09/06/2017

Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Leitura espiritual

A CIDADE DE DEUS 

Vol. 2

LIVRO XV

CAPÍTULO VII

Motivo do crime e obstinação de Caim que nem a palavra de Deus desviou do seu premeditado crime.

…/2

Contudo, não o deixa sem uma recomendação santa justa e boa, dizendo:

Sossega: ele voltará para ti e tu o dominarás [i].

Trata-se do irmão? Nada disso. De quê, pois, senão do pecado? Efectivamente, foi depois de ter dito pecaste que Deus acrescenta sossega: ele voltará para ti e tu o dominarás.  Pode, realmente, ser assim entendido: esta conversão (volta) para o homem deve ser a conversão (volta) do pecado, de m aneira que o homem saiba que a mais ninguém senão a si próprio deve atribuir o pecado. Este é que é o remédio salutar da penitência, este é que é o pedido oportuno do perdão — que nas palavras para ti a sua volta (ad te enim conversio ejus) — não se subentende «será», mas «seja» à maneira de um preceito, e não de uma predição. Porque cada um domina o seu pecado quando não se põe à sua frente, defendendo-o, mas a si o submete fazendo penitência. De outra forma será escravo do seu domínio se lhe presta protecção quando o comete.

Mas o pecado também pode significar a própria concupiscência carnal de que fala o Apóstolo:

A came tem desejos contrários ao espírito [ii];

e entre os frutos da carne enumera a inveja que espicaçava Caim e o incitava à morte de seu irmão. Convém que se subentenda «será», ficando assim: «para ti será o seu regresso (conversio) e tu o dominarás». Realmente, quando se perturba essa parte carnal a que o Apóstolo chama pecado ao dizer:

Não sou eu que o faço, mas o pecado que habita em mim [iii].

(parte da alma a que os filósofos chamam viciosa, porque não devia arrastar o espírito, mas submeter-se ao seu império e ser afastada, pela razão, das obras ilícitas) e quando perturbada, impele a alma ao cometimento de uma acção má, se se acalmar e obedecer à palavra do Apóstolo:

Não ofereçais os vossos membros ao pecado como instrumentos de iniquidade [iv]

- ela volta, domada e vencida, para o espírito e submete-se à autoridade da razão.

Foi isto que Deus prescreveu ao que ardia nas chamas da inveja contra seu irmão e queria suprimir aquele que devia imitar. «Sossega», diz-lhe; retém a tua mão fora do crime; não reine o pecado no teu corpo mortal para te tom ar dócil aos seus desejos; não ofereças ao pecado teus membros como instrumentos de iniquidade — porque «para
ti será o seu regresso» se, em vez de largares as rédeas ao pecado, o refreares com a tua calma. E «então tu o dominarás», isto é, quando do exterior se lhe não permita agir, ele se acostuma, sob o poder do espírito que o dirige com benevolência, a já se não agitar interiormente.

No mesmo livro sagrado diz-se algo de semelhante da mulher quando, após o pecado, Deus, perguntando e julgando, proferiu as sentenças de condenação contra o demónio representado na serpente, contra a mulher e contra o seu marido em suas próprias pessoas. Efectivamente, disse-lhe:

Multiplicarei as tuas tristezas e o teu gemido. Darás à luz com dores os teus filhos [v];

e a seguir acrescentou:

Voltarás para teu marido e ele te dominará [vi].


O que se disse a Caim acerca do pecado, ou acerca da concupiscência viciosa da carne, diz-se nesta passagem acerca da mulher que pecou; donde se deve entender que o varão para com andar sua mulher deve assemelhar-se ao espírito que com anda a carne. E por isso que o Apóstolo diz:

O que ama sua mulher a si próprio se ama; pois nunca ninguém à sua própria carne tem ódio [vii].

Devemos, pois, sanar estes males como sendo nossos e não os condenar com o se alheios fossem. Mas Caim recebeu aquele preceito de Deus como prevaricador e, subjugado pela inveja, armou uma cilada e matou o irmão.

Tal foi o fundador da cidade terrestre. Deste modo figurou também os Judeus, por quem foi morto Cristo, pastor das ovelhas que são os homens, que Abel, o pastor de ovelhas, que eram os animais, prefigurou. É uma alegoria profética de que me abstenho agora de falar. Recordo-me de dela ter falado contra o maniqueu Fausto.



(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)



[i] Ge., IV,6-7.
[ii] Gál., V, 17.
[iii] Rom., VII, 17.
[iv] Rom., VI, 13.
[v] Gen., III, 16.
[vi] Ibid.
[vii] Efés., V, 28-29.

Hoy el reto del amor es pedirle a Cristo el don del perdón hacia esa persona que te quema

QUÉ TE QUEMA?

Ya estamos en plena Cuaresma, y en el monasterio, de lunes a sábado, es ayuno y abstinencia. Esto conlleva que llegues a la comida con un hambre enorme, ya que, del café con leche y el trozo de pan del desayuno, hacia media mañana ya no queda ni el recuerdo, y el ritmo de trabajo no disminuye.

Pues bien, llegué a comer y vi que de primero había un puré con una pinta buenísima. No me lo pensé dos veces: me serví y, con todas mis ganas, me metí una gran cucharada en la boca.

En cuanto el puré tocó mi boca me puse super colorada: ¡el puré estaba ardiendo! No sabía qué hacer, si devolverlo a la cuchara o tragármelo... Al final lo retuve en la boca hasta que lo tragué... La consecuencia fue que se me quemó todo el paladar y la lengua, así que el resto de la comida ya no me supo a nada. Pero no sólo ese día, tampoco los dos días siguientes. No notaba los sabores, tan sólo sentía un dolor fuerte en el paladar.

Cuántas veces me pasa que algo me quema por dentro: una mala contestación, una mala cara, una llamada inoportuna... Dentro de mí siento que me quema y me impide poder disfrutar del día en su plenitud.

Pero, si miro a Cristo, Él me da la fuerza para poder acercarme a esa persona que me está quemando y pedirle perdón. Entonces la Paz vuelve a mí, y ya puedo disfrutar del día.

Seguro que hoy tienes a alguien en tu corazón que te está impidiendo poder amar. Hoy quiero invitarte a que te acerques a esa persona. Sé que tu razón va a intentar convencerte de que tú tienes razón, que el otro se lo merece, que no has hecho nada malo... pero en el fondo de tu corazón sabes que no tienes Paz, y es por la falta de perdón y, sobre todo, de Amor.

Hoy el reto del amor es pedirle a Cristo el don del perdón hacia esa persona que te quema. Y después, con Su fuerza, acércate a ella y pídele perdón. Verás cómo tu corazón se libera, y vuelve a amar y disfrutar del día.


VIVE DE CRISTO

Doutrina – 325

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ

SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ

CAPÍTULO SEGUNDO

CREIO EM JESUS CRISTO, O FILHO UNIGÉNITO DE DEUS
«E EM JESUS CRISTO, SEU ÚNICO FILHO, NOSSO SENHOR»
«JESUS CRISTO FOI CONCEBIDO PELO PODER DO ESPÍRITO SANTO, E NASCEU DA VIRGEM MARIA»

104. O que é que nos ensina a vida oculta de Jesus em Nazaré?


Durante a vida oculta em Nazaré, Jesus permanece no silêncio duma vida normal.
Permite-nos assim estar em comunhão com Ele, na santidade duma vida quotidiana feita de oração, de simplicidade, de trabalho, de amor familiar.
A sua submissão a Maria e a José, seu pai putativo, é uma imagem da sua obediência filial ao Pai.

Maria e José, com a sua fé, acolhem o Mistério de Jesus, ainda que nem sempre o compreendam.

Evangelho e comentário

Tempo Comum

Evangelho: Mc 12, 35-37

35Ensinando no templo, Jesus tomou a palavra e perguntou: «Como dizem os doutores da Lei que o Messias é filho de David? 36O próprio David afirmou, inspirado pelo Espírito Santo: Disse o Senhor ao meu Senhor: ‘Senta-te à minha direita, até que ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés’. 37O próprio David chama-lhe Senhor; como é Ele seu filho?» E a numerosa multidão ouvia-o com agrado.

Comentário:

Todo este capítulo doze do Evangelho escrito por São Marcos é profundamente doutrinal.

Jesus responde a perguntas – mesmo as capciosas e sem sentido – esclarece dúvidas, ensina.

Por isso mesmo «a numerosa multidão ouvia-o com agrado» e, seguramente, não esqueceria jamais o que tinha sido dito.

Jesus Cristo é, de facto, O Mestre por excelência e nenhum outro poderá igualar a Sua Sabedoria, bem como a forma tão simples e acessível de abordar assuntos – por vezes controversos ou, pelo menos de difícil compreensão – como Ele o faz.

Como devemos agradecer aos Evangelistas terem-nos deixado este legado precioso para nós, cristãos de todos os tempos, podermos encontrar com segurança os fundamentos da nossa Fé!


(AMA, comentário sobre Mc 12, 35-37, 02.02.2017) 

Reflectindo - 258

Ter tempo

Todos temos, mais ou menos, uma relação algo difícil com o tempo.
Quase sempre não temos tempo e, consequentemente, não fazemos ou adiamos.

Muitas vezes descobrimos que, afinal, tínhamos tempo, aliás, sobrou tempo mais que suficiente para o que convinha ou nos foi solicitado fazer.

Mas o nosso problema com o tempo não se resume ao que atrás disse, mas, também, a outra coisa talvez mais grave:

Perdemos tempo! 

Não temos esse direito nem prerrogativa porque o tempo não nos pertence, não podemos dispor dele adrede, mas usá-lo convenientemente.

O tempo perdido não se recupera, perdeu-se para sempre, não tem solução.

O tempo não é muito nem é pouco, é o que cada um dispõe, por isso mesmo é grave fazer perder tempo aos outros.


(ama, reflexões, 23.11.2016)


Pede a verdadeira humildade

A humildade nasce como fruto do conhecimento de Deus e do conhecimento de si próprio. (Forja, 184)

Essas depressões por veres ou por outros descobrirem os teus defeitos, não têm fundamento...
Pede a verdadeira humildade. (Sulco, 262)

Fujamos dessa falsa humildade que se chama comodismo. (Sulco, 265)

– Senhor, peço-te um presente: Amor..., um Amor que me deixe limpo. E mais outro presente: conhecimento próprio, para me encher de humildade. (Forja, 185)

São santos os que lutam até ao final da sua vida: os que se sabem levantar sempre depois de cada tropeção, de cada queda, para prosseguir valentemente o caminho com humildade, com amor, com esperança. (Forja, 186)

Se os teus erros te fazem mais humilde, se te levam a procurar agarrar com mais força a mão divina, são caminho de santidade: "felix culpa!", bendita culpa!, canta a Igreja. (Forja, 187)


A humildade leva cada alma a não desanimar ante os próprios erros. A verdadeira humildade leva... a pedir perdão! (Forja, 189)

Pequena agenda do cristão


Sexta-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?