02/05/2017

Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Que em cada um de vós esteja a alma de Maria

– Minha Mãe! As mães da terra olham com maior predilecção para o filho mais débil, o mais doente, o menos esperto, o pobre defeituoso... Senhora!, eu sei que tu és mais Mãe que todas as mães juntas... E como sou teu filho... E como sou débil, e doente..., e defeituoso..., e feio... (Forja, 234)

As mães não contabilizam os pormenores de carinho que os seus filhos lhes demonstram, não pesam nem medem com critérios mesquinhos. Uma pequena demonstração de amor, saboreiam-na como se fosse mel e acabam por conceder muito mais do que receberam. Se assim fazem as mães boas da terra, imaginai o que poderemos esperar da nossa Mãe, Santa Maria!

Agrada-me voltar, em pensamento, àqueles anos em que Jesus permaneceu junto de sua Mãe e que abarcam quase toda a vida de Nosso Senhor neste mundo. Vê-lo pequeno quando Maria cuida d'Ele e o beija e o entretém... Vê-lo crescer diante dos olhos enamorados de sua Mãe e de José, seu pai na terra... Com quanta ternura e com quanta delicadeza Maria e o Santo Patriarca se preocupariam com Jesus durante a sua infância! E, em silêncio, aprenderiam muito e constantemente d'Ele. As suas almas ir-se-iam afazendo à alma daquele Filho, Homem e Deus. Por isso, a Mãe – e, depois dela, José – conhece como ninguém os sentimentos do coração de Cristo e os dois são o caminho melhor, diria até que o único, para chegar ao Salvador.


Que em cada um de vós, escrevia Santo Ambrósio, esteja a alma de Maria, para louvar o Senhor; que em cada um esteja o espírito de Maria, para se regozijar em Deus. (Amigos de Deus, 280–281)

Fátima: Centenário - Música


Centenário das aparições da Santíssima Virgem em Fátima

Louvando a Santíssima Virgem - Nana Mouskuri




Neste mês de Maio a ti excelsa Mãe de Deus e nossa Mãe, te repetiremos sem cessar:

Ave Maria, gratia plena, Dominus tecum, benedicta tu in mullieribus et benedictus fructis ventris tui, Jesus.

Santa Maria, Mater Dei, ora pro nobis pecatoribus, nunc et in hora mortis nostra. Ámen.





Reflectindo - 247

Reflectindo
Estou velho


Com frequência ouve-se esta frase que significa sempre uma pretensa justificação para se eximir a algo.

A velhice não pode, não deve ser desculpa para não fazer o que está perfeitamente ao nosso alcance porque, se o for, então as pessoas de idade não fariam absolutamente nada.

A idade traz consigo uma riqueza de conhecimentos e experiências que não podem deixar de ser úteis aos mais novos.

Talvez que uma destas a ter muito, muito em conta, seja a prudência, a capa­cidade de análise, o discernimento que evita muitos disparates, precipitações, agir sob impulso.

As pessoas idade são uma dádiva da vida à sociedade que, não poucas vezes, as trata como descartáveis incómodos.

O cristão sabe muito bem a quem deve a sua prática religiosa, quem o levou à pia baptismal, ensinou as primeiras orações, lhe "apresentou" Deus.

Foram quase sempre os mais velhos, os Pais, os professores, os irmãos.

Quanta gratidão não devemos sentir!


(ama, reflexões, 2016.11.13)


Temas para meditar - 705


Silêncio de Jesus


A atitude do Senhor diante de Herodes Antipas vai ser muito diferente da que tem com Pilatos. 

Herodes era um homem supersticioso, sensual e adúltero. 

Apesar da sua estima por João Baptista, tinha-o mandado decapitar atendendo aos rogos de Salomé. 

Agora intenta servir-se de Jesus para seu entretenimento. 

Quer vê-Lo como quem deseja presenciar uma sessão de magia. 

Jesus não responde às perguntas feitas com palavreado adulador. 

A posição do Salvador é de simplicidade e grandeza e, por outro lado, de severidade. 

O Seu silêncio eloquente é o castigo exemplar para este tipo e comportamentos.



Bíblia Sagrada anot. pela Fac. de Teolog. da Univ. de Navarra Comentário sobre Lc 23 7-11   

Doutrina – 287

Doutrina
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ

SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ

CAPÍTULO PRIMEIRO CREIO EM DEUS PAI

O homem

66. Em que sentido o homem é criado «à imagem de Deus»?

Afirmar que o homem é criado à imagem de Deus significa que ele é capaz de conhecer e amar, na liberdade, o próprio Criador.
É a única criatura, nesta terra, que Deus quis por si mesma e que chamou a partilhar a sua vida divina, no conhecimento e no amor.

Enquanto criado à imagem de Deus, o homem tem a dignidade de pessoa: não é uma coisa, mas alguém, capaz de se conhecer a si mesmo, de se dar livremente e de entrar em comunhão com Deus e com as outras pessoas.

Evangelho e comentário


Tempo de Páscoa


Evangelho: Jo 6, 30-35

30Eles replicaram: «Que sinal realizas Tu, então, para nós vermos e crermos em ti? Que obra realizas Tu? 31Os nossos pais comeram o maná no deserto, conforme está escrito: Ele deu-lhes a comer o pão vindo do Céu.» 32E Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão do Céu, mas é o meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do Céu, 33pois o pão de Deus é aquele que desce do Céu e dá a vida ao mundo.» 34Disseram-lhe então: «Senhor, dá-nos sempre desse pão!» 35Respondeu-lhes Jesus: «Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não mais terá fome e quem crê em mim jamais terá sede.

Comentário:

Jesus Cristo declara que É o «pão da vida», ou seja, o alimento que transmite, conserva e mantém a verdadeira vida do ser humano.

E que ”verdadeira vida” é esta?

Pois, a vida de união com Cristo, já que a vida sem Deus, não tem qualquer futuro e, o homem, foi criado para a eternidade.

Mas, o mais extraordinário, é que este alimento está ao nosso dispor de forma absolutamente gratuita e não precisamos de o procurar – diria trabalhar – como fazemos com o sustento do corpo.

Ao pensar nisto, apetece-nos dizer-Lhe, como os discípulos:

«Senhor, dá-nos sempre desse pão!»

(AMA, comentário sobre Jo 6, 30-35, 05.01.2017)





Leitura espiritual

A CIDADE DE DEUS 

Vol. 2

CAPÍTULO XXII

Condição do único primeiro homem e, nele, de todo o género humano.

Explicada, o melhor que nos foi possível, essa dificí­lima questão da eternidade de um Deus que cria novos seres sem alteração da sua vontade mais fácil nos será compreender agora que era muito mais preferível multiplicar a humanidade com o Deus fez, isto é, fazendo-a provir de um só homem previam ente criado, do que fazendo-a provir de vários homens.

Quanto aos animais: uns solitários, digamos selvagens, isto é, que preferem viver sós, tais com o as águias, os milhanos, os leões, os lobos, e outros quejandos; outros gregários porque preferem viver congregados em grupo, tais como as pombas, os estorninhos, os corvos, as corças, etc. — nem para uns nem para outros determinou Deus a sua propagação a partir de um só: fez existir vários ao mesmo tempo. Ao homem, pelo contrário, deu uma natureza intermédia entre o anjo e o animal:

se se mantivesse submetido ao seu criador como a seu Senhor, observando com piedosa obediência os seus mandamentos, juntar-se-ia à sociedade dos anjos e conseguiria para sempre a beatitude eterna sem passar pela morte;
mas se, abusando da sua livre vontade pelo orgulho e a desobediência, ofendesse o Senhor seu Deus, deveria, condenado à morte, viver à maneira dos animais, escravo das paixões e votado, após a morte, a eterno suplício. Foi por isso que o criou único e só, não certamente para o deixar isolado de toda a sociedade humana, mas para pôr mais em relevo a seus olhos o vínculo de unidade e concórdia que esta sociedade deve manter, estando os homens ligados entre si pela identidade de natureza e pelos vínculos afectivos de parentesco. Nem sequer a própria mulher, destinada a unir-se ao varão, a quis criar como o criou ele, mas formou-a a partir dele, para que todo o género humano se propagasse a partir de um só homem.

CAPÍTULO XXIII

Deus previu o pecado do primeiro homem que criou e, simultaneamente, o numeroso povo de justos nascidos da sua raça que agregaria, por sua graça, à sociedade dos anjos.

Deus não ignorava que o homem viria a pecar e que, votado à morte, viria a gerar filhos destinados à morte. E estes mortais iriam progredir de tal maneira na fereza do crime que os animais destituídos de razão, falhos de vontade, nascidos de várias estirpes, — umas das águas, outras das terras—, viveriam entre si, nas suas espécies, com mais segurança e mais paz do que os homens cuja raça provinha de um só para assegurar a concórdia. Efectivamente, nem os leões, nem os dragões alguma vez desencadearam entre si guerras semelhantes às dos homens. Mas Deus previa também que um povo piedoso, chamado pela sua graça à adopção divina, desligado do pecado e justificado pelo Espírito Santo, seria associado aos santos anjos na paz eterna, quando a morte, sua última inimiga, fosse destruída. A este povo havia de ser útil a consideração de que Deus decidiu a criação do género humano a partir de um só homem para mostrar aos homens quanto apreciava a unidade na sua pluralidade.

CAPÍTULO XXIV

Natureza da alma humana criada à imagem de Deus.

Deus fez, pois, o homem à sua imagem. Efectivamente, criou nele um a alma apta pela razão e pela inteligência a elevar-se acima de todos os animais da terra, das águas e do ar, desprovidos de um espírito deste género.  Tendo, pois, formado o homem do pó da terra, insuflou-lhe essa alma de que acabo de falar, quer a tenha já feita quer fazendo-a pelo seu próprio sopro, querendo que o sopro que assim produzia (realmente, insuflar que mais é senão produzir um sopro?) fosse a própria alma do homem. Depois, com o Deus que é, fez-lhe, de um osso tirado do seu lado, um a esposa para o ajudar na geração. Isto não deve ser, aliás, imaginado conforme os nossos hábitos carnais, com o costumamos ver os artistas servirem-se dos membros do seu corpo para fabricarem a partir de um a qualquer matéria o produto próprio da sua arte. A mão de Deus é a potência de Deus, que produz invisivelmente seres visíveis. Mas isto mais parece uma fábula do que um a realidade para os que utilizam as obras vulgares de todos os dias como medida da capacidade criadora e da sabedoria de Deus, que sabe e pode criar, suponhamos, até a própria semente da vida sem sementes.

Quanto às origens da criação, as pessoas que as ignoram fazem delas ideias falsas. Como se não lhes parecessem ainda mais incríveis a concepção e o nascimento de um homem, se lhos tivessem contado antes de os conhecerem por experiência. Embora a maioria deles atribua estas maravilhas mais a diferentes forças materiais do que à obra da divina inteligência.


CAPÍTULO XXV

Poderá dizer-se que os anjos são criadores de alguma criatura por insignificante que seja?

Estes livros não se dirigem àqueles que se recusam a crer que a inteligência divina tenha feito e cuide deste Mundo. Alguns, crentes no seu Platão, não acreditam que tenha sido o próprio Deus Supremo o criador do Mundo, mas sim que outros deuses menores, por Ele criados, é que formaram, com sua permissão ou sob ordem sua, todos os seres vivos mortais, entre os quais o homem, parente desses deuses, conserva o primeiro lugar. Se esses se libertassem da superstição que os impele a justificarem as cerimó­nias e os sacrifícios que oferecem aos deuses como seus autores, sem dificuldade se veriam livres também da sua errónea opinião. Efectivamente, não é lícito acreditar nem afirmar, que o criador de toda a natureza, por mais insignificante e mortal que seja, possa ser outro que não Deus, mesmo antes de podermos compreender isto. Quanto aos anjos, a quem eles preferem chamar deuses, mesmo que lhes seja permitido ou ordenado que prestem a sua colaboração aos seres que nascem neste Mundo, não são mais criadores dos animais que os agricultores o são dos frutos da terra e das árvores, tão longe estão de se poderem chamar criadores dos animais como o está o agricultor a respeito dos frutos ou das árvores.


(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)


Epístolas de São Paulo – 63

Carta aos Colossenses

Colossos era uma pequena cidade da Ásia Menor situada junto de Hierápoles, entre Éfeso e Laodiceia. Parece que nunca foi visitada por Paulo. O fundador desta igreja foi Epafras (4,12), discípulo de Paulo. A ela pertenciam Filémon, destinatário de uma Carta-bilhete a propósito do escravo Onésimo (Flm), e Arquipo (4,17).
O problema dos anjos, a que se alude na introdução da Carta aos Efésios, também era aqui muito vivo. Esta Carta segundo parece, cronologicamente anterior à dos Efésios dá uma primeira resposta paulina a esse problema. As qualidades, os poderes e as funções que os judeo-gnósticos atribuíam aos anjos, atribui-os Paulo ao Cristo-Cósmico, que tem a primazia em toda a criação e é Filho de Deus por natureza.

DESTINATÁRIO
A Carta foi dirigida aos cristãos de Colossos durante o primeiro cativeiro de Paulo (4,3.10.18), na última parte do seu ministério (61 a 63). A comunidade de Colossos tinha saído do paganismo e não era conhecida pessoalmente pelo Apóstolo, embora fosse fundada por um discípulo seu. A novidade do vocabulário e dos temas desta Carta manifestam a sua originalidade em relação às outras Cartas paulinas, o que se pode explicar pela novidade do meio ambiente da comunidade de Colossos, ou por a Carta não ter sido escrita directamente por Paulo.

DIVISÃO E CONTEÚDO
O conteúdo da Carta é o seguinte:
Introdução: 1,1-23;
I. O Evangelho de Paulo: 1,24-2,5;
II. Fidelidade ao Evangelho: 2,6-23;
III. Viver segundo o Evangelho: 3,1-4,6;
Conclusão: 4,7-18.

TEOLOGIA
Os cristãos de Colossos viam-se tentados a seguir as crenças esotéricas, um misto de elementos pagãos, judaicos e cristãos. Estas crenças atribuíam muita importância às forças cósmicas, ao poder dos anjos e de outros seres que se entrepunham entre Deus e os seres humanos e influenciavam o destino de cada pessoa.
Tais doutrinas e o recurso a práticas supersticiosas (2,16-23), preconizadas por mestres “heréticos”, levaram Paulo a proclamar Jesus Cristo como único e universal mediador entre Deus e o mundo criado. Nele se celebrou a vitória sobre esses poderes, à qual os cristãos se associam pelo baptismo (2,6-15), que é fundamento da liberdade cristã face a toda a sujeição (2,16-3,4).
A fé em Cristo morto e ressuscitado é o único caminho que conduz à sabedoria e à liberdade. Os cristãos, despojados do homem velho e revestidos de Cristo, pelo baptismo, nasceram para novas relações humanas baseadas na fraternidade (3,5-15). 

Pequena agenda do cristão




TeRÇa-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?