24/07/2017

Publicações em 14 Julho

Enamora-te. e não "O" deixarás

Qual é o segredo da perseverança? O Amor. – Enamora-te e não "O" deixarás. (Caminho, 999)

Faz-me tremer aquela passagem da segunda epístola a Timóteo, quando o Apóstolo se lamenta por Demas ter escapado para Tessalónica, atrás dos encantos deste mundo... Por uma bagatela e por medo às perseguições, um homem que São Paulo noutras epístolas cita entre os santos atraiçoou o empreendimento divino.

Faz-me tremer ao conhecer a minha pequenez; e leva-me a exigir-me fidelidade ao Senhor até nos acontecimentos que podem parecer indiferentes, porque, se não me servem para me unir mais a Ele, não os quero! (Sulco, 343)

O desalento é inimigo da tua perseverança. – Se não lutares contra o desalento, chegarás ao pessimismo, primeiro, e à tibieza, depois. – Sê optimista. (Caminho, 988)

Bendita perseverança a do burrico de nora! – Sempre ao mesmo passo. Sempre as mesmas voltas. – Um dia e outro; todos iguais.

Sem isso, não haveria maturidade nos frutos, nem louçania na horta, nem o jardim teria aromas.


Leva este pensamento à tua vida interior. (Caminho, 998)

Evangelho e comentário

Tempo Comum


Evangelho: Mt 12, 38-42

38 Então replicaram-lhe alguns dos escribas e fariseus, dizendo: «Mestre, nós desejávamos ver algum prodígio Teu». 39 Ele respondeu-lhes: «Esta geração má e adúltera pede um prodígio, mas não lhe será dado outro prodígio senão o prodígio do profeta Jonas. 40 Porque, assim como Jonas esteve no centro da baleia três dias e três noites, assim estará o Filho do Homem e três dias e três noites no centro da terra. 41 Os habitantes de Nínive levantar-se-ão no dia do juízo contra esta geração, e a condenarão, porque se converteram com a pregação de Jonas. Ora aqui está Quem é maior que Jonas. 42 A rainha do Meio-Dia levantar-se-á no dia do Juízo contra esta geração e a condenará, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. Ora aqui está Quem é mais que Salomão.

Comentário:

Não se compreende o que os escribas e os fariseus entendem por “prodígio”.
Jesus Cristo tem feito – aos olhos de todos – inúmeros prodígios coo dar vista aos cegos, ouvido aos surdos, ressuscitar mortos, alimentar milhares com uns poucos de pães e peixes… então, tudo isto – e muito mais – não são prodígios?

A esta “cegueira” persistente Jesus só dá uma resposta: a geração dos que assim O interpelam é uma «geração má e adúltera» que será condenada por todos os que virão a seguir e, também pelos que a antecederam e, a razão é simples e concreta:

Não se converteu!


(AMA, comentário sobre Mt 12, 38-42, 17.03.2017)

Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Diálogos apostólicos

Diálogos apostólicos II Parte

Pergunto:

5. O que é o juízo final?

Respondo:


Ao chegar o fim do mundo, os corpos ressuscitarão (ressurreição) unidos às suas almas para receber conjuntamente o mesmo prémio ou castigo que a alma já tinha assumido. 

Bento XVI – Pensamentos espirituais 153

157. Abertura

Em última instância, a fé é um dom.

Portanto, a primeira condição consiste em deixarmos que nos dêem alguma coisa, em não nos julgarmos auto-suficientes nem fazermos tudo sozinhos, porque isso não é possível, abrindo-nos à consciência de que o Senhor dá realmente.

Encontro com o clero da diocese de Roma, (2.Mar.06)

(in “Bento XVI, Pensamentos Espirituais”, Lucerna 2006)

Pequena agenda do cristão

SeGUNDa-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça ‘boa cara’, que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?




Fátima: Centenário - Vida de Maria - 35


Centenário das aparições da Santíssima 

Virgem em Fátima


O nascimento de Jesus



A VOZ DO MAGISTÉRIO

«Ficando, pois, a salvo a propriedade de uma e de outra natureza e unindo-se ambas numa só pessoa, a humildade foi recebida pela majestade, a fraqueza pela força, a mortalidade pela eternidade e para pagar a dívida da nossa raça, a natureza inviolável uniu-se à natureza passível. E assim — coisa que convinha para nosso remédio — um só mediador entre Deus e os homens, que é Jesus Cristo homem [i], por um lado, pôde morrer e por outro não. Na natureza, pois, íntegra e perfeita de verdadeiro homem, nasceu Deus verdadeiro, inteiro no Seu, inteiro no nosso.

«O Filho de Deus entra, pois, nestas fraquezas do mundo, descendo do Seu trono celeste, mas não se afastando da glória do Pai, gerado por nova ordem, por novo nascimento. Por nova ordem, porque invisível no Seu, tornou-se visível no nosso; incompreensível, quis ser compreendido; permanecendo antes do tempo, começou a ser no tempo; Senhor do universo, tomou forma de servo, obscurecida a imensidade da Sua majestade; Deus impassível, não se envergonhou de ser homem passível e imortal, de Se submeter à lei da morte. E, por novo nascimento, gerado: porque a virgindade inviolada ignorou a concupiscência e forneceu a matéria da carne. A natureza foi tomada da mãe do Senhor, não a culpa; e no Senhor Jesus Cristo gerado do seio da Virgem, não por ser o nascimento maravilhoso, é a natureza distinta de nós. Porque o que é verdadeiro Deus é também verdadeiro homem e não há nesta unidade mentira alguma, ao dar-se juntamente a humildade do homem e a alteza da divindade. Pois da forma que Deus não se muda pela misericórdia, assim tão pouco o homem se aniquila pela dignidade. Uma forma e outra, com efeito, opera o que lhe é próprio, com comunhão da outra; quer dizer, que o Verbo opera o que pertence ao Verbo, a carne cumpre o que respeita à carne. Um deles resplandece pelos milagres, o outro sucumbe pelas injúrias. E assim o Verbo não se separa da igualdade da glória paterna; também, tão pouco, a carne abandona a natureza do nosso género».

São Leão Magno (século V). Carta 28 dogmática Lectis dilectionis tuae, a Flaviano, patriarca de Constantinopla (13-VI-449), lida no Concílio ecuménico de Calcedónia (ano 451).



[i] 1 Tm 2, 5