27/06/2017

Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Leitura espiritual



Amar a Igreja
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A missão apostólica de todos os católicos

A Igreja santifica-nos, depois de entrarmos no seu seio pelo Baptismo.

Recém-nascidos para a vida natural, podemos logo acolher-nos à graça santificante.

A fé duma pessoa, mais ainda, a fé de toda a Igreja, beneficia a criança pela acção do Espírito Santo, que dá unidade à Igreja e comunica os bens duns para os outros.

É uma maravilha esta maternidade sobrenatural da Igreja, que o Espirito Santo lhe confere.

A regeneração espiritual, que se opera pelo Baptismo, é de alguma maneira semelhante ao nascimento corporal.

Assim como as crianças que se encontram no seio da mãe não se alimentam por si mesmas, porque se nutrem do sustento da mãe, também os pequeninos que não têm uso da razão, se encontram como crianças no seio da sua Mãe, a Igreja, pois recebem a salvação pela acção da Igreja, e não por si mesmos.

Manifesta-se assim em toda a sua grandeza o poder sacerdotal da Igreja, que procede directamente de Cristo.

Cristo é a fonte de todo o sacerdócio, visto que o sacerdote da Lei Antiga era como a sua figura.

Mas o sacerdote da Nova Lei age na pessoa de Cristo, segundo o que se diz em 2 Cor. II, 10: pois eu também o que perdoo, se alguma coisa perdoo, por amor de vós o perdoo na pessoa de Cristo.

A mediação salvadora entre Deus e os homens perpetua-se na Igreja através do Sacramento da Ordem, que capacita - pelo carácter e pela graça consequentes - para agir como ministros de Jesus Cristo em favor de todas as almas.
Que um possa realizar um acto que outro não pode, não provém da diversidade na bondade ou na malícia, mas da potestade adquirida, que um possui e outro não.

Por isso, como o leigo não recebe a potestade de consagrar, não pode fazer a consagração, seja qual for a sua bondade pessoal.

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Na Igreja há diversidade de ministérios, mas um só é o fim: a santificação dos homens.

Nesta tarefa participam de algum modo todos os cristãos, pelo carácter recebido com os Sacramentos do Baptismo e da Confirmação.
Todos temos de nos sentir responsáveis por essa missão da Igreja, que é a missão de Cristo.

Quem não tem zelo pela salvação das almas, quem não procura com todas as suas forças que o nome e a doutrina de Cristo sejam conhecidos e amados, não compreende a apostolicidade da Igreja.

Um cristão passivo não é capaz de entender o que Cristo quer de todos nós.

Um cristão que se preocupa com as suas coisas e se desentende da salvação dos outros, não ama com o Coração de Jesus.

O apostolado não é missão exclusiva da Hierarquia, nem dos sacerdotes ou dos religiosos.

A todos nos chama o Senhor para sermos instrumentos, com o exemplo e com a palavra, dessa corrente de graça que salta até à vida eterna.

Sempre que lemos os Actos dos Apóstolos, emocionam-nos a audácia, a confiança na sua missão e a sacrificada alegria dos discípulos de Cristo.

Não pedem multidões.


Ainda que as multidões venham, eles dirigem-se a cada alma em concreto, a cada homem, um por um: Filipe ao etíope; Pedro ao centurião Cornélio: Paulo a Sérgio Paulo.

Tinham aprendido do Mestre.

Recordai aquela parábola dos operários que aguardam trabalho, no meio da praça da aldeia.

Quando o dono da vinha foi à procura de empregados, com o dia já bem entrado, descobriu que ainda havia homens sem fazer nada:

porque estais aqui todo o dia ociosos?

Eles responderam: porque ninguém nos contratou.

Isto não deve suceder na vida do cristão; não deve encontrar-se ninguém à sua volta que possa afirmar que não ouviu falar de Cristo, porque ninguém lh'O anunciou.

Os homens pensam frequentemente que nada os impede de prescindir de Deus.

Enganam-se. Apesar de não o saberem, jazem como o paralítico da piscina probática, incapazes de se deslocarem até às águas que salvam, até à doutrina que dá alegria à alma.

A culpa é muitas vezes dos cristãos, porque essas pessoas poderiam repetir hominem non habeo não tenho sequer uma pessoa para me ajudar.

Todo o cristão deve ser apóstolo, porque Deus, que não precisa de ninguém, precisa, contudo, de nós.
Conta connosco e com a nossa dedicação para propagar a sua doutrina salvadora.

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Estamos a contemplar o mistério da Igreja Una, Santa, Católica, Apostólica.
É hora de nos perguntarmos: compartilho com Cristo do seu afã de almas?

Peço por esta Igreja de que faço parte, onde hei-de realizar uma missão específica, que ninguém pode fazer por mim?

Estar na Igreja é já muito, mas não basta.

Devemos ser Igreja, porque a nossa Mãe nunca há-de ser para nós estranha, exterior, alheia aos nossos mais profundos pensamentos.

Acabamos aqui estas considerações sobre as notas da Igreja.

Com a ajuda do Senhor, terão ficado impressas na nossa alma e confirmar-nos-emos num critério claro, seguro, divino, para amarmos mais esta Mãe Santa, que nos trouxe à vida da graça e nos alimenta dia a dia com solicitude inesgotável.

Se porventura ouvirdes palavras ou gritos de ofensa à Igreja, manifestai, com humanidade e caridade, a essa gente sem amor, que não se pode maltratar assim uma Mãe.

Agora atacam-na impunemente, porque o seu reino, que é o do seu Mestre e Fundador, não é deste mundo.

Enquanto gemer o trigo entre a palha, enquanto suspirarem as espigas entre a cizânia, enquanto chorar o lírio entre os espinhos, não faltarão inimigos que digam: quando morrerá e perecerá o seu nome?
Ou seja, vede que virá tempo em que hão-de desaparecer e já não haverá mais cristãos...

Mas, quando dizem isto, eles morrem sem remédio.
E a Igreja permanece.

Aconteça o que acontecer, Cristo não abandonará a sua Esposa.

A Igreja triunfante está já junto d'Ele à direita do Pai.

E daí nos chamam os nossos irmãos cristãos, que glorificam a Deus por esta realidade que nós ainda só podemos ver através da clara penumbra da fé:

a Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica.


SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ


(cont)

El Papa invita a ir más allá de los 10 mandamientos y alerta del peligro de los «otros amores»

Pero además, tal y como recoge Aciprensa, Francisco invitó a ir más allá y cumplir también “todas las cosas que Jesús nos ha enseñado, esos mandamientos de la vida cotidiana que representan el modo de vivir cristiano”.

Cuidado con los "otros amores"

El Papa alertó de otros, peligros y “otros amores. También el mundo nos propone otros amores: el amor al dinero, por ejemplo, el amor a la vanidad, pavonearse, el amor al orgullo, el amor al poder, haciendo tantas cosas injustas por tener más poder…”.

“Son otros amores, pero no son de Jesús no son del Padre. Él nos pide permanecer en su amor que es el amor del Padre. Pensemos también en estos otros amores que nos alejan del amor de Jesús. Y también, hay otras maneras de amar: amar a medias, eso no es amar. Una cosa es querer bien, y otra cosa es amar”, agregó.

La anécdota del Papa

Por ello, el Santo Padre añadió que “de esta manera, cumpliendo estos mandamientos que Jesús nos ha dado, permaneceremos en el amor de Jesús, que es el amor del Padre. Es lo mismo. Sin medida. Sin ese amor tibio o interesado”. Pero, ¿por qué, Señor, nos recuerdas estas cosas?’, podríamos preguntarnos. ‘Para que mi alegría esté en vosotros y que vuestra alegría sea plena’. Si el amor del Padre va a Jesús, Jesús nos enseña el camino del amor: el corazón abierto, amar sin medida, dejando de lado otros amores”.

El Papa Francisco concluyó su homilía con una anécdota: “Hace poco, un sacerdote fue nombrado Obispo. Fue junto a su padre, su anciano padre, para darle la noticia. Este hombre anciano, ya pensionista, un hombre humilde, un trabajador de toda la vida, no había ido a la Universidad, pero tenía la sabiduría de la vida. Dio a su hijo solo dos consejos: ‘Obedece y da alegría a la gente’. Este hombre había entendido esto: obedece al amor del Padre, sin otros amores, obedece a este don, y luego da alegría a la gente”.

“Nosotros, cristianos, laicos, sacerdotes, consagrados, Obispos, debemos dar alegría a la gente. Nuestra misión cristiana es dar alegría a la gente”.


REL

Hoy el Reto del Amor es: ¡ha resucitado!

HE RESUCITADO

Anoche disfrutamos de una Vigilia Pascual preciosa, en la que pudimos sentir muy fuerte al Señor. Cada rito, cada gesto, era un grito de alegría y de triunfo que nos llevaba a Él. Al llegar a la homilía, nuestro párroco sacó un folio totalmente escrito y (algo que nunca ha hecho) dijo que la homilía de esta noche la iba a leer.

-Sí, -nos explicó- es que le he escrito una carta al Señor... ¡y me ha contestado!

Y comenzó a leer las dos cartas. Nos impresionó tanto, que le hemos pedido permiso para compartir algún fragmento de esta original homilía contigo. Respondió encantado, ¡y hasta nos mandó el texto! Así, pues, dejamos que sea él quien hoy nos lleve al Señor.



Querido Pedro:

Claro que crees en tu Resurrección. Cada vez que has resurgido detrás de cada fracaso, cada vez que te has levantado después de cada caída, cada vez que has enarbolado la esperanza después de cada derrota, cada vez que ha renacido el amor detrás de cada desilusión, cada vez que has curado tus heridas después de cada sufrimiento… después de cada una… has resucitado. Detrás de cada una estaba Yo, venciendo a la muerte, al pecado y la desesperanza. Ofreciéndote una mañana, un nuevo comenzar. Son sólo ensayos de la gran Resurrección. Aquel día verás y comprenderás todo.

Mientras te pido tres cosas:

La primera: que sigas corriendo. Corriendo hacia la vida, hacia la luz. No te pares ni te paralices. No tengas miedo. Yo soy la luz que vence la muerte que te asedia e incluso habita dentro de ti. Deja que empuje tu vida mi amor y mi misericordia. No te puedo garantizar que no haya obstáculos, pero sí la seguridad de que para Dios nada hay imposible y es posible vencerlos. Te prometo que tendrás luz, al menos, para saber dar el paso siguiente. Ánimo y a correr.

Te pido que sigas llevando en tus manos el bálsamo y los perfumes como María Magdalena. Usa esos bálsamos para curar heridas, para aliviar desencantos, para devolver al esperanza, para dar vida a los demás. Y de vez en cuando abre los frascos de esos bálsamos y deja que se llenen de mi misericordia. Yo tengo ríos enteros de misericordia para todos. Te dejo mis sacramentos para que mi presencia llene tu corazón de gozo y alegría, de ánimo y fuerza, de gracia e ilusión para que sigas amando, sigas luchando, sigas viviendo.

Te pido que no corras sólo, que lo hagas como aquellas mujeres: con otros. Ya te lo dije: donde dos o más estén reunidos, allí estoy Yo. La muerte nos separa y divide, pero la vida, la resurrección nos une, nos hermana en eso que recitas en el credo: la comunión de los santos. Cada vez que buscas al hermano, compartes con Él la vida y el pan, cada vez que escuchas y dialogas, cada vez que haces tuyas sus preocupaciones y tristezas… resucito Yo como germen de nueva humanidad. Te dejo mi Iglesia, familia, escuela y taller de fraternidad. Pero no hagáis como los primeros discípulos que dejaron puertas y ventanas cerradas por temor a los judíos. No. Abrid las puertas y ventanas para que entre la vida y para que mi Vida salga… allí donde se necesite resurrección. Porque, lo siento, Pedro: ya resucitado no te pertenezco. No soy tuyo, ni de la Iglesia. Más bien, vosotros sois míos. Yo más bien soy para aquellos que me necesitan, que necesitan salir de sus sepulcros, que necesitan luz de esperanza, agua de misericordia, pan de caridad. Los que necesitan el pan de cada día, el pan de resurrección y Vida.

Así que Yo, Cristo Resucitado, te dejo eso: un camino, unos compañeros y una meta. Brújula no te dejo, no la necesitas. Recuerda que yo soy tu norte y te basta. Si llevas la meta en tu corazón será fácil. Te diría que nos volveremos a ver, pero mentiría. Tú ya sabes que puedes verme si cierras los ojos en ti, puedes verme y abrazarme si amas en el hermano (te recuerdo que me disfrazo muchas veces de pobre), puedes verme y tocarme y saborearme si tienes sed y acudes a ellos, a mis sacramentos y mi Palabra. No tengas miedo, esto es un ensayo… para prepararte al gozo inmenso que te espera.

Te he querido, te quiero y te querré siempre,

Jesús.


VIVE DE CRISTO

Fátima: Centenário - Vida de Maria - 8


Centenário das aparições da Santíssima 

Virgem em Fátima



Imaculada Conceição


A VOZ DOS POETAS


Endechas a Nossa Senhora

Virgem soberana,

De outros cantos dina:

Falta a voz humana,

Cante a voz divina.

Estrelas e flores,

Areias do mar

Podem-se contar,

Não vossos louvores.

De tal maravilha

Não me maravilho,

Pois sois mãe e filha

De Deus, vosso Filho.

Sois templo divino

Do Espírito Santo:

Quem é Só e Trino

A vós só quis tanto.

Sois cedro em Líbano,

Em Cádis sois palma,

Remédio do dano,

Vida da nossa alma.

Sois jardim cheiroso,

Plátano em ribeira;

Em campo formoso,

Formosa oliveira.

Sois esquadrão forte,

Torre em alto erguida,

Escudo da morte,

Doçura da vida.

Entre espinhos rosa,

Lírio junto de água;

Toda sois formosa,

Em vós não há mágoa.

Fostes escolhida

Por nossa desculpa,

Sem culpa nascida,

Remédio da culpa.

Quanto Eva perdeu

Por vós se cobrou,

Quem de vós nasceu

Tal vos fabricou.

O Verbo nascido

Deu-vos por Mãe sua,

O Sol por vestido,

Por chapins a Lua.

Deu-vos a Trindade

Coroa de estrelas;

Mas a claridade,

Vós lha dais a elas.

Sois fonte suave,

Alívio de tristes;

Sois do Céu a chave,

Vós o Céu abristes!

Quanto o Sol rodeia,

Quanto o Mar abraça,

Tudo encheis de graça,

Sois de graça cheia.



Diogo Bernardes (1532-1605)

Evangelho e comentário

Tempo Comum

Evangelho: Mt 7, 15-20

15«Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes. 16Pelos seus frutos, os conhecereis. Porventura podem colher-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? 17Toda a árvore boa dá bons frutos e toda a árvore má dá maus frutos. 18A árvore boa não pode dar maus frutos nem a árvore má, dar bons frutos. 19Toda a árvore que não dá bons frutos é cortada e lançada ao fogo. 20Pelos frutos, pois, os conhecereis.»

Comentário:

Jesus Cristo dá uma instrução, uma regra absolutamente fundamental quando se trata de avaliar a honestidade e credibilidade dos que se apresentam como mestres e directores:

«Pelos frutos, pois, os conhecereis»

As palavras por mais belas, os discursos por mais elaborados, as “teorias” por mais consistentes só têm de facto valor e merecem credibilidade se corresponderem aos actos de quem as profere ou apresenta.

Nunca se ouvirá dizer de alguém que é um santo porque “fala muito bem”, mas, unicamente porque as obras que pratica e a vida que leva corresponde ao que diz.

Por isso, para nós cristãos, o apostolado mais importante e, diria, “primário” é o exemplo que damos.

(AMA, comentário sobre Mt 7, 15-20, 17.02.2017)







Doutrina – 343

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ

SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ

CAPÍTULO SEGUNDO

CREIO EM JESUS CRISTO, O FILHO UNIGÉNITO DE DEUS
«JESUS CRISTO PADECEU SOB PÔNCIO PILATOS, FOI CRUCIFICADO, MORTO E SEPULTADO»

121. Que acontece na agonia do horto do Getsemani?

Apesar do horror que a morte provoca na humanidade santíssima d’Aquele que é o próprio «Autor da vida» [i], a vontade humana do Filho de Deus adere à vontade do Pai: para nos salvar, Jesus aceita carregar sobre Si os nossos pecados no seu corpo, «fazendo-se obediente até à morte» [ii].




[i] Act 3, 15
[ii] Fil 2,8

Reflectindo - 263

Amor

Continuemos a reflectir sobre o amor.
Parece impossível que alguns - muitos, infelizmente - pretendam ignorar que o amor é um sentimento exclusivo de Deus e, por dádiva de Deus, dos homens.

Torna o homem superior distinguindo-o dos outros seres.

Reduzir o amor humano à simples relação entre pessoas é ferir gravemente o próprio amor.

Nunca se ama pouco ou muito, de vez em quando ou permanentemente, ou se ama ou não, para sempre ou não.
A atração, o desejo, não são incompatíveis com o amor, mas não são necessárias para que exista.

De facto, posso amar alguém que sequer conheço, quando, por exemplo, rezo pelas vítimas de um terremoto ocorrido num país distante, estou a manifestar a Deus que é o amor que Ele deu e que deve unir todos os homens que me leva a rezar por eles.


(AMA, reflexões, Carvide, 24.01.2017)



Espera-se heroísmo do cristão

Quantos, que se deixariam cravar numa Cruz, perante o olhar atónito de milhares de espectadores, não sabem sofrer cristãmente as alfinetadas de cada dia! – Pensa então no que será mais heróico. (Caminho, 204).

Hoje, como ontem, espera-se heroísmo do cristão. Heroísmo em grandes contendas, se é preciso. Heroísmo – e será o normal – nas pequenas escaramuças de cada dia. Quando se luta continuamente, com Amor e deste modo que parece insignificante, o Senhor está sempre ao lado dos seus filhos, como pastor amoroso: Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas e as farei repousar, diz o Senhor Deus. Irei procurar as que se tinham perdido, farei voltar as que andavam desgarradas, porei ligaduras às que tinham algum membro quebrado e fortalecerei as que estavam fracas... E as minhas ovelhas habitarão no seu país sem temor; e elas saberão que eu sou o Senhor, quando eu tiver quebrado as cadeias do seu jugo, e as tiver arrancado das mãos daqueles que as dominavam.

Apelo para a sua misericórdia, para a sua compaixão, a fim de que não olhe para os nossos pecados, mas para os méritos de Cristo e de sua Santa Mãe, e que é também nossa Mãe, para os do Patriarca S. José, que Lhe serviu de Pai, para os Santos.


O cristão pode viver com a segurança de que, se quiser lutar, Deus o acolherá na sua mão direita, como se lê na Missa desta festa. Jesus, que entra em Jerusalém montado num pobre burrico, Rei da paz, é quem diz: o, reino dos céus alcança-se com violência, e os violentos arrebatam-no. Essa força não se manifesta na violência contra os outros; é fortaleza para combater as próprias debilidades e misérias, valentia para não mascarar as nossas infidelidades, audácia para confessar a fé, mesmo quando o ambiente é contrário. (Cristo que passa, 82)

Pequena agenda do cristão




TeRÇa-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?