12/05/2017

Fátima: Centenário - Música


Centenário das aparições da Santíssima Virgem em Fátima

Louvando a Santíssima Virgem - Sumi Jo



Neste mês de Maio a ti excelsa Mãe de Deus e nossa Mãe, te repetiremos sem cessar:

Ave Maria, gratia plena, Dominus tecum, benedicta tu in mullieribus et benedictus fructis ventris tui, Jesus.

Santa Maria, Mater Dei, ora pro nobis pecatoribus, nunc et in hora mortis nostra. Ámen.








Fátima: Centenário - Oração jubilar de consagração


Salve, Mãe do Senhor,
Virgem Maria, Rainha do Rosário de Fátima!
Bendita entre todas as mulheres,
és a imagem da Igreja vestida da luz pascal,
és a honra do nosso povo,
és o triunfo sobre a marca do mal.

Profecia do Amor misericordioso do Pai,
Mestra do Anúncio da Boa-Nova do Filho,
Sinal do Fogo ardente do Espírito Santo,
ensina-nos, neste vale de alegrias e dores,
as verdades eternas que o Pai revela aos pequeninos.

Mostra-nos a força do teu manto protector.
No teu Imaculado Coração,
sê o refúgio dos pecadores
e o caminho que conduz até Deus.

Unido/a aos meus irmãos,
na Fé, na Esperança e no Amor,
a ti me entrego.
Unido/a aos meus irmãos, por ti, a Deus me consagro,
ó Virgem do Rosário de Fátima.

E, enfim, envolvido/a na Luz que das tuas mãos nos vem,
darei glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.


Ámen.

Fazei o que Ele vos disser

No meio do júbilo da festa, em Caná, só Maria nota a falta de vinho... Até aos mais pequenos pormenores de serviço chega a alma quando vive, como Ela, apaixonadamente atenta ao próximo, por Deus. (Sulco, 631)

Entre tantos convidados de uma ruidosa boda rural a que vêm pessoas de muitos lugares, Maria dá pela falta de vinho. Repara nisso imediatamente – e só Ela. Que familiares se nos apresentam as cenas da vida de Cristo! Porque a grandeza de Deus convive com o humano – com o normal e corrente. Realmente, é próprio de uma mulher, de uma atenta dona de casa, reparar num descuido, estar presente nesses pequenos pormenores que tornam agradável a existência humana; e assim aconteceu com Maria.

– Fazei o que Ele vos disser (Jo 2, 5).

Implete hydrias (Jo 2, 7), – enchei as vasilhas! –, e dá-se o milagre. Assim mesmo, com toda a simplicidade. Tudo normal: eles cumpriam o seu ofício, e a água estava ao seu alcance… E foi esta a primeira manifestação da divindade do Senhor! O que há de mais vulgar converte-se em extraordinário, em sobrenatural, quando temos a boa vontade de fazer o que Deus nos pede.

Quero, Senhor, abandonar todos os meus cuidados nas Tuas mãos generosas. A nossa Mãe – a Tua Mãe! – a estas horas, como em Caná, já fez soar aos Teus ouvidos: não têm!…

Se a nossa fé é débil, recorramos a Maria. Devido ao milagre das bodas de Caná que Cristo realizou a pedido de sua Mãe, acreditaram n´Ele os discípulos (Jo 2, 11). A nossa Mãe intercede sempre diante de seu Filho para que nos atenda e se nos mostre de tal modo que possamos confessar: – Tu és o Filho de Deus.


– Dá-me, ó Jesus, essa fé que de verdade desejo! Minha Mãe e Senhora minha, Maria Santíssima, faz com que eu creia! (Santo Rosário, 2º mistério luminoso).

Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Evangelho e comentário


Tempo de Páscoa

Beata Joana de Portugal

Evangelho: Jo 14, 1-6

1 Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus; crede também em mim. 2 Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse, como teria dito Eu que vos vou preparar um lugar? 3 E quando Eu tiver ido e vos tiver preparado lugar, virei novamente e hei-de levar-vos para junto de mim, a fim de que, onde Eu estou, vós estejais também. 4 E, para onde Eu vou, vós sabeis o caminho.» 5 Disse-lhe Tomé: «Senhor, não sabemos para onde vais, como podemos nós saber o caminho?» 6 Jesus respondeu-lhe: «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém pode ir até ao Pai senão por mim.

Comentário:

O Senhor voltou para o Céu para, como diz, preparar uma morada para cada um de nós.

E que morada será?

Preparada pelo próprio Jesus Cristo, Deus e Irmão nosso, deve ser tão excelente e extraordinária que não pudemos sequer imaginar.

Como não fazer quanto estiver ao nosso alcance para conquistar o direito habitá-la?

(AMA, comentário sobre Jo 14, 1-6, Malta, 2016.04.23)





Leitura espiritual

A CIDADE DE DEUS

Vol. 2

LIVRO XIII

CAPÍTULO XXII

Depois da ressurreição os corpos dos santos serão espiritualizados, sem que a carne se transforme em espírito.

Depois da ressurreição os corpos dos justos de mais nenhuma árvore terão necessidade para não morrerem de doença ou de extrema velhice, nem de qualquer alimento corporal com que satisfaçam a necessidade de comer ou de beber. Estarão revestidos de um seguro e inviolável privilégio de imortalidade de forma que só comerão se quiserem, mas não serão a isso constrangidos. Isso também os anjos o fizeram, aparecendo sob uma forma visível e palpável — não porque tivessem fome mas porque o puderam e quiseram para se adaptarem aos homens, humanizando o seu ministério (porque não é de crer que, quando os homens lhes dispensavam hospitalidade, só na aparência é que comiam), embora tenha parecido àqueles que ignoravam a sua qualidade de anjos que eles comiam, como nós, por necessidade. Daí o que disse o anjo no livro de Tobias:

Víeis-me comer, mas era com os vossos olhos que me víeis,[i]


isto é, «julgáveis que eu tomava o alimento por necessidade de refazer o corpo como vós fazeis». Talvez para os anjos haja um a explicação mais aceitável. Mas a nossa fé cristã não duvida, acerca do Salvador, de que Ele, mesmo depois da ressurreição comeu e bebeu com os seus discípulos, em carne de certo espiritual, mas verdadeira carne. Na verdade, o que a tais corpos será tirado, não é a faculdade, mas a necessidade de beber e de comer. Segue-se disto que
eles serão espirituais, não porque deixarão de ser corpos, mas porque subsistirão graças à vida do espírito.

CAPÍTULO XXIII

Que se deve entender por corpo animal e corpo espiritual; e quais são os que morrem em Adão e os que são vivificados em Cristo.

Assim como se chama «corpos animais» aos corpos que ainda não têm o «espírito vivificante», mas têm uma «alma vivente» (sem, contudo, serem almas nos corpos) — assim também aos corpos ressuscitados se chama «corpos espirituais». Longe de nós, porém, crermos que sejam espíritos! Serão corpos com uma substância de carne, mas que não sofrerão, graças ao espírito vivificante, a menor corrupção ou o entorpecimento da carne. O homem já não será então terrestre, mas celeste, não porque o seu corpo, feito da terra, deixe de ser o mesmo, mas porque um dom celeste o tornará apto a habitar mesmo no Céu, sem mudar de natureza, mas sim de qualidade. Mas o primeiro homem terrestre, porque tirado da terra, foi criado com «alma vivente» e não com «espírito vivificante» — o que lhe estava reservado com o prémio da sua obediência. O seu corpo tinha necessidade de com ida e de bebida para não sofrer de fome e de sede. Estava garantido contra uma morte fatal, não por absoluta e indissolúvel imortalidade, mas pela árvore da vida que também o mantinha na flor da juventude; mas não há dúvida de que não era um corpo espiritual, mas animal, sem, contudo, estar destinado a morte se o homem, pecando, não tivesse incorrido na condenação de que Deus o tinha ameaçado. Sem que lhe fossem negados os alimentos fora do Paraíso, ficou, porém, privado da árvore da vida e entregue ao tempo e à velhice, para acabar os dias de uma vida que, se não tivesse pecado, podia ser perpétua no Paraíso, embora com corpo animal, até que, graças ao prémio da obediência, chegasse a ser espiritual.

É por isso que — mesmo considerando esta morte manifesta que separa a alma do corpo como referida também nestas palavras que Deus proferiu:

No dia em que dele comerdes, é de morte que haveis de morrer,[ii]

— não deve parecer absurdo que esta separação do corpo não tenha tido lugar no próprio dia em que comeram do alimento proibido e mortífero. E certo que, desde esse dia, a sua natureza se deteriorou e ficou viciada e, pela justíssima privação da árvore da vida, surgiu neles a fatalidade da morte corporal com a qual nós nascemos. E por isso que o Apóstolo não diz «o corpo deve morrer por causa do pecado», mas diz:

Realmente, o corpo morreu por causa do pecado, mas o espírito é vida por causa da justiça.[iii]

E acrescenta:

Se o Espírito daquele que ressuscitou Cristo dos mortos habita em vós, o que ressuscitou Cristo dos mortos vivificará também os vossos corpos mortais pelo seu Espírito que habita em vós [iv]

O corpo estará, portanto, então, com um «espírito vivificante», ao passo que agora está com uma «alma vivente»; e, todavia, o Apóstolo chama-lhe já morto porque já está sujeito à fatalidade da morte. Mas outrora estava com uma «alma vivente» sem estar com um «espírito vivificante» e, contudo, não seria correcto chamar-lhe «morto» porque só o pecado poderia sujeitá-lo à fatalidade da morte. Assim, ao dizer:

Adão, onde estás?[v]

Deus referiu-se à morte da alma — a morte que surge quando ele a abandona; e ao dizer:

És terra e voltarás à terra,[vi]

referiu-se à morte do corpo — a morte que se verifica quando a alma o deixa. Por isso é de crer que nada disse da morte «segunda», que quis que se mantivesse secreta para a anunciar no Novo Testamento, no qual ela é abertamente anunciada. Era preciso, antes de tudo, que a «primeira morte», com um a todos, fosse revelada como proveniente do pecado que se tornou a todos com um pelo facto de um só; mas a «segunda morte» não é com um a todos pois dela se exceptuam aqueles

que, segundo decisão sua, (Deus) chamou, previu e predestinou a,[vii] 

como diz o Apóstolo,

tornarem-se conformes com a imagem de seu Filho, para que este Filho fosse o primogénito de muitos irmãos.[viii]

A todos estes, preservou a graça de Deus, pelo Mediador, da segunda morte. Com o diz o Apóstolo, foi num corpo animal que o primeiro homem foi feito. Querendo, de facto, distinguir o corpo animal, que temos agora, do corpo espiritual, que teremos na ressurreição, diz:

Foi semeado na corrupção, ressuscitará na incorruptibilidade;
foi semeado na ignomínia, ressuscitará na glória
foi semeado na debilidade, ressuscitará na pujança;
foi semeado corpo animal, ressuscitará corpo espiritual.[ix]

Para o provar declara:

Se há um corpo animal, também haverá um corpo espiritual .[x]

e para mostrar o que é um corpo animal, acrescenta:

Assim está escrito: o primeiro homem Adão foi feito numa alma vivente.[xi]

Quis, portanto, mostrar desta forma o que é o corpo animal, embora do primeiro homem, chamado Adão, quando pelo sopro de Deus uma alma lhe foi criada, a Escritura não tenha dito: «Ele foi feito num corpo animal» mas

O homem foi feito numa alma vivente.[xii]

Portanto, com o que está escrito:

O homem foi feito numa alma vivente,[xiii]

quis o Apóstolo designar o corpo animal do homem. Como se há-de entender o «espiritual», declara-o, dizendo:

O novo Adão em espírito vivificante,[xiv]

designando, sem sombra de dúvida, Cristo, que, ressuscitado dos mortos, já não morrerá mais. Até que acaba por dizer:

O primeiro não é o espiritual mas o que é animal; depois é que vem o corpo espiritual.[xv]

Mostra aqui muito mais claramente que pretendeu designar o corpo animal ao falar do primeiro homem feito em alma vivente, e o corpo espiritual ao dizer:

O novo Adão em espírito vivificante.[xvi]

Em primeiro lugar há, efectivamente, o corpo animal — o do primeiro Adão — posto que não destinado a morrer, salvo se pecasse; e é também o que nós temos agora, degradado e viciado na sua natureza ao ponto de ficar sujeito, após o pecado, à fatalidade da morte. (Foi tal corpo que o próprio Cristo se dignou assumir primeiro por nós, não por imposição da fatalidade, mas por poder da vontade). Em seguida vem o corpo espiritual, como aconteceu já, primeiro em Cristo, nossa cabeça, e como continuará a acontecer nos seus membros na ressurreição derradeira dos mortos.

Depois o Apóstolo estabelece a evidentíssima diferença entre estes dois homens ao dizer:

O primeiro homem, tirado da terra, é terrestre; o segundo vem do céu. Tal o terrestre, tais também os terrestres; tal o celeste, tais também os celestes. E da mesma forma que nós revestimos a imagem do terrestre, revistamos também a imagem daquele que vem do céu.[xvii]

O que o Apóstolo assim afirma é o que agora se opera em nós, conforme o sacramento da regeneração, como diz algures:

Todos vós que em Cristo fostes baptizados, de Cristo vos revestistes.[xviii]

mas a realidade terá lugar quando o que em nós há de animal ao nascermos, se torne espiritual ao ressuscitarmos. Para usarmos das suas próprias palavras,

é na esperança que somos salvos.[xix]

Vestimo-nos da imagem do homem terrestre pela transmissão da prevaricação e da morte que a geração nos proporciona. Mas revestimos a imagem do homem celeste pela graça do perdão e da vida perpétua que nos subministra a regeneração através do único Mediador de Deus e dos homens — o homem Jesus Cristo. E a Este que o Apóstolo quer designar por «homem celeste», porque veio do Céu para revestir um corpo de mortalidade terrena que revestiria de imortalidade celeste. Também chama «celestes» aos outros homens, mas é porque eles se tornam seus membros pela graça, para formarem com ele um só Cristo, com o a cabeça e o corpo. E o que ele ainda mais claramente expõe na mesma epístola:

Por um homem veio a morte e por um homem veio a ressurreição dos mortos. Assim como todos morrem em Adão, assim todos serão vivificados em Cristo.[xx]

Sê-lo-ão doravante num corpo espiritual que estará «num espírito vivificante»; não porque todos os que morrem em Adão hão-de ser membros de Cristo (realmente um grande número deles será ferido eternamente de segunda morte) — mas porque a repetição da palavra «todos» (omnes) quer dizer que, assim com o ninguém morre em seu corpo mortal senão em Adão, assim também ninguém é vivificado no corpo espiritual senão por Cristo.

Longe de nós, pois, o pensamento de que na ressurreição teremos um corpo idêntico ao do primeiro homem antes do pecado. Nem o dito:

Tal o terrestre, tais também os terrestres. [xxi]

se deve entender do estado produzido pelo pecado. Realmente, não se deve pensar que, antes do pecado, o corpo do homem era espiritual e que, devido ao pecado, se transformou em corpo animal. De facto, pensar assim seria prestar pouca atenção às palavras de tão grande mestre (doctor) que declara:

Se há um corpo animal, também haverá um corpo espiritual;[xxii]

Assim está escrito: o primeiro homem, Adão, foi feito numa alma vivente.[xxiii]

Porventura aconteceu isto depois do pecado, sendo para esta primeira condição do homem que o bem-aventurado Paulo apela, com o testem unho da lei, para explicar o corpo animal?

(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)





[i] Tobias, XII, 19.
[ii] Gén. II, 17.
[iii] Rom., VIII, 10.
[iv] Rom., VIII, 11.
[v] Gén., III, 9.
[vi] Gén., III, 19.
[vii] Rom., VIII, 28-29.
[viii] Ibid.
[ix] I Corínt., XV, 42-44.
[x] I Corínt., XV, 45.
[xi] Ibd.
[xii] Ibid.
[xiii] Ibid.
[xiv] Ibid.
[xv] I Corint., XV, 46.
[xvi] I Corínt., XV, 45.
[xvii] I Corínt., XV, 47-49.
[xviii] Gál., III, 27.
[xix] Rom., VIII, 24.
[xx] I Corínt., XV, 21-22.
[xxi] I Corínt., XV, 47-49.
[xxii] I Corínt., XV, 42-44.
[xxiii] Ibid.

Reflectindo - 250

Reflectindo
Dificuldades - Nós e os outros


Verificamos muitas vezes que aquele que julgávamos conhecer bem - talvez até intimamente - tem problemas, emoções e dificuldades que desconhecíamos inteiramente.

Constatamos que, afinal, não somos únicos nem "especiais" e que o que nos acontece - e muitas vezes nos condiciona -, também sucede nesse outro.

Que fazer então?

Sugerir o nosso próprio remédio?

Bom... se connosco funciona porque não?

Agora, se não conseguimos encontrar para nós próprios, solução ou lenitivo que fazer senão pedir conselho.

Aliás, devemos fazê-lo sempre, não só porque é muito útil, mas, sobretudo, porque essa pessoa que nos aconselha terá a experiência e sabedoria para nos esclarecer e encaminhar com segurança.

(ama, reflexões, 2016.11.17)


Epístolas de São Paulo – 73

2ª Carta aos Tessalonicenses - cap 1

Endereço e saudação

- 1Paulo, Silvano e Timóteo à Igreja de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo, que está em Tessalónica. 2Graça e paz a vós da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo.

I. DEUS, CONFORTO NA TRIBULAÇÃO (1,3-12)

O justo juízo de Deus


- 3Devemos dar continuamente graças a Deus por vós, irmãos, como é justo, pois que a vossa fé cresce extraordinariamente e a caridade recíproca superabunda em cada um e em todos vós, 4a ponto de nós próprios nos gloriarmos de vós nas igrejas de Deus, pela vossa constância e fé em todas as perseguições e tribulações que suportais. 5Elas são o indício do justo juízo de Deus, para que sejais considerados dignos do reino de Deus pelo qual padeceis. 6Com efeito, é justo da parte de Deus retribuir com tribulações àqueles que vos atribulam 7e a vós, os atribulados, retribuir com o repouso, juntamente connosco, aquando da manifestação do Senhor Jesus que virá do Céu com os anjos do seu poder, 8em fogo ardente, e fará justiça aos que não conhecem a Deus e não obedecem ao Evangelho de Nosso Senhor Jesus. 9O seu castigo será a ruína eterna, longe da face do Senhor e da glória da sua força, 10quando, naquele dia, vier para ser glorificado nos seus santos e admirado em todos aqueles que acreditaram; ora o nosso testemunho foi por vós considerado digno de fé. 11Eis por que oramos continuamente por vós: para que o nosso Deus vos torne dignos da vocação e, com o seu poder, a vossa vontade de bem e a actividade da vossa fé atinjam a plenitude, 12de modo que seja glorificado em vós o nome de Nosso Senhor Jesus e vós nele, segundo a graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.

Doutrina – 297

Doutrina
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ

SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ

CAPÍTULO PRIMEIRO CREIO EM DEUS PAI

A queda

76. O que é o pecado original?

O pecado original, no qual todos os homens nascem, é o estado de privação da santidade e da justiça originais.
É um pecado por nós «contraído» e não «cometido»; é uma condição de nascimento e não um acto pessoal.
Por causa da unidade de origem de todos os homens, ele transmite-se aos descendentes de Adão com a natureza humana, «não por imitação, mas por propagação».

Esta transmissão permanece um mistério que não podemos compreender plenamente.