27/02/2017

Epístolas de São Paulo - 5

Carta aos Romanos – 5 

TEOLOGIA

Na primeira parte, Paulo expõe o seu Evangelho (cap. 1-11): a salvação realizada por Deus em Cristo é universal e exclusiva; estende-se a judeus e gentios e só pode adquirir-se pela fé, já que, sem Cristo, nem sequer os judeus estão em condições de cumprir a Lei e salvar-se, assim, pelos próprios meios (1,18-5,21). E é por causa disso que Paulo é acusado de destruir as duas realidades constitutivas de Israel: a sua eleição, como povo de Deus, e a Lei, como norma de vida (3,1-8). Nos cap. 6-8 responde à questão sobre a Lei: a fé em Cristo não é contra a Lei, mas é mesmo o único meio que nos torna capazes de a cumprirmos. Nos cap. 9-11 mostra como a Igreja de Cristo, ao acolher os pagãos, não perdeu as suas raízes no povo cuja eleição começa em Abraão; pelo contrário, só quando todos, pagãos e judeus, aderirem a Cristo, se cumprirão plenamente as promessas de Deus.

Na segunda parte (cap. 12-16), Paulo exorta à unidade, que provém da participação comum no amor de Cristo e se manifesta no bom relacionamento entre os de dentro e os de fora da Igreja (cap. 12-13) e, sobretudo, na aceitação da sensibilidade e diversidade próprias de cada um (14,1-15,13). Temos aqui o Evangelho na sua expressão prática. 15,14-16,27 é a conclusão.


(cont)

Diálogos apostólicos

Diálogos apostólicos II Parte

O PECADO ORIGINAL – 4

Pergunto:

Como ficou o homem depois do pecado original?

Respondo:

Como consequência do pecado original o homem perdeu os dons sobrenaturais e prete-naturais. Inclusive a sua natureza humana ficou ferida perdendo parte da sua dignidade com varias consequências:
À tendência natural para o bem juntou-se a inclinação para o pecado.
A alma, a rebelar-se contra Deus, o corpo rebelou-se contra a alma e começou a exigir mais prazeres do que o razoável. Desde então o homem tem de se esforçar por dominar-se a si próprio travando as suas apetências de comida, sexo, comodidade, etc. Nem tudo o que apetece é bom.

Por vezes o homem tem ilusões boas, mas não as consegue por falta de ânimo para começar, para seguir ou para enfrentar as dificuldades. Esta debilidade procede desse primeiro pecado.

Leitura espiritual


A CIDADE DE DEUS


Vol. 1

LIVRO VIII

CAPÍTULO XIV

Opinião dos que admitem três géneros de almas racionais: a dos deuses celestes, a dos demónios aéreos, a dos homens terrestres.

Os seres vivos, dotados de alma racional, dividem-se, dizem eles, em três classes: os deuses, os homens, os demónios. Os deuses ocupam os lugares mais elevados, os homens os mais baixos e os demónios os intermédios. Os deuses residem no céu, os homens na terra e os demónios no ar. À diferença de dignidade dos lugares corresponde a das naturezas. Assim, os deuses são superiores aos homens e aos demónios; mas os homens são inferiores aos deuses e aos demónios tanto pela categoria dos elementos como pela diferença de méritos. Os demónios estão, portanto, no meio. Devem, pois, ser postos depois dos deuses aos quais são inferiores pelo lugar, e preferidos aos homens pois habitam acima deles. Têm de comum com os deuses a imortalidade do corpo e com os homens as paixões da alma. Por isso não é muito de estranhar, acrescentam eles, que se comprazam nas obscenidades dos jogos e nas ficções dos poetas, uma vez que são dotados de sentimentos humanos de que os deuses estão muito distantes e absolutamente alheios. Pode, pois, concluir-se: repudiando e proibindo as ficções poéticas, não foi aos deuses, todos bons e excelsos, que Platão privou do prazer dos jogos cénicos, mas sim aos demónios.

Se isto é assim (isto, além de estar referido noutros autores, refere-o também Apuleio, platónico de Madaura, num livro exclusivamente dedicado a este assunto, denominado O deus de Sócrates. Nele se disserta e expõe a que categoria de divindades pertencia a que estava ligada a Sócrates por uma certa amizade e o avisava para renunciar à acção quando o acto que pretendia não viria a ter próspero desenlace. Declara abertamente e assegura repetidamente que não era um deus, mas um demónio. E fá-lo ao examinar com cuidado a opinião de Platão acerca da elevada posição dos deuses, da baixa posição dos homens e da média dos demónios.), se, pois, assim é, como é que Platão ousou, ao expulsar os poetas da cidade, privar, se não os deuses que afasta de todo o contacto impuro com os homens, pelo menos os demónios dos prazeres do teatro? Não quereria ele por este meio advertir a alma humana, embora prisioneira ainda nos seus membros votados à m o rte a que desprezasse, em nome do esplendor da virtude, as ordens impuras dos demónios, e a que detestasse as suas obscenidades?

Se Platão honestissimamente isto denuncia e proíbe, foi seguramente uma infâmia dos demónios tê-lo reclamado e exigido. Portanto — ou Apuleio se enganou e o espírito amigo de Sócrates não pertence a esta categoria de divindades; ou Platão se contradiz, ora honrando os demónios, ora banindo os seus divertimentos duma cidade que respeita os bons costumes; ou a amizade de Sócrates por um demónio não merece elogio. O próprio Apuleio disso se envergonhou de tal forma que pôs ao seu livro o título de O deus de Sócrates em vez de, conforme a discussão em que tão diligente e minuciosamente distingue os deuses dos demónios, intitulá-lo não O deus, mas antes O demónio de Sócrates. Preferiu, porém, pôr isto na própria discussão a pô-lo no título do livro. É que, graças à sã doutrina que brilhou sobre os homens, todos ou quase todos têm horror ao nome de demónios — de tal forma que quem, sem conhecer a exposição de Apuleio a favor da dignidade dos demónios, lesse este título O demónio de Sócrates jamais acreditaria tratar-se de um homem são do juízo.

E o próprio Apuleio, que encontra ele digno de louvor nos demónios além da subtileza e da robustez dos corpos e da maior altura do lugar onde residem? Realmente, acerca dos seus costumes, e ao falar de todos em geral, nenhum bem diz deles, mas antes muito mal. Enfim, depois da leitura daquele livro, ninguém se admira de que eles tenham pretendido que as torpezas cénicas figurassem entre as coisas divinas; de que, pretendendo ser temidos como deuses, se deleitem com os crimes dos deuses; e de que tudo o que no seu culto inspira troça ou horror por uma obscena solenidade ou uma crueldade torpe, está bem de harmonia com as suas paixões.

CAPÍTULO XV

Os demónios não são superiores aos homens nem pelos corpos aéreos nem pela altitude dos lugares em que habitam.

Longe esteja, pois, de uma alma verdadeiramente religiosa e submissa ao verdadeiro Deus julgar, considerando estas coisas, que os demónios são melhores do que ela, lá porque têm melhores corpos. Se assim fosse, deveria pôr acima de si muitos animais que nos superam pela acuidade dos seus sentidos, a facilidade e a agilidade dos seus movimentos, o vigor das suas forças, a válida longevidade dos seus corpos. Que homem se compara na vista à águia e ao abutre, aos cães no olfacto, na velocidade às lebres, ao veado e a todas as aves, aos leões e aos elefantes na valentia e na longevidade às serpentes que, diz-se, ao largarem a pele, se despojam da velhice e reencontram a juventude? Todavia, assim como a todos os animais nos avantajamos pela capacidade de raciocinar e de compreender, assim também somos superiores aos demónios pela nossa capacidade de viver recta e honestamente. É indubitável que a Providência divina dotou de certas vantagens corporais os seres que nos são incontestavelmente inferiores. Assim o determinou para nos convidar a cultivarmos com muito maior cuidado o que a eles nos torna superiores e para nos ensinar a desprezarmos a perfeição corporal que poderíamos atribuir aos demónios e que, comparada com uma vida virtuosa pela qual os ultrapassamos, nada é — tanto mais que também nós estamos destinados à imortalidade dos corpos, não a que a eternidade dos suplícios há-de atormentar, mas a que a pureza da alma há-de preparar.

Mesmo em relação à altura do lugar — lá porque os demónios habitam no ar ao passo que nós habitamos a terra, seria totalmente ridículo perturbarmo-nos com isso ao ponto de nisso vermos uma superioridade sobre nós. Se assim fosse, seríamos inferiores a todas as aves. Todavia as aves, quando estão cansadas de voar ou são obrigadas a retemperar as forças comendo, voltam à terra para repousarem e se alimentarem — o que os demónios, diz-se, não fazem. Será que lhes agrada, nesse caso, reconhecer que as aves estão acima de nós e que os demónios estão acima mesmo das aves? Se pensar assim é pura loucura, não teremos que pensar que, por causa da habitação num elemento superior, os demónios são dignos da nossa submissão religiosa. Realmente, assim como o facto de as aves do ar, longe de serem superiores a nós, nos estão subordinadas, a nós seres terrestres, devido à dignidade da nossa alma racional, assim também os demónios, lá porque habitam numa região do ar mais elevada, nem por isso nos são superiores a nós, seres terrestres, só porque o ar está acima da terra. Pelo contrário, os homens devem a eles ser preferidos porque de forma nenhuma pode ser comparado o seu desespero com a esperança dos homens pios.

De resto, a citada maneira como Platão liga numa ordem harmoniosa os quatro elementos, colocando entre os dois extremos (o fogo mobilíssimo e a terra imóvel), os dois intermédios (o ar e a água) — porque tanto o ar está acima das águas e o fogo acima do ar quanto as águas estão acima da terra — este argumento adverte-nos de que os méritos dos seres animados não devem ser avaliados pela categoria dos elementos. O próprio Apuleio, como os demais, diz que o homem é um animal terrestre, muito superior, porém, aos animais aquáticos, embora Platão conceda às águas a proeminência sobre a terra. Por aqui se vê que, quando se trata de apreciar o valor das almas, não se deve usar do mesmo padrão que se usa na medição dos corpos; pode bem acontecer que um corpo inferior abrigue uma alma melhor e um corpo superior uma alma pior.




(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)


Evangelho e comentário

Tempo comum


Evangelho: Mc 10, 17-27

17 Tendo saido para Se pôr a caminho, veio um homem a correr e, ajoelhando-se diante d'Ele, perguntou-Lhe: «Bom Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?». 18 Jesus disse-lhe: «Porque Me chamas bom? Ninguém é bom senão Deus.19 Tu conheces os mandamentos: “Não mates, não cometas adultério, não roubes, não digas falso testemunho, não cometas fraudes, honra teu pai e tua mãe”».20 Ele respondeu: «Mestre, todas estas coisas tenho observado desde a minha mocidade».21 Jesus olhou para ele com afecto, e disse-lhe: «Uma coisa te falta: vende tudo quanto tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-Me».22 Mas ele, entristecido por estas palavras, retirou-se desgostoso, porque tinha muitos bens.23 Jesus, olhando em volta, disse aos discípulos: «Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!».24 Os discípulos ficaram atónitos com estas palavras. Mas, Jesus de novo lhes disse: «Meus filhos, como é difícil entrarem no reino de Deus os que confiam nas riquezas!25 Mais fácil é passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus».26 Eles, cada vez mais admirados, diziam uns para os outros: «Então quem pode salvar-se?».27 Jesus, olhando para eles, disse: «Para os homens isto é impossível, mas não para Deus, porque a Deus tudo é possível».

Comentário:

Este trecho do Evangelho pode muito bem ser chamado o: Evangelho da Vocação.

De facto parece haver da parte do jovem um desejo sincero e genuíno de encontrar um caminho seguro que satisfaça os seus desejos de perfeição.

E faz o que todos devemos fazer nestes casos: interrogar quem pode ajudar com o seu conselho e experiência.

Nem sempre o resultado é satisfatório porque quando se chega a este ponto há que ter a valentia e disponibilidade para ouvir e ponderar o que nos é dito.

O problema – como neste caso que comentamos – parece ser o apego às coisas terrenas, mas, é necessária honestidade pessoal e intelectual para considerar que seguir um caminho – seja qual for – implica uma escolha, uma opção.

Na verdade, quando o jovem pergunta - «que me falta ainda» - não foi totalmente honesto, porque, no seu íntimo, não estava preparado para a resposta.

Talvez que pensasse que Jesus lhe responderia que não lhe faltava nada e, de facto, talvez não faltasse só que o Senhor faz uma proposta:

«se queres ser perfeito», algo que o jovem não tinha equacionado.

(ama, comentário sobre Mc 10, 17-27, 23.05.2016)


Esoterismo cristiano?

¿Esoterismo cristiano? Nada más incompatible con la Revelación y la esencia misionera de la Iglesia
Vincular la Iglesia con un saber oculto es un recurso habitual de sus enemigos: ejemplo, El Código Da Vinci.

A lo largo de la historia, y hoy también, han existido movimientos que tergiversaron el cristianismo para asimilarlo a corrientes esotéricas o gnósticas que protegerían una sabiduría reservada a un selecto grupo de iniciados. Nada es más contrario a verdad cristiana, que reposa sobre la Revelación pública de Cristo y en Cristo, y configura una Iglesia esencialmente misionera, abierta, universal. Así lo explica Miguel Pastorino en un artículo publicado en Aleteia:

“Cristianos” nominales que practican el esoterismo y las diversas formas de ocultismo, existen y no son pocos. Eso no será lo que discutimos en este artículo. Pero ¿es el cristianismo una religión esotérica? ¿Hay en la fe cristiana una doctrina oculta reservada a una élite secreta de iniciados? La respuesta es negativa, claramente no es posible.

La mayoría de las sectas esotéricas y los autores e intelectuales vinculados al ocultismo, los rosacruces y varias logias masónicas, están convencidos de que el cristianismo tiene “secretos” de contenido religioso que no revela, como si existiese un “esoterismo cristiano”.

Y la verdad es que nunca existió, ni existe tal realidad, en cuanto verdades doctrinales ocultas que solo una élite conoce. Eso es una ilusión de algunos aficionados al esoterismo, que buscan secretos escondidos en todos los símbolos y doctrinas. Es una tendencia amplificada hoy por el “esoterismo de masas” New Age, por novelas como las de Dan Brown, pero sin ninguna base real.

Muchos de los que se dicen “cristianos” en realidad no son tales (no se puede creer en Cristo y afirmar a su vez cosas opuestas a su mensaje como la reencarnación). Para los cristianos el punto de partida de la fe es la aceptación de lo que Dios ha revelado y no de lo que oculta. El cristiano cree que en Cristo, Dios ha revelado todo lo necesario para la salvación de la humanidad.

¿No hay secretos en el cristianismo?
Es verdad que ciertos secretos existen en cualquier institución, en cuestiones que exigen prudencia y disciplina interna. En este sentido podría hablarse de secrecía en la Iglesia. Pero en cuanto a contenidos religiosos, el cristianismo es exotérico (hacia fuera), nace y existe como una religión revelada para todos, enviada a todos, universal (Mt 28, 19-20), misionera, sin secretos.

El mismo Magisterio de la Iglesia son documentos abiertos, públicos, que cualquiera puede conocer. Los pronunciamientos oficiales y doctrinas son accesibles a toda persona. Todo se publica, en cuanto a la fe y la doctrina. No hay nada que deba ocultarse y el esoterismo como actitud espiritual elitista se opone a la naturaleza del cristianismo.

Esto es el cristianismo: el Verbo hecho hombre, predicación abierta, nada que esconder, la salvación al alcance de todos con los mismos medios para todos, a saber, la oración y los sacramentos. Una escena de Rey de Reyes (1961), de Nicholas Ray.

Tanto en los primeros siglos con el gnosticismo, como en el surgimiento medieval de la alquimia y la cábala, y de movimientos ocultistas en el Renacimiento (siglo XVI), surgieron tendencias que intentaron amalgamar doctrinas de tipo gnósticas y esotéricas con el cristianismo y que influyeron en varios intelectuales y artistas.

Se buscaba inventar un “esoterismo cristiano” o un “cristianismo esotérico” y de hecho hubo (y hay) esoteristas que vivían sincréticamente el cristianismo. Por esta razón, en mucha literatura, obras de arte, y hasta en templos medievales se incluyeron símbolos y conceptos tomados de la alquimia y del esoterismo.

Pero no existió nunca un cristianismo esotérico, aunque sí autodenominados “cristianos” que, habiendo incursionado en el esoterismo pretendieron dar nuevos sentidos a las verdades de la fe cristiana, resignificando sus símbolos y doctrinas, y profesan un “esoterismo cristiano”, que es en sí mismo un concepto contradictorio.

Características del esoterismo occidental
Si bien a lo largo de la historia son muchos y variados los movimientos esotéricos, pueden establecerse algunos rasgos comunes o definitorios.

1) Correspondencia o reciprocidad entre todas las partes del universo visible e invisible. Por ejemplo: Hay 7 metales, 7 planetas, 7 partes del cuerpo, 7 chakras, etc.  Cuando leen la Biblia buscan estas correspondencias para interpretarla “esotéricamente”.

2) Creen en el universo y la naturaleza como ser vivo con una especie de alma cósmica (fuego oculto o energía).

3) Imaginación creadora y mediaciones simbólicas: se trata de llegar a lo divino a través de cualquier realidad imaginaria o real. Su recurso a todo tipo de mediaciones es evidente: ritos, símbolos de todas las religiones, mandalas y hasta el recurso a toda clase de supuestas “entidades espirituales”.

4) La experiencia de transmutación. Es un término tomado de la alquimia, donde a través de “iniciaciones” se busca un nuevo modo de vida y un nuevo modo de ser.

Existen otras características complementarias que no se dan en todos los casos, pero que hoy son muy visibles en la amplia mayoría de los movimientos conocidos.

Una de ellas es la práctica de la concordancia o deseo de armonizar tradiciones diferentes, ya sean filosóficas o religiosas, especialmente lo oriental con lo occidental. También se puede añadir la transmisión directa de maestro a discípulo de teorías y prácticas esotéricas, donde también suelen incluir grados o peldaños en el proceso iniciático.

Entre sus pilares doctrinales se encuentra una visión panteísta de lo divino, donde toda la realidad es unificada, a la que le sigue una concepción emanatista de las cosas y seres, donde no hay distinción entre Creador y criatura.

Afirman la unidad trascendental de todas las religiones, es decir, que coinciden en su realidad más profunda (esotérica), donde lo que importa es ese núcleo común “místico” y no sus formas externas de ritos y doctrinas.

El suizo Frithjof Schuon (1997-1998), adalid de La unidad trascendente de las religiones con su libro del mismo nombre, inspirado por las filosofías hinduistas.

Lo cierto es que si cualquiera profundiza en las grandes religiones históricas, en sus verdaderos centros doctrinales, se encontrará con que difieren radicalmente unas de otras. La ingenua idea de que en el fondo todas las religiones son iguales, es una afirmación superficial que desconoce el núcleo de cada una de las religiones. Justamente lo común entre ellas suelen ser formas externas y principios éticos universales, pero no su núcleo más profundo.

El origen: un mundo de fantasías
Si bien el adjetivo esotérico (lo que está oculto, secreto), es muy antiguo y ha tenido muchos usos, el sustantivo esoterismo aparece recién en el siglo XIX en las corrientes modernas de movimientos ocultistas.

Históricamente no hay una conexión de generación en generación en la tradición esotérica occidental como en ocasiones se arguye. Distintas épocas han visto resurgir las mismas ideas y replanteos religiosos, pero sin una necesaria conexión histórica entre ellas.

Aunque las doctrinas gnósticas hayan desaparecido por siglos, influyeron durante el medioevo en la alquimia, en la cábala, y en escuelas filosóficas, a través de movimientos hermetistas. Asimismo, intentaron influir en el cristianismo, generando una oposición con la ortodoxia cristiana, inevitable confrontación, dado que el sincretismo de estos movimientos amenazaba con diluir la fe cristiana en un magma pseudorreligioso, como sucedió en el siglo XVI.

También hoy el movimiento New Age y las sectas metafísicas y ocultistas postmodernas propenden a presentar la fe cristiana como una mística esotérica que fue racionalizada por las jerarquías católicas. Por otra parte, su versión del esoterismo es contradictoria con el histórico, ya que un conocimiento oculto es elitista y en la New Age se ha masificado.

Si bien se puede hablar de un intento de esoterismo serio en occidente (Boheme, Swedenborg, P. Le Cour, etc.), no es verdad que sus orígenes sean tan remotos como se pretende en la literatura esotérica.

La mayor parte de sus contenidos surgen en el Renacimiento y buscan sus orígenes en historias que se pierden en las mitologías antiguas, como le sucede a algunas logias masónicas y sobre todo a los rosacruces.

Digo “algunas”, porque un gran número de masones reconoce su origen en los gremios medievales de albañiles y no en la torre de Babel, o en el templo de Salomón, o en los Templarios, como algunos sueñan.

Un caso de confusión generada por la literatura esotérica, entre tantos, es el  del Corpus Hermeticum, una obra escrita entre el siglo II y IV d.C., con contenidos gnósticos, alquimistas, orientales, esotéricos y neoplatónicos, propia del ecléctico mundo de religiones y filosofías que circulaban en Alejandría en los siglos II y III d.C., que fue redescubierta por Marsilio Ficino en el siglo XVI.

Los autores esoteristas gustan de afirmar que esta obra es muy antigua, como del siglo VI antes de Cristo. No obstante es una obra escrita un milenio más tarde. El esoterismo, invariablemente planta sus raíces donde no las tiene, y suele remontar sus genealogías a tiempos remotos en una mitología que se reinventa en cada generación.

René Guénon y el fraude del teosofismo
Un gran intelectual del ocultismo moderno, respetado no solo por su erudición, sino por su honestidad académica, es el esoterista franco-egipcio René Guénon, quien ha desenmascarado cientos de fraudes de sociedades secretas que eran una burla a sus iniciados en Europa.

René Guénon (1886-1951) ha sido uno de los más influyentes defensores de un supuesto esoterismo cristiano, aunque también censuró las que consideraba sus falsificaciones. Acabó haciéndose musulmán.

Guénon ha denunciado y desarticulado el fraude de una señora, canonizada por el ocultismo como fue Madame Blavatsky y a su sociedad Teosófica. Sin embargo el tempranero olvido de la gente, viene “en auxilio” de los pseudoprofetas y sus fraudes, como ha ocurrido con el espiritismo moderno. La credulidad sigue en aumento.

René Guenon abandonó el esoterismo occidental defraudado ante tanto engaño y fantasía, y acabó convencido de que solamente en las religiones orientales existe un verdadero conocimiento esotérico, así como una auténtica tradición esotérica.

Una de las expresiones de la presente crisis cultural es la nueva emergencia gnóstica y esotérica, manifestada en el éxito de toda literatura que se vincule a estas temáticas, de la magia, de los evangelios apócrifos, de la autoayuda, de la alquimia, del hermetismo… De conocerse la verdadera historia del esoterismo, sus mágicas fantasías se desvanecerían demasiado rápidamente.

¿Y los que se llaman “esoteristas cristianos”?
Muchos esoteristas actuales hablan abiertamente de un “esoterismo cristiano”, pero es simplemente una resignificación del cristianismo que ellos hacen, como hacen también con algunas corrientes filosóficas de la antigüedad o con religiones de Oriente, apropiándoselas desprolijamente a gusto del consumidor.

Lo cierto es que el cristianismo nunca fue esotérico, y su propia naturaleza misionera lo hace una religión abierta, cuyo mensaje es para todos y no para una élite que busca coincidencias simbólicas o mundos invisibles.

Nadie puede negar que a lo largo de la historia existieron personas que viviendo un cristianismo social, practicaron el esoterismo, como sucede también hoy. En el mismo medioevo aunque se era cristiano, judío o musulmán por adscripción, subsistían corrientes gnósticas y mágicas que resurgían de vez en cuando.

Frente al esoterismo de masas habría que preguntarse si el cristianismo no habrá descuidado en estos tiempos su cuota de mística y misterio. Quizá haya sido excesiva su adaptación racionalista a la modernidad, y por ello las almas sedientas de experiencia y de sentido se hayan orientado al irracionalismo, la magia y el ocultismo.

ReL10 enero 2017


Estai alegres, sempre alegres

Estai alegres, sempre alegres

Ninguém é feliz na Terra enquanto não se decidir a não o ser. Este é o caminho: dor, que em cristão se diz Cruz, Vontade de Deus, Amor; felicidade agora e depois – eternamente! (Sulco, 52)

«Servite Domino in laetitia!» Hei-de servir a Deus com alegria! Uma alegria que há-de ser consequência da minha Fé, da minha Esperança e do meu Amor...; que há-de durar sempre, porque, como nos assegura o Apóstolo, "Dominus prope est!", o Senhor segue-me de perto. Hei-de caminhar com Ele, portanto, bem seguro, já que o Senhor é meu Pai...; e com a sua ajuda hei-de cumprir a sua amável Vontade, ainda que me custe. (Sulco, 53)


Um conselho, que vos tenho repetido teimosamente: estai alegres, sempre alegres! Que estejam tristes os que não se consideram filhos de Deus! (Sulco, 54)

Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Bento XVI – Pensamentos espirituais 135

O hedonismo contemporâneo

Na chamada sociedade do bem-estar, a vida é exaltada enquanto for agradável, mas tende a ser tanto menos respeitada quanto mais doente ou diminuída se apresenta.

Mas se o ponto de partida for o amor profundo por cada pessoa, é possível pôr em prática formas eficazes de serviço à vida, tanto à que vai nascer como à marcada pela marginalidade ou pelo sofrimento, particularmente na sua fase terminal.

Angelus, (6.Fev.06)

(in “Bento XVI, Pensamentos Espirituais”, Lucerna 2006)

Pequena agenda do cristão

SeGUNDa-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça ‘boa cara’, que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?