02/07/2017

Imagem Fátima: Centenário - Oração jubilar de consagração


Salve, Mãe do Senhor,
Virgem Maria, Rainha do Rosário de Fátima!
Bendita entre todas as mulheres,
és a imagem da Igreja vestida da luz pascal,
és a honra do nosso povo,
és o triunfo sobre a marca do mal.

Profecia do Amor misericordioso do Pai,
Mestra do Anúncio da Boa-Nova do Filho,
Sinal do Fogo ardente do Espírito Santo,
ensina-nos, neste vale de alegrias e dores,
as verdades eternas que o Pai revela aos pequeninos.

Mostra-nos a força do teu manto protector.
No teu Imaculado Coração,
sê o refúgio dos pecadores
e o caminho que conduz até Deus.

Unido/a aos meus irmãos,
na Fé, na Esperança e no Amor,
a ti me entrego.
Unido/a aos meus irmãos, por ti, a Deus me consagro,
ó Virgem do Rosário de Fátima.

E, enfim, envolvido/a na Luz que das tuas mãos nos vem,
darei glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.


Ámen.

Publicações em 02 Julho

Escapulário



¿Llevas siempre el Escapulario? Nuestra reflexión de portada para el mes de julio

Tratado da vida de Cristo 167

Questão 55: Da manifestação da ressurreição

Art. 3 — Se Cristo, depois da ressurreição devia conviver continuamente com os discípulos.

O terceiro discute-se assim. — Parece que Cristo, depois da ressurreição, devia conviver continuamente com os discípulos.

1. — Pois, apareceu aos discípulos depois da ressurreição para lhes dar a certeza dela e consolá-los na sua perturbação, segundo o Evangelho: Alegraram-se os discípulos de terem visto o Senhor. Ora, mais se teriam certificado e consolado se se tivesse logo manifestado a eles. Logo, parece que devia conviver continuamente com eles.

2. Demais. — Cristo ressuscitado dos mortos não subiu logo ao céu, só depois de quarenta dias, como se lê na Escritura. Ora, no tempo intermediário em nenhum outro lugar podia mais convenientemente estar que onde os seus discípulos estavam todos congregados. Logo, parece que devia conviver continuamente com eles.

3. Demais. — No domingo mesmo da Ressurreição Cristo apareceu cinco vezes, como lemos no Evangelho e o adverte Agostinho com as palavras seguintes. Primeiro, às mulheres no sepulcro; segundo, ainda a elas quando voltavam do sepulcro; terceiro, a Pedro; quarto, aos dois discípulos que iam a uma aldeia; quinto, a vários em Jerusalém, entre os quais não estava Tomás. Logo, parece que também nos outros dias, antes da sua ascensão, devia lhes aparecer, ao menos várias vezes por dia.

4. Demais. — O Senhor, antes da Paixão, disse aos discípulos. Depois que eu ressuscitar irei adiante de vós para a Galileia. O que também o anjo e o próprio Senhor disse às mulheres depois da ressurreição. E, contudo, foi antes visto por eles em Jerusalém; e no dia mesmo da ressurreição, como se disse; e também no oitavo dia como lemos no Evangelho. Logo, parece que não conviveu com os discípulos, de modo conveniente, depois da ressurreição.

Mas, em contrário, o Evangelho, diz que depois de oito dias é que Cristo apareceu aos discípulos. Logo, não conviveu com eles continuamente.

Duas coisas deviam ser manifestas aos discípulos concernentes à ressurreição de Cristo: a verdade da ressurreição e a glória do ressuscitado. Ora, para manifestar a verdade da ressurreição bastava que lhes aparecesse várias vezes falasse com eles familiarmente, comesse, bebesse e lhes oferecesse o corpo a tocar. Quanto à manifestar a sua glória de ressuscitado, não quis conviver com eles continuamente, como fizera antes, a fim de que não parecesse ter ressuscitado para a mesma vida que vivia antes. Por isso lhes disse: Isto é o que queriam dizer as palavras que eu vos dizia quando ainda estava convosco. Ora, então estava presente corporalmente; ao passo que antes estava presente não só corporalmente, mas ainda sob a aparência de um corpo mortal. Por isso Beda, expondo as palavras suprarreferidas diz: Quando ainda estava convosco, isto é, quando ainda tinha um corpo mortal, como o que ainda tendes. É verdade que então ressuscitou com a mesma carne, mas já não tinha a mesma mortalidade que eles.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — As frequentes aparições de Cristo bastavam para certificar os discípulos da verdade da ressurreição. Mas o conviver continuadamente com eles podia induzi-los em erro, se acreditassem ele ter ressuscitado para uma vida semelhante à que antes vivera. Quanto à consolação com a sua contínua presença, prometeu que a teriam na outra vida, consoante o Evangelho: Eu hei-de ver-vos de novo e o vosso coração ficará cheio de gozo; e o vosso gozo ninguém vo-lo tirará.

RESPOSTA À SEGUNDA. — Se Cristo não conviveu continuamente com os discípulos não é porque pensasse que fosse mais conveniente estar alhures. Mas porque julgava mais conveniente para a instrução deles, não conviver continuamente com eles, pela razão já dada. Ignoramos, porém, em que lugares lhes apareceu corporalmente, nesse meio tempo, pois não no-lo refere a Escritura; demais, em todo lugar é o seu senhorio na mesma frase.

RESPOSTA À TERCEIRA. — Se no primeiro dia apareceu mais frequentemente, foi porque os Apóstolos deviam ser advertidos por meio de sinais, de modo que desde o princípio tivessem fé na ressurreição. — Mas depois de a terem recebido, não era preciso que, já certificados, fossem instruídos com tão frequentes aparições. Por isso não lemos no Evangelho que lhes aparecesse depois do primeiro dia, senão cinco vezes. Pois, como diz Agostinho, depois das primeiras cincos aparições, apareceu-lhes pela sexta vez quando Tomás o viu; pela sétima, no mar de Tiberíades, na captura dos peixes; pela oitava, no monte da Galileia segundo Mateus; pela nona, como relata Marcos, numa última ceia, porque já não haveriam de conviver com ele na terra; pela décima, no próprio dia em que, não já na terra, mas elevado nas nuvens, quando subiu ao céu. Mas nem tudo o que fez está escrito, como o confessa João. Assim, pois, conviveu frequentemente com eles antes de ter subido aos céus. E isto tudo para a consolação deles. Por isso o Apóstolo diz: Foi visto por mais de quinhentos irmãos estando juntos; depois foi visto por Tiago. Mas dessas aparições não faz menção o Evangelho.

RESPOSTA À QUARTA. — Crisóstomo, expõe assim aquilo do Evangelho — Depois que eu ressuscitar irei adiante de vós para a Galileia.  Não vai, diz, a nenhuma região longínqua para se lhes manifestar; mas aparece-lhes mesmo no meio da sua nação e nos próprios lugares onde sempre convivera com eles. De modo que, assim, cressem que o crucificado foi o mesmo que ressuscitou. E diz que iria para a Galileia para se libertarem do temor dos judeus. Assim, pois, como diz Ambrósio, o Senhor anunciou aos discípulos que o veriam na Galileia, mas como o tremor os retinha encerrados no cenáculo, foi aí que primeiro se lhes mostrou. Nem por isso faltou ao cumprimento da promessa ao contrário, foi um cumprimento prematuro e misericordioso dela. Mas depois, quando já tinha a alma confortada, dirigiram-se para a Galileia. Podemos porem dizer igualmente que, tendo-se revelado a poucos no cenáculo, quis mostrar-se a muitos, na montanha. Pois, como adverte Eusébio, os dois evangelistas, Lucas e João, escrevem que Cristo apareceu em Jerusalém só aos onze. Mas os outros dois nos referem que ele foi para a Galileia: para se manifestar, não somente aos onze, mas ainda a todos os discípulos e irmãos, como o tinha ordenado o Anjo e o Salvador. O que também Paulo menciona, quando diz: Depois apareceu simultaneamente a mais de quinhentos irmãos. Mas a solução mais verdadeira é que primeiro foi visto uma ou duas vezes dos que estavam escondidos em Jerusalém, para consolação deles. Ao passo que na Galileia, não as oculta nem uma ou duas vezes se manifestou, mas ostentando toda a grandeza do seu poder, mostrando-se-lhes vivo, depois da Paixão, por muitos milagres, como o atesta Lucas nos Actos, ou, como quer Agostinho, o dito do anjo e do Senhor, que haveria de ir adiante deles para a Galileia deve ser tomado em sentido profético. Pois, essa espécie de transmigração, representada pela Galileia; dava-lhes a entender que os Apóstolos passariam a pregar do povo de Israel para os gentios. Aos quais não teriam ousado ensinar o Evangelho se o próprio Senhor não lhes tivesse preparado o caminho no coração dos homens. Tal o sentido das palavras do Evangelho: Eu irei adiante de vós para a Galileia; mas a palavra Galileia também significa revelação; e neste sentido podemos entender que Cristo não teria mais a forma de servo, mas a que o torna igual ao Pai e da qual prometem aos seus amigos fieis a participação. E que partiu para um lugar donde não se afastaria, vindo ter connosco, e partindo para o qual, não nos abandonaria. 

Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.



Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Evangelho e Comentário

Tempo Comum


Evangelho: Mt 10, 37-42

34 Não penseis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer a paz, mas a espada. 35 Porque vim separar o filho do seu pai, a filha da sua mãe e a nora da sua sogra; 36 de tal modo que os inimigos do homem serão os seus familiares. 37 Quem amar o pai ou a mãe mais do que a mim, não é digno de mim. Quem amar o filho ou filha mais do que a mim, não é digno de mim. 38 Quem não tomar a sua cruz para me seguir, não é digno de mim. 39 Aquele que conservar a vida para si, há-de perdê-la; aquele que perder a sua vida por causa de mim, há-de salvá-la.» 40 «Quem vos recebe, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou. 41 Quem recebe um profeta por ele ser profeta, receberá recompensa de profeta; e quem recebe um justo, por ele ser justo, receberá recompensa de justo. 42 E quem der de beber a um destes pequeninos, ainda que seja somente um copo de água fresca, por ser meu discípulo, em verdade vos digo: não perderá a sua recompensa.»

Comentário:

O grande tema deste trecho de São Mateus é o amor.
Porquê?
Porque, na verdade, se trata de ordenar convenientemente o nosso amor.
Se bem que todos os amores sadios, honestos, sinceros sejam de cultivar e ter em conta é fundamental ter muito claro as prioridades.
Em primeiro lugar amar a Deus sem limites ou condições e, em consequência, amar o próximo. Estes dois “amores” encerram em si mesmos toda a Lei e garantem a felicidade eterna.

É fácil amar a Deus?
Não é, o próprio Jesus Cristo o infere nas palavras deste texto, mas, por isso mesmo, a recompensa – que na verdade não tinha porque nos dar – é de tal forma grandiosa e extraordinária que vale bem o esforço da vontade em consegui-lo.

(AMA, comentário sobre Mt 10, 37-42)








Anda, voa!

Vejo-me como um pobre passarinho que, acostumado a voar apenas de árvore em árvore ou, quando muito, até à varanda de um terceiro andar..., um dia, na sua vida, meteu-se em brios para chegar até ao telhado de certa casa modesta, que não era propriamente um arranha-céus... Mas eis que o nosso pássaro é arrebatado por uma águia – que o julgou erradamente uma cria da sua raça – e, entre as suas garras poderosas, o passarinho sobe, sobe muito alto, por cima das montanhas da terra e dos cumes nevado...
..., por cima das nuvens brancas e azuis e cor-de-rosa, mais acima ainda, até olhar o sol de frente... E então a águia, soltando o passarinho, diz-lhe: anda, voa!... – Senhor, que eu não volte a voar pegado à terra, que esteja sempre iluminado pelos raios do divino Sol – Cristo – na Eucaristia, que o meu voo não se interrompa até encontrar o descanso do teu Coração! (Forja, 39)

O coração sente então a necessidade de distinguir e adorar cada uma das pessoas divinas. De certo modo, é uma descoberta que a alma faz na vida sobrenatural, como as de uma criancinha que vai abrindo os olhos à existência. E entretém-se amorosamente com o Pai e com o Filho e com o Espírito Santo; e submete-se facilmente à actividade do Paráclito vivificador, que se nos entrega sem o merecermos: os dons e as virtudes sobrenaturais!

Corremos como o veado que anseia pelas fontes da água; com sede, a boca gretada pela secura. Queremos beber nesse manancial de água viva. Sem atitudes extravagantes, mergulhamos ao longo do dia nesse caudal abundante e claro de águas frescas que saltam até à vida eterna. As palavras tornam-se supérfluas, porque a língua não consegue expressar-se; o entendimento aquieta-se. Não se discorre, olha-se! E a alma rompe outra vez a cantar um cântico novo, porque se sente e se sabe também olhada amorosamente por Deus a toda a hora.


Não me refiro a situações extraordinárias. São, podem muito bem ser, fenómenos ordinários da nossa alma: uma loucura de amor que, sem espectáculo, sem extravagâncias, nos ensina a sofrer e a viver, porque Deus nos concede a Sabedoria. Que serenidade, que paz então, metidos no caminho estreito que conduz à vida! (Amigos de Deus, nn. 306–307)

Fátima: Centenário - Vida de Maria - 13

Centenário das aparições da Santíssima 

Virgem em Fátima


Imaculada Conceição





A VOZ DOS PADRES

«Exulte hoje toda a criação e estremeça de gozo a natureza. Alegre-se o céu nas alturas e as nuvens derramem a justiça. Destilem os montes doçura de mel e júbilo as colinas, porque o Senhor teve misericórdia do Seu povo e nos suscitou um poderoso Salvador na casa de David Seu servo, ou seja, nesta imaculadíssima e puríssima Virgem, através de quem chega a saúde e a expectativa dos povos».

«Que as almas boas e agradecidas entoem um cântico de alegria; que a natureza convoque todas as criaturas para lhes anunciar a boa nova da sua renovação e o início da sua reforma. Saltem as mães de alegria, pois a que carecia de descendência (Santa Ana) gerou uma Mãe virgem e imaculada. Alegrem-se as virgens, pois uma terra não semeada pelo homem trará como fruto Aquele que procede do Pai sem separação, segundo um modo mais admirável de quanto se possa imaginar. Aplaudam as mulheres, pois se noutros tempos uma mulher foi ocasião imprudente de pecado, também agora uma mulher nos traz as primícias da salvação; e a que antes foi ré, manifesta-se agora aprovada pelo juízo divino: Mãe que não conhece varão, escolhida pelo Seu Criador, restauradora do género humano».

«Que todas as coisas criadas cantem e dancem de alegria e contribuam adequadamente para este dia gozoso. Que hoje seja una e comum a celebração do Céu e da terra e que tudo o que há neste mundo e no outro faça festa de comum acordo. Porque hoje foi criado e erigido o santuário puríssimo do Criador de todas as coisas e a criatura preparou para o seu Autor uma hospedagem nova e apropriada».

«Hoje a natureza, antigamente desterrada do paraíso, recebe a divindade e corre com passo alegre para o cume supremo da glória. Hoje Adão oferece Maria a Deus em nosso nome, como as primícias da nossa natureza; e estas primícias, que não foram misturadas com o resto da massa, são transformadas em pão para a reparação do género humano.

«Hoje a humanidade, em todo o resplendor da sua nobreza imaculada, recebe o dom da sua primeira formação pelas mãos divinas e reencontra a sua antiga beleza. As vergonhas do pecado tinham obscurecido o esplendor e os encantos da natureza humana; mas nasce a Mãe do Formoso por excelência e esta natureza retoma n’Ela os seus antigos privilégios e é modelada seguindo um modelo perfeito e verdadeiramente digno de Deus. E esta formação é uma perfeita restauração; e esta restauração uma divinização; e esta, uma assimilação ao estado primitivo».

«Hoje apareceu o brilho da púrpura divina e a miserável natureza humana revestiu-se da dignidade real. Hoje, de acordo com a profecia, floresceu o ceptro de David, o ramo sempre verde de Aarão, que para nós produziu Cristo, ramo da força. Hoje, de Judá e de David saiu uma jovem virgem, com a marca do reino e do sacerdócio d’Aquele que, segundo a ordem de Melquisedec, recebeu o sacerdócio de Aarão. Hoje a graça, purificando o éfode místico do divino sacerdócio, teceu — à maneira de símbolo — a veste da semente levítica e Deus tingiu com púrpura real o sangue de David».

«Dizendo tudo numa palavra: hoje começa a reforma da nossa natureza e o mundo envelhecido, submetido agora a uma transformação totalmente divina, recebe as primícias da segunda criação»


Santo André de Creta, Homilia 1 na Natividade da Santíssima Mãe de Deus. 

Fátima: Centenário - Oração Jubilar de Consagração


Salve, Mãe do Senhor,
Virgem Maria, Rainha do Rosário de Fátima!
Bendita entre todas as mulheres,
és a imagem da Igreja vestida da luz pascal,
és a honra do nosso povo,
és o triunfo sobre a marca do mal.

Profecia do Amor misericordioso do Pai,
Mestra do Anúncio da Boa-Nova do Filho,
Sinal do Fogo ardente do Espírito Santo,
ensina-nos, neste vale de alegrias e dores,
as verdades eternas que o Pai revela aos pequeninos.

Mostra-nos a força do teu manto protector.
No teu Imaculado Coração,
sê o refúgio dos pecadores
e o caminho que conduz até Deus.

Unido/a aos meus irmãos,
na Fé, na Esperança e no Amor,
a ti me entrego.
Unido/a aos meus irmãos, por ti, a Deus me consagro,
ó Virgem do Rosário de Fátima.

E, enfim, envolvido/a na Luz que das tuas mãos nos vem,
darei glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.


Ámen.

Pequena agenda do cristão


DOMINGO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

Lembrar-me:
Cultivar a Fé

São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?

Fátima: Centenário - Vida de Maria - 12

Centenário das aparições da Santíssima 

Virgem em Fátima


Imaculada Conceição




A VOZ DOS PADRES

«Exulte hoje toda a criação e estremeça de gozo a natureza. Alegre-se o céu nas alturas e as nuvens derramem a justiça. Destilem os montes doçura de mel e júbilo as colinas, porque o Senhor teve misericórdia do Seu povo e nos suscitou um poderoso Salvador na casa de David Seu servo, ou seja, nesta imaculadíssima e puríssima Virgem, através de quem chega a saúde e a expectativa dos povos».

«Que as almas boas e agradecidas entoem um cântico de alegria; que a natureza convoque todas as criaturas para lhes anunciar a boa nova da sua renovação e o início da sua reforma. Saltem as mães de alegria, pois a que carecia de descendência (Santa Ana) gerou uma Mãe virgem e imaculada. Alegrem-se as virgens, pois uma terra não semeada pelo homem trará como fruto Aquele que procede do Pai sem separação, segundo um modo mais admirável de quanto se possa imaginar. Aplaudam as mulheres, pois se noutros tempos uma mulher foi ocasião imprudente de pecado, também agora uma mulher nos traz as primícias da salvação; e a que antes foi ré, manifesta-se agora aprovada pelo juízo divino: Mãe que não conhece varão, escolhida pelo Seu Criador, restauradora do género humano».

«Que todas as coisas criadas cantem e dancem de alegria e contribuam adequadamente para este dia gozoso. Que hoje seja una e comum a celebração do Céu e da terra e que tudo o que há neste mundo e no outro faça festa de comum acordo. Porque hoje foi criado e erigido o santuário puríssimo do Criador de todas as coisas e a criatura preparou para o seu Autor uma hospedagem nova e apropriada».

«Hoje a natureza, antigamente desterrada do paraíso, recebe a divindade e corre com passo alegre para o cume supremo da glória. Hoje Adão oferece Maria a Deus em nosso nome, como as primícias da nossa natureza; e estas primícias, que não foram misturadas com o resto da massa, são transformadas em pão para a reparação do género humano.

«Hoje a humanidade, em todo o resplendor da sua nobreza imaculada, recebe o dom da sua primeira formação pelas mãos divinas e reencontra a sua antiga beleza. As vergonhas do pecado tinham obscurecido o esplendor e os encantos da natureza humana; mas nasce a Mãe do Formoso por excelência e esta natureza retoma n’Ela os seus antigos privilégios e é modelada seguindo um modelo perfeito e verdadeiramente digno de Deus. E esta formação é uma perfeita restauração; e esta restauração uma divinização; e esta, uma assimilação ao estado primitivo».

«Hoje apareceu o brilho da púrpura divina e a miserável natureza humana revestiu-se da dignidade real. Hoje, de acordo com a profecia, floresceu o ceptro de David, o ramo sempre verde de Aarão, que para nós produziu Cristo, ramo da força. Hoje, de Judá e de David saiu uma jovem virgem, com a marca do reino e do sacerdócio d’Aquele que, segundo a ordem de Melquisedec, recebeu o sacerdócio de Aarão. Hoje a graça, purificando o éfode místico do divino sacerdócio, teceu — à maneira de símbolo — a veste da semente levítica e Deus tingiu com púrpura real o sangue de David».

«Dizendo tudo numa palavra: hoje começa a reforma da nossa natureza e o mundo envelhecido, submetido agora a uma transformação totalmente divina, recebe as primícias da segunda criação»

Santo André de Creta, Homilia 1 na Natividade da Santíssima Mãe de Deus.