18/06/2017

Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Fátima: Centenário - Oração jubilar de consagração


Salve, Mãe do Senhor,
Virgem Maria, Rainha do Rosário de Fátima!
Bendita entre todas as mulheres,
és a imagem da Igreja vestida da luz pascal,
és a honra do nosso povo,
és o triunfo sobre a marca do mal.

Profecia do Amor misericordioso do Pai,
Mestra do Anúncio da Boa-Nova do Filho,
Sinal do Fogo ardente do Espírito Santo,
ensina-nos, neste vale de alegrias e dores,
as verdades eternas que o Pai revela aos pequeninos.

Mostra-nos a força do teu manto protector.
No teu Imaculado Coração,
sê o refúgio dos pecadores
e o caminho que conduz até Deus.

Unido/a aos meus irmãos,
na Fé, na Esperança e no Amor,
a ti me entrego.
Unido/a aos meus irmãos, por ti, a Deus me consagro,
ó Virgem do Rosário de Fátima.

E, enfim, envolvido/a na Luz que das tuas mãos nos vem,
darei glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.


Ámen.

Leitura espiritual

A CIDADE DE DEUS 

Vol. 2

LIVRO XV

CAPÍTULO XVII

Dois patriarcas e príncipes nascidos de um só pai.

Foi, pois, Adão o pai de duas linhagens — uma das quais pertence à cidade da terra e a outra à cidade celeste; mas após a morte de Abel, envolta em grande mistério, houve um pai para cada um a das linhagens — Caim e Set. Em seus filhos — era preciso recordá-los — começaram a aparecer com mais evidência os caracteres das duas cidades. Com efeito, Caim gerou Henoc em cujo nome fundou uma cidade, cidade terrestre claro está, que não peregrina neste Mundo mas que nele se instala na paz e na felicidade temporal. Caim significa posse; por isso, quando ele nasceu, foi dito por seu pai ou por sua mãe:


Adquiri um homem pela graça de Deus
[i].


Mas Henoc significa dedicação, porque é aqui, onde ela está estabelecida, que se dedica a cidade terrestre, porque é aqui que se encontra o fim para que tende ou apetece. Ora Set significa ressurreição e seu filho Enós significa homem — mas não com o Adão. Na verdade, também este nome significa homem — mas apresenta-se naquela língua, isto é, na hebraica, como nome com um para o homem e a mulher. Assim se escreveu a propósito dele:


Fê-los homem e mulher, abençoou-os e deu-lhes o nome de Adão[ii].


Não há dúvida de que a mulher foi chamada pelo seu nom e próprio de Eva, mantendo-se, porém, Adão, que significa homem, com o nom e de ambos. Enós também significa homem mas num sentido que, segundo os versados naquela língua, não pode designar a mulher, como sendo filho da ressurreição em que nem os homens nem as mulheres se casam. Na verdade, não haverá geração onde haja regeneração.

Por isso julgo que não será demais notar que nas gerações que procedem do que recebeu o nome de Set, quando se diz que tiveram filhos e filhas, não se cita expressamente o nome de nenhuma mulher; ao passo que nos descendentes de Caim, mesmo no fim, é uma mulher a última que cita como nascida. Com efeito, lê-se assim:


Matusalém gerou Lamec. Lamec tomou duas esposas uma chamada Ada e outra Sella. Ada deu à luz Jobel, pai dos pastores que vivem em tendas Jobal é o nome de seu irmão. Foi este quem inventou o saltério e a citara. Sella deu à luz Tobel que era ferreiro e trabalhava o ferro e o bronze. A irmã de Tobel é Noema [iii].


Até aqui se prolongaram as gerações de Caim, ao todo oito desde Adão, incluindo o próprio Adão, isto é — sete até Lamech que foi marido de duas mulheres; a oitava é a geração de seus filhos entre os quais se menciona também uma mulher. É um a forma elegante de referir que a cidade da Terra terá até ao seu final gerações carnais provenientes da união de homens com mulheres. Daí que também sejam citadas com os seus nomes as mulheres daquele homem que é o último antepassado que aqui se cita — o que nunca tinha acontecido antes do Dilúvio à excepção de Eva. Mas assim com o Caim, (que significa posse), fundador da cidade terrestre, e seu filho, em cujo nome foi fundada, Henoc (que significa dedicação), indicam que essa cidade tem um princípio e um fim terreno onde não é de esperar nada mais do que neste século se pode ver, — assim temos de ver o que diz esta história sagrada acerca do filho Set (que significa ressurreição), visto ser o pai das gerações mencionadas à parte.


(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)




[i] Gen., IV, 1.
[ii] Gen. V, 2.
[iii] Gen., IV, 18-22.

Doutrina – 334

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ

SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ

CAPÍTULO SEGUNDO

CREIO EM JESUS CRISTO, O FILHO UNIGÉNITO DE DEUS
«JESUS CRISTO PADECEU SOB PÔNCIO PILATOS, FOI CRUCIFICADO, MORTO E SEPULTADO»

112. Qual é a importância do Mistério pascal de Jesus?

O Mistério pascal de Jesus, que compreende a sua paixão, morte, ressurreição e glorificação, está no centro da fé cristã, porque o desígnio salvífico de Deus se realizou uma vez por todas com a morte redentora do seu Filho, Jesus Cristo.


Tratado da vida de Cristo 165

Questão 55: Da manifestação da ressurreição

Em seguida devemos tratar da manifestação da ressurreição.
E nesta questão discutem-se seis artigos:

Art. 1 — Se a ressurreição de Cristo devia manifestar-se a todos.
Art. 2 — Se deviam os discípulos ver Cristo ressuscitar.
Art. 3 — Se Cristo, depois da ressurreição devia conviver continuamente com os discípulos.
Art. 4 — Se Cristo devia aparecer aos discípulos sob figura diferente.
Art. 5 — Se Cristo devia declarar com provas a verdade da sua ressurreição.
Art. 6 — Se as provas aduzidas por Cristo manifestaram suficientemente a verdade da sua ressurreição.

Art. 1 — Se a ressurreição de Cristo devia manifestar-se a todos.

O primeiro discute-se assim. — Parece que a ressurreição de Cristo devia manifesta-se a todos.

1 — Pois, a um pecado público é devida uma pena pública, segundo ao Apóstolo: Aos que pecarem repreende-os diante de todos. Assim também a quem publicamente mereceu é devido um prémio público. Ora, a glória da ressurreição foi o prémio das humilhações da Paixão, como diz Agostinho. Logo, tendo a Paixão de Cristo sido manifesta a todos, pois publicamente a sofreu, parece que a glória da sua ressurreição também devia manifestar-se a todos.

2. Demais. — Assim como a Paixão de Cristo se ordenava à nossa salvação, assim também a sua ressurreição, conforme o Apóstolo: Ressuscitou para a nossa justificação. Ora, o respeitante à utilidade pública deve manifestar-se a todos. Logo, a ressurreição de Cristo devia manifestar-se a todos e não especialmente a alguns.

3. Demais. — Aqueles a quem se manifestou a ressurreição de Cristo foram testemunhas da ressurreição, conforme a Escritura: A quem Deus ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos testemunhas. Ora, esse testemunho davam-no proclamando-o publicamente. O que não é próprio das mulheres, segundo o Apóstolo: As mulheres estejam caladas na Igreja. E noutro lugar: Eu não permito à mulher, que ensine. Logo, parece que inconvenientemente a ressurreição de Cristo foi manifestada primeiro às mulheres que aos homens em geral.

Mas, em contrário, a Escritura: A quem Deus ressuscitou ao terceiro dia e quis que se manifestasse, não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus havia ordenado antes.

As coisas que conhecemos, umas as conhecemo-las pela lei geral da natureza; outras por um especial dom da graça, como as reveladas por Deus. E estas como diz Dionísio, estão sujeitas à lei divina, de serem por Deus reveladas imediatamente ao superior, mediante aos quais chegam ao conhecimento dos inferiores, como o demonstra a ordenação dos espíritos celestes. Ora, o concernente à glória futura excede o conhecimento comum dos homens, conforme da Escritura: O olho não viu, excepto tu, ó Deus, o que tens preparado para os que te esperam. Por isso, tais coisas o homem não as conhece senão revelados por Deus conforme o diz o Apóstolo: Deus no-lo revelou a nós pelo seu Espírito. Ora, como Cristo ressuscitou gloriosamente, por isso a sua ressurreição não foi manifestada a todo o povo, mas só a alguns, cujo testemunho deu a conhecer aos demais.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — A Paixão de Cristo consumou-se num corpo dotado ainda de uma natureza passível, conhecida de todos por uma lei comum. Por isso a Paixão de Cristo podia manifestar-se imediatamente a todo o povo. Ao passo que a Ressurreição de Cristo se operou pela glória do Pai, como diz o Apóstolo. Por isso manifestou-se imediatamente, não a todos, mas a alguns. — Quanto a ser uma pena pública imposta aos pecadores públicos, isso entende-se das penas da vida presente. E semelhantemente, méritos públicos hão de premiar-se em público, para estímulo dos outros. Mas as penas e os prémios da vida futura não são manifestados publicamente a todos; mas especialmente àqueles a quem Deus o pre-ordenou.

RESPOSTA À SEGUNDA. — A ressurreição de Cristo, ordenada à salvação de todos, também chegou ao conhecimento de todos, não que se manifestasse a todos Imediatamente, mas a alguns, mediante cujo testemunho, a conhecessem os demais.

RESPOSTA À TERCEIRA. — À mulher não é permitido ensinar publicamente na Igreja; mas é-lhe permitido instruir privadamente a alguns, num ensinamento doméstico. Donde como Ambrósio diz, uma mulher foi enviada aos da família de Cristo; mas não a dar testemunho da ressurreição do povo. — E se Cristo apareceu primeiro às mulheres, foi para a mulher, que fora a primeira a levar ao homem a mensagem da morte, fosse também a primeira a anunciar a vida de Cristo ressuscitado para a glória. Donde o dizer Cirilo: A mulher, outrora ministra da morte, foi a primeira a perceber e a anunciar o venerando mistério da redenção. Assim, o género feminino alcançou tanto a absolvição da ignomínia como o repúdio da maldição. E também se mostrava desse modo simultaneamente que no concernente ao estado da glória, o sexo feminino não sofreria nenhum detrimento; mas, se tiverem mais ardente a caridade, de maior glória também gozarão da visão divina. Por isso as mulheres, que mais ardentemente amaram o Senhor, a ponto de não se afastarem do seu sepulcro, que os próprios discípulos tinham abandonado, também foram as primeiras a ver o Senhor na glória da ressurreição. 


Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.



Evangelho e comentário

Tempo Comum


Evangelho: Mt 9, 36-38

36Contemplando a multidão, encheu-se de compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor. 37Disse, então, aos seus discípulos: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. 38Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe.»

Comentário:    

O Senhor olha para a vastidão do mundo e os milhões de almas que não O conhecem porque nunca ouviram falar a Seu respeito e sente uma enorme compaixão.

Vê, também, os muitos milhões de homens e mulheres atraídos por falsos profetas que prometem o que não podem e acenam com maravilhosas profecias. Talvez que, estes, sejam os mais dignos de dó.

São necessários homens e mulheres dedicados a evangelizar usando os meios que melhor se adaptem à sua maneira de ser, à sua vida pessoal, à sua cultura e conhecimentos.

Não são tão necessários “pregadores” esclarecidos e inflamados como pessoas de todas as condições e origens que, no meio em que vivem, transmitam, sobretudo pelo exemplo, as verdades da Fé Cristã, e conduzam por caminhos seguros os que não sabem onde ir – hesitam – para alcançar o que é o “fim último” de qualquer ser humano:

A salvação!

(AMA, comentário sobre 9, 36-38, 08.02.2017)






Vinde, ó Deus santificador, eterno e omnipotente

Sê alma de Eucaristia! – Se o centro dos teus pensamentos e esperanças está no Sacrário, filho, que abundantes os frutos de santidade e de apostolado! (Forja, 835)

Falava de corrente trinitária de amor pelos homens. E onde poderá alguém aperceber-se melhor dela do que na Missa? Toda a Trindade actua no santo sacrifício do altar. Por isso agrada-me tanto repetir na colecta, na secreta e na oração depois da comunhão aquelas palavras finais: Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, – dirigimo-nos ao Pai – , que conVosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, Deus por todos os séculos dos séculos. Ámen.

Na Santa Missa, a oração ao Pai é constante. O sacerdote é um representante do Sacerdote eterno, Jesus Cristo, que é ao mesmo tempo a Vítima. E a acção do Espírito Santo não é menos inefável nem menos certa. Pela virtude do Espírito Santo, escreve S. João Damasceno, dá-se a conversão do pão no Corpo de Cristo.


Esta acção do Espírito Santo exprime-se claramente, quando o sacerdote invoca a bênção divina sobre a oferenda: Vinde, ó Deus santificador, eterno e omnipotente, e abençoai este sacrifício preparado para o vosso santo nome, o holocausto que dará ao Nome santíssimo de Deus a glória que lhe é devida. A santificação, que imploramos, é atribuída ao Paráclito, que o Pai e o Filho nos enviam. Reconhecemos também essa presença activa do Espírito Santo no sacrifício quando dizemos, pouco antes da comunhão: Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus vivo, que, por vontade do Pai, com a cooperação do Espírito Santo, com a vossa morte destes a vida ao mundo.... (Cristo que passa, 85)

Pequena agenda do cristão


DOMINGO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

Lembrar-me:
Cultivar a Fé

São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?