonos mucho más alto de lo que muchas veces creemos.

Es verdad, cuando en tu pequeñez te acercas al Señor, Él te muestra cómo te ama precisamente ahí, en tu pobreza: cuando algo te ha salido mal, o en tus frustraciones, o en esa incapacidad de amar... Pero Cristo no se conforma sólo con mostrarte su Amor, sino que va más allá. Él, que te ha creado, sabe hasta donde podrá ir ensanchando tu corazón. Estando ahí, a sus Pies, su Amor sube nuestra buena estima para que estemos dispuestos a dar todo de nosotros, a no quedarnos caídos, sino a dejar que Él abra un nuevo horizonte lleno de oportunidades en las que entregarse.

Hoy el reto del Amor es no tener miedo a dar lo mejor de ti. No veas exigencia, ve Amor. El Señor hoy va a sacar de ti algo bueno. No lo veas desde el no, sino di sí hoy a esa situación que piensas que no va contigo. Deja a Cristo que hoy imprima a todo color.


VIVE DE CRISTO

Epístolas de São Paulo - 2

Carta aos Romanos – 2 

DESTINATÁRIOS

Possivelmente, essas dúvidas eram conhecidas dos cristãos de Roma. Também aí o cristianismo, levado talvez por comerciantes vindos do Oriente, se iniciara nas sinagogas judaicas. Pelo menos foi nelas que se gerou o conflito entre judeus e cristãos, que fez com que o imperador Cláudio, no ano 49, os expulsasse da capital (Act 18,2). Os poucos que ficaram tiveram que separar-se da sinagoga e assim sobreviver, o que era difícil, uma vez que ainda não podiam contar com o apoio de uma estrutura eclesial organizada.

Por este facto, não admira que muitos deles se tenham apoiado em tradições e práticas judaicas para a santificação do dia-a-dia, como as referentes a alimentos e à guarda do sábado. Paulo fala disso nos cap. 14-15.

É que, entretanto, tinha crescido o número dos que consideravam secundárias tais normas; e a minoria dos que as seguiam era mesmo olhada com desprezo.

Além disso, segundo dá a entender no cap. 16, os cristãos estavam divididos por várias comunidades, reunidas em diferentes casas, como aliás já acontecia com as sinagogas. Paulo dirige-se a todos na mesma Carta e, com isso, já está a tentar levá-los à reconciliação e à unidade.


(cont)

Leitura espiritual


A CIDADE DE DEUS



Vol. 1

LIVRO VIII

CAPÍTULO IV

Platão, que foi o principal discípulo de Sócrates, dividiu a filosofia em três partes.



Entre os discípulos de Sócrates, o que brilhou com mais deslumbrante e merecida glória, ao ponto de eclipsar totalmente todos os outros, foi Platão. Ateniense nascido de ilustre família, em muito ultrapassou os seus condiscípulos pelo seu maravilhoso engenho. Pensando que, para aperfeiçoar a filosofia, nem em si próprio nem nas lições de Sócrates encontrava o bastante, viajou durante muito tempo e por tão longe quanto lhe foi possível, por onde quer que o atraísse o renome de uma doutrina célebre digna de ser recolhida. Assim, no Egipto aprendeu todas as doutrinas reputadas que lá se professavam. De lá passou às regiões de Itália onde os pitagóricos gozaram de grande fama e, seguindo as lições dos mais eminentes mestres, assimilou com toda a facilidade tudo o que então florescia na filosofia itálica. Devido a particular estima que dedicava a seu mestre Sócrates, fez-lhe dizer em quase todos os seus diálogos quer o que tinha aprendido de outros mestres quer o que por si mesmo tinha podido compreender, tudo harmonizando com o encanto e as preocupações morais do seu mestre.

Como o estudo da sabedoria tem por objecto a acção e a contemplação, pode portanto chamar-se activa a uma parte e contemplativa à outra. A parte activa trata da forma de nos conduzirmos na vida, isto é, respeita aos costumes que devem ser seguidos, e a contemplativa ao exame das causas da natureza e da pura verdade. Consta que Sócrates sobressaiu na activa; Pitágoras ligou-se mais, com todas as forças da sua inteligência, à contemplativa. Atribui-se a Platão a glória de ter unido uma à outra, levando a filosofia à sua perfeição. Dividiu-a ele em três partes: a moral, que trata da acção; a natural que se confina à contemplação; a racional que distingue o verdadeiro do falso. Embora esta seja indispensável às outras duas, isto é, à acção e à contemplação, é, todavia, principalmente a contemplação que reivindica para si o aprofundado conhecimento da verdade. Esta divisão tripartida, aliás, não é incompatível com a que partilha todo o estudo da sabedoria em acção e contemplação.

Mas qual terá sido, nestas três partes ou em cada uma delas, o pensamento pessoal de Platão — e onde terá ele colocado, quer por sua ciência quer por sua fé, o fim de todas as acções, a causa de todas as naturezas, a luz de todas as razões — são questões que levariam muito tempo a expor com exactidão, julgo eu, e penso também que a tal respeito se não deve afirmar temerariamente seja o que for. Efectivamente, nas suas obras apresenta o seu mestre Sócrates como dirigindo a discussão, afecta seguir o costume muito conhecido de dissimular a sua ciência ou a sua opinião porque tal método também lhe agradava a ele: donde resulta tomar-se difícil distinguir as suas ideias pró­prias acerca das grandes questões.

Todavia, de entre os pensamentos que nele se lêem, dos que ele próprio exprimiu ou dos que outros formularam e ele expõe e transcreve, parecendo aprová-los, julgamos necessário mencionar e inserir alguns nesta obra, quer ele testemunhe neles a favor da verdadeira religião que a nossa fé adopta e defende, quer pareça contradizê-la na questão do Deus único e dos múltiplos deuses, a propósito precisamente da vida verdadeiramente feliz que virá depois da morte.

Talvez, de facto, aqueles que com mais agudeza e verdade compreenderam Platão, filósofo tão acima de todos os dos gentios, e adquiriram uma maior fama ao tomarem-se seus discípulos, tenham de Deus esta concep­ção: é n’Ele que se encontra a causa da existência, a razão da inteligência e a regra da vida — três aspectos que se relacionam: o primeiro com a parte natural da filosofia, o segundo com a parte racional e o terceiro com a parte moral. Realmente se o homem foi criado para atingir, por meio do que nele há de superior, o Ser Superior a todos os seres, isto é, o Deus único, verdadeiro e perfeito, sem o qual nenhuma natureza subsiste, nenhuma doutrina nos instrui, nenhuma conduta é útil — pois então que seja a Ele que se busque, pois que, para nós, é Ele a origem de todas as coisas; seja a Ele que se contemple, pois que para nós, é n’Ele que está toda a certeza; seja a Ele que se ame, pois que, para nós, é n’Ele que está toda a rectidão.


CAPÍTULO V

Em matéria de teologia é de preferência com os platónicos que se deve discutir, pois as suas opiniões são melhores do que as dos outros filósofos.

Se, pois, para Platão, sábio é o que imita, o que conhece, o que ama a este Deus e encontra a sua felicidade em participar da sua vida, que necessidade haverá de examinar os demais? Nenhum deles estará mais próximo de nós que os platónicos. Ceda-lhes, portanto, não só essa teologia fabulosa que diverte os espíritos dos ímpios com os crimes dos deuses, mas ceda-lhes também essa teologia civil — em que impuros demónios, seduzindo, com o nome de deuses, os povos entregues aos prazeres terrestres, acharam por bem considerar os erros humanos como honras divinas; em que esses demónios, despertando nos seus adoradores imundas paixões, os provocam, sob o pretexto de se fazerem honrar, a assistirem às representações dos seus crimes, entregando-se eles próprios aos olhares dos espectadores como à mais agradável das representa­ções; em que, finalmente, o que pode restar de honestidade no templo, sendo manchado pelo seu compromisso com as torpezas do teatro, tudo o que de infame se comete no teatro merece louvor em comparação das vilanias do templo.

Cedam-lhes também as interpretações de Varrão para quem estes ritos sagrados se referem ao Céu e à Terra, às sementes e às operações dos seres mortais (porque estes ritos não têm a significação que ele procura dar-lhes: também a verdade escapa ao seu esforço; e mesmo que esta significação fosse verdadeira, a alma racional não deveria honrar, em vez do seu Deus, os seres que a ordem da natureza estabeleceu abaixo dela, nem por cima dela, como deuses, seres aos quais o verdadeiro Deus a preferiu).

Cedam-lhes ainda as escrituras, de certo referentes aos mesmos ritos, que Numa Pompílio teve o cuidado de esconder fazendo-as sepultar consigo, mas que o arado desenterrou e o Senado fez queimar! (Do mesmo género são também — para que algo de favorável a Numa se diga — as revelações que Alexandre da Macedónia, ao escrever a sua mãe, diz ter recebido de um certo Leão, Grão-Sacerdote da religião egípcia. Segundo tais revela­ções, não foram divinizados apenas Pico, Fauno, Eneias e Rómulo e ainda Hércules e Esculápio, Líbio filho de Sémele e os irmãos Tindáridas e todos os outros mortais; foram divinizados também os próprios deuses das grandes nações que Cícero, sem os nomear, parece designar nas suas Tusculanas: Júpiter, Juno, Saturno, Vulcano, Vesta e tantos outros que Varrão procura relacionar com as partes do mundo ou com os elementos, são representados como tendo sido homens. Também este Grão-Sacerdote, por recear uma eventual revelação dos mistérios, suplicou insistentemente a Alexandre que, depois de ter escrito a sua mãe, lhe peça que lance a carta ao fogo).

Cedam pois estas duas teologias — a fabulosa e a civil — aos filósofos platónicos que reconhecem o verdadeiro Deus como autor das coisas, fonte luminosa da verdade, dispensador da felicidade eterna. Cedam ainda a tão grandes pensadores que chegaram a conhecer um Deus tão grande, esses outros filósofos cujo pensamento, escravo do corpo, não admite para a natureza senão origens corpó­reas: a água, segundo Tales; o ar, segundo Anaxímenes; o fogo, segundo os estóicos; segundo Epicuro, os átomos, isto é, corpúsculos, pequeníssimos, indivisíveis e imperceptíveis; e tantos outros que não vale a pena citar, para quem os corpos, simples ou compostos, inanimados ou vivos mas, todavia, corpos, são causas e princípios das coisas. Realmente, alguns deles, tais como os epicuristas, acreditaram que as coisas vivas podiam ser produzidas por coisas não vivas; outros pensaram que é do vivo que provêm os vivos e os não vivos, mas que todo o corpo provém de outro corpo. Quanto aos estóicos, consideraram o fogo, um dos quatro elementos que constituem o mundo visível, como dotado de vida e de sabedoria e consideraram-no como tendo fabricado o Mundo, de maneira que, segundo eles, era realmente um deus.

Estes e outros que tais não conseguiram elevar o seu pensamento acima dos fantasmas que os seus corações, submetidos aos sentidos carnais, imaginaram. Realmente, tinham dentro de si o que não viam e imaginavam que viam fora de si o que não viam, embora, na realidade, não o vissem, mas apenas o imaginassem. E isto, realmente, à vista do pensamento, já não é corpo: é antes a imagem do corpo. E a faculdade que vê na alma a imagem dum corpo não é nem esse corpo nem a imagem desse corpo: e ela que vê e julga se essa imagem é bela ou disforme, é, sem a menor dúvida, melhor do que a imagem julgada. Esta faculdade é a inteligência do homem, a natureza da alma racional que, sem dúvida, não é um corpo, pois que esta imagem do corpo quando é percebida e apreciada no acto do pensamento, já não é ela mesma um corpo. Ela não é, portanto, nem terra, nem água, nem ar, nem fogo; não é nenhum destes quatro corpos chamados os quatro elementos de que vemos ser composto o mundo corpóreo. Ora se a nossa alma não é um corpo, como é que será um corpo Deus criador da alma?

Que estes filósofos cedam, portanto, aos platónicos. Cedam-lhes também os que se envergonharam de dizer que Deus é um corpo, mas nem por isso deixam de pretender que as nossas almas são de natureza idêntica à d ’Ele. Não se sentem chocados com a mobilidade tão grande da alma, que não se poderá atribuir, sem incorrer em impiedade, à natureza de Deus. Dirão: é pelo corpo que a natureza da alma está sujeita a mudanças; por si mesma ela é imutável. Poderiam dizer também: é pelo corpo que a alma é ferida porque esta por si mesma é invulnerável. Na verdade, o que não está sujeito a mudança, nada o pode mudar; por isso é que o que pode mudar por intermédio do corpo, alguma coisa o pode mudar e, então, já não pode em rigor chamar-se imutável.

CAPÍTULO VI

Pensamento de Platão acerca da chamada filosofia física.

Estes filósofos que, pela sua fama e glória, vemos colocados merecidamente acima dos demais, compreenderam que Deus não é corpo e por isso é que, na busca de Deus, transcenderam todos os corpos. Compreenderam que em Deus Soberano nada é mutável, e por isso é que, na procura de Deus Soberano, transcenderam toda a alma e todo o espírito mutável. Compreenderam, além disso, que em todo o ser que muda, toda a forma que o faz ser o que é, qualquer que seja a sua natureza e os seus modos, não pode ela própria existir senão por Aquele que é verdadeiramente porque é imutavelmente. E daí que, quer seja o corpo do Mundo inteiro, a sua estrutura, as suas propriedades, o seu movimento regular, os seus elementos escalonados do Céu à Terra e todos os corpos que ele encerra;

quer seja toda a vida: a que sustenta e mantém o ser, como nas árvores; a que, além disso, possui sensibilidade, como nos animais; a que acrescenta a tudo isto a inteligência, como nos homens; ou a que, sem necessidade de mantimentos, se mantém, goza de sentimentos e de inteligência, como nos anjos,

não pode manter o seu ser senão d’Aquele que simplesmente é. Para Ele, efectivamente, ser não é uma coisa e viver outra, como se pudesse ser sem viver; para Ele viver não é uma coisa e compreender outra, como se pudesse viver sem inteligência; para Ele compreender não é uma coisa e ser feliz outra, como se pudesse ter inteligência sem a beatitude. Mas para Ele viver, compreender, ser feliz, tudo isso para Ele é ser.

Devido a esta imutabilidade e a esta simplicidade, os platónicos compreenderam que Deus fez todos os seres e por nenhum pôde ser feito. Realmente observaram que tudo o que existe é corpo ou vida, que a vida é coisa superior ao corpo, que a forma do corpo é sensível e a da vida é inteligível. Puseram, portanto, a forma inteligível acima da forma sensível. Ora nós chamamos sensível ao que pode ser percebido pela vista e pelo tacto do corpo; inteligível ao que pode ser captado pelo olhar do espírito. Não há efectivamente beleza corpórea quer na estrutura do corpo, nos seus traços por exemplo, quer num movimento, como é o canto, que não tenha o espírito por juiz. Mas este espírito não poderia ser juiz, se nele não houvesse essa beleza mais perfeita, sem o volume da massa, sem o ruído da voz, sem a extensão do lugar e do tempo. Quanto ao próprio espírito, se, também ele, não fosse mutável, um não seria melhor do que outro ao ajuizar acerca da beleza sensível: nem o mais vivaz, o mais esperto, o mais exercitado ajuizaria melhor do que o mais lento, o menos esperto, o menos exercitado — e até o próprio espírito, embora uno, ao evoluir ajuíza melhor depois do que antes de se desenvolver. Não há dúvida de que é mutável o que é capaz de mais e de menos. Daí facilmente concluírem homens engenhosos, doutos e experientes nestas matérias, que a primeira forma não se encontra nos seres em que ela se evidencia mutável. A seus olhos o corpo e a alma aparecem com mais ou menos forma, de maneira que se lhes chegasse a faltar toda a forma, deixariam totalmente de ser. Viram, pois, que existe um ser no qual reside a primeira forma, imutável e, consequentemente, incomparável; julgaram muito justamente que é aí que se encontra o princípio das coisas, o qual não poderá ter sido feito e pelo qual tudo terá sido feito.

Assim, é o próprio Deus que lhes desvenda o que de Deus pode ser conhecido, quando a inteligência deles perscruta, através das Escrituras, as suas perfeições invisí­veis, o seu eterno poder e a sua divindade (Rom. I, 19-20) — Ele por quem todos os seres, mesmo os visíveis e temporais, foram criados.

Fica exposto assim o que se refere à parte chamada física, isto é, a natural.




(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)


Evangelho e comentário

Tempo comum


Evangelho: Mc 10, 1-12

1 Saindo dali, foi Jesus para o território da Judeia, e além Jordão. Novamente as multidões se juntaram à volta d'Ele, e de novo as ensinava, segundo o Seu costume.2 Aproximando-se os fariseus, perguntavam-Lhe para O tentarem: «É lícito ao marido repudiar a mulher?».3 Ele respondeu-lhes: «Que vos mandou Moisés?».4 Eles responderam: «Moisés permitiu escrever libelo de repúdio e separar-se dela».5 Jesus disse-lhes: «Por causa da dureza do vosso coração é que ele vos deu essa lei.6 Porém, no princípio da criação, Deus fê-los homem e mulher.7 Por isso deixará o homem pai e mãe, e se juntará à sua mulher;8 e os dois serão uma só carne. Assim não mais são dois, mas uma só carne.9 Portanto, não separe o homem o que Deus juntou».10 Depois, em casa, os discípulos interrogaram-n'O novamente sobre o mesmo assunto.11 Ele disse-lhes: «Quem repudiar a mulher e se casar com outra comete adultério contra a primeira;12 e se a mulher repudiar o marido e se casar com outro comete adultério».

Comentário:

Aqui o Senhor esclarece candentes questões sobre o matrimónio.

A Igreja como boa Mãe tenta encontrar a forma correcta para acolher todos os seus filhos, observando o que o Senhor estabeleceu como princípio.

O Papa está muito atento a este assunto que se converte em candente assunto sujeito a interpretações erróneas e sem fundamento.

O que a mim me parece, neste como noutros assuntos é que nós cristãos temos a obrigação rezar ao Espírito Santo ilumine e conduza a Santa Igreja por caminhos seguros e correctos, mas não esqueço que Jesus deu poder a Pedro de "atar ou desatar" e isso é, de resto, o que o Papa está a fazer.

(ama, comentário sobre Mc 10, 2-12, 20,05, 2016)


Reflectindo - 229

SURF

Há dias parei à beira-mar fascinado com os numerosos jovens - alguns não tão jovens - que praticavam surf, aproveitando as ondas de uma maré a "encher".

E ocorreu-me que também eu sou, bem vistas as coisas, um "surfista".

Ando pelas ondas da vida, tentando aproveitar ao máximo as possibilidades e habilidade que tenho - os dons que Deus me deu - para dominar o seu ímpeto e, na medida do possível, revertê-lo em meu favor.

Não sou grande atleta, nem o peso dos anos me garantem a agilidade necessária para executar com brilho a tarefa.

Mas são exactamente esses anos, essa experiência adquirida em tantas quedas, trambulhões - alguns bem grandes e desastrosos - que definitivamente me ajudam na performance.

Em primeiro lugar porque tenho uma "prancha" fantástica que quase me leva, sem eu querer, pelo melhor percurso, aproveitando a melhor corrente, mantendo-me à tona com um mínimo de galhardia.

Depois tenho uns professores que incansávelmente me ensinam, orientam e ajudam, suprindo a minha falta de habilidade, as minhas limitações e, melhor de tudo, os meus medos e receios.

Os piores destes medos e receios são os "respeitos humanos", "o que dirão" deste homem maduro a meter-se em tais trabalhos.

Mas logo me convenço que esse é o meu objectivo: não importa quem vê, aprecia, critica ou louva os meus movimentos nas ondas da vida. Basta-me ter a certeza, que o Mestre que tudo vê, avalia e aprecia, fica contente com o meu esforço, com a minha vontade e determinação em, "apesar dos pesares", levar para a frente o que tenho de fazer em cada momento.

Por isso, tenho a certeza que nunca se deve "surfar" de motu próprio, sózinho, confiando nas capacidades pessoais, por muito capaz, atlético ou treino que se possa ter.

Direcção...direcção...direcção!

Confiar em quem devo confiar e que, por graça de Deus, tem a graça especial de me ensinar o que devo fazer em cada momento.

Sem esta direcção, não conseguiria vencer a menor das ondulações, quanto mais, as vagas alterosas que,não poucas vezes, me perturbam e me tornam cobarde.


AMA, reflexões, 02.04.2014

Mãe de Deus e nossa Mãe

Que humildade, a de minha Mãe Santa Maria! – Não a vereis entre as palmas de Jerusalém, nem – afora as primícias de Caná – na altura dos grandes milagres. – Mas não foge do desprezo do Gólgota; lá está, "iuxta crucem Iesu" – junto da cruz de Jesus, sua Mãe. (Caminho, 507)

Sempre foi esta a doutrina certa da fé. Contra os que a negaram, o Concílio de Éfeso proclamou que se alguém não confessa que o Emanuel é verdadeiramente Deus e que, por isso, a Santíssima Virgem é Mãe de Deus, visto que gerou segundo a carne o Verbo de Deus encarnado, seja anátema. (...).
A Trindade Santíssima, ao escolher Maria para Mãe de Cristo, homem como nós, pôs cada um de nós sob o seu manto maternal. É Mãe de Deus e nossa Mãe.
A Maternidade divina de Maria é a raiz de todas as perfeições e privilégios que a adornam. Por esse título, foi concebida imaculada e está cheia de graça, é sempre virgem, subiu ao céu em corpo e alma, foi coroada Rainha de toda a criação, acima dos anjos e dos santos. Mais que Ela, só Deus. A Santíssima Virgem, por ser Mãe de Deus, possui uma dignidade, de certo modo infinita, do bem infinito que é Deus. Não há perigo de exageros. Nunca aprofundaremos bastante este mistério inefável; nunca poderemos agradecer suficientemente à Nossa Mãe a Familiaridade que nos deu com a Santíssima Trindade.
Éramos pecadores e inimigos de Deus. A Redenção não só nos livra do pecado e reconcilia com o Senhor; mas converte-nos em filhos, entrega-nos uma Mãe, a mesma que gerou o verbo, segundo a Humanidade. Pode haver maior prodigalidade, maior excesso de amor? (Amigos de Deus, nn. 275–276)


Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:


Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.

No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.

Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.
Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Pequena agenda do cristão

Sexta-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?