01/04/2017

Fátima: Centenário - Poemas

SANTA MARIA

Um nome existe, sol de eterno encanto,
que doira a terra e inunda o Céu de luz:
outro não há mais belo nem mais santo,
excepto o do Homem-Deus, o de JESUS.

Nome que estanca a dor e enxuga o pranto,
nome que as almas torna doce a Cruz,
nome que encerra o mais formoso canto:
a Epopeia-Redenção traduz.

Um dia, o Arcanjo que baixou da glória
profere-o, como um hino de vitória,
por sobre a terra imersa em luto e dor,

e, ao ressoar, dos orbes na harmonia,
a vez primeira, o nome de MARIA,
o mundo inteiro estremeceu de amor!

Visconde de Montelo, Paráfrase da Ladainha Lauretana, 1956 [i]




[i] Cónego Manuel Nunes Formigão
1883 - Manuel Nunes Formigão nasce em Tomar, a 1 de Janeiro. 1908 - É ordenado presbítero a 4 de Abril em Roma. 1909 - É laureado em Teologia e Direito Canónico pela Universidade Gregoriana de Roma. 1909 - No Santuário de Lourdes, compromete-se a divulgar a devoção mariana em Portugal. 1917 - Nossa Senhora aceita o seu compromisso e ele entrega-se à causa de Fátima. 1917 / 1919 - Interroga, acompanha e apoia com carinho os Pastorinhos. - Jacinta deixa-lhe uma mensagem de Nossa senhora, ao morrer. 1921 - Escreve o livro: "Os Episódios Maravilhosos de Fátima". 1922 - Integra a comissão do processo canónico de investigação às aparições. 1922 - Colabora e põe de pé o periódico "Voz de Fátima". 1924 - A sua experiência de servita de Nossa Senhora em Lurdes, leva-o a implementar idêntica actividade em Fátima. 1928 - Escreve a obra mais importante: "As Grandes Maravilhas de Fátima". 1928 - Assiste à primeira profissão religiosa da Irmã Lúcia, em Tuy. Ela comunica-lhe a devoção dos primeiros sábados e pede-lhe que a divulgue. 1930 - Escreve "Fátima, o Paraíso na Terra". 1931 - Escreve "A Pérola de Portugal". 1936 - Escreve " Fé e Pátria". 1937 - Funda a revista "Stella". 1940 - Funda o jornal "Mensageiro de Bragança". 1943 - Funda o Almanaque de Nossa Senhora de Fátima. 1954 – Muda-se para Fátima a pedido do bispo de Leiria-Fátima 1956 - Escreve sonetos compilados na "Ladainha Lauretana". 1958 – Morre em Fátima. 06/01/1926 - Funda a congregação das Religiosas Reparadoras de Nossa Senhora das Dores de Fátima. 11/04/1949 – A congregação por ele fundada é reconhecida por direito diocesano. 22/08/1949 – Primeiras profissões canónicas das Religiosas. 16/11/2000 - A Conferência Episcopal Portuguesa concede a anuência por unanimidade, para a introdução da causa de beatificação e canonização deste apóstolo de Fátima. 15/09/2001 - Festa de Nossa Senhora das Dores, padroeira da congregação - É oficialmente aberto o processo de canonização do padre Formigão. 16/04/2005 – É oficialmente encerrado e lacrado o processso de canonização do padre Formigão.
Fátima, 28 Jan 2017 (Ecclesia) – Decorreu hoje a cerimónia de trasladação dos restos mortais do padre Manuel Nunes Formigão, conhecido como 'o apóstolo de Fátima, do cemitério local para um mausoléu construído na Casa de Nossa Senhora das Dores.
A celebração de trasladação deste sacerdote e servo de Deus começou com uma concentração, rua Francisco Marto, 203, com centenas de pessoas, seguida de saída para o cemitério da Freguesia de Fátima.
Na eucaristia inserida neste evento, na Basílica da Santíssima Trindade, do Santuário de Fátima, D. António Marto destacou uma figura que "se rendeu ao mistério e à revelação do amor de Deus, da beleza da sua santidade tal como brilhou aos pastorinhos de Fátima".
O bispo de Leiria-Fátima recordou ainda o padre Manuel Formigão como alguém que "captou de uma maneira admirável para o seu tempo, a dimensão reparadora da vivência da fé tão sublinhada na mensagem de Fátima".

Nota de AMA:
Este livro de Sonetos foi por sua expressa vontade, depois da sua morte, devidamente autografado, entregue a meu Pai. Guardo o exemplar como autêntica relíquia.

Fátima: Centenário - Oração diária

Doutrina – 256

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ

SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ

CAPÍTULO PRIMEIRO CREIO EM DEUS PAI

OS SÍMBOLOS DA FÉ

35. Quais são os mais importantes Símbolos da fé?

São o Símbolo dos Apóstolos, que é o antigo Símbolo baptismal da Igreja de Roma, e o Símbolo niceno-constantinopolitano, fruto dos primeiros dois Concílios Ecuménicos de Niceia [1] e de Constantinopla [2], e que é, ainda hoje, comum a todas as grandes Igrejas do Oriente e do Ocidente.




[1] 325
[2] 381

Epístolas de São Paulo – 32

1ª Epístola de São Paulo aos Coríntios

V. OS CARISMAS (12,1-14,40)

Capítulo 14

Normas para o uso dos carismas

1Procurai o amor e aspirai aos dons do Espírito, mas sobretudo ao da profecia. 2Pois aquele que fala em línguas, não fala aos homens, mas a Deus: ninguém, de facto, o entende, pois no Espírito diz coisas misteriosas. 3Mas o que profetiza fala aos homens para os edificar, exortar e consolar. 4Quem fala em línguas, edifica-se a si mesmo, mas quem profetiza, edifica a assembleia. 5Quisera eu que todos vós falásseis em línguas, mas mais ainda que profetizásseis. Quem profetiza está acima daquele que fala em línguas, a não ser que também as interprete, para que a assembleia possa tirar proveito.
6Imaginai agora, irmãos, que eu ia ter convosco e vos falava em línguas: de que utilidade vos seria, se nada vos comunicasse nem por revelação, nem por ciência, nem por profecia, nem por ensinamento? 7O mesmo acontece com os instrumentos de música, como a flauta ou a cítara: se não emitirem sons distintos, como identificar a melodia tocada? 8E, se a trombeta só emitir sons confusos, quem é que se prepara para a guerra? 9Do mesmo modo vós: se a vossa língua não proferir um discurso inteligível, como se há-de saber o que dizeis? Sereis como quem fala ao vento. 10Há no mundo não sei quantas espécies de línguas, e todas têm o seu significado. 11Ora, se eu não conheço o significado de uma língua, serei como um bárbaro para aquele que fala e aquele que fala, também o será para mim.
12Assim também vós: já que estais ávidos dos dons do Espírito, procurai adquiri-los em abundância, mas para edificação da assembleia. 13Por isso, o que fala em línguas reze para obter o dom da interpretação. 14Porque, se eu rezo em línguas, o meu espírito está em oração, mas a minha inteligência não colhe frutos.
15Que fazer, então? Rezarei com o espírito, mas rezarei também com a inteligência; cantarei com o espírito, mas cantarei igualmente com a inteligência. 16De outro modo, se tu elevas um cântico de louvor só com o espírito, como pode o que participa como simples ouvinte responder «Ámen» à tua acção de graças, visto que não sabe o que dizes? 17A tua acção de graças será certamente muito bela, mas o outro não tira qualquer proveito. 18Graças a Deus, eu falo mais em línguas que todos vós. 19Mas, numa assembleia, prefiro dizer cinco palavras com a minha inteligência, para instruir também os outros, do que dez mil, em línguas.
20Irmãos, não sejais crianças, quanto à maneira de julgar; sede, sim, crianças na malícia; mas, quanto à maneira de julgar, sede homens adultos. 21Está escrito na Lei: Falarei a este povo por homens de outra língua e por lábios estranhos, e nem assim me hão-de escutar, diz o Senhor. 22Por conseguinte, o dom das línguas é um sinal, não para os crentes, mas para os incrédulos; já a profecia não é para os descrentes, mas para os crentes. 23Se toda a assembleia estivesse reunida e todos começassem a falar em línguas, os simples ouvintes ou descrentes que entrassem, não diriam que estáveis loucos? 24Mas se todos começarem a profetizar e entrar ali um descrente qualquer ou simples ouvinte, há-de sentir-se tocado por todos, julgado por todos; 25os segredos do seu coração serão desvendados e, prostrando-se com o rosto por terra, adorará a Deus, proclamando que Deus está realmente no meio de vós.

Os carismas na assembleia

26Que devemos fazer, então, irmãos? Quando vos reunis, e cada um de vós tem um hino a cantar, um ensinamento a proferir, ou uma revelação, ou um discurso em línguas, ou uma interpretação, que tudo se faça de modo a edificar. 27Se se fala em línguas, que não sejam mais que dois ou no máximo três, cada um por sua vez, e que um as interprete. 28Se não houver intérprete, fiquem calados na assembleia e falem consigo mesmos e com Deus.
29Quanto aos profetas, que falem dois ou três e que os outros façam o discernimento. 30Mas se um outro entre os presentes recebe uma revelação, cale-se o anterior. 31Todos podeis profetizar, mas um após outro, para que todos sejam instruídos e exortados. 32Mas as inspirações dos profetas devem submeter-se aos profetas, 33porque Deus não é um Deus de desordem, mas de paz.
Como acontece em todas as assembleias de santos, 34as mulheres estejam caladas nas assembleias, porque não lhes é permitido tomar a palavra e, como diz também a Lei, devem ser submissas. 35Se quiserem saber alguma coisa, perguntem em casa aos maridos, porque não é conveniente para uma mulher falar na assembleia.
36Porventura a palavra de Deus, partiu de vós ou só a vós foi comunicada? 37Se algum de vós julga ser profeta ou estar na posse dos dons do Espírito, deve reconhecer, no que vos escrevo, um preceito do Senhor. 38Mas se alguém não o reconhecer, também não será reconhecido. 39Assim, pois, irmãos, aspirai ao dom da profecia e não impeçais que se fale em línguas. 40Mas que tudo se faça com decoro e ordem.


Evangelho e comentário

Tempo da Quaresma


Evangelho: Jo 7, 40-53

Naquele tempo, alguns que tinham ouvido as palavras de Jesus diziam no meio da multidão: «Ele é realmente o Profeta». Outros afirmavam: «É o Messias». Outros, porém, diziam: «Poderá o Messias vir da Galileia? Não diz a Escritura que o Messias será da linhagem de David e virá de Belém, a cidade de David?» Houve assim desacordo entre a multidão a respeito de Jesus. Alguns deles queriam prendê-l’O, mas ninguém Lhe deitou as mãos. Então os guardas do templo foram ter com os príncipes dos sacerdotes e com os fariseus e estes perguntaram-lhes: «Porque não O trouxestes?». Os guardas responderam: «Nunca ninguém falou como esse homem». Os fariseus replicaram: «Também vos deixastes seduzir? Porventura acreditou n’Ele algum dos chefes ou dos fariseus? Mas essa gente, que não conhece a Lei, está maldita». Disse-lhes Nicodemos, aquele que anteriormente tinha ido ter com Jesus e era um deles: «Acaso a nossa Lei julga um homem sem antes o ter ouvido e saber o que ele faz?» Responderam-lhe: «Também tu és galileu? Investiga e verás que da Galileia nunca saiu nenhum profeta». E cada um voltou para sua casa.

Comentário:

Continuará sempre um mistério o motivo que terá levado Jesus a nunca esclarecer a Sua origem, o local do seu nascimento.

Parece evidente que o Senhor não queria que acreditassem nele por outros motivos que não fossem uma, sã vontade de esclarecer o que não sabiam.

A verdade é que sabemos que nem na "Sua terra", Nazaré, o acolhimento foi diferente, talvez porque conheciam bem as Suas origens.
A má-fé e os preconceitos condicionam sempre as boas disposições interiores.

Como quando rezarmos devemos fazê-lo mais para ouvir que para ser ouvidos, ou seja, dispostos a ouvir, compreender, aceitar e pôr em prática o que Deus nos sugere, em vez da nossa vontade, os nossos desejos ou conveniências, o que Ele quer, o que Ele prefere, o que Ele propõe.

(ama, comentário sobre Jo 7, 40-53, 2016.03.12)






Jesus Cristo e a Igreja – 152

Celibato eclesiástico: História e fundamentos teológicos

V. FUNDAMENTOS TEOLÓGICOS DA DISCIPLINA DO CELIBATO

…/109

Fundamento histórico doutrinal


…/5

Essa interpretação do unius uxoris vir também era aceita no Oriente. Isto é provado pelo grande historiador da Igreja antiga, Eusébio de Cesaréia, que deve ser considerado bem informado, já que, como já afirmamos, participou no Concílio de Nicéia e, como amigo dos arianos, tinha defendido o uso do matrimónio por parte dos padres já casados. No entanto diz expressamente que, comparando o sacerdote do Antigo Testamento com o do Novo, se confronta a geração corporal com a espiritual, e que nisso consiste o sentido do unius uxoris vir: em que aqueles que foram consagrados e dedicados ao culto divino devem abster-se convenientemente, do momento da Ordenação em adiante, das relações sexuais com a esposa.


(cont)

(revisão da versão portuguesa por ama)

Ao esquecimento de si mesmo chega-se pela oração

A maior parte dos que têm problemas pessoais, "têm-nos" pelo egoísmo de pensar em si próprios. (Forja, 310)

Cada um de vós, se quiser, pode encontrar o caminho que lhe for mais propício para este colóquio com Deus. Não me agrada falar de métodos nem de fórmulas, porque nunca fui amigo de espartilhar ninguém; tenho procurado animar todas as pessoas a aproximarem-se do Senhor, respeitando cada alma tal como ela é, com as suas próprias características. Pedi-lhe vós que meta os seus desígnios na nossa vida: e não apenas na nossa cabeça, mas no íntimo do nosso coração e em toda a nossa actividade externa. Garanto-vos que deste modo evitareis grande parte dos desgostos e das penas do egoísmo e sentir-vos-eis com força para propagar o bem à vossa volta. Quantas contrariedades desaparecem, quando interiormente nos colocamos muito próximos deste nosso Deus, que nunca nos abandona! Renova-se com diversos matizes esse amor de Jesus pelos seus, pelos doentes, pelos entrevados, quando pergunta: que se passa contigo? Comigo... E, logo a seguir, luz ou, pelo menos, aceitação e paz.


Ao convidar-te para fazeres essas confidências com o Mestre, refiro-me especialmente às tuas dificuldades pessoais, porque a maioria dos obstáculos para a nossa felicidade nascem de uma soberba mais ou menos oculta. Pensamos que temos um valor excepcional, qualidades extraordinárias. Mas, quando os outros não são da mesma opinião, sentimo-nos humilhados. É uma boa ocasião para recorrer à oração e para rectificar, com a certeza de que nunca é tarde para mudar a rota. Mas é muito conveniente iniciar essa mudança de rumo quanto antes. (Amigos de Deus, 249)

Eutanásia: o que está em causa? Contributos para um diálogo sereno e humanizador

Nota Pastoral do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa, 14 de Março de 2016

10. A mensagem que, através da legalização da eutanásia e do suicídio assistido, assim se veicula tem graves implicações sociais, que vão para além de cada situação individual. Esta mensagem não pode deixar de ter efeitos no modo como toda a sociedade passará a encarar a doença e o sofrimento.

Há o sério risco de que a morte passe a ser encarada como resposta a estas situações, já que a solução não passaria por um esforço solidário de combate à doença e ao sofrimento, mas pela supressão da vida da pessoa doente e sofredora, pretensamente diminuída na sua dignidade. E é mais fácil e mais barato. Mas não é humano! Neste novo contexto cultural, o amor e a solidariedade para com os doentes deixarão de ser tão encorajados, como já têm alertado associações de pessoas que sofrem das doenças em questão e que se sentem, obviamente, ofendidas quando veem que a morte é apresentada como “solução” para os seus problemas. E também é natural que haja doentes, de modo particular os mais pobres e débeis, que se sintam socialmente pressionados a requerer a eutanásia, porque se sentem “a mais” ou “um peso”.

É este, sem dúvida, um perigo agravado num contexto de envelhecimento da população e de restrições financeiras dos serviços de saúde que implícita ou explicitamente se podem questionar: para quê gastar tantos recursos com doentes terminais quando as suas vidas podem ser encurtadas?


(cont)

Pequena agenda do cristão

SÁBADO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

Lembrar-me:

Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?